NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 07/05/2018 / Conheça os 7 aeroportos mais movimentados do Brasil
 
Conheça os 7 aeroportos mais movimentados do Brasil ...   Pedro Viana ...
O Departamento de  Controle do Espaço Aéreo (DECEA) lançou nesta última semana uma  postagem listando os aeroportos mais movimentados do Brasil, em  quantidade de movimentos aéreos (pousos e decolagens).
Os dados são fornecidos pelo órgão, que é responsável pela normatização do tráfego aéreo no Brasil. Você também poderá encontrar essas informações no Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo (Ref 2017).
Todos os dados abaixo são referentes aos 12 meses e 365 dias de 2017, contemplando um resultado anual.
Então vamos ver quais são os aeroportos mais movimentados?
1 – Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)
Fazem anos que o Aeroporto de Guarulhos está em destaque como o mais movimentado do país, apesar da sua limitação de pista que restringe o número de pousos e decolagens. Só em 2017 o terminal (como um todo) movimentou quase 38 milhões de passageiros, resultando em 271.237 movimentos de pouso e decolagem do local.
O local tem três terminais, com capacidade para processar até 42 milhões de passageiros por ano. Boa parte do seu tráfego aéreo é composto por voos internacionais, sendo a principal porta de entrada no Brasil atualmente, e também é o único que recebe diariamente o Airbus A380 fazendo voo regular internacional.
2 – Aeroporto de Congonhas (SP)
O Aeroporto de Congonhas ganhou destaque nos últimos anos, quando conseguiu ultrapassar o Aeroporto de Brasília e ganhou sua posição de segundo mais movimentado do país, apesar de só receber voos domésticos e ter uma clara limitação de pista.
Foram 223.989 movimentos de pousos e decolagens, além de receber quase 22 milhões de passageiros.
3 – Aeroporto Internacional de Brasília (DF)
O Aeroporto de Brasília se destaca como um imenso hub para o mercado doméstico, e a partir dele podemos chegar em várias cidades do Brasil, incluindo muitas capitais. Em 2017 ficou como o terceiro mais movimentado, com 158.507 movimentos de pousos e decolagens e quase 17 milhões de passageiros transportados.
A perspectiva neste ano é de melhora, com novos voos internacionais e um reaquecimento do mercado doméstico de aviação.
4 – Aeroporto Internacional do Galeão (RJ)
O Aeroporto do Galeão se destaca pelos vários voos internacionais que recebe diariamente, sendo uma das principais portas de entrada do Brasil depois de Guarulhos.
Os dados são fornecidos pelo órgão, que é responsável pela normatização do tráfego aéreo no Brasil. Você também poderá encontrar essas informações no Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo (Ref 2017).
Todos os dados abaixo são referentes aos 12 meses e 365 dias de 2017, contemplando um resultado anual.
Então vamos ver quais são os aeroportos mais movimentados?
1 – Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)
Fazem anos que o Aeroporto de Guarulhos está em destaque como o mais movimentado do país, apesar da sua limitação de pista que restringe o número de pousos e decolagens. Só em 2017 o terminal (como um todo) movimentou quase 38 milhões de passageiros, resultando em 271.237 movimentos de pouso e decolagem do local.
O local tem três terminais, com capacidade para processar até 42 milhões de passageiros por ano. Boa parte do seu tráfego aéreo é composto por voos internacionais, sendo a principal porta de entrada no Brasil atualmente, e também é o único que recebe diariamente o Airbus A380 fazendo voo regular internacional.
2 – Aeroporto de Congonhas (SP)
O Aeroporto de Congonhas ganhou destaque nos últimos anos, quando conseguiu ultrapassar o Aeroporto de Brasília e ganhou sua posição de segundo mais movimentado do país, apesar de só receber voos domésticos e ter uma clara limitação de pista.
Foram 223.989 movimentos de pousos e decolagens, além de receber quase 22 milhões de passageiros.
3 – Aeroporto Internacional de Brasília (DF)
O Aeroporto de Brasília se destaca como um imenso hub para o mercado doméstico, e a partir dele podemos chegar em várias cidades do Brasil, incluindo muitas capitais. Em 2017 ficou como o terceiro mais movimentado, com 158.507 movimentos de pousos e decolagens e quase 17 milhões de passageiros transportados.
A perspectiva neste ano é de melhora, com novos voos internacionais e um reaquecimento do mercado doméstico de aviação.
4 – Aeroporto Internacional do Galeão (RJ)
O Aeroporto do Galeão se destaca pelos vários voos internacionais que recebe diariamente, sendo uma das principais portas de entrada do Brasil depois de Guarulhos.
Em 2017 foram 127.092 movimentos de pousos  e decolagens, apesar dos 16 milhões de passageiros transportados. A  diferença desse número para o Aeroporto de Brasília se deve justamente  aos voos internacionais, que são realizados com aeronaves maiores e  incrementam o número de passageiros no local, mas não exige uma  quantidade maior de movimentos, enquanto o tráfego de Brasília é  composto em maior parte por aeronaves como o Boeing 737 e o Airbus A320.
5 – Aeroporto Santos Dumont (RJ)
O Santos Dumont só opera voos domésticos,  e de curta distância, mas nem esse fato tirou a 5ª colocação do  aeroporto, que registrou 118.149 movimentos em 2017 e recebeu 9,2  milhões de passageiros.
Em número de movimentos o aeroporto é  recorde e garantiu a 5ª colocação nesse quesito, devido ao tráfego de  aeronaves executivas de pequeno porte e aos pequenos aviões que operam  no local. Mas em número de passageiros Santos Dumont fica em 7º no  ranking nacional.
6 – Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP)
O Aeroporto de Viracopos é um grande Hub  da Azul Linhas Aéreas, somente no ano passado eu desembarquei 4 vezes  por lá, sendo que em duas segui para São Paulo.
A grande concentração de aeronaves  garantiu o 6º lugar para Viracopos, que registrou 112.772 movimentos em  2017, além de transportar 9,3 milhões de passageiros no período.
7 – Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG)
O Aeroporto de Confins foi bastante  reformulado depois que a iniciativa privada assumiu o local, e ganhou  ainda mais infraestrutura para receber 100.593 pousos e decolagens em  2017, além de transportar 10,1 milhões de passageiros.
Em número de passageiros transportados o  local é o 5º colocado no país, à frente do SDU (Santos Dumont) e  Viracopos, apesar de ter um movimento menor de aeronaves, mesmo efeito  encontrado no Aeroporto do Galeão.
Via – DECEA
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado  nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP  apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas  diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.Venezuelanos acampados em praça de Roraima são levados a abrigo temporário
Cerca de 800 imigrantes foram transferidos para o novo local
Publicada Em 06/05/2018 - 19h36
O Exército  brasileiro encaminhou neste domingo (6) para dois abrigos temporários  cerca de 820 imigrantes venezuelanos que estavam acampados na praça  Simón Bolívar, em Boa Vista (RR).
Os abrigos têm capacidade para 900  pessoas. Atualmente, há cerca de 2.500 imigrantes abrigados em Boa Vista  e Pacaraima (Roraima), segundo o coronel do Exército Swami de Holanda  Fontes, assessor de comunicação social da Força Tarefa Logística  Humanitária, que atua no local.
"A Operação Acolhida é uma operação  conjunta. É uma soma de esforços para um objetivo comum: tirar o  imigrante desassistido de uma situação de vulnerabilidade para uma  situação mais digna", diz Fontes.
Além do Exército, participam da  operação Marinha, Aeronáutica, prefeitura, governo do estado e a Acnur  (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).
Em Boa Vista são sete abrigos já  funcionando; em Pacaraima, um. Mais três devem ficar prontos na capital e  outro na cidade de fronteira.
O encaminhamento dos imigrantes começou  por volta das 5h30 e estava sendo finalizado no fim da tarde deste  domingo, segundo Fontes.
O governo federal também tem investido na  chamada interiorização dos imigrantes, que é o transporte dessas  pessoas para conseguir emprego em outras cidades.
Até agora, 498 venezuelanos foram  distribuídos entre São Paulo, Manaus e Cuiabá. Mas muitos preferem ficar  em Roraima pela proximidade com o país de origem e por não quererem se  distanciar muito da família.
Pelo menos 36 órgãos de segurança pública já usam drones no Brasil
Regras criadas em 2017 facilitaram uso dos equipamentos pelo poder público; Prefeitura de São Paulo usa aparelhos para monitorar traficantes na região da Cracolândia, desmates ilegais e até ajudar no resgate das vítimas de afogamento nas represas
Luiz Fernando Toledo Publicada Em 07/05/2018 - 03h00
Monitorar o  avanço do desmatamento, ajudar no cálculo do Imposto Predial Territorial  Urbano (IPTU), construir mapas tridimensionais para incursões da  polícia, acompanhar operações em áreas de risco e até ajudar no resgate  de vítimas de afogamento. Nos últimos dois anos, o uso de  aeronaves não tripuladas – conhecidas como drones – tem se multiplicado  dentro da administração pública. As operações, ainda em fase  experimental, já são adotadas em pelo menos 36 órgãos de segurança  pública e defesa civil do País, de acordo com dados da Aeronáutica.
Até março, segundo a Agência  Nacional de Aviação Civil (Anac), havia 38,4 mil drones regulamentados  no Brasil – mais do que o triplo (13,2 mil) em relação a julho do ano  passado. Cerca de um terço dos equipamentos têm funções profissionais.
Duas novas regulamentações  aprovadas em 2017 pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo, do  Ministério da Defesa, ajudaram a aumentar esse tipo de uso. O órgão  facilitou voos em proveito de órgãos governamentais e exclusivos em  operações de segurança pública, defesa civil e fiscalizações da Receita  Federal. Antes dessas normas, não havia um padrão e era necessário  analisar caso a caso, o que dificultava a operação prática dos  equipamentos pelos órgãos públicos.
“O drone tem vocação importante dentro da  segurança pública, que é na área de inteligência. Será cada vez mais  empregado nesse sentido”, prevê o consultor em aviação e gestão pública  Eduardo Alexandre Beni, especializado em drones. Como a tecnologia ainda  é nova, o uso é considerado experimental.
“Os órgãos estão criando as  regulamentações e estabelecendo diretrizes, se aproveitando da expertise  que já existe na área. Mas ainda é um processo de avaliação”, diz. Beni  ressalta que o equipamento não substitui nenhuma ação administrativa.  “O drone ajuda a maximizar as operações, mas nunca a substituir. Há  limitações, como o tempo de bateria, que dura no máximo 30 minutos.”
Cracolândia. Cerca de 80% dos  quase 10 mil voos já realizados por seis drones da Prefeitura de São  Paulo tiveram como foco a região da Cracolândia, na Luz, no centro,  segundo dados obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à  Informação. São feitos pelo menos dois voos diários no local, nos  períodos da manhã e tarde, com o objetivo de monitorar as ações de  limpeza, identificar possíveis traficantes e fazer a contagem do fluxo  de usuários na área. O governo também estuda criar, com base nas imagens  registradas pelos equipamentos, uma espécie de banco de imagens de  criminosos que atuam na região.

Antes o uso de drones era restrito a um  programa, criado em maio de 2017 em meio à operação contra o tráfico na  Cracolândia. Agora há um departamento na Secretaria Municipal da  Segurança Urbana (SMSU) para gerir o uso dos equipamentos. A pasta  passou a realizar testes em outras áreas, como resgates nas represas,  monitorar desmatamento ilegal, contar manifestantes ou participantes de  eventos e até ajudar a Polícia Militar, com elaboração de mapas em três  dimensões de locais vulneráveis, para incursão policial. 
“Vemos esse espaço como uma espécie de  laboratório”,explica o coordenador de Tecnologia, Logística e  Infraestrutura da SMSU, Rogério Peixoto. Foi a pasta que ajudou em 2017  na estratégia de entrada da PM na Favela do Moinho, no centro, após a  polícia detectar que a droga que circulava na Cracolândia vinha de lá,  por exemplo.
No Estado, os equipamentos também estão  sendo utilizados, de forma experimental, pela Secretaria da  Administração Penitenciária, que adquiriu, em 2017, dez drones para  ações de varreduras nos presídios. Os equipamentos custaram R$ 157,5 mil  e já fizeram, entre junho e dezembro, 193 ações.
Já o Tribunal de Contas do Município  contratou uma empresa para registro de imagens com drones em três  fiscalizações de obras: Hospital da Brasilândia, reforma do antigo Othon  Palace Hotel e concessão de área municipal para o Sesc Parque Dom Pedro  II.
Em São Paulo, várzea se divide entre tradição e modernidade
A tradição do "terrão" convive com a venda de produtos licenciados e grama artificial
Gonçalo Junior Publicada Em 07/05/2018 - 06h34
O Botafogo de  Guaianazes é dono de uma sede própria de 240 m² perto do CEU Jambeiro.  Seu campo tem grama sintética que exige R$ 18 mil por ano em manutenção.  O uniforme, inspirado no Botafogo carioca, tem cinco patrocinadores  fixos. O time tem um parceiro que ajuda na fisioterapia e produção dos  uniformes. 
No mesmo bairro, o campo da Liga  Esportiva de Guaianazes, a antiga cancha do River Plate, tem grama só  nas laterais, no meio é terra batida que levanta um poeirão em cada  dividida. Os próprios moradores aparam a grama e fazem a limpeza do  córrego que passa perto na linha lateral. Querem evitar doenças quando  os meninos vão buscar a bola que cai lá depois de uma bicuda. A renda  vem da lanchonete e do aluguel dos campos. São R$ 600 por time para um  torneio que vai até novembro.
Essas duas faces da várzea paulistana estão separadas por apenas três quilômetros, ou nove minutos de carro, como atesta o GPS.
Essas paisagens não estão só em  Guaianazes, quase na linha de fundo da zona leste, mas se multiplicam  por toda a cidade. O Ajax da Vila Rica, o “Lobão da Vila”, vende seus  uniformes em uma barraquinha na beira do campo – aceita cartão - e  também na loja Granzotti, tradicional na região. Na zona sul da cidade, o  campo do Flor de São João Clímaco, que antes era de chão batido, quase  sem grama e cheio de morrinhos e buracos, foi substituído por um vistoso  e verdinho gramado sintético.
Alguns campos contratam locutores para os  grandes jogos. Inúmeros clubes estampam suas marcas em chaveiros e  relógios. “Esse é o crescimento normal do futebol. A modernidade  valoriza o futebol amador”, diz Itamar de Jesus, presidente do Botafogo.
A modernização muda também o jeitão das  competições. Hoje, o principal torneio da várzea é inspirado na Liga dos  Campeões da Europa (leia abaixo) e oferece ao campeão uma taça que é a  réplica da “orelhuda”, o troféu que Cristiano Ronaldo e Salah vão  disputar no dia 26 de maio, em Kiev. Anos atrás, havia até álbum de  figurinhas dos jogadores amadores.
O antropólogo Enrico Spaggiari, que  defendeu a tese “Família joga bola. Constituição de jovens futebolistas  na várzea paulistana” em seu doutorado na USP, em 2015, explica que o  futebol amador se espelha cada vez mais nas práticas do futebol  profissional. “Existe um movimento de aproximação da várzea ao futebol  profissional. Por isso, a grama sintética, que representa uma ruptura  com os campos de terra, e a venda de produtos licenciados”, diz o  especialista. “Muitos representantes dos clubes citam a expressão  profissionalização da várzea”, completa.
“Somos contra. Grama e terrão são a  várzea verdadeira”, sentencia Otacílio Ribeiro, integrante da Sociedade  dos Clubes Mantenedores do Complexo Esportivo de Lazer e Cidadania do  Campo de Marte. Como já deu para perceber pelas palavras de Otacílio, o  Campo de Marte, na porção norte da cidade, representa a tradição. São  seis campos utilizados semanalmente por cerca de cinco mil pessoas,  entre jogadores e torcedores. A bola corre em chão de terra batida,  algumas redes dos gols precisam de remendos urgentes.
A área é famosa por outra razão.  Após uma longa disputa judicial com o Ministério da Defesa pela posse do  terreno, os defensores dos campos de várzea da região conseguiram um  acordo para que a área fosse administrada pelo município. Ali serão  construídos um parque público, o Museu da Aeronáutica e um Centro  Desportivo Comunitário.
A modernização também mudou a relação dos  jogadores com os times amadores. Em alguns deles, os craques são  contratados – sim, algumas equipes da várzea pagam seus atletas – para  atuar duas ou três por semana em diferentes regiões da cidade. Uma van  leva e busca os grandes talentos. Cada partida vale entre R$ 150 e R$  300.
No campo da liga de Guaianazes, o papo é  outro. “Já tinha gente no campo desde às 6h30”, conta Claudio Clementino  dos Santos, presidente do Paradão. Os jogos vão acontecendo e os  jogadores de várias regiões da cidade param nem que seja por meia hora  para a famosa resenha. “A várzea não representa apenas o futebol em si,  mas define formas de sociabilidade, com o churrasco e a confraternização  do final de semana”, diz Aira Bonfim, pesquisadora do Museu do Futebol,  entidade que se debruça sobre o tema, visita a várzea com frequência e  possui acervos fotográficos e documentais das equipes centenárias.
As fontes de financiamento também são  diferentes. No Campo de Marte, o dinheiro para manutenção dos clubes sai  das mensalidades dos associados, de empresários locais e de eventos  comunitários. No total, os clubes possuem dois mil associados que pagam  mensalidade entre R$ 20 e R$ 25. Os patrocinadores fixos do Botafogo  garantem uma verba de mensal de R$ 4 mil.
Em todos os casos, o financiamento  público também é uma boa fonte de irrigação. Mas ela é indireta. Não  existe uma política pública definida de financiamento do futebol amador.  Com isso, surgem ações pontuais nos momentos de campanha eleitoral para  vereador ou deputado estadual. “Existem torneios com o nome do vereador  de uma região”, exemplifica Spaggiari.
Modernos ou tradicionais, os campos  mantêm uma relação calorosa com o passado. É quase uma reverência. O  Botafogo se orgulha de ter vários jogadores que viram seus pais atuando  ali e decidiram continuar a tradição. Não é estranho colocar juventude e  tradição na mesma frase. O time do bairro também é um sinal de  identidade, de quem sou. “Quando venho aqui, eu me lembro da minha  infância”, diz o motorista Edvado Maciel, olhando para o campinho com a  terra batida desde sempre.
Cenipa investiga queda de helicóptero que levava noiva em Vinhedo (SP)
Fabiana Marchezi Publicada Em 06/05/2018 - 18h39
Analistas  do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes  Aeronáuticos, órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de  Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciaram neste domingo (6) as apurações  sobre a queda do helicóptero que levava uma noiva ao casamento. O  acidente aconteceu no final da tarde de sábado (5), na casa de eventos  Castelo dos Vinhais, em Vinhedo (a 83 quilômetros de São Paulo).
Além da noiva e do piloto, a aeronave  transportava uma criança e o fotógrafo do casamento. Todos estão bem.  Após o susto, por decisão dos noivos, o casamento foi retomado. A  situação do helicóptero - prefixo PRVIA, modelo R44 II - era regular,  segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
De acordo com o Cenipa, neste  domingo, os investigadores estiveram no local do acidente para  fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir  documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a  sequência de eventos.
Segundo nota divulgada pelo órgão, a  investigação tem o "objetivo de prevenir que novos acidentes com as  mesmas características ocorram".
Ao UOL, o empresário Rui Garcia, dono da  Alter Aviation, proprietária do helicóptero, lamentou o acidente e disse  que o piloto é muito experiente e realiza voos para a empresa há três  anos. Ele relatou que a aeronave partiu do Aeroporto de Jundiaí e que o  voo durou cerca de 15 minutos.
"Era um voo fotográfico, bem curto. Ele  estava muito acostumado a realizar esses voos. Ele é muito experiente,  muito cuidadoso e deve estar tão abalado quanto eu com tudo isso.  Realmente ainda não consegui entender o que pode ter acontecido",  comentou Garcia.
O empresário disse também que ainda não  falou com o piloto porque tem certeza de que ele está bastante  traumatizado com o acidente e vai esperar que ele se recupere. "Vou  esperar porque entendo que ele está bastante traumatizado. Graças a Deus  estão todos bem. Agora, é trabalhar para superar o trauma e recuperar o  prejuízo", disse. Além do helicóptero acidentado, a empresa tem apenas  mais uma aeronave do mesmo modelo, segundo Garcia.
"Em relação à situação da aeronave eu  estou bastante tranquilo. Está totalmente regular, tudo em dia",  concluiu. O UOL confirmou por meio do site da Anac que a situação do  helicóptero era regular. A aeronave, fabricada em 2008 pela Robinson  Helicopter, tinha autorização para transportar o piloto e mais três  passageiros até 2020. Além disso, o helicóptero podia realizar voos  noturnos e a inspeção anual de manutenção venceria apenas no mês de  julho.
O helicóptero que levava a noiva atingiu  uma das torres do castelo, caiu e pegou fogo na chegada à cerimônia, por  volta das 17h30 de sábado (5). A noiva, o fotógrafo, uma criança e o  piloto, que ocupavam a helicóptero, estão bem.
Segundo informou o Corpo de Bombeiros ao  UOL, a noiva saiu ilesa. Os outros três ocupantes tiveram ferimentos  leves e foram encaminhados a um hospital da cidade, mas foram liberados  pouco tempo depois. A aeronave explodiu assim que os passageiros a  deixaram e o fogo foi rapidamente controlado pelos bombeiros. O acidente  será investigado pela Polícia Civil.
Por meio de nota divulgada em rede  social, pouco depois do acidente, o Castelo dos Vinhais informou que,  por solicitação dos noivos, o casamento foi retomado. "Os ocupantes  foram resgatados e prontamente atendidos. Não houve vítimas ou feridos.  Todos convidados, noivos e tripulante estão bem e o evento transcorre  conforme solicitação dos próprios noivos. Nos mantemos à disposição para  auxílio aos envolvidos", diz o comunicado.
O UOL tentou contato com a casa de  eventos neste domingo para apurar as condições do local e saber se houve  abalo na estrutura em razão do choque, mas não teve retorno.
A ameaça de golpe
Cultiva-se silêncio sobre a quantidade de brasileiros simpáticos a uma saída autoritária. Mas falar dessa assombração é o melhor antídoto para espantá-la
J.r. Guzzo Publicado Em Veja , Edição Nº 2581
Responda  com franqueza, por favor: se amanhã ou depois o ministro Gilmar Mendes,  por exemplo, fosse despejado do seu gabinete no Supremo Tribunal Federal  por um terceiro-sargento do Exército, enfiado num camburão verde-oliva e  entregue na penitenciária da Papuda por ordem do alto-comando das  Forças Armadas, quantas lágrimas você derramaria por ele? Esqueça as  lágrimas. Você, ao menos, diria alguma coisa, qualquer coisa,  contra a prisão do ministro? Ou, ao contrário, acharia muito benfeito o  que lhe aconteceu? Só mais uma coisa: entre Gilmar Mendes (ou Toffoli,  ou Lewandowski, ou Marco Aurélio etc.) e o general que mandou todos  para o xadrez, depois de evacuar o prédio e passar a chave no STF, você  ficaria ao lado de quem? Para completar o exercício, basta somar ao  Supremo o Congresso Nacional inteirinho, com seus 513 deputados e 81  senadores, os 27 governadores e mais os milhares de reizinhos, sem  concurso público e sem competência, nomeados para mandar na máquina  pública — onde se dedicam a roubar o Erário, para si e para os chefes, e  a infernizar a sua vida. Se as Forças Armadas assumissem o  governo, fechassem o Congresso e demitissem essa gente toda, de  preferência mandando a maioria para o xadrez, tente calcular quantos  brasileiros ficariam a favor dela e quantos ficariam a favor dos  militares. Chegue então às suas conclusões.
Intervenção militar, golpe militar,  regime militar, ditadura militar — francamente, quem gosta de falar  abertamente dessas coisas? É preciso ficar contra, é claro — e ficar  contra agora pode vir a ser um belo problema depois, se a casa acabar  caindo um dia. É verdade que o cidadão que tem algum tipo de interesse  em política já não sente maiores incômodos em tocar no assunto,  principalmente se não tem mais paciência com o lixo que as mais altas  autoridades da República produzem sem parar e depositam todos os dias à  sua porta. Não chega a ser uma surpresa fenomenal, assim, que um  número cada vez maior de cidadãos esteja começando a achar que seria uma  boa ideia se os militares assumissem de novo o governo do Brasil para  fazer uma limpeza em regra na estrebaria que é hoje a vida pública do  país. Mas, entre os políticos, nos meios de comunicação, nas classes  intelectuais e em outros lugares onde as pessoas supostamente “entendem”  dessas coisas, é um assunto que se trata como um porco-espinho — com  extremo cuidado. É melhor não ficar comentando em voz alta, dizem. Não é  o momento, não é o caso, não “se trabalha com esse cenário”. É como  falar mal do defunto no velório, na frente do caixão. Tudo bem. Mas não é  assobiando que se espanta a assombração. Nem fazendo cara de preocupado  em programas de televisão ou escrevendo artigos para solicitar aos  militares, por favor, que respeitem rigorosamente a Constituição, as  instituições e os monstros que ambas criaram e hoje estão soltos por aí.  É preciso muito mais do que isso.
Está complicado, em primeiro lugar,  porque muita gente nem acha que essa assombração é mesmo uma  assombração — ao contrário, acha que é a equipe de resgate chegando para  salvar os feridos. Quantos brasileiros, hoje, seriam a favor de uma  intervenção militar? É pouco provável que os institutos de pesquisa  façam a pergunta, porque têm medo de ouvir a resposta — mas eis aí,  justamente, um indicador muito interessante. Dá para deduzir, por  ele, que uma grande parte da população receberia com uma salva de  palmas as imagens de tanques rolando nas ruas e políticos, ministros  supremos e empreiteiros de obras atropelando-se uns aos outros para  fugir pela porta dos fundos. Em segundo lugar, está complicado  porque democracias só ficam de pé se são vistas como um bem importante e  compreensível pela maioria da população — e se há um número suficiente  de cidadãos dispostos, de verdade, a brigar por sua manutenção. Muito  bem: quantos brasileiros acham que estão sendo realmente beneficiados,  em sua vida cotidiana, por essa democracia que veem desfilar à sua  frente no noticiário de cada dia? E quantos topariam sair à rua para  defender, por exemplo, o mandato dos senadores Romero Jucá, Renan  Calheiros ou Jader Barbalho?
O fato, que não vai embora por mais que  se queira fazer de conta que “as instituições estão funcionando”, é que  praticamente ninguém, no mundo político, merece o mínimo respeito do  cidadão hoje em dia. Honestamente: alguém seria capaz de dizer o  contrário? Se os encarregados de manter o regime democrático em  funcionamento se desmoralizam todos os dias, e desprezam abertamente as  regras da democracia com a sua conduta criminosa, fica difícil supor que  esteja tudo bem. Nossas autoridades “constituídas” acham que está. Como  a Constituição diz que é proibido fechar o Supremo, o Congresso etc.,  imaginam que podem continuar fazendo qualquer barbaridade que lhes  passar pela cabeça. Imaginam que os militares, informados de que  existe uma “cláusula pétrea” mandando o Brasil ser uma democracia, se  veriam obrigados, por isso, a continuar assistindo em silêncio à  anarquia promovida diante de seus olhos por magistrados do STF,  ministros de Estado, líderes parlamentares e demais peixes graúdos que  têm a obrigação de sustentar o cumprimento das leis — mas vivem em pleno  colapso moral e não conseguem mais segurar no chão nem uma barraca de  praia.
É cansativo ouvir, mais uma vez, que a democracia é uma coisa e as pessoas que ocupam os cargos de governo são outra.  Não se devem confundir as duas, reza a doutrina, pois nesse caso um  regime democrático só poderia existir numa sociedade de homens justos,  racionais e bondosos; se as pessoas que mandam estão mandando mal, a  solução é substituí-las por outras por meio de eleições, processos na  Justiça e demais mecanismos previstos na lei. Mas o Brasil está fazendo  mais ou menos isso desde 1985, e até agora não deu certo. Alguém tem  alguma previsão sobre quanto tempo ainda será preciso esperar? A  democracia brasileira faliu; é possível que nunca tenha tido chances  reais de existir, por insuficiência de gente realmente disposta a  praticá-la, mas o fato é que estão tentando fazer o motor pegar há mais  de trinta anos, e ele não pega. Talvez ainda desse para ir tocando  adiante por mais tempo, com um remendo aqui e outro ali. Acontece que  neste momento, justamente, há muito menos esforço para escorar o que  está bambo do que para tacar fogo na casa inteira.
A questão central, curiosamente, é a  manutenção da lei. Nove em dez golpes, ou nove e meio, são dados por  quem tem a força armada e quer mandar a lei para o espaço. Aqui parece  estar se montando o contrário. Os militares dizem, como deu a entender  semanas atrás o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, que  exigem o cumprimento da Constituição e das leis penais para continuar  nos quartéis. Quem está querendo abolir a aplicação da lei são os que  não têm as armas mas chegaram à conclusão de que não conseguem  sobreviver se forem mantidas as regras atuais da democracia brasileira.  Está mais do que claro de quem se trata. Trata-se, em primeiro lugar,  do ex-presidente Lula, do PT e dos seus partidos auxiliares. Em segundo  lugar, vem o populoso cardume de políticos, de qualquer partido, que  estão fugindo da Justiça Penal por prática de corrupção e outros crimes —  são centenas de indivíduos, literalmente. Em terceiro lugar, fechando a  trindade, estão as empreiteiras de obras públicas, fornecedores do  governo e o restante das gangues que vivem de roubar o Tesouro Nacional.  Todos esses precisam desesperadamente de uma virada de mesa que solte  Lula da prisão, salve da linha de tiro os ladrões ameaçados pela lei e  devolva condições normais de operação para o negócio da ladroagem de  dinheiro público em geral.
O último esforço em seu favor foi essa  grosseira ofensiva dos ministros Toffoli, Lewandowski e Gilmar para  tirar Lula da prisão, suprimir provas dos processos criminais que ele  tem pela frente, anular sua condenação, impedir o trabalho do juiz  Sergio Moro — em suma, fraudar a Justiça Penal brasileira numa trapaça  de escala realmente monumental, com o vago objetivo de “zerar tudo”. É o  sonho de Lula e seus advogados milionários de Brasília, do Complexo  PT-PSOL-PCdoB etc., e de dez entre dez ladrões sob ameaça de punição:  declarar a Operação Lava-Jato ilegal, sumir com tudo o que ela já fez,  está fazendo ou vai fazer e demitir o juiz Moro a bem do serviço  público, junto com todos os magistrados que combatem a corrupção no  Brasil. Eles não dizem isso, é claro: sua conversa é que estão aplicando  o embargo dos embargos de agravo teratológico com efeito suspensório,  diante da combinação hermenêutica de mutatis mutandis interlocutórios  com ora pro nobis infringentes. Não perca o seu tempo com o vodu  jurídico do STF sobre “direito de defesa” que a mídia repassa a você com  casca e tudo: é pura tapeação para ver se soltam Lula da cadeia e  ajudam a ladroagem — primeiro para que ela escape da penitenciária e, em  seguida, para permitir que continue roubando em paz.
É disso que se trata. Há,  simplesmente, uma guerra contra o estado de direito neste país,  comandada pelas forças que não podem conviver com ele. Lula e o seu  sistema de apoio não querem a democracia. Recusam-se, abertamente, a  cumprir a lei e a aceitar decisões legítimas da Justiça; sabem que não  têm futuro num regime democrático, com poderes independentes, Lava-Jato,  imprensa livre e o restante do pacote. Estar no governo, para  essa gente, não é a mesma coisa que seria para você. Eles precisam estar  no governo. Não só para ter empregos, fazer negócios e ganhar dinheiro  da Odebrecht, mas porque enfiar-se no poder é a diferença entre estar  dentro ou fora da cadeia. É por isso que os senadores petistas Lindbergh  Farias e Gleisi Hoffmann, entre outros, se agitam tanto. Se as leis  continuarem a ser normalmente aplicadas, eles poderão ter diante de si,  em breve, ações penais duríssimas. É por isso que o deputado Wadih  Damous, também do PT, disse outro dia que “é preciso fechar o Supremo  Tribunal Federal” — depois de reconhecer que o ministro Gilmar é um  “aliado” do partido. (O deputado não esclareceu o que pretende fazer com  ele, mais os Toffolis, Lewandowskis e similares, depois de fechar o  STF.)
O mundo político e a elite, caídos  de quatro no chão, olham em silêncio para tudo isso, aterrorizados por  Lula e assustados com a voz da tropa. Quando quiserem reclamar, poderão  se ver reclamando tarde demais e em muito pouca companhia.
Procuradores e juízes divulgam nota de repúdio a Gilmar Mendes
Fabio Murakawa Publicada Em 06/05/2018 - 16h23
BRASÍLIA - Membros  do Ministério Público e magistrados divulgaram nesse domingo uma nota  de repúdio a "declarações desrespeitosas", segundo eles, que foram  proferidas pelo ministro Gilmar Mendes durante sessão do Supremo  Tribunal Federal (STF) na quinta-feira, em que a Corte acabou com o foro  privilegiado de parlamentares.
No julgamento, o ministro criticou a Justiça criminal em primeira instância, dizendo que deixar os processos "com essa gente" (juízes de primeiro grau) levaria a uma situação "pior do que é no Supremo".
Os procuradores e magistrados também se queixaram de uma fala de Gilmar na ocasião, em que afirmou que o sistema de Justiça penal é "disfuncional" e "não está preparado para julgar os detentores de foro".
"Os senhores imaginam um oficial de Justiça de Cabrobó vindo aqui intimar o Comandante do Exército. É bom que se atente para isso. Como vamos tratar o Comandante do Exército, da Marinha, da Aeronáutica?", disse o ministro. "Vai dar muito errado. São questões que temos de sinceramente, juridicamente tratar, é muito fácil enganar o povo."
O documento também critica o posicionamento expressado por Gilmar Mendes em relação à Justiça do Trabalho.
"É exatamente nestes trágicos tempos de reformas legislativas e institucionais agravantes do desemprego, da precarização do trabalho, da insegurança jurídica, das perdas de receitas ao erário, de rendição do governo aos interesses do grande capital financeiro e, com tudo isso, de descumprimento da Constituição, que se torna ainda mais imprescindível a Justiça do Trabalho interiorizada, funcional, espraiada por todo o país, próxima e acessível ao cidadão", diz a nota, firmada pela Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas).
No julgamento, o ministro também criticou os dois meses anuais de férias dos quais os magistrados disfrutam. "Quem já teve oportunidade de administrar um boteco, por exemplo, sabe que é impossível as coisas funcionarem dando 60 dias de férias", afirmou.
A Frentas respondeu que "os ataques ao sistema remuneratório das referidas carreiras são descontextualizados e fora de uma discussão maior, que envolve a ausência de reajuste por anos de vencimentos das categorias". "A magistratura e o Ministério Público não se furtam à discussão sobre férias e outros direitos, mas entendem deve ocorrer no âmbito correto", diz o comunicado.
Leia abaixo a íntegra da nota:
"A Fretas (Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público), constituída pelas entidades ao final subscritas, congregando mais de 40 mil juízes e membros do Ministério Público em todo o país, repudia as declarações desrespeitosas do Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, por ocasião do julgamento, nesta quinta-feira (03), de questão de ordem levantada nos autos da Ação Penal no 937, contra a atuação dos juízes e membros do Ministério Público brasileiros.
Após formada ampla maioria em favor da tese apresentada pelo relator, Min. Barroso, no sentido de que o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas, o Min. Gilmar lançou ataques ao Juízes e membros do Ministério Público. Disse que o sistema de Justiça Criminal nos diversos estados da federação é disfuncional e não está preparado para julgar detentores de foro. De forma desrespeitosa, após discorrer sobre pontos não diretamente ligados à questão jurídica discutida no plenário do Supremo Tribunal Federal sobre o alcance do foro por prerrogativa de função, chegou a dizer que, ao deixar os processos "com essa gente", a situação vai ser pior do que é no Supremo. "Vai dar errado", manifestou S. Exa. "Essa gente", a que se referiu o ministro, eram os juízes de primeiro grau.
Causa espécie, também, que um Ministro da Corte guardiã da Constituição Federal se indague sobre a necessidade de "25 ou 26" (na verdade 24) Tribunais Regionais do Trabalho, diante dos diversos comandos constitucionais de garantia de acesso à justiça aos cidadãos. No caso da Justiça do Trabalho, o constituinte expressou a importante preocupação com sua atuação em todo o território nacional, como se percebe claramente dos artigos 112 e 115, §§ 1o e 2o (com a redação dada pela EC no 45/2014).
Bastaria ao Ministro consultar os dados do relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça - órgão do qual, aliás, já foi Presidente. Os 24 Tribunais Regionais do Trabalho cumprem satisfatoriamente sua missão constitucional e garantem uma Justiça do Trabalho altamente operosa (número de processos julgados), célere (média de tempo da tramitação), eficaz (valores distribuídos) e informatizada (números do Pje).
É exatamente nestes trágicos tempos de reformas legislativas e institucionais agravantes do desemprego, da precarização do trabalho, da insegurança jurídica, das perdas de receitas ao Erário, de rendição do governo aos interesses do grande capital financeiro e, com tudo isso, de descumprimento da Constituição, que se torna ainda mais imprescindível a Justiça do Trabalho interiorizada, funcional, espraiada por todo o País, próxima e acessível ao cidadão.
Ao tecer críticas aos Juízes e membros do Ministério Público, Mendes também atacou, de forma descontextualizada, o sistema remuneratório da justiça. De forma genérica, sem dados específicos, questionou a remuneração de juízes e membros do Ministério Público, mas não apresentou, como de costume, soluções adequadas. De outra parte, as declarações desrespeitosas contra a atuação dos juízes e membros do Ministério Público brasileiros são despropositadas e com o nítido objetivo de desestabilizar o sistema de Justiça. Ao votar, o ministro deixou de se ater ao cerne da discussão jurídica e passou a ofender e desqualificar o trabalho dos magistrados, membros do Ministério Público e servidores que atuam incansavelmente nas mais diversas e caóticas regiões do Brasil.
Os ataques ao sistema remunerato?rio das referidas carreiras são descontextualizados e fora de uma discussão maior, que envolve a ausência de reajuste por anos de vencimentos das categorias. A Magistratura e o Ministério público não se furtam à discussão sobre férias e outros direitos, mas entendem deve ocorrer o âmbito correto.
A FRENTAS defende a independência funcional da Magistratura e do Ministério Público e manifesta apoio integral aos juízes e membros do MP de todo o País, que têm atuado com firmeza, coragem, desprendimento e ética nas suas atividades. Os resultados do trabalho dos juízes e seu retorno à sociedade são públicos, com avanço civilizatório na defesa dos direitos fundamentais individuais e sociais dos cidadãos e no combate à corrupção.
José Robalinho Cavalcanti
Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) Coordenador da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (FRENTAS)
Roberto Carvalho Veloso
Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE)
Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto
Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP)
Jayme Martins de Oliveira Neto
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
Guilherme Guimarães Feliciano
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANAMATRA)
Antônio Pereira Duarte
Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM)
Elísio Teixeira Lima Neto
Associação Nacional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT)
Fábio Francisco Esteves
Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios (AMAGIS DF)".
No julgamento, o ministro criticou a Justiça criminal em primeira instância, dizendo que deixar os processos "com essa gente" (juízes de primeiro grau) levaria a uma situação "pior do que é no Supremo".
Os procuradores e magistrados também se queixaram de uma fala de Gilmar na ocasião, em que afirmou que o sistema de Justiça penal é "disfuncional" e "não está preparado para julgar os detentores de foro".
"Os senhores imaginam um oficial de Justiça de Cabrobó vindo aqui intimar o Comandante do Exército. É bom que se atente para isso. Como vamos tratar o Comandante do Exército, da Marinha, da Aeronáutica?", disse o ministro. "Vai dar muito errado. São questões que temos de sinceramente, juridicamente tratar, é muito fácil enganar o povo."
O documento também critica o posicionamento expressado por Gilmar Mendes em relação à Justiça do Trabalho.
"É exatamente nestes trágicos tempos de reformas legislativas e institucionais agravantes do desemprego, da precarização do trabalho, da insegurança jurídica, das perdas de receitas ao erário, de rendição do governo aos interesses do grande capital financeiro e, com tudo isso, de descumprimento da Constituição, que se torna ainda mais imprescindível a Justiça do Trabalho interiorizada, funcional, espraiada por todo o país, próxima e acessível ao cidadão", diz a nota, firmada pela Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas).
No julgamento, o ministro também criticou os dois meses anuais de férias dos quais os magistrados disfrutam. "Quem já teve oportunidade de administrar um boteco, por exemplo, sabe que é impossível as coisas funcionarem dando 60 dias de férias", afirmou.
A Frentas respondeu que "os ataques ao sistema remuneratório das referidas carreiras são descontextualizados e fora de uma discussão maior, que envolve a ausência de reajuste por anos de vencimentos das categorias". "A magistratura e o Ministério Público não se furtam à discussão sobre férias e outros direitos, mas entendem deve ocorrer no âmbito correto", diz o comunicado.
Leia abaixo a íntegra da nota:
"A Fretas (Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público), constituída pelas entidades ao final subscritas, congregando mais de 40 mil juízes e membros do Ministério Público em todo o país, repudia as declarações desrespeitosas do Ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, por ocasião do julgamento, nesta quinta-feira (03), de questão de ordem levantada nos autos da Ação Penal no 937, contra a atuação dos juízes e membros do Ministério Público brasileiros.
Após formada ampla maioria em favor da tese apresentada pelo relator, Min. Barroso, no sentido de que o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas, o Min. Gilmar lançou ataques ao Juízes e membros do Ministério Público. Disse que o sistema de Justiça Criminal nos diversos estados da federação é disfuncional e não está preparado para julgar detentores de foro. De forma desrespeitosa, após discorrer sobre pontos não diretamente ligados à questão jurídica discutida no plenário do Supremo Tribunal Federal sobre o alcance do foro por prerrogativa de função, chegou a dizer que, ao deixar os processos "com essa gente", a situação vai ser pior do que é no Supremo. "Vai dar errado", manifestou S. Exa. "Essa gente", a que se referiu o ministro, eram os juízes de primeiro grau.
Causa espécie, também, que um Ministro da Corte guardiã da Constituição Federal se indague sobre a necessidade de "25 ou 26" (na verdade 24) Tribunais Regionais do Trabalho, diante dos diversos comandos constitucionais de garantia de acesso à justiça aos cidadãos. No caso da Justiça do Trabalho, o constituinte expressou a importante preocupação com sua atuação em todo o território nacional, como se percebe claramente dos artigos 112 e 115, §§ 1o e 2o (com a redação dada pela EC no 45/2014).
Bastaria ao Ministro consultar os dados do relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça - órgão do qual, aliás, já foi Presidente. Os 24 Tribunais Regionais do Trabalho cumprem satisfatoriamente sua missão constitucional e garantem uma Justiça do Trabalho altamente operosa (número de processos julgados), célere (média de tempo da tramitação), eficaz (valores distribuídos) e informatizada (números do Pje).
É exatamente nestes trágicos tempos de reformas legislativas e institucionais agravantes do desemprego, da precarização do trabalho, da insegurança jurídica, das perdas de receitas ao Erário, de rendição do governo aos interesses do grande capital financeiro e, com tudo isso, de descumprimento da Constituição, que se torna ainda mais imprescindível a Justiça do Trabalho interiorizada, funcional, espraiada por todo o País, próxima e acessível ao cidadão.
Ao tecer críticas aos Juízes e membros do Ministério Público, Mendes também atacou, de forma descontextualizada, o sistema remuneratório da justiça. De forma genérica, sem dados específicos, questionou a remuneração de juízes e membros do Ministério Público, mas não apresentou, como de costume, soluções adequadas. De outra parte, as declarações desrespeitosas contra a atuação dos juízes e membros do Ministério Público brasileiros são despropositadas e com o nítido objetivo de desestabilizar o sistema de Justiça. Ao votar, o ministro deixou de se ater ao cerne da discussão jurídica e passou a ofender e desqualificar o trabalho dos magistrados, membros do Ministério Público e servidores que atuam incansavelmente nas mais diversas e caóticas regiões do Brasil.
Os ataques ao sistema remunerato?rio das referidas carreiras são descontextualizados e fora de uma discussão maior, que envolve a ausência de reajuste por anos de vencimentos das categorias. A Magistratura e o Ministério público não se furtam à discussão sobre férias e outros direitos, mas entendem deve ocorrer o âmbito correto.
A FRENTAS defende a independência funcional da Magistratura e do Ministério Público e manifesta apoio integral aos juízes e membros do MP de todo o País, que têm atuado com firmeza, coragem, desprendimento e ética nas suas atividades. Os resultados do trabalho dos juízes e seu retorno à sociedade são públicos, com avanço civilizatório na defesa dos direitos fundamentais individuais e sociais dos cidadãos e no combate à corrupção.
José Robalinho Cavalcanti
Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) Coordenador da Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (FRENTAS)
Roberto Carvalho Veloso
Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE)
Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto
Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP)
Jayme Martins de Oliveira Neto
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)
Guilherme Guimarães Feliciano
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANAMATRA)
Antônio Pereira Duarte
Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM)
Elísio Teixeira Lima Neto
Associação Nacional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT)
Fábio Francisco Esteves
Associação dos Magistrados do Distrito Federal e Territórios (AMAGIS DF)".
Para ministro da Defesa, "não é mais o momento de se omitir"
Andrea Jubé Publicada Em 07/05/2018 - 05h00
Primeiro  oficial no comando do Ministério da Defesa desde a criação da pasta, há  quase duas décadas, o general-de-exército quatro estrelas Joaquim Silva e  Luna relativiza o crescente protagonismo dos militares no atual momento  político do Brasil, mas afirma que os oficiais da reserva que lançaram  pré-candidaturas foram chamados para participar desse processo.
"As pessoas que lançaram candidaturas na  verdade foram buscadas, procuradas, estimuladas a participar", diz sobre  a participação mais expressiva de militares nestas eleições. "Não é  mais o momento de se omitir", avalia em entrevista exclusiva ao Valor.
Silva e Luna cita o "elevado índice  de credibilidade" das Forças Armadas e sua aceitação pela sociedade  como razão para que a população comece a identificar nos militares os  valores de que está carente.
Ele justifica nesse contexto a polêmica  postagem do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, na  véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, que foi a  público nas redes sociais expor como se posicionava a força terrestre  nesse assunto. "Estamos inseridos na sociedade, e precisamos estar,  ninguém veio de outro planeta, e esse tema da impunidade está deixando  nossa gente vulnerável, com receio de que o crime compense", afirma.
Embora minimize qualquer  protagonismo das Forças Armadas neste momento, os militares contam com  dois representantes no primeiro escalão do governo Temer: o outro  ministro é o general Sergio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança  Institucional, que integra o núcleo mais próximo do presidente.
Silva e Luna foi empossado no comando da  Defesa no fim de fevereiro, quando o então titular da pasta, Raul  Jungmann, foi remanejado para o novo Ministério da Segurança Pública.
Há quase três meses no cargo, ele não foi  efetivado no posto na esteira dos dez novos ministros nomeados por  Temer há um mês. Mas o general afirma que não se incomoda com a  interinidade, embora não diga o mesmo sobre as Forças Armadas.
"A mim não incomoda, até porque a  interinidade diz respeito a um espaço temporal, eu diria que todos os  ministros em tese são interinos, porque a qualquer momento podem ser  substituídos", diz. Mas, complementa, "pode não soar bem para as três  Forças Armadas, que talvez não fiquem confortáveis ao saber que o seu  ministro não é um ministro, tem que ter um qualificativo de interino do  lado dele".
Do aval dos militares também  depende a associação da Embraer à Boeing, uma transação sigilosa que  segundo Silva e Luna, avançou nas últimas semanas em meio às negociações  para garantir assento a um brasileiro no conselho de administração da  terceira empresa a ser constituída, e os percentuais de 80% para a  companhia americana e 20% para a fatia brasileira.
"Os grupos de trabalho têm se reunido, há  propostas mais diferenciadas, o que se busca logicamente é que tem que  ser uma operação de ganha-ganha".
Também cabe aos militares o comando da  intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro, delegada ao general  interventor Walter Braga Netto, enquanto as tropas brasileiras executam  decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na capital fluminense e  garantem ajuda humanitária aos refugiados venezuelanos em Roraima.
O general que tem no currículo cursos de  guerra na selva e de combate básico em Israel, que comandou uma brigada  de infantaria na Amazônia e o batalhão de engenharia e construção em  Roraima, tem uma percepção peculiar sobre o reconhecido desempenho das  forças brasileiras em missões de paz das Nações Unidas no exterior.
Recentemente, o general Elias Rodrigues  Martins Filho foi nomeado para comandar a missão de paz na República  Democrática do Congo. "É a mais complexa e mais difícil de todas", diz  Luna. O Brasil passou 13 anos chefiando uma missão de paz no Haiti, e já enviou mais de 50 mil militares para o exterior.
"Esse tema da impunidade está deixando nossa gente vulnerável, com receio de que o crime compense"
"É o jeito brasileiro de conduzir as coisas". Um jeito que ele associa à fórmula da empatia: "Nossa tendência é tentar sentir o que o outro está sentindo, ver a realidade do outro, se colocar no lugar do outro". Ele explica que no Haiti foi dessa forma, e até mesmo na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Força Expedicionária Brasileiras (FEB) juntou-se aos aliados para lutar contra o Eixo (Alemanha, Japão e Itália).
"É o jeito brasileiro de conduzir as coisas". Um jeito que ele associa à fórmula da empatia: "Nossa tendência é tentar sentir o que o outro está sentindo, ver a realidade do outro, se colocar no lugar do outro". Ele explica que no Haiti foi dessa forma, e até mesmo na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Força Expedicionária Brasileiras (FEB) juntou-se aos aliados para lutar contra o Eixo (Alemanha, Japão e Itália).
Luna acabou de retornar de uma viagem à  Itália, onde os pracinhas brasileiros foram homenageados. Lembra que os  brasileiros são adorados na Itália, porque durante a guerra dividiam a  comida e o abrigo do frio com a população do país.
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Valor: O governo tem dois generais no  primeiro escalão, um general à frente da intervenção na segurança  pública do Rio de Janeiro, enquanto as tropas militares estão em campo  na capital fluminense e Roraima. Um capitão do Exército está no topo das  pesquisas para a sucessão presidencial. Há um crescente protagonismo  das Forças Armadas no atual cenário político?
Joaquim Silva e Luna: As Forças não buscam esse protagonismo. O  militar tem duas características: disponibilidade permanente e  dedicação exclusiva, então estamos sempre prontos para servir. Há um  preparo permanente, ele faz curso a vida inteira, tem mobilidade  nacional, vivência no exterior. As Forças estão presentes em diversas  ações em todo o país, a maior parte das estradas, sobretudo na Amazônia,  foram construídas pelos militares, a obra da transposição do rio São  Francisco começou com os militares, as obras do aeroporto de Guarulhos  estavam paralisadas, foram concluídas e entregues num prazo menor e  valor abaixo do orçado. Não utilizar esse potencial seria um  desperdício.
Valor: Mas o que eles têm a oferecer de diferente em relação aos políticos tradicionais?
Silva e Luna: O que a gente vê hoje é que  a sociedade está se ressentindo de valores. Como as Forças Armadas têm  um elevado índice de credibilidade e aceitação da sociedade, as pessoas  começam a identificar no militar os seus valores, seu potencial de  conhecimento, sua capacidade de ser utilizado em diferentes áreas.
Valor: Mesmo não buscando esse  protagonismo, é fato que mais militares estão se projetando na campanha  eleitoral. Além de um dos líderes das pesquisas para a eleição  presidencial, há pré-candidatos aos governos do Distrito Federal e do  Ceará, além de vários postulantes a vagas no Congresso. O que motivou  essas candidaturas?
Silva e Luna: As pessoas que lançaram  candidaturas, na verdade, foram buscadas, procuradas, estimuladas a  participar, sabem o que têm a oferecer. O entendimento disso tudo é de  que não era mais o momento de se omitir desse processo, se podem  contribuir para o país. Mas o número de candidatos militares não chega a  0,1%, é um número pequeno para se falar em protagonismo.
Valor: Gerou polêmica a postagem em rede  social do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, na  véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no Supremo  Tribunal Federal. O senhor acha que as Forças Armadas têm que se  posicionar politicamente com maior frequência?
Silva e Luna: Não, não é o caso. Até  entendo a fala do general Villas Bôas, e talvez por ter saído no momento  do julgamento, passou essa percepção [polêmica]. Mas a ideia dele era  mostrar que estamos inseridos na sociedade, e precisamos estar, ninguém  veio de outro planeta. Esse tema da impunidade está deixando nossa gente  vulnerável, com receio de que o crime compensa. A ideia foi chamar a  atenção para isso, mas foi uma fala mais voltada para o público interno  do que a intenção de tentar influenciar qualquer processo.
Valor: O general Villas Bôas tem 243 mil  seguidores em uma rede social. Ele é um exemplo de comunicador que deve  inspirar as Forças Armadas?
Silva e Luna: É que o mundo evoluiu, eu  me comunicava com meu pai por cartas, depois por telefone. A tecnologia  avançou, as pessoas se comunicam com o que se tem disponível, mas há  escolhas. Meu celular é o mesmo há 12 anos, só atendo as pessoas que  estão lá [registradas].
Valor: Mas o senhor usa aplicativos?
Silva e Luna: Eu uso WhatsApp, porque  virou instrumento de trabalho, é imediato, hoje eu me comunico com o  companheiro que está na Coreia. Houve um incidente [com oficiais na  República Centro-Africana] e ficamos sabendo na hora.
Valor: Falando em protagonismo, sem o  aval do Ministério da Defesa, a associação da Embraer com a Boeing não  se concretiza. Havia uma expectativa de que o negócio fosse anunciado na  semana passada. O que houve?
Silva e Luna: Posso lhe afiançar que não  houve nenhum recuo, tem reunião na semana que vem [nesta semana]. Tem  havido propostas, entendimentos, e as partes têm um tempo para negociar.  O que não é colocado [para o público], é porque há um acordo de  confidencialidade. Mas há uma aproximação das partes e haverá um  provável encontro.
"Nosso orçamento, a partir da emenda do teto de gastos, tem sido comprimido"
Valor: As conversas evoluíram? Como estão  as negociações para a constituição da terceira empresa, da definição  dos percentuais - 80% para a Boeing, 20% para a Embraer -, a garantia de  um assento para um brasileiro no conselho de administração?
Silva e Luna: Tem avanço, tudo isso está na pauta. O que se busca logicamente é que tem que ser uma operação ganha-ganha.
Valor: O senhor é favorável a essa joint-venture?
Silva e Luna: Eu vejo que ela é de total  interesse do Brasil. Hoje o mundo tenta se globalizar e fazer fusões das  grandes empresas, porque elas vão ganhar escala. Quando eu falei que  vai dar casamento, é porque há um interesse favorável para o Brasil e  para os Estados Unidos. Mas é preciso preservar o que precisa ser  preservado.
Valor: Projetos na área civil, como jatos executivos, podem continuar na antiga Embraer?
Silva e Luna: Tudo isso está no pacote.
Valor: Por que um general, Walter Braga  Netto, foi chamado para comandar a intervenção na área de segurança  pública do Rio de Janeiro, se o processo é civil?
Silva e Luna: Eu vejo pelo princípio da  razoabilidade. Havia uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em  andamento, sob o comando do general Braga Netto, que é o comandante  militar do Leste. Colocar um interventor que estivesse alheio a tudo  isso, até ele se inteirar, íamos perder tempo. E o momento foi de  clamor, no Carnaval houve uma série de incidentes, me lembro de uma  senhora na televisão pedindo "socorro". Ficou no jargão popular que a  intervenção é militar, mas é civil.
Valor: Mas as tropas têm poder de polícia para atuar no combate ao crime na linha de frente?
Silva e Luna: Sim, por causa da GLO. As  tropas podem fazer tudo. Primeiro foi feita uma operação na Vila  Kennedy, que permitiu a entrada das Forças e depois o desbloqueio [das  barreiras colocadas pelos criminosos]. Na semana passada, houve  operações em 11 morros.
Valor: Que balanço o senhor faz desses 80 dias de intervenção?
Silva e Luna: São duas ações em  andamento, uma de reestruturação, a outra é emergencial. Já houve  redução da criminalidade, mas a informação não está saindo, porque no  ano passado, nos três primeiros meses, a polícia estava em greve e houve  subnotificação das ocorrências. Aconteciam 20 crimes, anotavam três.  Também houve um incremento da visibilidade da violência, com maior  acompanhamento da mídia.
Valor: Em que pontos houve redução da criminalidade?
Silva e Luna: O número de mortes em  enfrentamento policial foi reduzido. Houve um aumento do efetivo nas  fronteiras do Centro-Oeste ao Sul, e também em Roraima, reduzindo a  quantidade de drogas e armamentos que entram no Rio. Mas isso causa um  sufocamento, e em compensação, aumentou o roubo de cargas e a disputa  entre facções.
Valor: Quando os resultados mais palpáveis vão aparecer?
Silva e Luna: Esses resultados demoram  mais, mas vão aparecer. O policial que estava desmotivado, que se  voluntariava para trabalhar na folga, agora voltou a ser pago por esse  trabalho, voltou a receber o 13º salário. Com isso ele retorna mais  motivado. Além disso, começamos treinamentos, o policial que entrou para  o quadro nunca mais tinha voltado aos estandes de tiros, agora está  fazendo reciclagem, recebeu coletes de proteção.
Valor: Pode haver novas intervenções na área de segurança de outros Estados?
Silva e Luna: Não houve solicitação  formal, mas alguns governadores manifestaram esse desejo. Sabemos que o  arco fronteiriço do Nordeste é maior que o do Rio de Janeiro. Natal, no  Rio Grande do Norte, está no topo da lista de violência, mas não aparece  na mídia. Considerados os crimes per capita, Natal é mais violenta que o  Rio.
Valor: Não é um paradoxo que num momento  em que as tropas são chamadas para reforçar a segurança por meio das  GLOs, o orçamento das Forças Armadas esteja comprometido?
Silva e Luna: Nosso orçamento a  partir da emenda do teto de gastos tem sido comprimido, na verdade,  desde 2012 tem sido nominalmente reduzido. Fizemos uma reestruturação,  trocamos efetivos permanentes pelos temporários, hoje há mais  temporários. Isso interfere em vários projetos, como o submarino  nuclear, o SisFron [monitoramento de fronteiras], o KC-390 [modelo de  avião estratégico da FAB com a Embraer].
Valor: Qual a consequência do encolhimento do orçamento da área de Defesa?
Silva e Luna: Para este ano  tínhamos solicitado R$ 6,5 bilhões para os projetos, ficou em R$ 4,5  bilhões. Já tivemos um contingenciamento, renegociamos até o limite do  esgarçamento. Os projetos vão se arrastando, e há o risco de que o  material adquirido fique obsoleto.
Valor: Foi pela falta de orçamento que o  Brasil não enviou as tropas para a missão das Nações Unidas na República  Centro-Africana?
Silva e Luna: Sim, mas como não havia previsão na lei orçamentária, foi uma negativa legítima.
Valor: Mas o general brasileiro Elias  Rodrigues Martins Filho vai assumir uma nova missão de paz, agora na  República Democrática do Congo. Não serão enviadas tropas para essa  missão?
Silva e Luna: Essa é a mais complexa e  mais difícil de todas as missões de paz que a ONU promoveu. Houve um  chamamento [das tropas brasileiras]. Os soldados estão preparados [se  forem enviados para a missão].
Valor: Por que o Brasil se tornou referência nessas missões de paz da ONU?
Silva e Luna: É o jeito brasileiro de  conduzir as coisas. As relações humanas se dão em três níveis: simpatia,  empatia e antipatia, e nossa tendência é se relacionar com as pessoas  por empatia, tentar sentir o que o outro está sentindo, se colocar no  lugar do outro.
Valor: Esse "jeito brasileiro" ajudou a restabelecer a ordem em Roraima? Falou-se até mesmo em fechar a fronteira.
Silva e Luna: Há desinformação, falam em  40 mil refugiados venezuelanos, mas na verdade há cerca de 5 mil lotados  em dez abrigos que construímos, não tem quem esteja desabrigado.
Valor: A situação de interinidade incomoda o senhor?
Silva e Luna: A mim não incomoda porque a  interinidade diz respeito a um espaço temporal. Eu diria que todos os  ministros, em tese, são interinos, porque a qualquer momento podem ser  substituídos. Mas pode não soar bem para as três Forças Armadas que  integram a Defesa.
Valor: Como assim?
Silva e Luna: Talvez as Forças não fiquem  confortáveis em saber que seu ministro não é um ministro, tem que ter  um qualificativo de interino do lado dele.
Valor: No próximo governo, um civil pode voltar ao comando da Defesa?
Silva e Luna: Tem havido uma preocupação  de muitos países de que sejam colocados técnicos que conheçam  profundamente o assunto nos ministérios, mas que tenha um trânsito  político. Mas se vier um civil, as Forças não vão se sentir afetadas.
Cães do DCTA doam sangue para banco veterinário em São José dos Campos
"Hemocão" é o único no Vale destinado ao atendimento de animais. Ação favorece saúde dos animais doadores. Meio litro de sangue salva até quatro vidas caninas.
G1 Vale Do Paraíba E Região Publicada Em 06/05/2018 - 12h56
Para ajudar  a aumentar o estoque do Banco de Sangue Veterinário de São José dos  Campos (SP), sete cães do canil do Departamento de Ciência e Tecnologia  Aeroespacial (DCTA) doaram sangue para um banco veterinário em São José.  O "Hemocão", como é conhecido, é o único hemocentro animal na região, e  já atendeu 450 cães desde sua inauguração, em 2013.
A parceria, divulgada no fim do mês  pela Força Aérea Brasileira, existe há três anos e acontece a cada seis  meses, ou quando há necessidade de reposição das bolsas de sangue - a  última doação foi em abril. Qualquer cão de 1 a 8 anos, com vacina e  vermifugação em dia e acima de 22 quilos é habilitados a doar, desde que  sejam aprovados em exames físicos, clínicos e sorológicos.
Entre as principais solicitações  atendidas pelo "Hemocão", estão cães atropelados ou vítimas de  acidentes, cirurgias de grande e médio porte, tumores e a doença do  carrapato. Com meio litro de sangue doado, a expectativa é de salvar até  quatro vidas caninas.
“Sempre necessitamos de bolsa. Doar  sangue acaba estimulando a medula dos animais doares a produzir glóbulos  vermelhos, evitando anemia e doenças parasitas, como é o caso do  carrapato”, disse o coordenador do Hemocão, Luciano Alves.
Os cães que doaram para o Hemocão são do  canil militar. “Eles realizam três vezes por semana atividades que  envolvem corrida e treinamento de faro. A doação favorece inclusive os  condicionamentos cardíacos dos cães, que ficam perfeitos. Essas  transfusões ainda evitam doenças cardíacas”, disse a Tenente Cláudia  Borges, responsável pelo canil.
Testes
Antes da doação, os cães passam por  exames veterinários. No check-up, são avaliadas as condições de rins,  fígado e um hemograma completo pode auxiliar ações preventivas de  tumores ou outras doenças. A realização do exame e a solicitação de  bolsa sanguínea chega a R$ 350. Cada exame tem um custo de R$ 40.
Gatos
A previsão, segundo a gestão do Hemocão, é de que o serviço de doação sanguínea esteja disponível também para gatos em julho.
Vídeo indica que noiva e tripulantes tiveram menos de 1 minuto para deixar helicóptero antes de explosão em Vinhedo
Vídeo do acidente que viralizou nas redes sociais mostra sequência sem cortes do queda do helicóptero. Três pessoas tiveram ferimentos leves e casamento não foi cancelado.
Por G1 Campinas E Região E Eptv Publicada Em 06/05/2018 - 16h36
Noiva, fotógrafo,  menino de 6 anos e piloto vítimas da queda do helicóptero em Vinhedo  (SP), neste sábado (5), tiveram menos de 1 minuto para sair da aeronave  antes da explosão, segundo mostra um vídeo do acidente que viralizou nas  redes sociais.
Em uma sequência sem cortes - entre 0m32s  e 1m36s -, é possível ver desde a aproximação do helicóptero ao local  do casamento - um castelo estilo medieval - até a explosão da aeronave  segundos após a saída de todos os tripulantes. [Veja no vídeo]
A testemunha, que fez as imagens com um  celular, está do lado de fora do espaço do evento e se assusta quando  percebe a queda. Ele corre, sem parar a gravação. Chega a se esconder  atrás do alambrado de uma empresa e, em seguida, volta a gravar o  helicóptero já no chão com convidados e familiares resgatando as  vítimas.
Todos ainda se encontram perto do helicóptero quando o fogo começa e há uma nova correria.
A noiva saiu ilesa e os demais três  tripulantes tiveram ferimentos leves. Mesmo com o susto, a noiva subiu  ao altar e a festa aconteceu.
Viagem rápida
A viagem começou no Aeroporto de  Jundiaí (SP) com o embarque das quatro pessoas às 17h23, segundo  informações da concessionária Voa São Paulo, que administra o local. O  percurso foi de cerca de 20 km até a festa, no bairro Altos do Morumbi.
No boletim de ocorrência registrado na  Polícia Civil, como lesão corporal culposa, consta que o acidente  ocorreu às 17h30. Veja como foi a sequência dos fatos no infográfico,  abaixo.

A reportagem da EPTV apurou que a  programação do voo do helicóptero previa que pétalas de rosas fossem  jogadas antes da aterrissagem, o que não ocorreu devido ao acidente.
O menino que estava no voo levaria as  alianças até os noivos na cerimônia. Com a queda, ele teve sangramento  no nariz e ficou em observação no hospital até a manhã deste domingo  (6), quando teve alta.
Cenipa e Polícia Civil investigam
Técnicos do Centro de Investigação e  Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estiveram no espaço do  evento nesta manhã para fotografar cenas, retirar partes da aeronave  para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que serão  usados na investigação.
A Polícia Civil de Vinhedo deve instaurar  o inquérito nesta segunda-feira (7) para apurar as causas do acidente.  Após a perícia, os destroços da aeronave foram removidos, colocados em  um caminhão e levados para Itapecerica da Serra (SP).
A empresa Buffet Imagem, responsável pelo  local, disse ao G1 que não houve danos à estrutura do prédio e que os  convidados estavam a uma distância segura da área onde o helicóptero  deveria pousar.
Helicóptero era regular
De acordo com informações da  Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o helicóptero prefixo PRVIA  modelo R44 II foi fabricado em 2008, tinha autorização para voos  noturnos e está em situação regular.
"Piloto experiente"
De acordo com Rui Garcia, proprietário da  empresa dona do helicóptero, Alter Aviation, o piloto é experiente e  está chocado com o que aconteceu. A companhia responsável fica em São  Paulo.
Garcia informou que a aeronave decolou  para fazer um voo fotográfico, que percorre um trecho pequeno. Ele disse  que o piloto estava tentando pousar no local correto e indicado no  gramado do espaço onde acontecia o casamento.
Helicóptero tomba após pouso de emergência em Quarto Centenário
Acidente ocorreu após aeronave voar por cerca 300 metros neste domingo (6). Piloto e passageiro, que é proprietário do helicóptero, não ficaram feridos.
Publicada Em 06/05/2018 - 20h06
Um  helicóptero tombou após fazer um pouso forçado em Quarto Centenário, no  noroeste do Paraná, na tarde deste domingo (6). Na aeronave estavam o  proprietário, que era passageiro, e o piloto. Eles não ficaram feridos.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o  piloto precisou fazer um pouso de emergência depois de voar por cerca de  300 metros. Ao tocar o solo, no meio de uma plantação, o helicóptero  tombou, danificando as hélices.
O piloto não precisou de atendimento  médico. O passageiro foi levado ao Pronto Socorro de Goioerê, ficou em  observação e na sequência foi liberado.
A PM informou que os dois ocupantes da  aeronave tinham almoçado na festa do Frango Invertebrado e seguiam para  Paranavaí, também no noroeste, quando ocorreu o acidente.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para investigar as causas do acidente.
A área onde ocorreu o acidente e o helicóptero ficarão isolados até a chegada dos peritosda aeronáutica.
Em Boa Vista, 871 venezuelanos são levados de praça para abrigos
Publicada Em 06/05/2018 - 19h24
Militares  do Exército levaram 871 venezuelanos que estavam acampados na Praça  Simón Bolívar, em Boa Vista, para dois abrigos montados temporariamente  na cidade, segundo informações divulgadas pela Casa Civil da Presidência  da República. A ação teve apoio da prefeitura e da Agência das Nações  Unidas para Refugiados (ACNUR). 
A retirada começou às 5h30 até o início  da tarde. Os venezuelanos foram levados para os abrigos Latife Salomão e  Santa Tereza, onde terão três refeições diárias. Eles também foram  cadastrados, receberam cartões de acesso aos abrigos e vacinados.
O general de Divisão Eduardo  Pazuello, coordenador da operação de acolhimento dos migrantes, chamada  de Força-Tarefa Humanitária, já havia antecipado à Agência Brasil a ação  na praça. “Em Boa Vista, ainda temos pessoas na Praça Simón Bolívar.  São os próximos que vamos abrigar. Com a desocupação da praça e com  alguns remanescentes em um prédio ou outro, estaremos estabilizados”,  disse.
Cerca de 4 a 6 mil venezuelanos estão em  Boa Vista e o estado se prepara para receber mais pessoas que fogem da  crise econômica intensa instalada no país vizinho.

Imigrantes venezuelanos embarcam em avião da Força Aérea Brasileira, em Boa Vista, com destino à Manaus e São Paulo. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A ação faz parte das iniciativas do Comitê Federal de Assistência Emergencial do Governo Federal, presidido pela Casa Civil.
Outra medida é a transferência de  venezuelanos para outros estados do país para aliviar a demanda  crescente por assistência em Roraima. Até agora, 498 venezuelanos foram  distribuídos entre São Paulo, Manaus e Cuiabá. O governo federal  pretende investir na interiorização de 15 mil venezuelanos. Estão  sendo disponibilizados R$ 190 milhões para atender a operação em um  período de 12 meses. Essa verba é utilizada, principalmente, em  contratação de estruturas para abrigos, transporte de equipamentos e na  alimentação dos migrantes, além das viagens nos aviões da Força Aérea  Brasileira (FAB).
A reportagem da Agência Brasil acompanhou a transferência de alguns deles e conversou para saber o que buscam no Brasil.
Cenipa investiga causas do acidente com helicóptero que levava noiva
Publicada Em 06/05/2018
O Centro de  Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, irá apurar as  causas do acidente com o helicóptero que levava uma noiva para o  casamento no interior de São Paulo. Técnicos do Cenipa estiveram na  manhã deste domingo no local onde ocorreu a queda. E os destroços já  foram retirados do buffet onde o helicóptero bateu em uma das torres.
Aeronáutica precisará de profissionais temporários na Amazônia
As vagas são para auxiliares e técnicos, com níveis superior e intermediário de ensino. Salários ainda não foram divulgados
Aline Aguiar Publicada Em 07/05/2018 - 05h30
O Comando  da Aeronáutica vai selecionar 637 novos servidores públicos civis para  contratos temporários. Eles devem atuar em obras e serviços executados  pela Comissão de Aeroportos da Região Amazônica. A decisão está no anexo  da Portaria Interministerial n° 91, publicada no Diário Oficial da  União pelo Ministério da Defesa.
As vagas de nível técnico são para áreas  como arquivo, laboratório e manutenção. Em nível intermediário e  auxiliar, as opções são em cargos como serventes e cozinheiros.  Arquitetos e engenheiros participam da seleção de profissionais com  nível superior de ensino.
De acordo com a portaria, as  remunerações dos aprovados serão definidas pelo Comando da Aeronáutica,  em valores não superiores ao da remuneração constante dos planos de  retribuição ou dos quadros de cargos e salários do serviço público para  servidores que desempenham função semelhante.
Para confirmação no cargo será necessária  aprovação em processo seletivo simplificado ou, quando for possível,  análise de currículo. O Comando divulgará em breve o edital de aberturas  das inscrições. No documento também constarão o número de vagas, área  de atuação, descrição das atribuições, remuneração e prazo de duração do  contrato.
AEROFLAP - Conheça os 7 aeroportos mais movimentados do Brasil
Pedro Viana Publicada Em 06/05/2018
O Departamento de  Controle do Espaço Aéreo (DECEA) lançou nesta última semana uma  postagem listando os aeroportos mais movimentados do Brasil, em  quantidade de movimentos aéreos (pousos e decolagens).
Os dados são fornecidos pelo órgão, que é responsável pela normatização do tráfego aéreo no Brasil. Você também poderá encontrar essas informações no Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo (Ref 2017).
Todos os dados abaixo são referentes aos 12 meses e 365 dias de 2017, contemplando um resultado anual.
Então vamos ver quais são os aeroportos mais movimentados?
1 – Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)
Faz anos que o Aeroporto de Guarulhos está em destaque como o mais movimentado do país, apesar da sua limitação de pista que restringe o número de pousos e decolagens. Só em 2017 o terminal (como um todo) movimentou quase 38 milhões de passageiros, resultando em 271.237 movimentos de pouso e decolagem do local.
O local tem três terminais, com capacidade para processar até 42 milhões de passageiros por ano. Boa parte do seu tráfego aéreo é composto por voos internacionais, sendo a principal porta de entrada no Brasil atualmente, também é o único que recebe diariamente o Airbus A380 fazendo voo regular internacional.
2 – Aeroporto de Congonhas (SP)
O Aeroporto de Congonhas ganhou destaque nos últimos anos, quando consegui ultrapassar o Aeroporto de Brasília e ganhou sua posição de segundo mais movimentado do país, apesar de só receber voos domésticos e ter uma clara limitação de pista.
Foram 223.989 movimentos de pouso e decolagem, além de receber quase 22 milhões de passageiros.
3 – Aeroporto Internacional de Brasília (DF)
O Aeroporto de Brasília se destaca como um imenso hub para o mercado doméstico, a partir dele podemos chegar em várias cidades do Brasil, incluindo muitas capitais. Em 2017 ficou como o terceiro mais movimentado, com 158.507 movimentos de pouso e decolagem e quase 17 milhões de passageiros transportados.
A perspectiva neste ano é de melhora, com novos voos internacionais e um reaquecimento do mercado doméstico de aviação.
4 – Aeroporto Internacional do Galeão (RJ)
O Aeroporto do Galeão se destaca pelos vários voos internacionais que recebe diariamente, sendo uma das principais portas de entrada do Brasil depois de Guarulhos.
Os dados são fornecidos pelo órgão, que é responsável pela normatização do tráfego aéreo no Brasil. Você também poderá encontrar essas informações no Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo (Ref 2017).
Todos os dados abaixo são referentes aos 12 meses e 365 dias de 2017, contemplando um resultado anual.
Então vamos ver quais são os aeroportos mais movimentados?
1 – Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)
Faz anos que o Aeroporto de Guarulhos está em destaque como o mais movimentado do país, apesar da sua limitação de pista que restringe o número de pousos e decolagens. Só em 2017 o terminal (como um todo) movimentou quase 38 milhões de passageiros, resultando em 271.237 movimentos de pouso e decolagem do local.
O local tem três terminais, com capacidade para processar até 42 milhões de passageiros por ano. Boa parte do seu tráfego aéreo é composto por voos internacionais, sendo a principal porta de entrada no Brasil atualmente, também é o único que recebe diariamente o Airbus A380 fazendo voo regular internacional.
2 – Aeroporto de Congonhas (SP)
O Aeroporto de Congonhas ganhou destaque nos últimos anos, quando consegui ultrapassar o Aeroporto de Brasília e ganhou sua posição de segundo mais movimentado do país, apesar de só receber voos domésticos e ter uma clara limitação de pista.
Foram 223.989 movimentos de pouso e decolagem, além de receber quase 22 milhões de passageiros.
3 – Aeroporto Internacional de Brasília (DF)
O Aeroporto de Brasília se destaca como um imenso hub para o mercado doméstico, a partir dele podemos chegar em várias cidades do Brasil, incluindo muitas capitais. Em 2017 ficou como o terceiro mais movimentado, com 158.507 movimentos de pouso e decolagem e quase 17 milhões de passageiros transportados.
A perspectiva neste ano é de melhora, com novos voos internacionais e um reaquecimento do mercado doméstico de aviação.
4 – Aeroporto Internacional do Galeão (RJ)
O Aeroporto do Galeão se destaca pelos vários voos internacionais que recebe diariamente, sendo uma das principais portas de entrada do Brasil depois de Guarulhos.
Em 2017 foram 127.092 movimentos de pouso  e decolagem, apesar dos 16 milhões de passageiros transportados. A  diferença desse número para o Aeroporto de Brasília se deve justamente  aos voos internacionais, que são realizados com aeronaves maiores e  incrementam o número de passageiros no local, mas não exige uma  quantidade maior de movimentos, enquanto o tráfego de Brasília é  composto em maior parte por aeronaves como o Boeing 737 e o Airbus A320.
5 – Aeroporto Santos Dumont (RJ)
O Santos Dumont só opera voos domésticos,  e de curta distância, mas nem esse fato tirou a 5ª colocação do  aeroporto, que registrou 118.149 movimentos em 2017 e recebeu 9,2  milhões de passageiros.
Em número de movimentos o aeroporto é  recorde e garantiu a 5ª colocação nesse quesito, devido ao tráfego de  aeronaves executivas de pequeno porte e aos pequenos aviões que operam  no local. Mas em número de passageiros Santos Dumont fica em 7º no  ranking nacional.
6 – Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP)
O Aeroporto de Viracopos é um grande Hub  da Azul Linhas Aéreas, somente no ano passado eu desembarquei 4 vezes  por lá, sendo que em duas eu segui para São Paulo.
A grande concentração de aeronaves  garantiu o 6º lugar para Viracopos, que registrou 112.772 movimentos em  2017, além de transportar 9,3 milhões de passageiros no período.
7 – Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG)
O Aeroporto de Confins foi bastante  reformulado depois que a iniciativa privada assumiu o local, e ganhou  ainda mais infraestrutura para receber 100.593 pousos e decolagens em  2017, além de transportar 10,1 milhões de passageiros.
Em número de passageiros transportados o  local é o 5º colocado no país, à frente do SDU (Santos Dumont) e  Viracopos, apesar de ter um movimento menor de aeronaves, mesmo efeito  encontrado no Aeroporto do Galeão.
Via – DECEA
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