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EUA reforçam medidas de segurança antiterror em voos






Novo procedimento será ainda mais rígido do que o adotado após frustrada tentativa de atentado do Dia de Nata

Gustavo Chacra

Os EUA implementaram novas medidas para reforçar a segurança dos voos, alterando as ações emergenciais que foram tomadas depois da fracassada tentativa de atentado em Detroit no Natal. As ações de combate ao terrorismo a partir de agora terão como base o cruzamento de informações de inteligência fragmentadas "em tempo real", aplicada a todos os passageiros que viajem para o território americano, e não apenas aos provenientes de 14 países com supostas ligações a atividades terroristas.

Segundo o Departamento de Segurança Interna, o novo sistema de segurança será ainda mais rígido. "As novas medidas utilizam inteligência em tempo real sobre ameaças, com fiscalizações aleatórias, sendo algumas visíveis e outras invisíveis, para tentar reduzir a ameaça terrorista", afirmou a secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, ao anunciar as mudanças ontem. Ela pediu ainda que autoridades ao redor do mundo também intensifiquem a segurança em seus aeroportos e aumentem o uso da tecnologia disponível.

Desde o 11 de Setembro e do episódio do terrorista com explosivos escondido nos sapatos e outros usando líquidos, os americanos já haviam reforçado a segurança em seus aeroportos. Para embarcar em um avião nos EUA, os passageiros precisam pôr seus calçados no aparelho de raio-x e tem um limite para levar frascos de líquido e creme na bagagem de mão.

Com as novas mudanças, a segurança será ampliada para aeroportos no exterior, antes de os passageiros embarcarem para os EUA, numa forma semelhante ao que já faz Israel, que tem o mais avançado sistema de segurança aérea no mundo, segundo especialistas da área. "Passageiros que viajem para os EUA de destinos internacionais devem notar um aumento na segurança e medidas de fiscalização no check-in e durante o procedimento de embarque, incluindo aparelhos que detectam traços de explosivos, tecnologias avançadas de imagem, uso de cães e a revista corporal, entre outras medidas de segurança", afirma o comunicado do Departamento de Segurança Interna.

No caso das informações de inteligência, as autoridades americanas tentarão cruzar dados como itinerário de viagem, idade, passaporte e nome da pessoa. O Conselho de Relações Islâmico-Americano (CAIR, na sigla em inglês) afirma que existe o risco de discriminação, com um foco maior em pessoas com origem islâmica, apesar de o governo negar. Um dos objetivos do novo sistema de segurança é impedir falhas como a que permitiu que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab tentasse explodir um avião com destino a Detroit em dezembro. O pai dele, um banqueiro da Nigéria, havia alertado sobre os riscos que o filho oferecia. O nigeriano havia passado pelo Iêmen, onde estabeleceu contatos com a Al Qaeda na Península Arábica. Apesar disso, ele embarcou sem problemas da Holanda para os EUA.

Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO, via NOTIMP



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