Relações Exteriores vai priorizar política de defesa e aquisição de caças
A concorrência internacional para aquisição dos novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), o debate sobre o aumento do valor pago pelo Brasil ao Paraguai pela energia de Itaipu e o estabelecimento de políticas de Estado na área de defesa são as prioridades da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, de acordo com o presidente do colegiado, deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP). Em seu segundo mandato como deputado federal, Emanuel Fernandes é engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e, como funcionário do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), trabalhou no Programa Espacial Brasileiro. Ele foi também prefeito de São José dos Campos (SP), entre 1997 e 2004.
Como pretende conduzir os trabalhos à  frente da comissão?
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, uma das mais  importantes comissões técnicas da Câmara, tem, entre suas atribuições,  que tratar de relevantes temas da vida nacional, como as relações  diplomáticas, econômicas e comerciais, culturais e científicas do Brasil  com outros países; política externa; tratados, acordos e convênios  internacionais. Entendo que, para cuidar desses temas, é preciso uma  interação muito grande entre todos os deputados. Como as políticas de  Estado ainda não são tratadas pelos partidos políticos e ficam à mercê  das ações dos governos, o maior esforço da comissão será adotar uma  pauta que inclua o acompanhamento permanente dessas políticas.
Quais são os temas considerados prioritários?
Com relação às políticas de Estado, vamos promover o debate em  torno do Veículo Lançador de Satélites, da Estratégia de Defesa  Nacional, principalmente no que tange à criação do Livro Branco da  Defesa Nacional, um documento fundamental para as políticas de Estado. A  comissão terá que estar preparada para analisar o Livro Branco e a  política e a estratégia de defesa, que deverão ser encaminhadas pelo  Executivo ao Congresso Nacional de quatro em quatro anos, a partir de  2012.
Como a comissão vai debater temas  polêmicos, como a compra de caças pela FAB?
Vamos debater a troca dos equipamentos das Forças Armadas e, neste  sentido, já marcamos a realização de audiência pública, com a presença  do ministro da Defesa, Nelson Jobim, para discutir o 3º Programa  Nacional de Direitos Humanos (PNDH) e o processo de licitação  internacional para a compra de caças supersônicos pela FAB. O  aumento do valor pago pelo Brasil ao Paraguai pela energia de Itaipu e a  defesa de nossas fronteiras, notadamente as da Amazônia, também serão  temas prioritários ainda neste semestre. Faremos um esforço para zerar a  pauta da comissão, que é sobrecarregada por acordos internacionais, que  precisam ser votados rapidamente para permitir a discussão dessas  outras propostas.
Fonte: JORNAL DA CÂMARA, via NOTIMP








Luiz Paulo Pieri







