NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 29/05/2018 / Viasat fornecerá conectividade a jatos da Embraer
 
  Viasat fornecerá conectividade a jatos da Embraer ...
Viasat fornecerá conectividade a jatos da Embraer ...   Jatos executivos Legacy 450 e 500 sairão de fábrica com terminal para conexão a banda larga por satélite em banda Ka da Viasat instalado ...
A provedora  de internet por satélite Viasat fechou acordo com a Embraer. A  fabricante de aeronaves vai instalar a solução de conectividade em banda  Ka da Viasat nos jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500.
As aeronaves serão equipadas com o  Global Aero Terminal 5510 da Viasat, que se conectará aos satélites  ViaSat-1 e ViaSat-2. Também estão preparados para se receber sinais da  plataforma ViaSat-3, composta por 3 satélites a ser lançados entre 2019 e  2021, sem necessidade de atualização de hardware.
As empresas dizem que cada satélite  ViaSat-3 terá capacidade de um terabit por segundo. Isso é mais do que a  capacidade total de rede dos aproximadamente 400 satélites de  comunicações comerciais no espaço atualmente – combinados.
A parceria Embraer/Viasat é a primeira  linha de conectividade de banda larga por satélite de banda Ka para  jatos executivos de cabine média. Espera-se que a velocidade inicial  oferecida seja de 16 Mbps, aumentando conforme os novos satélites entrem  em operação.
A Viasat oferecerá um recurso de streaming de TV ao vivo, que dará aos passageiros a capacidade de assistir TV, conteúdo e entretenimento ao vivo em seus dispositivos móveis.
A Viasat oferecerá um recurso de streaming de TV ao vivo, que dará aos passageiros a capacidade de assistir TV, conteúdo e entretenimento ao vivo em seus dispositivos móveis.
 Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado  nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP  apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas  diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
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Igor Gielow E Lucas Vetorazzo Publicado Em 29/05/2018
O governo  Michel Temer (MDB) acompanha com o que um ministro chama de alta  preocupação o risco de movimentos de protesto se alastrarem pelo país  com complacência ou simpatia por parte de militares.
Ninguém fala em golpe ou  intervenção, segundo a reportagem ouviu de oficiais ao longo desta  segunda (28). São hipóteses consideradas implausíveis nos estratos  superiores do comando.
Mas o temor relatado é o de uma  insatisfação difusa, horizontal, entre as tropas responsáveis por manter  a ordem quando acionadas para isso.
Assim, o próprio governo considera  como mera ameaça a medida anunciada de que motoristas militares poderiam  tomar o assento de manifestantes nas estradas.
Além do perigo de confronto, há a  possibilidade de soldados se negarem a fazê-lo, o que seria fatal para a  já combalida autoridade do governo.
A avaliação é atenuada por alguns  oficiais generais mais experientes. Um deles afirmou que o maior  problema neste momento é a disseminação de boatos e notícias falsas em  grupos de WhatsApp -citou dois vídeos em que supostos oficiais da ativa,  na verdade pessoas com uniformes improvisados, garantiam apoio a  manifestantes.
Estão sendo monitorados, contudo, atos  como os que ocorreram em frente a quartéis em Minas e Rio Grande do Sul  no fim de semana, com parentes de manifestantes pedindo intervenção  militar.
O instrumento é previsto no artigo 142 da  Constituição, para garantia da lei e da ordem, mas o texto é explícito  acerca da subordinação ao presidente da República.
A pauta não é consensual mesmo  entre manifestantes. "Não é mais o movimento dos caminhoneiros, são  grupos que pedem intervenção militar, sendo que quem está negociando  conosco é o presidente da República", disse José Fonseca Lopes,  presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros.
"Pedir intervenção desmoraliza o bom caminhoneiro", afirmou ele.
Há insatisfação também com o chamado  efeito "posto Ipiranga", apelido dado no Ministério da Defesa ao emprego  polivalente das Forças Armadas --a referência é, ironicamente dado o  contexto do protesto atual, à propaganda da rede distribuidora de  combustíveis que sugere solução de problemas diversos em seus postos.
Militares já vinham se queixando da intervenção federal na segurança do Rio.
Os próximos dias serão de grande tensão  em Brasília, em especial pela ameaça de greve de petroleiros -que, sem  agenda prévia, pegaram carona nos atos nas estradas.
Em 1995, após semanas de duro embate, o  governo Fernando Henrique Cardoso conseguiu quebrar a espinha de uma  greve ocupando refinarias com tropas.
Mas o momento é outro, com Temer liderando o governo mais impopular desde a redemocratização.
RIO DE JANEIRO
Caminhoneiros que participam de  manifestação na tarde desta segunda na rodovia presidente Dutra, na  altura de Seropédica (RJ), afirmaram que o protesto agora é pela saída  de Temer.
Ele estão parados na beira da estrada  desde domingo (20). Segundo cálculo dos integrantes, há cerca de 1.400  caminhões no local. Não há bloqueio na estrada, e o ato é acompanhado  por policiais rodoviários federais e militares do Exército.
Eles afirmaram que não pretendem encerrar o protesto mesmo com os anúncios do governo federal.
"Depois de 60 dias o preço vai voltar ao  que era há duas semanas, isso se não ficar ainda mais caro. O que  queremos agora é fora, Temer. Só vamos sair das estradas quando o  governo cair", afirma o motorista Moisés Fernandes dos Santos, 38, 15  dos quais transportando móveis de Ubá (MG) e São Paulo para o Rio.
O grupo se diz autônomo. Santos, apesar de defender a intervenção militar, critica o Exército no local.
"É desnecessário porque não somos  bandidos nem estamos fechando a via. Se a gente se recusar a sair o  Exército vai fazer o quê? Bater na gente?", questiona.
Novos piquetes foram montados em frente à  Reduc, a refinaria em Duque de Caxias, onde há cerca de 70 caminhões.  Para o motorista Wendel Ruivo, 38, o movimento não irá arrefecer.
Por que a cúpula das Forças Armadas está preocupada com a greve
Em dia considerado crucial para paralisação, militares lembram que surgiu um problema crítico: a greve de 72 horas dos petroleiros, anunciada para quarta
Por Estadão Conteúdo Publicado Em 28/05 - 12h11
Brasília –  Pela segunda vez, em menos de seis meses, os militares estão preocupados  com a posição em que foram colocados, diante da população, por conta de  uma nova crise, agora provocada pela paralisação dos caminhoneiros, que  no domingo, 27, entrou no sétimo dia, provocando um caos em todo o  país.
Um integrante do Alto Comando das  Forças Armadas disse ao jornal O Estado de S. Paulo, sob a condição de  anonimato, que o governo jogou a crise “no colo” deles de novo, como  quando foi decretada a intervenção de segurança pública no Rio de  Janeiro.
Ele considera que a situação atual  poderia ter sido evitada se o governo tivesse agido com antecedência. A  grande preocupação das Forças Armadas é parecer que os militares querem  um protagonismo, o que, diz ele, não procede. Além disso, fontes  consultadas pela reportagem se queixam que em casos como esses é  atribuída uma responsabilidade às Forças Armadas para resolver problemas  que não estão apenas nas mãos do Exército, Marinha e Aeronáutica,  porque dependem de determinação e pedido de auxílio para cada missão, em  cada Estado.
A avaliação da cúpula militar, que  tem feito pelo menos duas reuniões diárias, por videoconferência entre  todos os comandos do País, incluindo as três forças, é que “a situação é  muito delicada” e o “quadro se agravou muito nas últimas horas (durante  o domingo)”, mesmo com a desobstrução de rodovias em muitos pontos do  Brasil.
Um dos oficiais-generais  consultados explicou que não adianta liberar estrada, sair do  acostamento, se o caminhoneiro continuar parado como está e não fizer a  mercadoria circular. A segunda-feira está sendo considerada um dia  crucial para se medir a temperatura do que está por vir, mas os  militares lembram que surgiu um problema crítico: a greve de 72 horas  dos petroleiros, anunciada para a zero hora de quarta-feira.
À disposição
Os militares reiteram, no entanto,  que estão à disposição para ajudar, no que for preciso, sempre dentro do  respeito aos preceitos constitucionais e agindo seguindo os pedidos do  Planalto, e não por iniciativa própria.
O maior incômodo deles é que quando  o presidente Temer anunciou que estava convocando as forças federais  para ajudar a restabelecer a ordem e retomar o abastecimento do País,  ficou parecendo que os militares iam chegar e, como se fosse função  deles, resolver o problema da paralisação dos caminhoneiros no fim de  semana. “Não é nosso papel”, reclamou outro integrante do alto comando  das Forças, lembrando que eles atuam para apoiar outras ações.
Este mesmo militar lembrou que, no caso  do Rio, a forma como foi colocada a questão, deu a impressão de que os  militares, ao assumirem a segurança pública do Estado, iam resolver o  problema da criminalidade em um mês, devolvendo a tranquilidade da  população, que foi destruída ao longo de décadas, com contaminação de  todos os poderes locais.
Afogadilho
A avaliação é de que, no processo dos  caminhoneiros, todas as medidas foram tomadas de afogadilho, atirando  para todos os lados e, ao final, se tornando refém da categoria,  deixando claro para o País a péssima sensação de que “está dando tudo  errado”.
Os militares observam ainda que é  muito ruim o governo estar negociando com a faca no pescoço. De acordo  com vários integrantes da cúpula consultados, o governo parece “estar  perdido” na condução desse processo porque não sabe quem é o  interlocutor certo e com quem está negociando.
FAB vai abastecer hospitais com 24 toneladas de medicamentos
Dois cargueiros Hércules C-130 vão decolar do Rio para Montes Claros, onde recolherão 1 mil caixas de remédios; porto de Santos está guarnecido desde domingo por 250 fuzileiros navais
Roberto Godoy, O Estado De S.paulo Publicado Em 28/05 - 16h57
A Força  Aérea Brasileira (FAB) vai designar ainda nesta segunda-feira, 28, dois  aviões cargueiros do primeiro grupamento do Rio de janeiro (Ala 11) para  o abastecimento de hospitais do País.
Nesta segunda-feira, dois  cargueiros Hércules C-130 vão decolar da capital fluminense para a  cidade de Montes Claros (MG). Lá, vão receber mil caixas de medicamentos  e insumos hospitalares, cerca de 24 toneladas de remédios.
Cerca de 16 toneladas seguirão para  as cidades de Recife e Caruaru, em Pernambuco, ainda nesta  segunda-feira. As oito toneladas restantes serão distribuídas na  terça-feira, ainda sem destinação específica.
Marinha. No Estado de São Paulo, o porto  de Santos está guarnecido desde domingo por 250 fuzileiros navais que  chegaram ao terminal marítimo a bordo do navio Bahia, também deslocado  do Rio de Janeiro. Os fuzileiros são apoiados por um esquadrão de  blindados Piranha e por um helicóptero empregado em reconhecimento  aéreo.
Segundo o Comando da Marinha, a missão do grupo é garantir as operações do porto.
O Bahia é um navio de combate anfíbio  comprado pelo governo do Brasil, na França, em 2015. Desloca 11.300  toneladas e mede 168 metros, o equivalente a um campo e meio de futebol.
Pode receber 450 fuzileiros além dos 300 tripulantes, veículos de desembarque, blindados e 3 helicópteros.
Ministério da Saúde aciona FAB, Exército e companhias aéreas para repor estoques de remédios
Medicamentos para pacientes que fizeram transplantes ou fazem tratamento de câncer com estoques para apenas dois dias
Lígia Formenti Publicado Em 28/05 - 20h26
BRASÍLIA -  Com dificuldade para escoar remédios para Estados por causa da greve dos  caminhoneiros, o Ministério da Saúde solicitou auxílio da Força Aérea  Brasileira para transporte de produtos. Parte deles tem estoques  suficientes para apenas dois dias.
A pasta pediu ainda escolta das  Forças Armadas para transportar por via terrestre os medicamentos entre  os Estados e auxílio das companhias aéreas para que os produtos sejam  levados em caráter prioritário. Na lista, estão medicamentos para  tratamento de câncer, para pacientes transplantados, remédios de alto  custo, além de vacinas e drogas usadas na terapia anti-HIV.
O Ministério da Saúde classificou a cesta  de produtos comprada de forma centralizada por critério de prioridade.  Para casos urgentes, estoques são suficientes para dois dias. Esse é o  caso, por exemplo, de alguns imunossupressores (indicados para pacientes  que fizeram transplante) e do trastuzumabe, usado no tratamento de  câncer de mama. Há ainda produtos cujo abastecimento é considerado  grave: com quantitativo suficiente para atender 5 dias de demanda. Há  ainda itens considerados em situação de “observação”, com estoques para  10 dias.
As dificuldades também são encontradas no  setor varejista. Farmácias e drogarias continuam sem receber  medicamentos, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Redes de  Farmácias e Drogarias, Sérgio Mena Barreto. De acordo com ele,  transportadoras, com medo de perder a mercadoria, preferem manter  carregamentos em seus armazéns. “Os bloqueios liberam apenas  medicamentos para hospitais, não para o comércio varejista”, disse.
Para Mena Barreto, se a situação  perdurar, haverá desabastecimento importante de remédios ainda esta  semana. “A situação é preocupante”, resume. Barreto afirma que, no  Paraná, mesmo caminhões com selos da Defesa Civil não conseguem  ultrapassar os bloqueios.
Quando a barreira é ultrapassada, o  problema é apenas amenizado. Isso porque, entregue a carga, o caminhão  vazio não consegue fazer o caminho de volta. “E aí, novas entregas ficam  prejudicadas”, afirma Mena Barreto.
Transplantes. Embora considerado  como cirurgia de emergência, a realização de transplantes no País sofreu  uma redução nos últimos dias, também em virtude da paralisação. “É um  efeito cascata. Nessa situação, diminuem as notificações de possíveis  doadores e, com isso a captação e, em consequência, as cirurgias”,  afirmou o diretor superintendente do Hospital do Rim da Universidade  Federal de São Paulo, José Osmar Medina Pestana. Os números mostram o  impacto. Mensalmente, são feitos cerca de 80 transplantes no hospital.  Este mês, foram 60.
O presidente da Associação Brasileira de  Transplante de Órgãos, Paulo Pêgo, tem avaliação semelhante. Sem falar  em dificuldades. Neste sábado, um transplante de pulmão somente pode ser  realizado graças a escolta feita pela Polícia Militar de São Paulo.
Empresários pedem e 300 militares já dirigem caminhões privados
Coluna Do Estadão Publicado Em 29/05 - 05h30
Empresários  já solicitaram às Forças Armadas 300 militares para dirigir caminhões  que estão parados por causa da greve de seus motoristas, iniciada há  nove dias. Há 1.500 militares de prontidão para atender à demanda. O  governo também autorizou os militares a transportar caminhões de  autônomos, seja atendendo quem se sentir acuado a aderir à greve ou por  requisição de bem. Não houve aplicação, até o momento, do decreto que  autoriza a requisição de veículos particulares necessários ao transporte  rodoviário de cargas essenciais.
Só empresas. Por enquanto,  os militares só estão dirigindo caminhões de transportadoras. As Forças  Armadas ainda não receberam requisição feita por motoristas autônomos.
Apaga a luz. A maior preocupação  do governo ontem era com a greve dos petroleiros. Oficialmente, o  Planalto diz que esse é um problema para a Petrobrás resolver, mas nos  bastidores acompanha com atenção. Teme que a paralisação marcada para  quarta contamine outros setores.
Às favas. Embora alertado pela  área técnica de que medidas anunciadas para atender os caminhoneiros  podem ser contestadas na Justiça, o governo cedeu ao argumento de que é  melhor a batata quente no colo do Supremo do que no seu.
Quem paga? A mais polêmica das MPs  é a que isenta caminhoneiros da cobrança do eixo suspenso de pedágio.  Não há dúvidas no Planalto de que as concessionárias de rodovias vão  questionar judicialmente o prejuízo causado a elas pela nova lei  nacional.
Toma lá… Para evitar que as  concessionárias compensem o prejuízo com aumento no pedágio cobrado dos  demais motoristas, o governo pode prorrogar o prazo das concessões ou  isentá-las de fazer investimentos obrigatórios nas vias.
Caindo. O governo identificou uma  redução no apoio à greve dos caminhoneiros nas redes sociais. Na sexta,  53,5% dos posts eram favoráveis ao movimento. Ontem, caiu para 34,5%.
Reataram. “A paz está  estabelecida”, comemorou o ministro Carlos Marun (articulação política)  citando o presidente Temer, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira. Os três  passaram a semana passada um falando mal do outro.
Liberado. Ao contrário dos  ministros do STF e do TSE, os integrantes do Superior Tribunal de  Justiça (STJ) não se reunirão para sessões de trabalho nesta semana, já  reduzida com o feriado de Corpus Christi.
Ah tá. Uma resolução do próprio  STJ prevê sessões nas primeiras quatro semanas de cada mês. Esta semana,  de 28 de maio a 1.º de junho, é a quinta do mês de maio. De acordo com a  assessoria do STJ, as atividades dos ministros “serão desenvolvidas nos  gabinetes ou nas comissões”.
CLICK. Na tarde de ontem, alguns  McDonald’s em Brasília não tinham nenhum dos seus sanduíches para venda  devido ao desabastecimento provocado pela greve.
Ato secreto. A presidente do  Supremo, Cármen Lúcia, recebeu ontem no fim do dia a procuradora-geral,  Raquel Dodge, no gabinete. O encontro não foi registrado na agenda  delas. Foi marcado de última hora, dizem.
Trem da alegria. O Senado aprovou  ontem MP relatada pelo senador Romero Jucá (MDB-RR) que efetiva como  servidor federal quem teve vínculo com os ex-territórios de Rondônia,  Roraima e Amapá até 1993. O custo é de R$ 3 bilhões.
PRONTO, FALEI! 
“Não tem almoço de graça. Quem vai pagar a  conta das isenções aos caminhoneiros é a população brasileira”, DO  VÍCE-LÍDER DO GOVERNO NA CÂMARA, BETO MANSUR (MDB-SP), sobre as reduções  no óleo diesel para a categoria.
COM NAIRA TRINDADE. COLABORARAM TÂNIA MONTEIRO E RAFAEL MORAES MOURA
Defesa nacional e garantia da lei e da ordem
Se Estados preparassem suas polícias, ação dos militares na segurança não seria necessária
Mario Cesar Flores Publicado Em 29/05 - 03h00
Ninguém  questiona o emprego das Forças Armadas no controle das fronteiras, do  mar costeiro e do espaço aéreo, atividade que no Brasil tem de ser,  parcial ou totalmente, da alçada militar. Tampouco na segurança de áreas  críticas, em eventos do tipo Olimpíada e na solução de problema  operacional além da capacidade da polícia. À margem do adjetivo  “armadas”, também na defesa civil em catástrofes. O que este artigo  comenta é o uso das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem, na  segurança pública – no controle da ordem em favelas do Rio de Janeiro  por meses, na inspeção de viaturas em estradas, e por aí vai –,  atividades rotineiras tipicamente da alçada policial.
O emprego frequente das Forças Armadas na  garantia da lei e da ordem, embora constitucional, é um desvio da  função militar básica. Tende a estimular a ideia de que em país como o  Brasil, pacifista e não pressionado por problemas de defesa nacional –  sem envolvimento protagônico em guerra há 150 anos (Guerra do Paraguai)  –, é exatamente esse desvio de função o papel de destaque hoje no rol  das atribuições das Forças. Esse tropeço cultural e o sufoco fiscal que  cerceia o cumprimento dos encargos da União sugerem naturalmente as  perguntas: se não temos ameaça clássica, efetiva ou ao menos verossímil,  que possa exigir o emprego das Forças Armadas, por que empenhar  recursos escassos em submarinos, aviões e carros de combato modernos, na  defesa antiaérea...? Se o nosso problema é a criminalidade, a violência  e a desordem epidêmicas, por que não direcioná-los para o preparo  coerente com ele, de custo muito menor, até mesmo apoiando os Estados,  em crise fiscal tão ou mais grave do que a federal, no preparo e  modernização de suas polícias?
Compreensível no povo, o desvario também  acontece em setores bem informados e da mídia, por convicção equivocada,  mas sincera, ou porque ainda vivem o rescaldo do período autoritário –  um contrassenso, já que os militares dedicados à a defesa nacional foram  menos envolvidos na heterodoxia daquele período. No mundo político, as  opiniões se estendem dos que veem a atuação militar na garantia da lei e  da ordem como aviltamento da Federação aos que veem com simpatia a  assunção de responsabilidade estadual pelo governo federal.
Não se pode menoscabar a garantia  da lei e da ordem, mas enfatizá-la acima da defesa nacional é desafiar  irresponsavelmente o futuro: a dinâmica da História não assegura  perpetuidade à segurança sentida hoje, muito menos num mundo integrado e  de interdependência crescente, com suas atribulações e conflitos de  toda ordem; e Forças Armadas modernas não se constroem de um dia para o  outro, seu preparo é caro, convindo estendê-lo criteriosamente no tempo.  Já se foi a época em que se organizava rapidamente um Exército via  mobilização e treinamento dos recrutas para o uso de armas e táticas  simples.
Não há como fugir dessa realidade: nossa  condução política, aquém dos desafios brasileiros (razão maior do  déficit social), e nosso paradigma cultural propenso à tolerância  trouxeram o Brasil ao cenário de insegurança pública dramático, que  exige atuação militar-policial expressiva e frequente na garantia da lei  e da ordem. Essa atuação constitucional é heterodoxa sob a  perspectiva da finalidade básica clássica das Forças Armadas e seria  desnecessária se os governos estaduais tivessem preparado corretamente  seus sistemas policiais – preparo material e humano, profissional e  ético. A necessidade da cirurgia federal, paliativo transitório, vai  continuar se repetindo enquanto persistir a fragilidade do quadro  estadual.
Sem a concomitante redução de nosso  dramático déficit social, o sucesso das interveniências milibares na  garantia da lei e da ordem tende a ficar (tem ficado) abaixo do  propalado pelo otimismo publicitário. Consequência natural: corremos o  risco de queda na já cética simpatia do povo pela presença militar no  seu cotidiano e de comprometimento da credibilidade das Forças Armadas –  risco tanto maior quanto maior for a dimensão da intervenção. Pior  ainda se em conflitos entre delinquentes e forças federais “balas  perdidas” vierem a matar inocentes: elas serão imediatamente atribuídas  aos militares-policiais, como vêm comumente sendo aos  policiais-miltares. Esse risco existe hoje no Rio de Janeiro, onde a  insegurança pública chegou ao nível apocalíptico e a intervenção vem  sendo enaltecida como redentora. Ela trará com certeza algum alívio, mas  será um alívio parcial e provavelmente transitório, que só terá  continuidade se o Estado exercer com competência sua responsabilidade – e  os municípios, no tocante às suas, basicamente sociais.
Enfim e resumindo: no Brasil de  propensão cultural pacifista e hoje tumultuado por graves problemas  internos de criminalidade, violência e desordem, aumenta no povo a  indiferença (já grande) pela defesa nacional e a ideia da desimportância  das Forças Armadas, ao menos para essa finalidade. Bastar-nos-ia uma  Marinha, um Exército e uma Aeronáutica com as feições de uma guarda  costeira, uma guarda nacional (ou força nacional de segurança) e uma  guarda nacional aérea, preparadas para as atribuições inerentes a essas  instituições e para apoiar os sistemas policiais na segurança pública!
Essa cultura de indiferença pela defesa  fragiliza o País no futuro incerto, na sua inserção na ordem  internacional. Convém conter a presença militar na garantia da lei e da  ordem nos limites da imprescindibilidade temporária. E para que a  imprescindibilidade temporária não continue frequente é preciso – além  de medidas sociais, fora do foco deste artigo – que os Estados preparem  seus sistemas policiais em coerência com a realidade.
Federação é o modelo adequado ao Brasil, grande, complexo e heterogêneo, desde que praticada com competência e responsabilidade.
Medicamentos começam a chegar a hospitais, mas em pouca quantidade
Hospital da Unicamp cancelou transplante de fígado por falta de bolsas de sangue. No DF, todos os postos de saúde estão fechados.
Publicado Em 28/05/2018 - 21h00
Apesar de alguns caminhões com medicamentos passarem pelos bloqueios, o que chega aos hospitais não é suficiente.
O Hospital das Clínicas da Unicamp  cancelou, nesta segunda-feira (28), um transplante de fígado por falta  de bolsas de sangue. Os doadores não estão conseguindo chegar ao  hospital em Campinas.
Já no Tocantins, são os pacientes que  estão parados no caminho. A avó saiu do Pará e está tentando ir até  Palmas para socorrer a netinha: “Nós estamos sem combustível, nós  estamos no meio da estrada e estamos pedindo socorro”.
A dona de casa Eliane Francisco está  esperando desde março por uma cirurgia para a retirada de dois miomas.  Achou que seria nesta segunda. Mas o hospital Gaffrée Guinle, no Rio,  mandou a paciente de volta para casa. “Frustrada, né? Porque eu sinto  muitas dores, eu estou dormindo praticamente sentada. Achei que eu ia  poder resolver”, lamenta.
Na capital do país, todos os postos de  saúde estão fechados. Alguns hospitais de Brasília também cancelaram  consultas e atendimentos.
Em João Pessoa, um hospital público  cortou a alimentação de funcionários e dos acompanhantes para não faltar  comida para os pacientes.
Por todo o país, medidas de emergência estão sendo tomadas para abastecer os hospitais.
Dois aviões da Força Aérea  Brasileira levaram, nesta segunda, 16 toneladas de remédio de Montes  Claros para Recife, na chamada Operação São Cristóvão.
A crise chegou aos hospitais particulares. A associação nacional da categoria diz que a situação é crítica em muitas cidades.
“Nós estamos recebendo uma quantidade  pequena de insumos e materiais. Então vai depender muito da colaboração  dessa greve de deixar, permitir, o acesso de materiais para os hospitais  para a gente poder funcionar adequadamente”, diz o presidente da  associação, Eduardo Amaro.
No Hemorio, o maior serviço de coleta de  sangue do Rio de Janeiro, não faltam materiais. Agulhas, bolsas, tubos e  luvas estão garantidos no estoque. Mas falta o principal, o doador, que  não está conseguindo chegar por falta de transporte. No ritmo atual, o  estoque só dura por mais cinco dias.
“Ontem eu estava na estrada de moto, na  estrada, sem gasolina, e dependi de doação de gasolina. Hoje eu estou  pagando, doando sangue", disse um doador que estava no local, o  fotógrafo Rogério Borges.
Uma clínica de hemodiálise no Rio chegou a  receber material, que já está acabando de novo. Os caminhões até  passaram pelos bloqueios, mas a fábrica interrompeu a produção.
“Hoje a fábrica fechou justamente por  falta de matéria-prima, por falta de funcionário, por falta de alimento  para os funcionários”, diz a médica Ana Beatriz Barra.
Seu José depende desse tratamento há 11  anos. Nunca imaginou que a máquina que lhe dá forças também corresse o  risco de fraquejar: “Estou preocupado, estou extremamente preocupado.  Porque se ela não funcionar... Se meu anjo da guarda bater asas, eu me  vou. Então, estou apreensivo”.
As fake news sobre a greve dos caminhoneiros
Da Redação Publicado Em 28/05 - 17h44
A greve de  caminhoneiros, que nesta segunda-feira (28) entra em seu oitavo dia,  parece estar deixando o campo da economia e adentrando a esfera  política, com diversos grupos se aproveitando para difundir fake news  pelas redes sociais e pelo WhatsApp.
Veja algumas das informações falsas que estão sendo compartilhadas:
O corte da energia elétrica
Neste fim de semana, circulavam vídeos  com informações de que o governo cortaria energia elétrica de todo o  País se a greve não chegasse ao fim.
Bloqueio do WhatsApp
Também eram compartilhadas mensagens  sobre uma suposta atualização do aplicativo, que ‘bloquearia  imediatamente’ seu uso, dificultando a comunicação entre os  caminhoneiros em greve.
 ‘Quebra-pau’ na Câmara e estado de sítio
Outra mensagem falava de uma confusão na Câmara dos Deputados, com direito a deputados saindo no braço.
O presidente Michel Temer teria, ainda, decretado estado de sítio, mas a TV não estaria cobrindo o assunto propositalmente.
A renúncia de Temer
Outra informação falsa muito  compartilhada foi a de que o presidente estaria prestes a renunciar ao  cargo. O site Aos Fatos, que checa publicações enganosas nas redes  sociais, entrou em contato com a Secretaria de Imprensa da Presidência  da República, que desmentiu o boato: “a informação é absurda, carece de  qualquer fundamento”.
 Intervenção Militar
Entre grupos de Whatsapp, também  circulam correntes alertando sobre a iminência de uma suposta tomada do  poder pelas Forças Armadas e tiram de contexto ou inventam falas de  autoridades como o próprio comandante do Exército, o General Eduardo  Villas Boas.
Outras dão “dados detalhados” sobre  operações especiais do Exército para tomar o poder, sem citar fontes, e  também afirmam erroneamente que a Constituição Federal prevê “prazo de 7  dias e 6 horas de paralisação para que o Exército assuma o poder”.
Segundo informações do Estadão, a  grande preocupação das Forças Armadas com o compartilhamento desses  boatos é parecer que os militares, de fato, querem um protagonismo.
Presença de militares nas eleições de 2018 tende ser a maior em 12 anos
Luis Filipe Gunther Publicado Em 28/05 - 18h53
O discurso  nacionalista tem tomado conta dos debates políticos nas eleições de  2018. Faltando pouco menos de cinco meses para a população ir às urnas e  definir seus representantes pelos próximos quatro anos, uma onda de  militares está se organizando para concorrer a cargos eletivos neste  ano.
Levantamentos iniciais apontavam 71  pré-candidatos ligados ao Exército, Marinha e Aeronáutica em todo o  país, o maior número de candidatos em uma eleição geral pelo menos desde  2006. Mas para Carmen Flores, presidente do diretório estadual do  Partido Social Liberal (PSL), principal partido a estimular as  pré-candidaturas, militares também deverão disputar cargos por outros 13  partidos parceiros - PSDB, PSC, PR, PEN, PRP, PRTB, Novo, Patriotas,  DEM, PHS, PROS, PTB e PSD - , nas convenções. Em sua estimativa, o  número de candidatos pode passar de 200.
No Rio Grande do Sul, pelo menos  cinco pré-candidatos disputarão uma cadeira na Assembleia Legislativa.  Um deles é o tenente-coronel Luciano Zucco. O militar se apresenta como  "o candidato do Bolsonaro no Sul" e acredita que esta maior presença da  categoria nas eleições gerais é causada pela "vontade de ver mudanças  sociais, baseadas nos nossos princípios e virtudes, e porque depois de  tanto tempo, de forma democrática, queremos ter voz novamente".
Zucco observa que os candidatos não  estão todos na ativa. "Aproximadamente 90% estão na reserva do exército  e demais forças", afirmou. O que realmente pesou no lançamentos destas  pré-candidaturas, na visão do tenente-coronel, foi o apoio dos militares  de expressão, como o general Mourão e o general Augusto Heleno.
Com a crise política e a crise  socioeconômica, diversas teorias de uma possível intervenção dos  militares foram levantadas. Sobre esse tema, Zucco respondeu que "não  temos mais espaço e nem tem mais esta tensão", afirmando acreditar na  mudança pela via democrática.
Com a expectativa de poucas verbas para  financiar a campanha de seus candidatos, o tenente-coronel afirmou que  buscará recursos através de "uma vaquinha online, além de investir valor  próprio na minha campanha".

O que um militar da ativa precisa para ser elegível
Além da Constituição Federal, os  militares também são regrados pelo Estatuto Militar. O promotor Rodrigo  Zílio, coordenador do Gabinete de Assessoramento Eleitoral do Ministério  Público Eleitoral, explicou que militares estão sujeitos a regras  diferentes para disputar eleições. Um exemplo é a proibição do uso das  funções hierárquicas e do uso do uniforme em campanha, porque "a pessoa  não pode valer da sua posição pública, trata-se de um crime  constitucional", afirma.
Quesitos para militares disputarem a eleição
Desincompatibilizar da sua patente  seis meses antes de concorrer a cargo eleitoral (caso tenha menos de 10  anos de carreira militar)
Agregar (se afastar temporariamente da patente) antes da convenção partidária (somente para militares com mais de 10 anos de carreira)
Renunciar a hierarquia militar, ou seja, não pode utilizar seu cargo como manobra política para se eleger
É estritamente proibida a utilização de uniforme em pré-campanha, assim como durante a campanha eleitoral
Militar da ativa não precisa estar filiado a partido, basta estar desligado ou agregado na convenção partidária.
Agregar (se afastar temporariamente da patente) antes da convenção partidária (somente para militares com mais de 10 anos de carreira)
Renunciar a hierarquia militar, ou seja, não pode utilizar seu cargo como manobra política para se eleger
É estritamente proibida a utilização de uniforme em pré-campanha, assim como durante a campanha eleitoral
Militar da ativa não precisa estar filiado a partido, basta estar desligado ou agregado na convenção partidária.
Fonte: Cap. IV - Art. 14; Estatuto Militar; Resolução TSE, Art. 14 (inciso 5º).
Dezesseis toneladas de medicamentos são transportadas de Montes Claros para Recife
Carregamento foi feito em duas aeronaves da FAB; missão acontece em apoio ao Ministério da Saúde.
Por G1 Grande Minas Publicado Em 28/05 - 21h41

Duas aeronaves da Força Aérea  Brasileira pousaram no início da noite desta segunda-feira (28) em  Montes Claros (MG), para transportar 16 toneladas de medicamentos para  Recife (PE); as aeronaves C-130 Hércules decolaram do Galeão (RJ).  Militares do exército fizeram o carregamento dos medicamentos, que  chegaram em um caminhão. A ação durou cerca de uma hora.
Segundo a Força Aérea, a missão  acontece em apoio ao Ministério da Saúde, com objetivo de minimizar os  efeitos do desabastecimento provocado pelas manifestações em todo o  país.
O Ministério da Saúde afirma que a missão  visa a “dar continuidade aos atendimentos de urgência e emergência,  hospitais, transporte sanitário, rede de hemoderivados e insumos, rede  assistencial, entre outros, durante paralisação dos caminhoneiros”.
Ainda segundo o Ministério da Saúde,  todos os estados estão sendo acompanhados e as demandas, mapeadas para  atendimento das necessidades com o apoio das forças federais, estaduais e  municipais.
Intervenção no Rio: onze índices de criminalidade sobem em 100 dias
Gabinete ainda não usou verba federal de R$ 1,2 bilhão devido a burocracia
Da Redação Publicado Em 28/05 - 05h00
Os 100  primeiros dias de atuação do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), no  Rio de Janeiro ainda não conseguiram pacificar o estado. Pelo menos 11  índices de criminalidade cresceram entre fevereiro e abril deste ano, em  comparação ao mesmo período do ano passado. As informações foram  divulgadas pelo G1.
O GIF também não conseguiu ainda utilizar  a verba de R$ 1,2 bilhão destinada pelo governo federal para a  segurança pública no estado, anunciada desde março. Isso porque, de  acordo com a reportagem do G1, a burocracia obrigou o gabinete a criar  uma secretaria administrativa para a intervenção poder gerenciar a verba  e os trâmites ainda não permitiram acesso aos recursos.
Para trabalhar, o interventor,  general Walter Braga Netto, contou com doações de armas e munições feita  por empresários e com a estrutura das Forças Armadas para treinar  policiais e recuperar viaturas da Polícia Militar carioca.
Os homicídios dolosos subiram de 362 em  2017 para 395, este ano; enquanto o número de pessoas desaparecidas teve  aumento de 947 para 1.131 casos. Os roubos a mão armada no estado  subiram de 16.912 para 22.535 e os sequestros relâmpago contabilizados  este ano somaram 25 casos, enquanto no trimestre analisado, em 2017,  foram 16.
Entre os tipos de crime que sofreram  aumento há ainda os roubos de veículos, de telefones celulares, no  interior do transporte coletivo e o roubo de cargas, que vem sendo  motivo para diversas operações das forças de segurança em favelas  cariocas.
"A direção está certa e nossa  avaliação é boa sobre a intervenção. Não cabe pedir paciência às  pessoas, mas pedimos compreensão e confiança. Os índices estão baixando.  A expectativa é que teremos uma redução significativa nos próximos  dois, três meses", declarou ao G1 o coronel Roberto Itamar, porta-voz do  Gabinete de Intervenção.
O presidente Michel Temer anunciou a  intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro no dia 16 de  fevereiro deste ano, após a aprovação da medida pela Câmara de  Deputados e pelo Senado Federal.A estrutura do Gabinete da Intervenção é  formada por militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de  civis.
Operação integrada garante transporte de insumos básicos no País
Medicamentos e combustível em aeroportos são escoltados por forças federais. Força-tarefa envolve 21 órgãos do Governo do Brasil
Governo Do Brasil Publicado Em 28/05 - 20h05
Ação  integrada das Forças Armadas com os ministérios e agências reguladoras  têm contribuído para a retomada do abastecimento no País, afirmou o  ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, nesta segunda-feira (28). "Com  a missão de Garantia e da Lei e da Ordem, vamos garantir o  abastecimento essencial para a economia e para a população", disse o  general, em entrevista coletiva para apresentar o balanço da operação.
O chefe do Estado Maior das Forças  Armadas do Ministério da Defesa, almirante Ademir Sobrinho, reforçou o  empenho do Governo do Brasil em desobstruir vias, preservar a ordem  pública e estabelecer o fluxo de abastecimento de alimentos e itens  prioritários, como insumos de saúde. De acordo com o almirante, o  planejamento, que envolve 21 órgãos, já restabeleceu a entrega de  combustível em 15 aeroportos e duas termelétricas. "O fluxo de  medicamentos está em andamento, assim como a continuidade do  abastecimento de aeroportos e a garantia de que mantimentos e rações de  animais cheguem à população", afirmou.
PRF vai prender caminhoneiro que impedir fim da greve
Instituição tem policiais de inteligência infiltrados entre os caminhoneiros para descobrir "falsos líderes" que tentam manter a paralisação
Da Redação Publicado Em 28/05 - 23h32
Em um novo  balanço sobre a greve dos caminhoneiros, o Ministério da Defesa e a  Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciaram no fim da tarde desta  segunda-feira, 28, que não existem mais bloqueios totais ou parciais nas  rodovias do país. De acordo com o levantamento da PRF, ainda há 494  pontos de aglomeração de motoristas, mas todos estão parados nos  acostamentos ou nos pátios de postos de gasolina.
Policiais da inteligência da PRF estão  infiltrados no movimento para tentar identificar e prender líderes que  insistem para que os caminhoneiros permaneçam parados, afirmou o  diretor-geral da instituição, Renato Antonio Borges.
Segundo Borges, agentes da PRF perceberam  que em alguns pontos de aglomeração os caminhoneiros estão sendo  coagidos por falsas lideranças a manter a greve. “Se flagrarmos um  desses falsos líderes, faremos a prisão em flagrante da pessoa”,  garantiu. O diretor disse, ainda, que, caso haja resistência de um  desses “falsos líderes”, os militares, que acompanham as operações de  liberação de vias, “garantirão a lei e a ordem”. “Estamos prontos e  preparados para garantir a segurança de todo motorista que desejar  seguir viagem.”
O principal gargalo a ser vencido após oito dias de greve continua sendo o desabastecimento de combustíveis, aponta o governo. Durante  a apresentação do balanço, o chefe do Estado Maior conjunto das Forças  Armadas, Ademir Sobrinho, afirmou que foi criado um corredor logístico  entre Belo Horizonte e Brasília para que seja possível transportar  caminhões-tanque até o Aeroporto Juscelino Kubitschek, localizado na  capital federal.
Sobrinho disse também que, a partir  desta terça-feira, 29, serão abertos outros corredores para normalizar o  fluxo contínuo de insumos básicos em todo o país, como rações para  animais nas granjas instaladas nas regiões Centro-Oeste e Sul, produtos  químicos para realizar o tratamento de água e produtos para a realização  de sessões de hemodiálise e outros serviços hospitalares.
“Junto com as forças públicas de  segurança estaduais e a PRF, estamos conseguindo prover óleo diesel para  as capitais. A logística é dispersa: às vezes temos caminhão, mas sem  combustível”, afirmou Sobrinho.
Constituição não prevê intervenção militar após 7 dias e 6 horas de greve
Áudio compartilhado no WhatsApp diz que o artigo 1º da Constituição prevê intervenção em casos como a greve de caminhoneiros. Tudo mentira
Por João Pedroso De Campos Publicado Em 28/05 - 18h47
A greve dos  caminhoneiros, que entrou no oitavo dia nesta segunda-feira, 28, e o  desgaste político que a paralisação da categoria causou ao governo do  presidente Michel Temer (MDB) alvoroçaram os saudosistas da ditadura  militar e os entusiastas de uma “intervenção militar constitucional”.  Não são poucos os boatos que têm circulado no WhatsApp e nas redes  sociais nos últimos dias afirmando que os militares estão prestes a  tomar o poder.
Uma dessas lorotas, compartilhada  no aplicativo de mensagens por meio de um áudio, era exata: a  intervenção militar teria se dado à meia-noite desta segunda-feira. O  emissor da mensagem, que fala como um dos caminhoneiros em greve, diz  que esse era o prazo de “sete dias e seis horas”, previsto pela  Constituição para que os militares “retirassem à força” o governo.
Veja abaixo a transcrição do áudio:
“Pedro, é o seguinte, na Constituição, no  artigo primeiro, fala que são sete dias e seis horas para o Exército  poder tomar conta de tudo, tomar a frente, chegar lá com todo seu  comboio dos tanques militares, caminhões, soldados, chegar lá na frente  do plenário em Brasília e retirar à força o governo. Hoje está no sexto  dia. Vai dar sete dias e seis horas na segunda-feira à meia-noite. As  tropas já estão mobilizando as carretas, os tanques já estão passando.  Passou aqui ontem três carretas e seis tocos com os homens dentro deles.  Os próprios rodoviários avisou (sic) a gente que o governo já caiu, é  só questão de a gente segurar. A gente não pode afrouxar agora. O  presidente e a mídia, a mídia comprada, toda essa mídia comprada, eles  estão falando que o Rodoanel liberou, não, nada liberou. Eles estão  reorganizando a rodovia, porque no estado de São Paulo existe um  mandato, um assinado judicial que não pode ficar nenhum veículo parado  na faixa de rolamento e acostamento, então eles estão organizando os  caminhões. O Exército está em Brasília organizando os caminhões. Tem que  aguentar até segunda-feira meia-noite, que é o dia da intervenção  militar. Não tem mais boca, o governo perdeu, já era, acabou, só que a  gente tem que segurar. É o artigo primeiro da Constituição brasileira,  sete dias e seis horas”.
Como todos sabem, a intervenção militar  alardeada pela mensagem apocalíptica não aconteceu à meia-noite desta  segunda-feira. Comboios das Forças Armadas não estão cercando o  “plenário” e o governo do presidente Michel Temer, embora enfraquecido  politicamente, não acabou.
Isto posto, cabe ressaltar que nem o  artigo 1º da Constituição Federal nem qualquer outro artigo preveem que  os militares possam tomar o poder após sete dias e seis horas de greve  de alguma categoria. É risível imaginar essa norma escrita na Carta  Magna de qualquer país democrático. O primeiro artigo da Constituição  promulgada em 1988 diz o seguinte:
Art. 1º A República Federativa do Brasil,  formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito  Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como  fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do  povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,  nos termos desta Constituição.
O artigo 142 da Constituição de 1988,  amplamente evocado pelos intervencionistas como base para a tal  “intervenção constitucional”, também é claro sobre quem manda nas Forças  Armadas:
“As Forças Armadas, constituídas  pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições  nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e  na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e  destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais  e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
O trecho acima quer dizer que uma  iniciativa do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica para garantir a lei  e a ordem só pode ocorrer a partir de iniciativa dos “poderes  constitucionais”, isto é, Executivo, Legislativo e Judiciário. Quando há  problemas na segurança pública, por exemplo, o presidente pode acionar  os militares por meio de decretos de Garantia da Lei e da Ordem, as  populares GLOs, utilizadas recentemente em crises no Espírito Santo e no  Rio de Janeiro. Outra medida possível, como vemos atualmente no Rio, é a  intervenção federal — e não “intervenção militar”, embora conduzida por  um interventor militar — na segurança pública. Neste caso, a  intervenção teve de ser aprovada também pelo Congresso Nacional e impede  que os parlamentares aprovem qualquer Proposta de Emenda à Constituição  (PEC) durante sua vigência.
Qualquer ação militar em nome da  lei e da ordem tomada fora desses parâmetros é, portanto,  inconstitucional. Costuma-se chamar de “golpe” qualquer ação das Forças  Armadas contra os “poderes constitucionais”, especialmente o Executivo e  presidentes democraticamente eleitos.
Como o Me Engana que Eu Posto  frequentemente alerta ao leitor, “denúncias” e notícias bombásticas  propagadas exclusivamente no WhatsApp, ao largo da imprensa  profissional, como é o caso, devem ser vistas com alto grau de  desconfiança. Revistas, jornais, rádios e emissoras de TV com  jornalistas profissionais têm coberto ostensivamente a greve dos  caminhoneiros e são os meios mais indicados para obter informação em  meio a tanta desinformação e fake news.
Telebras e Viasat terão que pagar multa de R$ 5,1 milhões à Via Direta
Prazo de 48h para entregar contrato Negociação de satélite está travada. Telebras solicita sigilo de justiça
Marlla Sabino Publicado Em 28/05 - 18h55
A Justiça  Federal do Amazonas determinou que a Telebras e a Viasat paguem multa de  R$ 5,1 milhões à Via Direta em até 10 dias (íntegra).
A juíza Jaiza Maria Fraxe, da 1ª  Vara Cível da Justiça Federal no Amazonas, alega que as empresas  descumpriram a ordem de apresentar a íntegra, sem tarjas, do contrato  que envolve a exploração comercial do satélite SGDC.
A estatal brasileira chegou a enviar uma  cópia do documento para a Justiça, no entanto, tarjou todas as  informações sobre o plano de negócio das empresas, modelo da venda e  valores. O documento foi recusado pela Justiça do Amazonas.
A juíza estipulou prazo de 48 horas para a  empresa apresentar uma cópia do contrato à Justiça. Na decisão, a  magistrada afirmou que, caso o prazo não seja cumprido, será feita busca  e apreensão do documento pela PF (Polícia Federal).
A diretora jurídica da Telebras, Isabel  Santos, afirmou que a empresa ainda não foi notificada sobre as  determinações. Ela disse ao Poder360 que, em nenhum momento, a estatal  de telecomunicações se recusou a cumprir os prazos e determinações da  Justiça.
“A Telebras não se opõe de forma nenhum a  ordem judicial. Solicitamos que fosse adotado 1 procedimento para  resguardar o sigilo do documento. Vários documentos vazaram”, disse.
Isabel afirmou que a estatal solicitou a  entrega física do documento, em pasta reservada, à Justiça. Segundo ela,  a empresa está aberta à inspeção judicial do Poder Judiciário e do  Ministério Público.
Segundo a diretora jurídica, não há  intenção de esconder o contrato. Ela explicou que, em fevereiro, quando  as empresa fecharam a negociação, foi enviada uma cópia do contrato ao  TCU (Tribunal de Contas da União).
“A Telebras é uma empresa estatal que  atua em pé de igualdade à iniciativa privada nesse setor. Não queremos  que nossos concorrentes possam ter acesso às cláusulas com informações  comerciais. Uma vez que o contrato for aberto, não tem reversão”,  afirmou.
Para a juíza, no entanto, não basta o  contrato ter passado pelo crivo do TCU. “O fato não retira das  requeridas o dever de cumprir as determinações da Justiça Federal de  apresentar o documento sem tarjas ou qualquer artifício que possa  dificultar (pelas partes, MPF e Juízo) a compreensão do seu teor”.
A ação foi movida pela empresa amazonense  Via Direta, que alega que estava negociando com a empresa para usar 15%  da capacidade do satélite.
Ao Poder360, o presidente da Telebras,  Jarbas Valente, afirmou que a empresa chegou a demonstrar interesse, mas  não houve negociações.
Contrato suspenso
Contrato suspenso
A juíza questionou a Telebras por manter o  satélite em funcionamento, gerando internet na fronteira do estado de  Roraima, mesmo após a suspensão do contrato, em março.
“A própria Telebras informa em sua  contestação que as operações foram iniciadas na Escola Municipal  Casimiro de Abreu e na Escola Indígena Tuxaua Silvestre Messias, na data  de 30.03.18, e não foram interrompidas, confirmando sua indiferença em  face das determinações judiciais”, escreveu.
A diretora jurídica explicou que as  instalações foram feitas antes da Telebras ser notificada da decisão de  suspensão do contrato. Segundo ela, desde que a empresa teve ciência,  nenhuma instalação ou manutenção no sistema foram feitas.
Metalúrgicos de São José atrasam produção em apoio a caminhoneiros e em defesa de Greve Geral
Redação Portalr3 Publicado Em 28/05/2018
 A greve nacional  dos caminhoneiros recebeu o apoio dos metalúrgicos de São José dos  Campos, nesta segunda-feira (28). Em diversas fábricas, os trabalhadores  realizaram assembleias em solidariedade à categoria e defenderam a  convocação de uma Greve Geral.
O Sindicato dos Metalúrgicos é filiado à  CSP-Conlutas, que já aprovou resolução chamando todas as centrais  sindicais para uma luta unificada contra o governo Temer e em defesa dos  caminhoneiros.
Neste dia de mobilizações, houve atrasos  em quatro metalúrgicas de São José dos Campos, inclusive na Embraer. Na  Embraer, houve assembleias no primeiro turno, com os funcionários da  produção, e turno administrativo. Em ambas, os trabalhadores aprovaram  apoio à luta dos caminhoneiros.
Também houve assembleias na JC Hitachi,  Friuli e Prolind, com atraso na entrada dos trabalhadores. Na Hitachi,  os trabalhadores pararam uma hora. Na Prolind, o atraso chegou a duas  horas.
“A greve dos caminhoneiros mostra que  esta é a hora de os trabalhadores unificarem suas lutas e partir para  uma Greve Geral. Durante todo o seu governo, o presidente Temer agiu  contra a classe trabalhadora e em favor dos empresários. É preciso  derrubar este governo imediatamente e colocar um fim nas reformas  comandadas por ele”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
Demissões na Embraer
Além do apoio aos caminhoneiros, os  trabalhadores da Embraer também reivindicaram o fim das demissões na  fábrica e estabilidade no emprego. Desde o anúncio das negociações com a  Boeing, vem ocorrendo cortes na Embraer.
“Os trabalhadores já estão sentindo  na pele as consequências dos planos de venda para a Boeing. Por isso,  exigimos do governo federal o veto à entrega da Embraer”, disse o  diretor do Sindicato Herbert Claros.
JORNAL NEXO - Como o uso de militares nas estradas confunde entusiastas da ‘intervenção’
Grupos que querem militares no governo tentam manter mobilização dos caminhoneiros. Chefe do Exército é chamado de ‘comunista’
João Paulo Charleaux Publicado Em 28/05 - 22h46
A  mobilização iniciada por caminhoneiros no dia 21 de maio, com a intenção  de protestar principalmente contra o preço dos combustíveis, acabou se  tornando um palanque privilegiado para defensores da volta da ditadura  militar no Brasil.
O enlace entre caminhoneiros e  defensores da chamada “intervenção militar” é confusa. Na segunda-feira  (28), líderes da paralisação disseram que os motoristas queriam voltar  ao trabalho, mas os “intervencionistas” não deixavam.
Ao mesmo tempo, alguns caminhoneiros  disseram que queriam seguir mobilizados, mostrando mais alinhamento aos  “intervencionistas” do que com os representantes do próprio movimento –  classificados como “traidores”.
As primeiras faixas pedindo “intervenção  militar” foram exibidas por alguns dos caminhoneiros que estavam nos  bloqueios das estradas.
Em seguida, pequenos produtores rurais e  moradores de cidades do interior também começaram a fazer seus próprios  bloqueios, pedindo a volta do Exército ao poder (os generais assumiram o  Brasil em 1964 via um golpe de Estado numa ditadura que durou 21 anos).
Em pelo menos duas cidades gaúchas,  Santiago e Dom Pedrito, manifestantes foram para a porta dos quartéis  pedir a chamada “intervenção”. O mesmo ocorreu na Bahia e no Amazonas.
Em São Paulo, manifestantes  estenderam faixa pedindo “intervenção”, na avenida Paulista, no embalo  de uma carreata de motoristas de ônibus escolares. Nas redes sociais, os  apelos feito a generais da ativa se multiplicaram.
A reviravolta na relação com os militares
A movimentação desse setor radical e  antidemocrático já era percebida em manifestações pelo Brasil há alguns  anos. Esteve presente, por exemplo, nos protestos pelo impeachment de  Dilma Rousseff, entre 2015 e 2016. Normalmente marginal no jogo  político, ganhou visibilidade incomum com a paralisação do setor de  transportes.
Os papéis começaram a se inverter,  porém, quando, na sexta-feira (25), o presidente Michel Temer anunciou  que usaria o Exército contra os bloqueios dos caminhoneiros, apoiados  pelos defensores da “intervenção militar”.
Os primeiros sinais de confusão  apareceram em respostas a uma mensagem postada pelo comandante do  Exército, o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, que passou a ser  chamado de “frouxo” e de “comunista” por atuar contra a paralisação.
Os sinais trocados aumentaram ainda mais  depois que o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) prometeu  anistiar os caminhoneiros em caso de multa ou prisão pelos bloqueios,  caso seja eleito presidente nas eleições de outubro.
A mensagem de Bolsonaro – uma capitão da  reserva do Exército que costuma lembrar publicamente da sua condição de  militar – passou a se chocar frontalmente com a missão que os próprios  militares teriam de cumprir a mando de Temer.
O Exército no centro do debate
Nos quatro primeiros dias, a paralisação  dos caminhoneiros foi tratada como um assunto político. A situação só  mudou na sexta-feira (25), quando, depois de uma primeira tentativa  frustrada de acordo entre governo e entidades do setor do transporte,  Temer foi à TV e ameaçou empregar as “forças federais de segurança”  contra os manifestantes.
Nesse pronunciamento, feito no Palácio do  Planalto no início da tarde, o presidente não falou em “Forças Armadas”  ou em “Exército”. Com isso, deixou aberta a possibilidade de que o  termo “forças federais de segurança”, usado naquele momento, pudesse  dizer respeito apenas à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária ou até  mesmo à Força Nacional – todas elas compostas por policiais, não por  membros das Forças Armadas.
Como o anúncio – feito em tom de ameaça –  não surtiu qualquer efeito dissuasivo ao longo daquela tarde, o  presidente emitiu finalmente um decreto, quando já era noite, falando  expressamente no emprego das Forças Armadas em operações de GLO  (Garantia da Lei e da Ordem).
Segundo informações do governo, as  Forças Armadas já foram empregadas 29 vezes em missão GLO (internamente,  em papel de polícia) entre 2010 e 2017.
Normalmente, os decretos de GLO são  feitos a pedido de um governador, que declara que suas forças policiais  são insuficientes, estão indisponíveis ou são inexistentes, nos termos  da Lei Complementar 97/1999.
No caso do decreto emitido por Temer na  paralisação dos caminhoneiros, a ação foi autorizada para todo o  território nacional, sem que todos os governadores tivessem feito esse  pedido.
Os militares com o pé atrás
Nos dias seguintes à publicação do  decreto, autoridades militares se esforçaram para passar a mensagem de  que não queriam usar a força contra os manifestantes.
Na noite em que o decreto de Temer foi  publicado, Villas Bôas fez uso do Twitter para tornar pública a ordem  que ele mesmo havia dado a seus subordinados: “Diretrizes aos  comandantes de área: buscar a solução da crise sem conflitos; o  bem-estar social prevalecerá sobre interesses pontuais; privilegiar o  abastecimento de itens básicos imprescindíveis e o transporte público  nos distintos modais; e incentivar à exaustão a negociação.”
“Negociação, adesão, dissuasão”, foram as  palavras de ordem usadas nesta segunda-feira (28) pelo general de  Exército Sérgio Westphalen Etchegoyen, que é chefe do Gabinete de  Segurança Institucional da Presidência da República, para explicar o  espírito da ação dos militares na crise.
A posição de cautela e de diálogo  expressada pelos generais contrastava com o tom usado por Temer na sexta  (25). O presidente havia dito que tinha a “coragem” necessária para  recorrer às “forças federais” naquele momento.
O anúncio da medida sugeria tom  repressivo. A implementação do decreto, entretanto, pareceu restrita aos  elementos logísticos, de sobrevoo dos bloqueios para recolher  informações estratégicas, de escolta de comboios e de proteção de áreas  consideradas estratégicas, como aeroportos e refinarias de petróleo.
A questão da popularidade
Exatamente uma semana antes do início dos  protestos dos caminhoneiros, o Exército Brasileiro celebrava o  resultado de uma pesquisa de opinião que mostrava que 80,3% dos  brasileiros confiavam na instituição.
Agir contra o movimento dos  caminhoneiros, de apelo popular, especialmente entre os que defendem a  chamada “intervenção militar”, pode colocar em risco a imagem das Forças  Armadas, ainda mais se os desbloqueio de rodovias levar a situações de  uso da força.
No Rio, estado cuja área de segurança  está sob uma intervenção federal comandada por militares, o Ministério  Público cobra explicações pelo fato de a saída de caminhões-tanque na  Refinaria de Duque de Caixas, na Baixada Fluminense, ainda sofrer  restrições de manifestantes. Isso mesmo com a presença de homens do  Exército no local.
‘Quem pede intervenção não conhece o Exército’
O Nexo fez duas perguntas sobre o cenário  atual, envolvendo os militares, para Carlos Frederico Coelho, que é  professor do programa de pós-graduação da Eceme (Escola de Comando e  Estado Maior do Exército) e do Observatório Militar da Praia Vermelha.
Como essas manifestações em porta de quartel e posts no perfil do general Villas Bôas pedindo um golpe tem ecoado dentro do meio militar?
Como essas manifestações em porta de quartel e posts no perfil do general Villas Bôas pedindo um golpe tem ecoado dentro do meio militar?
Carlos Frederico Coelho São manifestações  que preocupam, pois são provenientes de segmentos da sociedade que  claramente não entendem o papel das Forças Armadas tal qual delineado na  Constituição. Nesse sentido, é importante ressaltar que tais  manifestações não possuem qualquer relação com o Exército.
O que se percebe no âmbito militar é que  há absoluto respeito à posição do comandante, general Villas Bôas, que  sempre se manifestou em defesa do respeito aos valores constitucionais e  democráticos. Creio que aqui cabe a máxima que o comandante é o espelho  da tropa, frase sempre muito repetida no âmbito militar. Aparentemente,  os manifestantes presentes nas portas dos quartéis e nas redes sociais  ou não acompanham ou não entendem as claras diretrizes vindas do  comandante do Exército.
A paralisação dos caminhoneiros é  muito popular entre entusiastas das Forças Armadas e da chamada  ‘intervenção militar’. As Forças Armadas têm 80% de índice de confiança.  Há um temor de que o emprego dos militares num assunto como esse, dos  caminhoneiros, possa reverter esse quadro?
Carlos Frederico Coelho A confiança  nas Forças Armadas está diretamente atrelada ao seu compromisso com o  cumprimento da lei e a promoção da democracia brasileira e tais níveis  de confiança hoje são apenas residualmente maiores que em anos  anteriores. É natural que num quadro de imensa degradação institucional,  a sociedade busque maior estabilidade e institucionalismo, duas  características encontradas nas Forças Armadas.
Isto dito, a contínua participação das  Forças Armadas em Operações de Garantia da Lei e da Ordem não é  desejável por ninguém e se dá apenas em razão de extrema necessidade.  Assim é e deve continuar a ser sob pena de banalização do ofício  militar.
O crescente papel dos militares
O governo Temer dá espaço cada vez  maior aos militares. A expressão mais visível desse protagonismo está na  intervenção federal em curso no Rio de Janeiro desde de fevereiro de  2018.
A intervenção em si, e a secretaria de  Segurança Pública do Rio, passaram a estar sob o comando de generais do  Exército, que só respondem ao próprio presidente da República. Essa foi a  primeira intervenção federal realizada no Brasil desde a promulgação da  Constituição de 1988 – marco da redemocratização.
Em Brasília, o Ministério da Defesa  – criado nos anos 1990 para colocar as três forças, Exército, Marinha e  Força Aérea, sob comando civil – foi entregue pelo atual governo a um  general do Exército, Joaquim Silva e Luna.
Temer também delegou aos militares o  principal papel executivo no plano de acolhida aos imigrantes  venezuelanos no Brasil, o que provocou críticas do Conselho Nacional de  Direitos Humanos. Em relatório técnico entregue ao governo no dia 18 de  maio, o Conselho falou em “militarização da resposta humanitária”.
TELE.SÍNTESE (SP) - Viasat fornecerá conectividade a jatos da Embraer
Jatos executivos Legacy 450 e 500 sairão de fábrica com terminal para conexão a banda larga por satélite em banda Ka da Viasat instalado.
Da Redação Publicado Em 28/05/2018
A provedora  de internet por satélite Viasat fechou acordo com a Embraer. A  fabricante de aeronaves vai instalar a solução de conectividade em banda  Ka da Viasat nos jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500.
As aeronaves serão equipadas com o  Global Aero Terminal 5510 da Viasat, que se conectará aos satélites  ViaSat-1 e ViaSat-2. Também estão preparados para se receber sinais da  plataforma ViaSat-3, composta por 3 satélites a ser lançados entre 2019 e  2021, sem necessidade de atualização de hardware.
As empresas dizem que cada satélite  ViaSat-3 terá capacidade de um terabit por segundo. Isso é mais do que a  capacidade total de rede dos aproximadamente 400 satélites de  comunicações comerciais no espaço atualmente – combinados.
A parceria Embraer/Viasat é a primeira  linha de conectividade de banda larga por satélite de banda Ka para  jatos executivos de cabine média. Espera-se que a velocidade inicial  oferecida seja de 16 Mbps, aumentando conforme os novos satélites entrem  em operação. A Viasat oferecerá um recurso de streaming de TV ao vivo,  que dará aos passageiros a capacidade de assistir TV, conteúdo e  entretenimento ao vivo em seus dispositivos móveis.
AEROFLAP - Força Aérea está atuando para otimizar o fornecimento de combustível na aviação brasileira
Por Agência Força Aérea Publicado Em 28/05/2018
O Centro de  Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), localizado no Rio de Janeiro  (RJ), ativou sua Célula de Decisão Colaborativa (DCC) desde quarta-feira  (23) para gerenciar a situação do tráfego aéreo, depois do início da  greve dos caminhoneiros.
O CGNA tem por missão harmonizar o  gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo e das demais atividades  relacionadas com a navegação aérea, proporcionando a gestão operacional  das ações correntes no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro  (SISCEAB) e a efetiva supervisão de todos os serviços prestados.
A DCC é composta por representantes  de Empresas Aéreas Nacionais e Internacionais, da Empresa Brasileira de  Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), dos Aeroportos Concedidos e da  Central de Transplantes, além da própria Unidade. No momento, a DCC tem  focado suas ações com o objetivo de monitorar a situação no país e,  dessa forma, assessorar as autoridades na distribuição eficaz de  combustível para os aeroportos mais importantes da malha aérea nacional.
“Por meio de reuniões com os órgãos  temos tomado as decisões em ambiente colaborativo, para que a greve dos  caminhoneiros afete o menos possível os aeroportos e o tráfego aéreo no  país”, explicou o Chefe do CGNA, Coronel Ricardo Luiz Dantas De Brito.
Confira abaixo as decisões tomadas:
Situação dos aeroportos
Tendo em vista a malha aérea do País,  foram priorizados o abastecimento nos seguintes aeroportos: Congonhas  (SP), Brasília (DF); Campinas (SP), Confins (MG); Salvador (BA); Recife  (PE); Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). O CGNA emite relatório para a  Secretaria de Aviação Civil que informa qual a situação de autonomia dos  aeroportos no momento, além de quais comboios de caminhões tanque estão  previstos chegar nos locais.
Voos Internacionais
Foi montado um plano junto com a  Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e a Associação  Internacional de Transportes Aéreos (IATA, da sigla em inglês) para que  os abastecimentos “Full combustível” das aeronaves consideradas pesadas  (categorias “D” e “E”) fossem por meio dos aeroportos de Guarulhos, em  São Paulo; do Galeão, no Rio de Janeiro, e do aeroporto de Manaus (AM),  visto que esses aeródromos não estão com falta de combustível. Com essa  medida, a frota internacional não cancela voos e tão pouco afeta a malha  nacional.
Voos Nacionais
O CGNA coordena as necessidades de cada  empresa aérea pontualmente, tentando atender de forma mais eficiente os  problemas singulares.
Situações específicas
O CGNA gerencia também as situações  específicas de cada aeroporto, tendo sido tomadas medidas para que a  falta de combustível não prejudique o tráfego entre os principais  aeroportos. Por exemplo, a situação da falta de combustível em Brasília  (DF) era maior que em Porto Alegre (RS). Dessa forma, as aeronaves que  saíssem de Porto Alegre com destino a Brasília tinham autorização para  abastecer sem restrições somente na origem.
Foi definido em reunião com a PLURAL  (empresa que representa as distribuidoras de combustível) que o  combustível que chega nas localidades deve atender todas as empresas  aéreas, independentemente dos contratos locais (SHELL, BR, etc), ou  seja, distribuindo o combustível entre todas as empresas aéreas. Essa  medida serve para que sejam reduzidos os atrasos ou cancelamentos de  alguma companhia aérea em específico.
Além disso, a cada três horas são  emitidos todos os relatórios de movimentação nos aeroportos, seus  atrasos e cancelamentos por cada empresa aérea, independente se for  devido a falta de combustível, meteorológica ou problemas técnicos.
O relatório ainda informa a autonomia do  aeroporto em relação ao querosene de aviação e de combustível (diesel)  para as viaturas de apoio em solo, como as viaturas dos bombeiros e dos  veículos que realizam o tratoramento das aeronaves.
Transporte de Órgãos
De acordo com o CGNA, a greve não afetou  até o momento nenhuma missão para transporte de órgãos. Cada cidade tem  gerenciado seu próprio planejamento sem interrupção. “Todo órgão que  chegou ao aeroporto foi transportado para o seu destino”, destacou o  coronel.
Monitoramento aéreo
Aeronaves da FAB também têm sido  acionadas em apoio às ações de desobstrução das rodovias. Nesse domingo  (27), um helicóptero H-60 Black Hawk atuou em Curitiba (PR) e em Porto  Alegre (RS); um helicóptero H-36 Caracal sobrevoou Pernambuco em apoio  às ações e uma aeronave C-95 Bandeirante fez observações em Brasília  (DF).
Via – Força Aérea Brasileira
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