NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 24/09/2017 / Mais um dia de tensão no Rio teve troca de tiros, 3 mortos, 1 criança ferida e 9 presos
 
Mais um dia de tensão no Rio teve troca de tiros, 3 mortos, 1 criança ferida e 9 presos ...   
A tensão com a  violência na disputa entre grupos de traficantes e em meio a uma  megaoperação de segurança na favela da Rocinha (zona sul do Rio) e  arredores neste sábado (23) teve um saldo de três suspeitos mortos, uma  criança ferida e nove homens presos no Rio de Janeiro. Houve intensa  troca de tiros no início da tarde, depois de registro de tiros durante a  madrugada.
(veja abaixo ...)
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Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado  nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP  apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas  diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.Mais um dia de tensão no Rio teve troca de tiros, 3 mortos, 1 criança ferida e 9 presos
A tensão com a  violência na disputa entre grupos de traficantes e em meio a uma  megaoperação de segurança na favela da Rocinha (zona sul do Rio) e  arredores neste sábado (23) teve um saldo de três suspeitos mortos, uma  criança ferida e nove homens presos no Rio de Janeiro. Houve intensa  troca de tiros no início da tarde, depois de registro de tiros durante a  madrugada.
O tiroteio do início da tarde, que  aparentemente ocorria na parte alta da comunidade, durou cerca de dez  minutos, por volta das 13h, e obrigou militares e jornalistas a se  abrigarem na 11ª DP, que fica no pé da favela. Ainda não há informações  sobre o que teria desencadeado o tiroteio.
A Polícia Militar trocou tiros com  suspeitos em pontos do Alto da Boa Vista, Tijuca e Santa Teresa. Nos  dois primeiros casos, a Polícia Civil confirmou a suspeita de vínculo  com os conflitos na Rocinha.
No Alto da Boa Vista, dois homens foram  mortos e dois, presos, segundo a Polícia Civil. Foram apreendidos dois  fuzis. Uma criança de 13 anos foi baleada e levada para o Hospital Souza  Aguiar.
Na Tijuca, uma pessoa foi morta em confronto com a PM e outra, presa.
Apesar dos novos confrontos, o comércio abriu na manhã de hoje na região da Rocinha. Nos  acessos à comunidade, dezenas de carros e tanques do Exército reforçam a  segurança. Uma blitz de militares foi montada na estrada da Gávea.  Homens do Exército utilizam drone para monitorar a região.
No começo da manhã, a Polícia Militar  informou a apreensão pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais) de  cinco fuzis após criminosos em um táxi entrarem em confronto com os  policiais.
Segundo a Secretaria de Segurança, o Bope  montou um cerco na saída do túnel Zuzu Angel, após ser comunicado sobre  uma perseguição de policiais do 23º BPM a um táxi com criminosos  armados. Houve confronto. Os bandidos fugiram. Foram apreendidos cinco  fuzis, 55 carregadores, 2.055 munições de diversos calibres, 110  papelotes de erva seca e 1.045 cápsulas de pó.
Às 5h30, já não havia mais relatos de  confronto, embora a tensão permanecesse, com policiais fazendo  policiamento na entrada da favela. A autoestrada Lagoa-Barra e o túnel  Zuzu Angel, nos dois sentidos, chegaram a ser interditados  preventivamente, mas já foram liberados.
Em outra ocorrência, por volta das 4h30,  homens armados tentaram romper bloqueio do cerco estabelecido pelas  Forças Armadas na comunidade, nas proximidades da rua General Olímpio  Mourão Filho. O Exército prendeu quatro suspeitos que estavam no  veículo, um Renault Symbol, e apreendeu um fuzil AK47 e quatro  carregadores. Eles fizeram um motorista refém em seu carro para tentar  entrar na favela.
Já a criança, de 13 anos, foi baleada no  Alto da Boa Vista, bairro que liga as zonas sul e norte por meio do  Parque Nacional da Tiijuca. De acordo com a Polícia Militar, ela foi  levada pelos próprios militares ao hospital Souza Aguiar, onde segue  internada. Não há informações sobre o estado de saúde dela.
A suspeita é de que traficantes estejam  se escondendo nas matas do Parque Nacional da Tijuca durante os  tiroteios para se esconder do cerco policial e dos militares que sobem a  Rocinha.
Cinco granadas também foram apreendidas  na manhã deste sábado na Rocinha. Em outra comunidade, na zona norte,  foram apreendidos outros dez fuzis que, segundo a polícia, seriam  levados para a Rocinha.
Exército fará até `guerra na selva` em cerco a tráfico na Rocinha
Helicópteros desembarcarão militares treinados em ações desse tipo na mata fechada do entorno da favela do Rio, que é palco de disputa entre traficantes
A  participação das Forças Armadas no cerco ao tráfico na Rocinha, na zona  sul do Rio de Janeiro, não vai se limitar ao controle das principais  vias que dão acesso à comunidade. Militares treinados em operações na  selva vão ajudar no reconhecimento da área e na localização de  traficantes escondidos na floresta no entorno da favela.
Segundo o chefe do Estado-Maior  Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança no Rio de  Janeiro, almirante Roberto Rossatto, diferentemente das outras ações  das Forças Armadas no estado, desta vez, as tropas estão atuando nos  acessos à comunidade atingida e no seu entorno, na vegetação de mata  fechada, com o uso de helicópteros para desembarcar homens do Exército  treinados para fazer o reconhecimento e militares para auxiliar a  comunicação da operação.
O almirante disse que a Estrada da Gávea  divide a comunidade em duas partes: de um lado a Rocinha e do outro o  Vidigal e, por isso, foi feito um cerco modificado, dividindo o terreno,  para que as tropas possam atuar com maior eficácia. As Forças Armadas  vão permanecer na Rocinha por tempo indeterminado, segundo Rossato.
O secretário de Segurança do Rio de  Janeiro, Roberto Sá, disse que os criminosos estão, em sua maioria,  abrigados na mata, mas, como a Rocinha é muito grande, eles podem estar  escondidos também em casas na comunidade.
O ministro da Defesa, Raul  Jungmann, disse que o efetivo que poderá ser deslocado imediatamente são  os 950 homens da Polícia do Exército lotados no Estado do Rio de  Janeiro. Ele afirmou também que o efetivo pode crescer conforme a  demanda dos próximos dias, até o limite máximo de 10.000 homens, que “é  excessivo e só será utilizado em caso de necessidade”.
Balanço
As ações realizadas desde domingo (17)  por policiais da 11ª Delegacia de Polícia (Rocinha), em conjunto com  policiais militares, resultaram na prisão de três pessoas, identificadas  como Edson Gomes Ferreira, Wilklen Nobre Barcellos e Fabio Ribeiro  França. Quatro criminosos morreram nos confrontos. Seis pessoas ficaram  feridas e foram socorridas e encaminhados ao Hospital Miguel Couto.
O Portal dos Procurados, site ligado ao  Disque Denúncia do Rio, está oferecendo recompensa de 30 mil reais por  informações que levem à prisão de Rogério Avelino da Silva, o Rogério  157, chefe do tráfico na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Ele  disputa o domínio do comércio ilegal de drogas na favela com o  traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, que está no presídio federal de  Rondônia. Os dois pertencem à facção criminosa Amigo dos Amigos.
Nem é suspeito de ter ordenado o ataque  contra a quadrilha de Rogério. Por isso, mesmo preso, teve nova prisão  decretada. Nesta sexta-feira, 22, o portal publicou cartaz divulgando a  recompensa pela prisão de Rogério. A peça também oferece um prêmio por  informações a respeito de oito acusados de ter participado da invasão da  Rocinha no último domingo. Para cada um dos procurados, o pagamento  será de R$ 1 mil.
O risco da radicalização
Reunião realizada na surdina com a presença do Alto Comando do Exército, em que se discutiu a possibilidade de uma intervenção militar no País, revela que a voz do general Antonio Hamilton Martins Mourão, com notas extremistas, não é isolada na caserna. É preciso ficar alerta
Ilimar Franco, Bárbara Libório E Germano Oliveira
Segunda-feira,  11, às 9h, o ar estava seco e o tempo quente em Brasília, a despeito de  ainda ser inverno no País. Nesse exato instante, o Comandante do  Exército, general Eduardo Villas Bôas, fazia a abertura formal da 314ª  reunião do Alto Comando do Exército, realizada no Quartel General do  Exército, em Brasília. O encontro, de cinco dias de duração, foi  convocado para discutir os problemas que afligem os militares, entre os  quais, a crise política do País e a falta de recursos para manter  soldados nas casernas e garantir as atividades básicas da força, alvo de  um significativo contingenciamento de verbas do governo federal. Os  generais que comandam as tropas nas principais unidades do Exército  demonstravam inquietação. Sentiam a necessidade de se posicionar sobre a  corrupção e a barafunda reinante nos poderes da República. Mas a pauta,  por assim dizer, foi extrapolada, ultrapassando as fronteiras do  razoável.
Na surdina, a cúpula do Exército pôs em  debate ali o que o general Antonio Hamilton Martins Mourão ecoaria dias  depois, mais precisamente na sexta-feira 15, durante um evento da Loja  Maçônica Grande Oriente: uma eventual necessidade de uma intervenção  militar no País, “diante da crise ética e político-institucional”. Ou  seja, Mourão não falava sozinho nem havia cometido um arroubo  imprevidente, quando defendeu a solução radical tornada pública na  última semana. Ele entabulou um discurso, com tintas golpistas,  respaldado por um encontro prévio do Alto Comando do Exército. Não se  trata de um foro qualquer. O colegiado é o responsável pelas principais  decisões do Exército. Estavam presentes 16 generais quatro estrelas,  entre eles Fernando Azevedo e Silva, chefe do Estado-Maior e Comandante  Militar do Leste, cotado para substituir Villas Bôas, prestes a encerrar  seu ciclo no comando do Exército. Compareceram também os demais seis  comandantes militares, entre os quais o da Amazônia, general Antonio  Miotto, e o do Sul, general Edson Leal Pujol. Fontes ouvidas por ISTOÉ,  presentes à reunião, ponderam que não estavam ali a fim de tramar um  golpe militar, mas confirmam que o que os motivou a realizar o encontro  foi a preocupação com o ritmo acelerado da deterioração do quadro  político brasileiro. E, sim, deixam claro que, se houver necessidade,  estarão prontos “para uma intervenção com o objetivo de colocar ordem na  casa”.
Ao invés de punir o general Mourão, o Comandante do Exército elogiou o colega: “Grande soldado”
Foi munido desse espírito que Mourão  desembarcou na maçonaria. O encontro teve início às 20h de sexta-feira  15. Lá, ele disparou a metralhadora giratória sem maior cerimônia. Disse  que seus “companheiros do Alto Comando do Exército entendiam que uma  intervenção militar poderá ser adotada se o Judiciário não solucionar o  problema político”, referindo-se à corrupção. Pediu a “retirada da vida  pública desses elementos envolvidos em todos os ilícitos” e advertiu que  “vai chegar um momento em que os militares terão que impor isso (a  intervenção militar na política)”. E, por fim, acrescentou: “O que  interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que  buscamos, de qualquer maneira, atingir esse objetivo. Então, se tiver  que haver, haverá (ação militar)”, pregou Mourão.
A fala do general provocou o maior  alvoroço no País. Apesar disso, em entrevista na noite de terça-feira 19  ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo, Villas Bôas foi taxativo:  “Punição não vai haver. Essa questão já está resolvida internamente”,  disse o comandante, acrescentando: “A maneira como Mourão se expressou  deu margem a interpretações amplas, mas ele inicia a fala dizendo que  segue as diretrizes do comandante”. Ainda chamou Mourão de “um grande  soldado, uma figura fantástica”. E ateou ainda mais lenha à  fogueira ao dizer que “a Constituição concede às Forças Armadas um  mandato para intervir se houver no País a iminência de um caos”. Não é  verdade. De acordo com o artigo 142 da Constituição, as Forças Armadas  podem agir, desde que “sob a autoridade suprema do presidente da  República”. Em nenhum lugar da Carta Magna está escrito que o caos  confere um “mandato” para atuar à revelia do presidente. O que Villas  Bôas deveria ter feito, e não o fez, foi punir o subordinado.
Claro, quando a existência de uma reunião  prévia com a participação do Alto Comando do Exército vem à tona, tudo  faz mais sentido. Como é que o Comandante do Exército, o general Villas  Boas, poderia aplicar uma sanção a um subalterno que tornou público um  dos cenários debatidos num encontro em que ele mesmo estava presente,  participou da abertura dos trabalhos e comandou as discussões? Não  poderia, evidente, e, por isso, não puniu. Em audiência no dia seguinte,  o ministro da Defesa, Raul Jungmann, defendeu ao menos uma reprimenda  pública a Mourão, ao que o comandante do Exército de novo resistiu.  Ficou combinado apenas que Villas Bôas conversaria com o subordinado  para deixar claro que a voz oficial do Exército é a dele e de mais  ninguém. Coube aos comandantes militares da Marinha, Exército e  Aeronáutica defender publicamente, por meio de comunicados, o respeito à  Constituição, aos poderes constituídos e aos princípios democráticos.
Mero formalismo. Embora não lidere nenhum  movimento de insurreição militar, o general Mourão conta com amplo  apoio não só do comando do Exército, como da tropa. No início da semana,  o coronel Muniz Costa distribuiu para um grupo de companheiros de farda  uma carta sob o título “Do que falou o General”. Nela, promoveu uma  contundente defesa do general: “Quando um general de quatro estrelas  afirma que o Exército tem planejamentos para atuar na eventualidade de  uma falência das instituições nacionais, num momento que o País enfrenta  a mais grave crise em mais de cinquenta anos, as cassandras do  ‘pseudolegalismo’ se agitam”, afirmou. O primeiro comandante da Força de  Paz no Haiti (2004), general da reserva Augusto Heleno, seguiu na mesma  toada.“Meu apoio irrestrito ao respeitado chefe militar (Mourão). É  preocupante o descaramento de alguns políticos, integrantes da quadrilha  que derreteu o País, cobrando providências contra um cidadão de  reputação intocável”. Outro que demonstrou estar no mesmo compasso de  Mourão foi o general de Brigada Paulo Chagas. A seu grupo de amigos nas  redes sociais afirmou que num cenário de um caos total, os militares não  poderiam ficar “inertes aguardando ordens”. O presidente da Associação  de Oficiais da Reserva do Distrito Federal, o tenente Rômulo Nogueira,  foi além, ao divagar sobre uma eventual queda de Temer. “Quem assume? O  rapazinho lá, não sei o quê Maia. Será que ele teria pulso forte para  dar uma ordem? Num clamor, numa desordem, alguém tem de tomar conta da  casa”.
A população minimamente instruída  precisa ficar alerta a manifestações dessa natureza. Pouco importam os  panos quentes manuseados pelos militares, ao longo dos últimos dias,  para abafar o indisfarçável. É inadmissível qualquer vestígio, rastro ou  laivo capaz de representar uma chance mínima que seja de retrocesso de  53 anos na história do País. A retrospectiva histórica ensina: militar  não tem de se arvorar a fazer política. Cabe constitucionalmente às  Forças Armadas a garantia da ordem interna e das fronteiras. Quando os  militares se meteram a fazer política, pela última vez, mergulharam o  País em 21 anos de trevas, os quais não podemos esquecer para que jamais  novamente aconteça.
FILME REPETIDO
em 2015, o mesmo Mourão havia sido  afastado do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, depois de tecer  críticas a presidente Dilma, dizendo que seu governo era corrupto e  incompetente – o que não constituía uma mentira, por óbvio. Mas  tratava-se de uma insubordinação. Punido, Mourão foi transferido para  Brasília, onde assumiu o cargo de Secretário de Finanças do Exército,  sua atual função, uma das mais importantes na força. Por isso, as  perguntas que mais circulavam em Brasília na última semana eram: o que  aconteceria agora? O general perderia o cargo e seria preso por pregar  uma intervenção militar no País? Seria repreendido? Nem uma coisa, nem  outra.
Pelo sim, pelo não, a ordem unida  no Planalto é de baixar a bola. Na verdade, desde que assumiu o poder, o  presidente Michel Temer evitou criar embaraços às Forças Armadas. Por  exemplo, bastou um ranger de dentes para que os militares fossem  retirados da reforma da Previdência. Depois de uns muxoxos, também  ficaram imunes à proposta de congelamento dos salários dos servidores  federais. De outro lado, não convém desconsiderar que prevalece entre  setores da caserna o espírito corporativista. Apesar de o governo tê-los  poupado de eventuais maldades, há uma espécie de sentimento de  sabotagem ao estado de penúria experimentado pelas Forças Armadas desde  2012 pelo menos. Nos últimos cinco anos, o Orçamento despencou de R$  17,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões.
Em geral, as insatisfações são ecoadas  por militares, da ativa e da reserva, por `WattsApp`. Pelas redes  privadas, formam grupos de comunicação direta, trocam informações e  opiniões. É por elas que circulam as críticas pela falta de verbas, como  também todos os passos do candidato do coração da caserna: o deputado  Jair Bolsonaro (PSC). Os militares constituem a principal base eleitoral  do capitão da reserva do Exército, que já anunciou sua pré-candidatura à  presidência da República em 2018. Pelas recentes pesquisas, ele figura  em segundo lugar. Por frases como “soldado meu que vai à guerra não  senta no banco dos réus”, Bolsonaro frequentemente é ovacionado por seus  seguidores abnegados em discursos pelo País afora. “Não se faz  democracia aceitando a corrupção por governabilidade. Reagir a isso é  obrigação de qualquer civil ou militar”, afirmou o parlamentar, ao  comentar o discurso de Mourão. Assim como o ex-presidente Lula, o  deputado desperta amores e ódios. Fala pouco, e admite parco  conhecimento quando o assunto é economia ou políticas públicas –, o que  representa um grave defeito para quem quer comandar os destinos do País  –, mas provoca aplausos na mesma intensidade das vaias quando discorre  sobre direitos humanos, tortura e comunismo. Constantemente comparado a  Donald Trump, Bolsonaro é o pré-candidato com o qual ninguém sabe como  lidar, ao menos por ora.
Para manter aquecida sua tropa eleitoral,  em suas quase três décadas na Câmara, o deputado dedicou-se a atender  os interesses de militares e à área de segurança pública. Aprovou apenas  dois projetos de lei: um que estendia o benefício de isenção do Imposto  sobre Produtos Industrializados (IPI) para bens de informática, e outro  na área de saúde, que autorizava o uso da chamada pílula do câncer, a  fosfoetanolamina sintética. Questões que deverão estar no centro dos  debates em 2018, como os rumos da política econômica do País, parecem  não ser uma prioridade para o militar da reserva. “Um País violento não  tem economia. Eu, por exemplo, raramente vou sair para comer uma pizza à  noite na Barra da Tijuca”, afirmou o deputado recentemente, depois de  reclamar da insegurança no Rio, onde mora.
Em três décadas na Câmara, o deputado Jair Bolsonaro aprovou apenas dois projetos.
INDISCIPLINA
Apesar de Bolsonaro ser um proverbial  entusiasta da ordem, sua carreira no Exército não foi isenta de atos de  indisciplina. Em 1987, segundo documentos do Superior Tribunal Militar  divulgados pela “Folha de S.Paulo” recentemente, o então capitão foi  acusado por cinco irregularidades e teve que responder a um Conselho de  Justificação formado por três coronéis: ele escreveu um artigo para a  revista “Veja” pedindo aumento salarial para a tropa, sem consultar seus  superiores. Meses depois, a mesma publicação afirmou que ele e outro  oficial haviam elaborado um plano para explodir bombas-relógio em  unidades militares do Rio. Os superiores de Bolsonaro chegaram a  avaliá-lo como dono de uma “excessiva ambição em realizar-se financeira e  economicamente”. Isso porque em 1983, o na época tenente, com 28 anos,  “deu mostras de imaturidade ao ser atraído por empreendimento de  ‘garimpo de ouro’”. Segundo seu superior, coronel Carlos Alfredo  Pellegrino, Bolsonaro “tinha permanentemente a intenção de liderar os  oficiais subalternos, no que foi sempre repelido, tanto em razão do  tratamento agressivo dispensado a seus camaradas, como pela falta de  lógica, racionalidade e equilíbrio na apresentação de seus argumentos”.
Para o cientista político e professor da  Unesp, Marco Aurélio Nogueira, apesar da popularidade atual, “Jair  Bolsonaro tem essa força demonstrada agora porque o caos está instalado,  mas quando outros candidatos se lançarem ele deve perder gordura”,  aposta. O fato é que, independentemente de como marchará  Bolsonaro, os militares – sob sua influência ou não – sacudiram o País  nos últimos dias. Se o diabo mora nos detalhes, ele começou a se  insinuar inadvertidamente. E sem ser admoestado. Faltou pulso firme ao  governo, ao mesmo tempo em que sobrou irresponsabilidade à caserna. Em  qualquer democracia do mundo deve haver espaço para ideais de todos os  espectros políticos. E isso é salutar para o processo democrático. Mas  não há dúvida de que o flerte com o radicalismo – à direita ou à  esquerda – é o mais perverso dos caminhos, ao nos remeter a tempos que  acreditamos ter ficado definitivamente para trás.
O Mourão de hoje e o Mourão de ontem
Não é essa a primeira vez que um  sobrenome Mourão aparece na história política brasileira, de farda e com  quatro estrelas nos ombros – ou seja, estamos falando de um general do  Exército. Não é essa a primeira vez que um general Mourão fala mais do  que o bom senso tolera, e mais, muito mais, do que as regras de sua  instituição permitem. Trata-se, aqui, de Antonio Hamilton Martins Mourão  e de Olímpio Mourão Filho. O primeiro é atual, está na ativa e  conseguiu ser notícia porque insinuou na maçonaria que as Forças Armadas  podem atropelar a democracia se assim cismarem. O segundo Mourão foi  ideolólogo e hábil operador de um trágico passado: o golpe de 31 de  março de 1964 que rasgou a Constituição, apeou do poder o presidente  João Goulart e mergulhou o País na noite de vinte e um anos de ditadura  militar. Mourão, não o Antonio boquirroto do presente, mas o Olímpio  silencioso e golpista do passado, atravessou a vida conspirando. A  rigor, 1964, para ele, foi a decorrência lógica do que começou a  aprontar na década de 1930. Eis um registro marcante: como dirigente  máximo do serviço secreto da Ação Integralista Brasileira (que tinha o  fascismo enquanto discurso e Plínio Salgado enquanto boca), o general  Mourão Filho arquitetou o mentiroso Plano Cohen, segundo o qual o  Partido Comunista Brasileiro se preparava clandestinamente para golpear  as instituições. A consequência imedata foi a decretação, por Getúlio  Vargas, da ditadura do Estado Novo.
Operação integrada prende criminosos e apreende armas e munição na Rocinha
Cristina Indio Do Brasil
As operações  integradas realizadas na madrugada de hoje (23) resultaram na apreensão  de 16 fuzis, forte armamento, carregadores, munição, equipamentos de  rádio transmissores, dinheiro e drogas.
Também foram presas cinco pessoas, entre  elas o traficante Luiz Alberto Santos de Moura, o Bob do Caju, apontado  como um dos comandantes da invasão de criminosos na Rocinha, no domingo  passado.
De acordo com a Polícia Civil, entre os  fuzis, 10 foram apreendidos na comunidade do Caju, na região portuária  do Rio, após informações recebidas pela Delegacia de Roubos e Furtos  (DRF). Outros cinco fuzis foram apreendidos em uma ação de agentes do  Batalhão de Operações Especiais (Bope) e um em uma Operação do Exército  na Rocinha.
Ainda na madrugada o motorista de táxi  Marcelo Paz foi abordado por quatro criminosos armados que o obrigaram a  subir a Rocinha. Em um dos acessos à comunidade foram interceptados por  uma equipe do Bope e após confronto conseguiram escapar, mas além dos  cinco fuzis, deixaram para trás carregadores de diversos tipos de armas,  sete granadas e drogas.
As outras quatro prisões foram realizadas em operação do Exército durante a madrugada na Rocinha.
Tiroteio
Na manhã deste sábado, um novo  tiroteio foi ouvido na Rocinha. De acordo com a Assessoria de  Comunicação Social do Estado-Maior Conjunto das Operações em Apoio ao  Plano Nacional de Segurança Pública, por volta das 4h30, elementos  armados tentaram romper bloqueio do cerco estabelecido pelas Forças  Armadas nas proximidades da Rua General Olímpio Mourão Filho.
Na operação, foram presos pela Polícia do  Exército os cinco ocupantes de um veículo Renault Symbol e apreendidos  um fuzil AK47 calibre 7,62mm com numeração raspada e quatro  carregadores; uma pistola Glock calibre 9mm com dois carregadores; 86  munições calibre 7,62mm e 18 calibre 9mm; dois equipamentos de rádio  transmissores; documentos; cadernos de anotações; além de pequena  quantidade de drogas e dinheiro em espécie.
Os suspeitos e o material apreendido foram entregues à 11ª Delegacia de Polícia, na Rocinha.
Forças Armadas estudam envio de militares para auxiliar ONU em missões de paz
Alex Rodrigues
Com o fim da  participação brasileira na Missão das Nações Unidas para Estabilização  do Haiti (Minustah), que será encerrada no dia 15, o Estado-Maior das  Forças Armadas e o Ministério das Relações Exteriores estudam a  possibilidade de o Brasil enviar militares brasileiros para outras  missões de paz da ONU.
Nos últimos meses, militares e diplomatas  avaliaram dez operações da ONU para definir onde a presença militar  brasileira seria mais proveitosa – tanto para a população local quanto  para a tropa e para o Brasil. Foram analisados aspectos como nível de  hostilidade, intensidade das operações, influência ambiental, projeção  do país no exterior, custos do apoio logístico, infraestrutura local,  além da interação nacional com os países que já atuam nestas missões e  fatores geopolíticos.
Do trabalho resultaram duas listas,  que, segundo o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas,  almirante Ademir Sobrinho, coincidem ao priorizar o envio do efetivo  brasileiro para a República Centro-Africana. Isso caso o Brasil decida  participar de uma nova missão após os 13 anos à frente da operação  haitiana. A decisão final caberá ao presidente Michel Temer e ao  Congresso Nacional.
África
“Estamos prontos para fazer uma  apresentação [dos estudos] para o presidente. Se ele nos der sinal verde  para continuarmos analisando o assunto, iremos conversar com o  Congresso Nacional, a quem compete autorizar o envio de tropas e aprovar  a destinação dos recursos financeiros necessários. Como de costume, a  ONU só formalizará qualquer convite após estar tudo encaminhado e  aprovado”, explicou o almirante, revelando que o governo tem até o fim  de outubro para responder às consultas informais feitas pela ONU. "A  organização só formaliza seus pedidos após os países responderem  informalmente se têm ou não condições de atendê-la".
A maioria das missões de paz analisadas  pelas Forças Armadas e pelo Itamaraty ocorre em território africano:  Mali, Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Saara  Ocidental (que é um território não-autônomo no noroeste africano) e  República Centro-Africana. Outras três missões ocorrem no Oriente Médio,  no Chipre, Líbano e Síria.
De acordo com o chefe do  Estado-Maior, a lista inicial de opções das Forças Armadas era  encabeçada por Chipre e Líbano, mas como a ONU não necessita de reforços  militares nesses locais, destacou-se a República Centro-Africana, para  onde uma equipe deve viajar em breve, "para fazer estudos mais  aprofundados e conversar com as autoridades locais”. Procurado, o  Itamaraty não se pronunciou sobre o assunto até a publicação desta  reportagem.
Encravado no centro do continente  africano, o país de cerca de 5 milhões de habitantes desde 2012 sofre os  efeitos da guerra civil resultante dos confrontos entre a coalizão  rebelde Seleka, de maioria mulçumana, e milícias Anti-Balaka, de maioria  cristã. Segundo a ONU, o conflito entre os dois grupos já provocou o  deslocamento de mais de 22 mil civis. Mais de 2 milhões de pessoas  dependem da assistência humanitária.
“Houve uma coincidência muito grande  entre nossa análise e a do Itamaraty. Em termos de prioridades, a  República Centro-Africana ocupou a terceira posição em ambos os estudos.  A África, sem dúvida nenhuma, é uma área de interesse do Brasil”,  explicou o almirante.
Destacando que a decisão final pela  participação ou não do Brasil em qualquer missão é política e que  dificuldades orçamentárias podem inviabilizar o envio das tropas  brasileiras, o almirante informou que a presença nacional em regiões de  conflito ou crise humanitária contribuem também para a maior projeção do  Brasil no cenário internacional.
O Brasil precisa de uma maior  inserção no mundo. A participação nas missões de paz contribuem para  isso. Sem dúvida, a situação financeira é um limitador para enviarmos  tropas para outros países, mas a decisão final é política e deve levar  em conta o quanto o Brasil quer ter uma maior inserção mundial”,  declarou o almirante.
Haiti
O primeiro dos quatro voos  programados para trazer de volta ao Brasil parte dos militares que  permanecem no Haiti protegendo as instalações e equipamentos brasileiros  deve chegar ainda hoje (23) a Guarulhos, em São Paulo. 
Ao todo, retornarão cinco escalões,  cada um trazendo aproximadamente 200 militares da Marinhal, do Exército  e da Força Aérea Brasileira. O retorno da tropa marca o encerramento da  participação brasileira no país caribenho, após 13 anos.
A viagem de volta foi adiada depois que o  Secretariado das Nações Unidas autorizou a extensão excepcional das  operações humanitárias das tropas brasileiras na Missão das Nações  Unidas para Estabilização no Haiti (Minustah), em razão das ameaças das  passagens dos furacões Irma e Maria pelo Caribe.
Os dois furacões de categoria cinco  atingiram a região em menos de duas semanas. Só o Maria matou pelo menos  30 pessoas na ilha de Dominica e pelo menos outras 11 nas ilhas de  Saint Martin e Saint Barth, nas Antilhas Francesas.
“Estávamos monitorando o comportamento do  Furacão Maria, que acabou desviando e, possivelmente, causará um  impacto menor no Haiti. O primeiro voo trazendo os militares brasileiros  parte hoje do Haiti e chega em Guarulhos esta madrugada. Os próximos  chegam entre os dias 24 e 27 de setembro. Esperamos embarcar todo o  material em navios no início de outubro e tão logo isso ocorra traremos  de volta os 150 últimos homens”, afirmou o chefe do Estado-Maior  Conjunto das Forças Armadas.
Desde junho de 2004, quando foi escolhido  para comandar o braço militar da missão de estabilização formada por  tropas de 16 países, o Brasil enviou ao Haiti cerca de 37,5 mil  militares. O maior contingente é o do Exército, que mobilizou 30.359  homens e mulheres. A Marinha enviou 6.299 militares e a Aeronáutica,  350. Vinte e cinco militares brasileiros morreram durante o período,  incluindo dois generais.
Além de prestar ajuda humanitária  ao povo haitiano, o governo brasileiro enxergou a oportunidade de  projetar a imagem do Brasil internacionalmente, o que coincidiu com o  projeto estratégico de tentar consolidar a liderança regional  brasileira. Ao longo dos anos e principalmente no início da missão, não  faltaram críticas à iniciativa, entre elas as de entidades que  classificavam a presença militar estrangeira como uma ação  intervencionista, que desmobilizava a capacidade do Haiti de encontrar  soluções democráticas para seus próprios problemas políticos.
PM do Rio divulga balanço das prisões e apreensões na Rocinha
Para ajudar no policiamento, 950 homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram mobilizados
Valéria Bretas
São Paulo – A  Polícia Militar (PM) do Estado do Rio de Janeiro divulgou o balanço das  operações realizadas nos últimos dias na comunidade da Rocinha.
De acordo com o relatório da PM, até  sexta-feira (22), cinco homens foram presos, três criminosos foram  feridos e um adolescente foi apreendido.
Os policiais também apreenderam 2 fuzis, 8  pistolas, 8 granadas, 9 carregadores de fuzil, 2 carregadores de  pistola, 65 munições de fuzil, 61 munições de pistola, 8 rádios  transmissores, 2 motocicletas, 21 máquinas caça-níqueis, 29 kg de  maconha e 6.052 sacolés da mesma droga, 260 pinos de cocaína, 120  sacolés de crack e 8 frascos de lança perfume.
Na madrugada deste sábado (23), um novo  tiroteio foi ouvido na comunidade. Por volta das 4h30, os policiais  entraram em confronto com os criminosos quando eles tentaram romper o  bloqueio do cerco estabelecido pelas Forças Armadas nas proximidades da  Rua General Olímpio Mourão Filho. Na operação, um fuzil AK47 calibre  7,62mm foi apreendido. Veja o registro:
Para ajudar no policiamento, as  Forças Armadas foram acionadas. Desde às 16h10 de sexta-feira (22),  soldados do Exército e da Aeronáutica fizeram um cerco na Rocinha. Ao  todo, 950 homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica estão  mobilizados, além de dezenas de blindados e helicópteros. Mais três  batalhões do Exército, que somam quase 3 mil homens, estão prontos, caso  a situação se agrave.
Confronto entre facções
Desde o último final de semana,  traficantes se enfrentam em uma disputa interna pelo controle dos pontos  de venda de drogas na Rocinha, a maior favela do Rio, com mais de 150  mil moradores.
O confronto começou quando o traficante  Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, determinou de dentro  da Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, através de pessoas  que o visitam, a retomada dos pontos de drogas na comunidade.
Atualmente, a favela é dominada pelo traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.
Com isso, dezenas de homens fortemente  armados invadiram a Rocinha na madrugada de sábado para domingo (17), em  confronto entre as duas quadrilhas, quando três pessoas ligadas ao  tráfico foram mortas e três moradores acabaram feridos por balas  perdidas.
Exército e Aeronáutica investem mais de R$ 4 milhões na agricultura familiar
Chamadas públicas serão voltadas para a compra de alimentos em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás
Quatro  chamadas públicas do Exército e da Aeronáutica vão destinar R$ 4 milhões  para a compra de alimentos da agricultura familiar nos estados de  Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A operação  vai ocorrer no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA),  coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
Os recursos serão aplicados sobretudo na  compra de itens como frutas, legumes, polpa de fruta, arroz, café,  queijo, geleias, pães e bolos. As propostas de fornecedores podem ser  enviadas até quarta-feira (27). Segundo a coordenadora-geral de  Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDS, Hetel Santos, a medida  assegura produtos de melhor qualidade às Força Armadas.
“Estamos trabalhando para que os órgãos  da União comprem, usando recursos próprios, da agricultura familiar.  Esse tipo de compra é mais uma oportunidade para movimentar a economia  local. Os alimentos são frescos, de qualidade e produzidos perto de onde  serão consumidos”, afirmou.
As chamadas públicas são voltadas para  organizações de agricultores familiares, assentados da reforma agrária,  silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais,  indígenas e integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais  e dos demais povos tradicionais que possuam Declaração de Aptidão ao  Pronaf (DAP).
Modalidade
Na Compra Institucional, os agricultores  familiares conseguem comercializar, de forma simplificada, seus  produtos. O modelo fortalece a agricultura familiar e promove o acesso  da população à alimentação de qualidade. Para os órgãos, é a  oportunidade de receber produtos típicos da região, frescos e  diversificados, colaborando com o desenvolvimento local.
MINUSTAH: Militares brasileiros retornam do Haiti
Após 13  anos de atuação na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti  (MINUSTAH), militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea começam a  retornar para o Brasil. O primeiro voo oriundo do país caribenho  aterrissou na Base Aérea de Guarulhos (SP), na madrugada deste sábado  (23), com 204 integrantes do 26º Contingente Brasileiro de Força de Paz  no Haiti (CONTBRAS), responsável por encerrar a Missão de Paz.
Ao desembarcarem no Brasil, os militares  foram recebidos pelos comandantes do Comando Militar do Sudeste, general  João Campos; da 12° Brigada de Infantaria Leve de Caçapava (SP),  general Mário Fernandes; e da Ala 11 da Força Aérea Brasileira, coronel  Kennedy Fernandes.
“Me sinto muito orgulhoso de ter  participado do 26° Batalhão Brasileiro de Força de Paz e ter estado  nesse momento de desmobilização. Feliz também em poder reencontrar minha  família, meus amigos e poder compartilhar com eles a felicidade de ter  integrado essa Missão de Paz no Haiti”, comentou o capitão Kleber Gomes,  capacete azul que chegou hoje ao Brasil.
Os militares do Batalhão Brasileiro de  Força de Paz (BRABAT), provenientes das cidades de Lorena, Caçapava,  Pindamonhangaba, Barueri, no Estado de São Paulo, e de Valença, no Rio  de Janeiro, bem como da Companhia de Engenharia-BRAENGCOY, provenientes  das diversas regiões do Brasil, antes do retorno para casa, permanecerão  por dois dias nas organizações militares para realização de exames  médicos.
Cessar
O processo de desmobilização foi iniciado  no dia 31 de agosto, em Porto Príncipe, quando uma cerimônia marcou a  despedida do Contingente Brasileiro (CONTBRAS) da MINUSTAH. Além desse  primeiro voo, o restante da tropa chegará ao Brasil até o fim do mês de  setembro, em mais três aeronaves, com cerca de 90% dos militares  desembarcando no território nacional. A etapa final de desmobilização  será concluída em 15 de outubro, quando se encerrarão as medidas de  repatriação de pessoal e material.
“Somos muito agradecidos ao povo do  Haiti, com o qual nós ganhamos laços de amizade que serão absolutamente  permanentes. Tenho certeza que tenderão a ser ampliados, para o  benefício de nossos dois países”, disse o ministro Jungmann ao  participar da solenidade em Porto Príncipe.
Missão cumprida 
O trabalho desenvolvido pelos 37,5  mil capacetes azuis no Haiti foi eficiente e relevante. A participação  dos militares brasileiros é reconhecida pelo povo haitiano e por  autoridades internacionais pela desenvoltura com que combinam funções  militares, como o patrulhamento, com atividades sociais e de cunho  humanitário. 
O principal objetivo foi contribuir com o  Componente Militar da Missão das Nações Unidas para Estabilização do  Haiti (MINUSTAH) na manutenção do ambiente seguro e estável no Haiti,  apoiar as atividades de assistência humanitária e de fortalecimento das  instituições nacionais e realizar operações militares de manutenção da  paz na sua área de responsabilidade.
“A missão foi muito bem cumprida pelas  Forças Armadas brasileiras, demonstrando profissionalismo e  comprometimento como a manutenção da paz. Além de haver contribuído  sobremaneira para a estabilização do Haiti ratificou a imagem  extremamente positiva e de grande credibilidade que o Brasil possui  junto às Nações Unidas e à comunidade internacional, pelos mais de 70  anos como contribuinte para a paz no mundo”, afirmou o subchefe de  Operações de Paz do Ministério da Defesa, almirante Rogério Lage.
Os maiores desafios enfrentados pela  tropa brasileira na MINUSTAH foram a pacificação de Cité Soleil no  início da Missão, a atuação durante o terremoto em 2010 e durante o  Furacão Matthew em 2016. 
Desde 2004, além de ser o maior país contribuinte com tropa, o Brasil sempre teve um oficial-general como chefe do componente militar da missão. O último a desempenhar esta função está sendo o General Ajax Porto Pinheiro, atual Force Commander.
Desde 2004, além de ser o maior país contribuinte com tropa, o Brasil sempre teve um oficial-general como chefe do componente militar da missão. O último a desempenhar esta função está sendo o General Ajax Porto Pinheiro, atual Force Commander.
O encerramento da Missão se deu pelo 26º  CONTBRAS, composto por 970 homens e mulheres, sendo 120 da Companhia de  Engenharia do Exército Brasileiro e 850 do Batalhão Brasileiro, composto  por 181 da Marinha, 639 do Exército e 30 da Força Aérea. Os militares,  treinados durante seis meses, embarcaram para o Haiti em maio deste ano e  desenvolveram suas atividades operacionais normais até o cessar das  operações.
Com o fim da Missão de Paz, será ativada a Missão das Nações Unidas para Apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH).
DIÁRIO DA REGIÃO (SP)
Equipe médica vai a Fernandópolis captar órgãos
Equipe médica de São José dos Campos  esteve na manhã deste sábado, dia 24, em Fernandópolis para captar os  órgãos de um homem que morreu um dia antes de AVC (acidente vascular  cerebral). A equipe chegou na cidade em um voo da FAB (Força Aérea Brasileira), para que o transporte fosse o mais rápido possível. Vários órgãos foram captados e fígado e rins já tinham receptores aguardando.
O corpo do doador está no IML de Fernandópolis e deve ser trasladado na segunda-feira para o nordeste, onde será enterrado.
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