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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 18/12/2018 / Temer inaugura parte de centro em Brasília que irá operar satélites geoestacionários




#Espaço - Temer inaugura parte de centro em Brasília que irá operar satélites geoestacionários ...  


Além do uso estratégico militar, o satélite principal do centro irá fornecer internet a escolas públicas e unidades de saúde do programa Internet para Todos ...  


Fernanda Calgaro e Laís Lis ...  



O presidente da República, Michel Temer, fez nesta segunda-feira (17) a inauguração parcial de um centro de controle em Brasília que irá operar e monitorar satélites geoestacionários de defesa e de internet banda larga lançados pelo Brasil.

O Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P) servirá de centro de controle para o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) e terá disponibilidade para atender outros satélites de baixa órbita.

Além do uso estratégico militar, o projeto SGDC irá fornecer internet a escolas públicas, unidades de saúde, postos de fronteira, áreas indígenas e quilombolas dentro do programa Internet para Todos.

O projeto também irá atender o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), incluindo áreas carentes e remotas.

A entrega parcial acontece a duas semanas do fim do mandato de Temer como presidente da República e, segundo ele, "essa espécie de inauguração de placa" representa "o momento culminante, o ápice dessa modernização" do seu governo.

"O momento culminante, o ápice dessa modernização, o momento em que eu posso dizer, em alto e bom som, o momento em que eu posso alardear por aí, e quero sugerir que todos nós possamos alardear o que está sendo feito pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, pela Embratel [sic], pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas, é essa espécie de inauguração de placa que colocamos aqui do satélite geoestacionário, e, como foi dito aqui nessa tribuna, leva, entre outras coisas, banda larga para todo o país", afirmou Temer.

Em seu discurso, ele também listou medidas tomadas pelo seu governo que, segundo ele, representaram "grande avanço", como o teto de gastos, a reforma trabalhista e a do ensino médio.

Logo após encerrar seu discurso, Temer voltou ao microfone e disse que ainda estava em tempo de fazer uma correção: havia chamado a Telebras, estatal responsável pelo projeto, de Embratel, que cuida do setor de comunicações, provocando risos e aplausos entre os presentes.

Também participaram da cerimônia os ministros Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) e Joaquim Silva e Luna (Defesa).

Duas etapas
Com um custo total de R$ 200 milhões, a obra está dividida em duas fases. A primeira é a parte operacional, que permitirá a migração dos equipamentos satelitais já em operação.

As áreas administrativas ainda não estão prontas e só deverão ser entregues em meados de 2019. Segundo a assessoria da Telebras, porém, isso não vai atrapalhar o início das operações via satélite.

São 14 mil m² de área construída, sendo 4,5 mil m² da parte técnico-operacional. Sustentável, o local tem aproveitamento racional de água e geração de energia solar.

O centro foi construído em uma área da Força Aérea Brasileira (FAB) em Brasília e atuará em coordenação com o Centro de Operações Espaciais Secundário (COPE-S) do Rio de Janeiro. Se houver alguma falha na operação em Brasília, a unidade fluminense ficará encarregada de operar e receber dados do satélite.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G1


Temer inaugura parte de centro em Brasília que irá operar satélites geoestacionários

Além do uso estratégico militar, o satélite principal do centro irá fornecer internet a escolas públicas e unidades de saúde do programa Internet para Todos.

Fernanda Calgaro E Laís Lis, G1 | Publicada em 17/12/2018 11:25

O presidente da República, Michel Temer, fez nesta segunda-feira (17) a inauguração parcial de um centro de controle em Brasília que irá operar e monitorar satélites geoestacionários de defesa e de internet banda larga lançados pelo Brasil.
O Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P) servirá de centro de controle para o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) e terá disponibilidade para atender outros satélites de baixa órbita.



Leia acima ...

Mais 247 venezuelanos são levados de Boa Vista para outras oito cidades

Imigrantes deixaram a capital de Roraima em ônibus e voos comerciais e da Força Aérea Brasileira nesta segunda-feira (17).

G1 Rr — Boa Vista | Publicada em 17/12/2018 20:49

O programa de interiorização do Governo Federal transferiu mais 247 venezuelanos para oito cidades diferentes nesta segunda-feira (17). Os imigrantes deixaram a capital de Roraima em ônibus fretados e voos comerciais e da Força Aérea Brasileira.
A interiorização é coordenada pela Operação Acolhida e as passagens aéreas foram custeadas pela Organização Internacional para Migrações (OIM).
Os transferidos em voos comerciais foram todos interiorizados na modalidade inserção laboral, na qual os imigrantes saem de Boa Vista com proposta de emprego sinalizada na cidade em que irão morar.
Desde total, 23 venezuelanos saíram de Boa Vista por volta das 8h30 (10h30 horário de Brasília) em um ônibus com destino a Manaus, e de lá seguem para a cidade de Tupãssi (PR) na madrugada desta terça (18).
Às 9h, outros 40 embarcaram em uma aeronave C-99 da FAB, no aeroporto a capital e de lá seguiram para o sudeste do país, sendo 12 para Guarulhos (SP) e 28 para Italva (RJ).
Além destes, 184 imigrantes foram levados para Recife (PE) em um voo na aeronave Boeing, onde 102 ficarão em abrigos da capital e os demais serão distribuídos para os municípios de Caicó, Conde, João Pessoa e Igarassu.
A ação teve apoio da operação Acolhida, que, desde 5 de abril, tem auxiliado na interiorização dos imigrantes venezuelanos que chegam a Roraima fugindo da crise no país natal. A ideia é proporcionar a eles novas oportunidades de serem inseridos no mercado de trabalho.
OUTRAS MÍDIAS


TECNOLOGIA E DEFESA - 1º REVO entre helicóptero e avião no Brasil: H-36 Caracal e KC-130 Hércules


Roberto Caiafa | Publicada em 17/12/2018 10:59

Pela primeira vez no Brasil, foi realizado o reabastecimento em voo (REVO) por helicóptero.
É a chamada Operação MANGA (#operaçãoManga #REVO #ensaiosemvoo #Brasil)
Na última semana, iniciou-se a primeira fase da campanha de certificação do H-36 Caracal e KC-130 Hércules, para a transferência de combustível no ar.
Até o dia 21 de dezembro ocorrem ensaios em solo e em voo.
O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) gerencia a operação, que acontece na Ala 11, Rio de Janeiro.
Os testes
No solo, e usando as aeronaves, é reproduzido todo o posicionamento de contato, verificado as distâncias mínimas e máximas, e são checados os procedimentos de segurança para material e pessoal.
REVO entre helicópteros e aeronaves de transporte são críticos sob qualquer aspecto, já que o “cliente” precisa manter uma alta velocidade constante com muita estabilidade em pitch e roll, enquanto o avião de reabastecimento está voando nos mínimos de velocidade e sustentação ampliada.
Normalmente a técnica preconiza um mergulho suave e constante, em ângulo pequeno, de modo a maximizar a velocidade dos vetores.
Qualquer erro de julgamento pode ser fatal.
Condições climáticas adversas e falta de visibilidade são agravantes nesse tipo de operação, e portanto, devem ser observados e avaliados continuamente.
O reabastecimento em voo é empregado especialmente em missões C-SAR (busca e resgate de combate), ocasião em que os helicópteros envolvidos voam grandes distâncias em território inimigo, precisando aumentar a autonomia para conseguirem retornar em segurança.
Em diversos outros perfis operativos, como traslados e atuações conjuntas internacionais, a capacidade REVO de helicópteros é primordial, e a Força Aérea Brasileira finalmente integra o rol dos Países qualificados para cumprir esse tipo de missão altamente especializada.

TRANSPORTE.GOV.BR - Começa hoje operação de Fim de Ano nos aeroportos

A operação vai até 6 de janeiro e a expectativa é de que cerca de 8,3 milhões de passageiros passem pelos terminais durante o período. A Operação Rodovida 2018/19 começou na última sexta

Publicada em 17/12/2018 11:46

A Operação Fim de Ano nos 13 principais aeroportos do País começa nesta segunda-feira (17/12) e vai até o dia 6 de janeiro de 2019. A estimativa da Secretaria Nacional de Aviação Civil, do Ministério dos Transportes, é que os terminais movimentem 8,3 milhões de passageiros no período das festas de fim de ano. O cálculo foi feito utilizando uma taxa de ocupação média de 85% dos assentos ofertados pelas companhias aéreas no período. 
Serão 21 dias de reforço nos serviços para atender à alta demanda do período, em um procedimento padrão acordado e alinhado anualmente entre setor público e a iniciativa privada. Além de definir compromissos e responsabilidades respectivas dos aeroportos e companhias aéreas para o período, o regime especial de funcionamento tem por objetivo manter o índice médio de atrasos e de decolagens abaixo de 15%. A meta operacional de desempenho é selada pela Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias). 
Os 13 aeroportos representam 70% do total do fluxo de viajantes no Brasil, são eles: Guarulhos, Congonhas e Viracopos (SP), Galeão e Santos Dumont (RJ), Brasília (DF), Confins (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Manaus (AM), Fortaleza (CE). Juntos, esses aeroportos devem registrar cerca de 75 mil pousos e decolagens entre voos domésticos e internacionais. 
Na sexta-feira (21/12), o fluxo de passageiros pelo Brasil será intenso, cerca de 510 mil viajantes devem passar pelos terminais monitorados para a comemoração do Natal. O outro dia de maior movimento será na quinta-feira (3/1), quando são esperados 508 mil passageiros retornando da comemoração do fim de ano.
Nos voos internacionais, os dias de maior movimentação serão 22 de dezembro, como 79 mil passageiros e no dia 5/1, com 82 mil. 
Durante este período haverá reforço de profissionais nos aeroportos envolvidos. A operação inclui o desenvolvimento de ações coordenadas entre aeroportos em caso de nível crítico de condições meteorológicas adversas (suspensão temporária de operações). 
NOVO GUIA DO PASSAGEIRO – Para obter mais informações sobre bagagem, direitos do passageiro, check-in, passageiros com necessidades especiais, inspeção de segurança, transporte de animais, entre outros temas, acesse o Novo Guia do Passageiro. 
OPERAÇÃO RODOVIDA – Na última sexta-feira (14/12), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou a Operação Rodovida 2018-19, que vai até depois do carnaval. A ação é simultânea em todos os estados brasileiros e tem por objetivo a prevenção e redução de acidentes de trânsito nas rodovias federais durante os feriados de fim de ano, férias escolares e Carnaval. 
Segundo a PRF, esse é o período em que ocorre um aumento do fluxo de veículos e de passageiros nas estradas brasileiras. A operação envolverá todo o efetivo da Polícia, com reforço nos finais de semana e feriados, direcionando a fiscalização para as principais causas de acidentes de trânsito como: ultrapassagens indevidas, excesso de velocidade, embriaguez ao volante, falta de uso do cinto de segurança, travessia de pedestres fora da faixa de segurança, entre outras. 
*Com informações da PRF 
Assessoria de Comunicação
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil

CIO.COM.BR - A Indústria Espacial irá adubar as AgFintechs

O agribusiness poderá ser muito beneficiado com os avanços tecnológicos da indústria de satélites e dos nanosatélites

Rafael Coelho | Publicada em 17/12/2018 08:23

Há 60 anos, em 1958, teve fim a missão do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial a ser colocado em órbita em torno da Terra pela União Soviética, dando início à corrida espacial com os Estados Unidos, que seguiu com o lançamento de voos espaciais tripulados e as inacreditáveis viagens à Lua.Meses depois, os americanos entraram na disputa com o lançamento do Explorer 1.
O pioneiro objeto russo era extremamente simples – uma pequena esfera de metal polido com 58 cm de diâmetro e peso de 83,6 kg, fabricada a partir de uma liga de alumínio, e quatro longas antenas. O “companheiro de viagem”, significado de Sputnik, carregava dois transmissores de rádio com potência de 1 Watt e capacidade de operar em duas frequências diferentes. Eles emitiam dois sinais com duração de 0,3 segundos que podiam ser sintonizados por qualquer radioamador.
Um grande marco na ciência, o primeiro satélite da história da humanidade trouxe dados valiosos aos cientistas, como a densidade da atmosfera e informações sobre a ionosfera. Hoje, eles estão presentes em áreas tão diversas quanto telecomunicações, ciência, meteorologia e monitoramento do meio ambiente, geoposicionamento e mapeamento e, claro, em sua origem, a militar.
Conquista do espaço
Mas não é somente pelo 60o aniversário do Sputnik que 2018 será lembrado na conquista do espaço. Seis décadas depois do feito soviético, o ano também ficará marcado por uma nova revolução interplanetária: o lançamento de nanosatélites em foguetes da altura de, pasmem, um prédio de 5 andares.
Após realizar um voo teste em janeiro passado, a californiana Rocket Lab, avaliada em US$ 1,2 bilhão, um ‘unicórnio do espaço’, entrou para história espacial no último dia 11 de novembro com o sucesso da operação “It’s Business Time”, o primeiro lançamento comercial em sua base na Nova Zelândia de seu foguete Electron, que mede aproximadamente 17m de altura e 1,2m de diâmetro. Para que tenham uma ideia, os foguetes Falcon, da SpaceX, do empresário futurista Elon Musk, têm 70 m de altura (conto mais abaixo sobre os planos de Musk).
A bordo do foguete foram levados seis nanosatélites e há planos para colocar dezenas em órbita nos próximos meses com 19 lançamentos agendados para 2019. O custo de cada pequeno foguete da Rocket Lab é de US$ 5,7 milhões, uma fração dos US$ 50 milhões necessários para construção de grandes foguetes.
Os satélites de pequena dimensão chegaram para ficar e permitirão, em pouco tempo, levar ao espaço universidades, escolas, institutos de pesquisas e empresas nas mais diversas áreas, especialmente em negócios de tecnologia que fornecem serviços de imagem para os mais variados fins.
Uma das empresas que vem se destacando neste novo mercado é a Hypercubes, que está colocando no espaço uma constelação de nanosatélites dotados de inteligência artificial para analisar a composição química do solo e melhorar a produção de alimentos a partir da análise de dados como fertilidade do solo, espécies invasoras, doenças e, segundo seu fundador, o brasileiro Fábio Teixeira, até mesmo os nutrientes presentes nas flores das plantas. O satélite da Hypercubes é equipado com um supercomputador e um imageador hiperespectral que consegue identificar alterações moleculares em uma plantação.
Outra que vem chamando atenção é a argentina Satellogic, que levantou no ano passado US$ 27 milhões em uma rodada liderada pela chinesa Tencent na qual também participaram o fundo brasileiro Pitanga e a CrunchFund, de San Francisco. Seus pequenos satélites são também equipados com uma câmera capaz de captar imagens com resolução de um metro e um instrumento hiperespectral com uma resolução de 30 metros que pode, por exemplo, identificar a composição química de um terreno, um recurso muito útil para agricultura e meio ambiente.
Com a explosão deste novo mercado, o céu não será mais o limite para a indústria satelital. A expectativa é que o setor apresente uma taxa de crescimento robusta devido principalmente ao aumento dos investimentos realizados pelas organizações governamentais. A Statista prevê que os nanosatélites irão gerar uma receita de US$ 88,3 bilhões em 2021 no segmento Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR).
Há muitas outras empresas como a Rocket Lab dispostas a ganhar dinheiro no espaço. A Angel List identifica 1631 ‘aerospace startups’ em seu diretório.
Entre as ‘novatas’ que vêm se destacando está a SpaceX. Seu arrojado plano é montar uma rede com nada menos que dez mil satélites para levar internet de alta velocidade para regiões rurais e suburbanas em todo o mundo. Os satélites serão lançados em fases até 2024. O objetivo é oferecer o serviço de conexão já em 2020 e o início dos lançamentos está previsto para meados de 2019.
A empresa já lançou dois satélites de teste Starlink em fevereiro passado, apelidados de Tintin A e B, que estão funcionando como previsto. A equipe de Musk trabalha agora em refinar o caminho orbital dos satélites após a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC), entidade que supervisiona satélites em órbita, aprovar um pedido para expandir a faixa de altitude dos Tintins.
O interesse de startups e grandes empresas de tecnologia no mercado de satélites não é à toa. Empresas como OneWeb, Telesat, Iridium e Facebook estão cada vez mais de olho neste mercado para atuarem como fornecedores de tecnologia por meio de parcerias ou investimentos.
Segundo estimativas da Força Aérea americana, atualmente há aproximadamente 2.783 satélite sorbitando em torno da Terra. Em 2017, foram lançados 81, tanto para assumir novas funções quanto para substituição dos que já não funcionam mais. Aqui no Brasil, lançamos nosso primeiro satélite, chamado “Satélite de Coleta de Dados” (SCD-1), somente em 1993, e atualmente temos 62 autorizados para operar no país, entre nacionais e estrangeiros.
A receita das empresas que trabalham na cadeia de telecomunicações via satélite cresceu 3% em 2017. Ao todo, de acordo com a Satellite Industry Association, organização mundial representante de operadoras e fabricantes de satélites, o setor faturou estratosféricos US$ 268,6 bilhões. A maior parte do resultado é proveniente da prestação de serviços das operadoras de banda larga e televisão, que alcançou US$ 127,7 bilhões, superando o mercado de serviços de lançamento de satélites, que é de aproximadamente US$ 5,5 bilhões.
O Brasil e as AgTechs
Todo este meu interesse pelos satélites – e que me inspirou a escrever este artigo – nasceu das minhas instigantes conversas com o Antonio Morelli, sócio fundador e Chief Data Science Officer da Agronow, empresa de tecnologia de satélites para monitoramento de safras e áreas agrícolas na qual sou CEO e entusiasta.
Embora esteja mais focado na gestão do negócio, participar de discussões com meu sócio e grande conhecedor deste mercado trouxe reflexões acerca do real e profundo impacto que eles irão trazer, na realidade já estão trazendo, para acelerar a revolução digital no campo e, mais particularmente, no estreitamento da relação entre o mercado financeiro e o agronegócio a partir da ciência de dados e novas tecnologias. Esta visão nos levou a criar um departamento dedicado a Analytics e desenvolvimento de produtos sob a supervisão de Morelli.
Além de ampliar o acesso a Internet em alta velocidade em áreas rurais, o agribusiness já vem passando por profundas transformações e poderá ser muito beneficiado com os avanços tecnológicos da indústria de satélites e dos nanosatélites.
E é fácil entender o porquê.
Por conta das mudanças climáticas e das incertezas inerentes ao cultivo de alimentos, os agroempreendedores encontram sérias dificuldades de captar dados geográficos que permitam mapear com clareza a saúde e os riscos da lavoura e, com isso, solicitar empréstimo, contratar seguros e planejar seus investimentos e a próxima safra, definindo, por exemplo, qual a melhor cultura para aquele solo, a técnica mais adequada e o melhor momento para iniciar o plantio.
A associação de processamento de imagens de satélite com Big Data e Machine Learning está trazendo maior previsibilidade aos agricultores e veio abrir terreno fértil para uma nova leva de startups, as chamadas AgFintechs, que através da tecnologia aproximam o mercado agrícola do mercado financeiro, extraindo e analisando informações em tempo real das plantações essenciais para análise e tomada de decisão das instituições no desenho de apólices e programas de crédito.
No Brasil, vamos entrar em uma nova era da inteligência, gestão e monitoramento territorial da agricultura no Brasil. Isso porque a Força Aérea Brasileira (FAB) está se preparando para lançar o primeiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto de alta resolução espacial. O Projeto Carponis-1, cuja previsão é entrar em órbita até 2022, faz parte das constelações do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), que integra o Programa Espacial Brasileiro. Ele permitirá a obtenção imagens de satélite com mais frequência, melhor qualidade e direcionamento, além de menor custo. Tudo sob controle brasileiro.
Então, se você é um empresário do agro, anote aí, é provável que logo logo tenha um satélite pra chamar de seu. Será isso ou continuar sem saber o que está bem ali, plantado embaixo dos seus pés.



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