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Carga cai 12,3% no ano, mas sobe em janeiro






Alberto Komatsu, de São Paulo

O transporte aéreo de cargas no país, incluindo embarques no mercado doméstico, exportações e importações, recuou 12,37% no ano passado, em relação ao ano anterior. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), com dados da infraero, esse foi o pior desempenho pelo menos desde 2003, quando teve início esse acompanhamento. Em janeiro, no entanto, o fluxo de remessas teve crescimento de 14,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

A DHL Express,uma das maiores companhias internacionais de cargas aéreas e logística, foi no sentido contrário do setor no Brasil e registrou crescimento de16% no movimento de encomendas domésticas, exportações e importações em 2009. Apenas em janeiro, a DHL registrou expansão de 13% no volume de remessas, em comparação com janeiro do ano passado.

"Acrise econômica foi o principal fator que teve reflexo para o transporte de cargas. Com ela, o setor industrial também importou e exportou menos insumos e produtos manufaturados", afirma o consultor do Snea, Allemander Pereira Filho. Segundo ele, a valorização do real emrelação ao dólar também contribuiu para o encolhimento das cargas aéreas no país em 2009.

A diretora de marketing da DHL no Brasil, Juliana Vasconcelos, diz que 80% das remessas da operação brasileira são feitas dentro do país. Os 20% restantes representam as exportações e importações. "A estratégiaem 2009 foi a de bater na crise. Trabalhamos muito forte no mercado interno, com soluções para empresas. Também fizemos lançamento de produtos no mercado internacional", diz Juliana.

A controladora da DHL, o grupo alemão Deutsche Post DHL,conseguiu reverter o prejuízo líquido de 1,7 bilhão em 2008 para um lucro líquido de 644 milhões no ano passado. Na avaliação de Juliana, contribuiu para essa performance um programa de redução de custos batizado de Index, implementado no fim de 2008, que conseguiu economizar 1,1 bilhão.

Em volume, as empresas de transporte aéreo de cargas movimentaram no Brasil 1,114 milhão de toneladas em 2009, diante das 1,272 milhão de toneladas do ano anterior. Considerando-se apenas as remessas dentro do país, foram 576,8 mil toneladas em 2009. No ano anterior, haviam sido 640,9 mil toneladas, ou uma queda de cerca de 10%.

Nas cargas internacionais, o volume foi de 537,8 mil toneladas no ano passado. Em 2008, foram movimentadas 631,1 mil toneladas, ou uma redução de 14,7%. "Está havendo um processo de recuperação, mas não sei se vamos conseguir recuperar a queda que foi registrada no ano passado.Se conseguirmos empatar, já será um resultado bastante razoável", afirma Allemander, também ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Levando-se em conta somente janeiro, o volume de cargas domésticas foi de 45,9 mil toneladas, ante 32,1 mil toneladas do mesmo período do ano passado. Já as exportações e importações movimentaram 39,7 mil toneladas ante 36,3 mil toneladas no mesmo período de comparação.

Fonte: VALOR ECONÔMICO, via NOTIMP





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