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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 23/01/2017 / Quem tem medo do enxame de drones?


Quem tem medo do enxame de drones? ...  

Ronaldo Lemos ...  

Em 1942, em meio ao desespero da Segunda Guerra, um dentista chamado Lytle Adams convenceu o presidente Roosevelt a desenvolver um novo tipo de arma. Sua ideia era pegar morcegos de um tipo comum nas cavernas do Novo México e fazer com que cada um deles fosse equipado com uma bomba incendiária.

A partir daí os morcegos seriam soltos por um bombardeio americano voando em baixa altitude e se espalhariam pelos céus do Japão de forma aleatória, incendiando o maior número possível das casas típicas do país, construídas com papel e bambu.

A ideia foi concretizada (principalmente pelo fato de o dentista ser amigo de Eleanor Roosevelt). Um grande número de morcegos foi capturado e um tipo de bomba de 28g foi desenvolvida para ser grampeada nos animais. Foram gastos US$ 2 milhões na empreitada, e mais de 6.000 morcegos foram capturados.

Só que o experimento provou-se um desastre. As bombas não funcionavam, ou pior, os morcegos saíam do controle e incendiaram várias estruturas militares dos EUA, incluindo um aeroporto. Essa história pitoresca mostra que o desejo de matar pelo ar, por meio de meios autônomos, vem de longe.

Corte para 2017. Na semana passada, o Departamento de Defesa dos EUA divulgou o primeiro vídeo do uso militar de enxames de drones autônomos.

Um caça F-18 lançou com sucesso 104 drones chamados Perdix a mais de 740 km/h (curiosamente, cada drone é exatamente o tamanho de um morcego).

Imediatamente esses 104 aparelhos foram capazes de se reagrupar. Cada um atua como unidade autônoma, capaz de atualizar seu plano de voo de acordo com as circunstâncias reais que encontra. Isso leva em consideração o ambiente, as interações com outros drones, obstáculos e a missão. De outra forma seria impossível controlar 104 objetos simultaneamente.

Tal como os morcegos, cada drone pode ser equipado com armamentos, só que muito mais letais do que bombas incendiárias. São também capazes de receber ordens remotas. Por exemplo, o vídeo divulgado mostra imagens impressionantes, como o enxame assumindo as mais diversas formas tridimensionais e cercando um alvo sob todos os ângulos.

O Perdix foi desenvolvido por um estudante do MIT, à época com pouco mais de 20 anos. Agora é uma das principais tecnologias militares dos EUA. Quem escutou o som do enxame descreveu a experiência como "aterrorizante".

Como toda a tecnologia militar, a tendência é que com o passar do tempo ela se massifique, tornando-se acessível também ao setor privado ou indivíduos. O avanço desse conceito é capaz de produzir mudanças profundas na forma como pensamos a guerra (que fica ainda mais parecida com um videogame) ou mesmo a segurança nas cidades. É mais um exemplo do admirável mundo novo que já habitamos. O dentista Adams estaria se sentindo parcialmente vingado de sua derrota.



Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Quem tem medo do enxame de drones?


Ronaldo Lemos

Em 1942, em meio ao desespero da Segunda Guerra, um dentista chamado Lytle Adams convenceu o presidente Roosevelt a desenvolver um novo tipo de arma. Sua ideia era pegar morcegos de um tipo comum nas cavernas do Novo México e fazer com que cada um deles fosse equipado com uma bomba incendiária.
A partir daí os morcegos seriam soltos por um bombardeio americano voando em baixa altitude e se espalhariam pelos céus do Japão de forma aleatória, incendiando o maior número possível das casas típicas do país, construídas com papel e bambu.
A ideia foi concretizada (principalmente pelo fato de o dentista ser amigo de Eleanor Roosevelt). Um grande número de morcegos foi capturado e um tipo de bomba de 28 g foi desenvolvida para ser grampeada nos animais. Foram gastos US$ 2 milhões na empreitada, e mais de 6.000 morcegos foram capturados.
Só que o experimento provou-se um desastre. As bombas não funcionavam, ou pior, os morcegos saíam do controle e incendiaram várias estruturas militares dos EUA, incluindo um aeroporto. Essa história pitoresca mostra que o desejo de matar pelo ar, por meio de meios autônomos, vem de longe.
Corte para 2017. Na semana passada, o Departamento de Defesa dos EUA divulgou o primeiro vídeo do uso militar de enxames de drones autônomos.
Um caça F-18 lançou com sucesso 104 drones chamados Perdix a mais de 740 km/h (curiosamente, cada drone é exatamente o tamanho de um morcego). Imediatamente esses 104 aparelhos foram capazes de se reagrupar. Cada um atua como unidade autônoma, capaz de atualizar seu plano de voo de acordo com as circunstâncias reais que encontra. Isso leva em consideração o ambiente, as interações com outros drones, obstáculos e a missão. De outra forma seria impossível controlar 104 objetos simultaneamente.
Tal como os morcegos, cada drone pode ser equipado com armamentos, só que muito mais letais do que bombas incendiárias. São também capazes de receber ordens remotas. Por exemplo, o vídeo divulgado mostra imagens impressionantes, como o enxame assumindo as mais diversas formas tridimensionais e cercando um alvo sob todos os ângulos.
O Perdix foi desenvolvido por um estudante do MIT, à época com pouco mais de 20 anos. Agora é uma das principais tecnologias militares dos EUA. Quem escutou o som do enxame descreveu a experiência como "aterrorizante".
Como toda a tecnologia militar, a tendência é que com o passar do tempo ela se massifique, tornando-se acessível também ao setor privado ou indivíduos. O avanço desse conceito é capaz de produzir mudanças profundas na forma como pensamos a guerra (que fica ainda mais parecida com um videogame) ou mesmo a segurança nas cidades. É mais um exemplo do admirável mundo novo que já habitamos. O dentista Adams estaria se sentindo parcialmente vingado de sua derrota.

Operação retira do mar destroços de avião em que morreu Teori no RJ


Destroços do avião bimotor King Air, que caiu na quinta-feira (19), matando o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e outras quatro pessoas, foram retirados do mar neste domingo (22), em Paraty (RJ). Partes da aeronave foram içadas e colocadas em uma balsa.
O grupo Emiliano, dono do avião, contratou a empresa AGS para a operação. No sábado (21), a FAB (Força Aérea Brasileira) havia declarado que encontrou dificuldades para executar a operação e não faria o trabalho.
"A gente verificou que a situação era mais complexa do que imaginava. Ela requer alguém especializado neste tipo de resgate no mar", afirmou no sábado o tenente-coronel aviador Edson Amorim, um dos responsáveis pela apuração das causas do acidente.
A aeronave ficou presa no lodo submerso da baía de Paraty. De acordo com barqueiros da região, a profundidade é de cerca de quatro metros.
O plano é levar a aeronave para uma marina em Angra do Reis, onde ficaria à disposição do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) para as primeiras inspeções.

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Aeronáutica desmente boato sobre acidente

A informação era de que o piloto teria sido orientado de forma equivocada pela torre de controle

ImagemA Aeronáutica desmentiu ontem boato sobre a queda do avião em que viajava o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, segundo o qual o piloto, Osmar Rodrigues, foi orientado pela torre de controle no Rio de forma equivocada, o que teria causado o acidente e a morte do ministro e mais quatro pessoas.
O responsável pela suposta instrução equivocada seria, segundo o boato, uma pessoa identificada como “sargento Marcondes”. Não existe militar com esse nome na equipe de serviço responsável por aquela área de controle”, disse a Aeronáutica. O “alerta”, que atribui a informação a “uma fonte anônima da Aeronáutica”, que a teria repassado ao Estado, está sendo compartilhado nas redes sociais.

Destroços do avião de acidente com Teori são recolhidos do mar

Balsa utilizada na retirada chegou de Niterói na tarde deste domingo

Fábio Grellet

PARATY - Os destroços do avião em que viajava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto em acidente aéreo na última quinta-feira, começaram a ser recolhidos do mar na noite deste domingo, 22. O avião, um bimotor modelo King Air C90GT, fabricado pela Hawker Beechcraft, caiu na água, a cerca de dois quilômetros de Paraty, no litoral sul do Rio. Quatro pessoas morreram, além de Teori. 
Por volta das 18 horas, chegou ao local a balsa com um guindaste acoplado para fazer a operação. A vinda da embarcação foi necessária porque o local onde o avião caiu tem profundidade de apenas três metros. Nenhum navio de porte suficiente para içar o avião (que tem pouco menos de 11 metros de comprimento e distância entre as asas de 16 metros) conseguiria navegar em área tão rasa. A balsa consegue navegar em áreas a partir de 2,5 metros de profundidade.
A responsabilidade pelo resgate dos destroços cabe à AGS Logística, empresa com base em São Paulo contratada pela seguradora do avião.
A balsa estava em Niterói, região metropolitana do Rio. Como se desloca em velocidade baixa, a embarcação demorou cerca de 24 horas para chegar ao local do acidente. A viagem duraria 12 horas, mas as condições climáticas e do mar fizeram o tempo de deslocamento dobrar.
Durante todo o dia, a imprensa e curiosos aguardaram com expectativa a chegada do equipamento. O local do acidente não é visível a partir do continente, mas as pessoas se concentraram em uma marina usada como base pelas autoridades e equipes de resgate.
Funcionários da AGS Logística e técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela investigação sobre as causas do acidente, fizeram um reconhecimento da área onde o avião estava.
Com todas as partes do avião sobre a balsa, ela seguirá viagem até Angra dos Reis, a 94 quilômetros ao norte, por terra, de Paraty. Um navio da Marinha irá escoltar a balsa durante essa viagem. Técnicos do Cenipa também irão acompanhar o trajeto, na própria balsa.
Em Angra, a aeronave será transferida para uma carreta e seguirá por terra até a Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, onde funciona a sede do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III, órgão regional subordinado ao Cenipa), que vai começar a investigação dos destroços. Quando concluir seu trabalho sobre as causas da queda da aeronave, o Cenipa vai disponibilizar um relatório em seu site, segundo informou ontem o órgão.

TV GLOBO - FANTÁSTICO


Avião é retirado do mar de Paraty e será levado para estaleiro em Angra

O King Air C-90 será transportado de caminhão até o Rio de Janeiro. Destroços foram protegidos por homens da Marinha e do Cenipa.

Na noite deste domningo (22), o avião King Air C-90 foi retirado do mar, em Paraty, e colocado numa balsa. Durante todo o dia, mergulhadores preparam o bimotor para ser içado. Os destroços do avião passaram o dia ancorados no mar de Paraty protegidos por homens da Marinha e do Cenipa, órgão da Aeronáutica que investiga acidentes aéreos.
A Aeronáutica informou que a retirada do avião do mar se mostrou mais complicada do que parecia e foi preciso chamar uma companhia especializada nesse tipo de serviço. Os investigadores esperaram a chegada da balsa, de uma empresa contratada pelo Grupo Emiliano, para fazer o resgate do bimotor. De Paraty o bimotor vai para um estaleiro em Angra dos Reis onde, depois, será transportado de caminhão até o Rio de Janeiro, onde a Aeronáutica vai fazer a perícia. 

Avião é considerado moderno e seguro e piloto era especialista na rota

Bimotor turboélice é muito usado no Brasil na aviação comercial. Caixa preta com gravações de conversas é peça chave na investigação.

O avião King Air C-90, que caiu no mar de Paraty, é considerado moderno e seguro e piloto Osmar Rodrigues era considerado especialista na rota São Paulo-Paraty. O avião foi fabricado em 2006 nos Estados Unidos e importado em 2010 pelo Grupo Emiliano. É capaz de chegar a 450 quilômetros por hora de velocidade e a nove mil metros de altura, e pode voar quatro horas sem reabastecer.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam todas as causas do acidente, inclusive a hipótese de sabotagem.
Um peça-chave foi retirada do mar na sexta-feira (20): a caixa preta com as gravações das conversas na cabine.

REVISTA ISTO É


Aeronáutica desmente boato sobre acidente que matou Teori


Estadão Conteúdo

A Aeronáutica, por meio de sua assessoria de imprensa, desmentiu neste domingo, 22, um boato sobre o desastre com o avião em que viajava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, segundo o qual o piloto, Osmar Rodrigues, foi orientado pela torre de controle localizada no Rio de forma equivocada, de modo que a aeronave caísse, matando o ministro.
O responsável pela suposta instrução equivocada seria uma pessoa identificada como “sargento Marcondes”, que não existe, segundo a Aeronáutica. O “alerta”, que começa com a frase “a casa caiu!” e atribui a informação a “uma fonte anônima da Aeronáutica”, que teria feito a comunicação ao Estado, está sendo compartilhado indiscriminadamente nas redes sociais, apesar do conteúdo fantasioso. O objetivo do personagem Marcondes seria prejudicar o andamento da Operação Lava Jato, da qual Teori era relator.
“Com relação ao boato que circula nas redes sociais sobre a influência de um tal sargento Marcondes no acidente com a aeronave que transportava o ministro do STF Teori Zavascki e outros passageiros, no dia 19/01/2017, informamos que NÃO É VERDADE. Não existe militar com esse nome na equipe de serviço responsável por aquela área de controle, nem havia qualquer comunicação com o piloto da aeronave matrícula PR-SOM durante a aproximação para o pouso em Paraty, porque o aeródromo não possui órgão de controle de tráfego aéreo”, diz nota oficial emitida pela Aeronáutica. “Ressaltamos que todos os procedimentos realizados pelos órgãos de controle durante o voo estiveram de acordo com as legislações vigentes, inerentes aos serviços de controle de tráfego aéreo”, afirma ainda a nota.
O Cockpit Voice Record (gravador de voz da cabine) do avião já está em Brasília, no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), para ser analisado. Lá podem estar conversas que o piloto teve com a torre de comando do aeroporto de Congonhas, registradas enquanto o avião estava ainda em São Paulo, e, já em Paraty, área não controlada, e comunicações com pilotos de outras aeronaves que estivessem voando pela região, em que o piloto pode ter relatado a baixa visibilidade.
O avião saiu com Teori e outras três pessoas o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono da aeronave, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, a professora Maria Hilda Panas -, além do piloto, às 13h01 da quinta-feira, com destino a Paraty, e caiu no mar perto da Ilha Rosa, após meia hora de voo e a dois quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto da cidade do Sul Fluminense.

General Etchegoyen lidera tentativa do governo de reagir à crise nos presídios

Sérgio Etchegoyen, do GSI, alertou o presidente Michel Temer sobre a gravidade da crise penitenciária – e passou a ganhar cada vez mais espaço no governo

Bruno Boghossian E Alana Rizzo

Michel Temer se aborreceu ao ver pela televisão as imagens que exibiam presos ocupando os telhados da penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, com bandeiras e mensagens de facções criminosas na última segunda-feira (16). O agravamento do caos do sistema prisional, deflagrado em outubro passado, chegava a 15 dias. O saldo de mortes já ultrapassava 130, e a sequência de propostas espalhafatosas que seu governo havia apresentado para tentar resolver o problema não parecia surtir nenhum efeito. As informações dos órgãos de inteligência do governo mostravam um cenário considerado ameaçador pelo Palácio do Planalto. Apontavam que a crise não só tinha potencial para se alastrar pelo país, como também para gerar um conflito nacional sem precedentes.
Relatórios apresentados a Temer, em especial do começo do ano para cá, mostravam que a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) havia montado uma estrutura tão abrangente, bem organizada e economicamente poderosa que dava os primeiros passos para se tornar uma força hegemônica no tráfico nacional de drogas. Esses documentos indicavam a preparação concreta de um movimento da facção para eliminar grupos adversários, matar seus líderes nas cadeias e nas ruas e conquistar seus territórios. O alvo principal era o Comando Vermelho (CV), que foi aliado do PCC por duas décadas, até o rompimento no ano passado, possivelmente motivado pela disputa por rotas internacionais de tráfico de drogas. Segundo auxiliares de Temer, o governo trabalhava com a informação de que a matança nos presídios era o estopim de uma guerra generalizada.
Naquela noite de segunda-feira, Temer chamou ao Palácio da Alvorada os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Raul Jungmann (Defesa) e o general Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), além do secretário Moreira Franco e do secretário executivo do Ministério da Justiça, José Levi Mello do Amaral. Ali, Temer e seus auxiliares decidiram que o governo precisava mudar o foco do debate. Seria imperativo, a partir daquele momento, deixar de tratar a crise apenas como um caos penitenciário e admitir que os conflitos entre facções criminosas armadas são um problema de segurança nacional.
Ao longo da crise, Temer passou a receber de Etchegoyen, diariamente, um briefing com relatórios de inteligência produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O general havia determinado que o diretor da agência formasse uma equipe técnica para se debruçar especificamente sobre as movimentações de organizações criminosas como o PCC e o CV. Pediu também que monitorasse a situação carcerária do país e as relações das facções nacionais com grupos de outros países. A atuação proeminente da inteligência conferiu ao GSI uma força que o órgão não tinha durante a gestão Dilma Rousseff. No mandato passado, a estrutura foi praticamente negligenciada. À medida que se aproximou de Etchegoyen, Temer aos poucos se afastou de Alexandre de Moraes, o ministro da Justiça que, em condições normais, deveria ter assumido o protagonismo. Moraes vem acumulando micos e polêmicas ao longo de seus breves nove meses de atuação à frente da Pasta. No começo de janeiro, diante da rebelião que terminou em 33 mortos num presídio em Roraima, afirmou não ter recebido um pedido de ajuda para conter o massacre. A governadora do estado, Suely Campos (PP), desmentiu a fala do ministro e divulgou um documento assinado por ele em que o Ministério da Justiça negava reforço. Dias depois, Moraes disse em entrevista que conversas entre advogados e seus clientes deveriam ser gravadas em presídios. A categoria reagiu à fala do ministro. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) condenaram a tentativa de violação aos direitos dos advogados e seus clientes.
Os relatórios encomendados por Etchegoyen revelaram ao governo a gravidade de um episódio que vai além da questão carcerária. Foi a partir desses dados que Temer, tardiamente, se convenceu de que a crise assumira um caráter nacional. E de que a administração federal precisaria oferecer uma medida de impacto imediato para estancar a matança nos presídios – depois de passar as primeiras semanas aparecendo apenas como um agente de apoio aos governos estaduais, responsáveis constitucionais pelos presídios. Com seus auxiliares, Temer decidiu naquela reunião no Alvorada que as Forças Armadas seriam oferecidas para realizar vistorias nas penitenciárias em busca de armas e aparelhos celulares. Foi originalmente de Temer a ideia de reforçar essas ações, relembrando a experiência que teve ao assumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo na esteira do massacre do Carandiru. “Mandei reforçar as revistas e fazer vistorias regulares nas celas. Isso inibiu a violência e melhorou o ambiente”, disse o presidente no encontro com seus assessores.
O monitoramento da expansão e das atividades de grupos criminosos baseados no narcotráfico e na violência, apesar de vasto, é considerado frágil e desencontrado por representantes de diversos órgãos governamentais. Por isso, nunca ensejou uma ação articulada nacionalmente para combater essas facções. Em 1999, um relatório confidencial de inteligência do governo Fernando Henrique Cardoso já relatava os primeiros sinais de atividade de “uma suposta facção paulista conhecida como Primeiro Comando da Capital”, associada a integrantes do Comando Vermelho. O documento, no entanto, considerava remota a possibilidade de associação criminosa entre as organizações e outros bandos que estavam sendo criados em presídios brasileiros.

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Avião sai de Brasília para Boa Vista, mas acaba sobrevoando o DF por 2h30

Aeronave saía da capital com destino a Boa Vista, mas solicitou pouso no Aeroporto Internacional de Brasília.

Thaís Cunha

Um avião com 130 passageiros, que saía de Brasília em direção a Boa Vista (RR), teve de circular no céu da capital por duas horas e meia na madrugada desta segunda-feira (23/1). De acordo com informações da Inframérica, concessionária que administra o Aeroporto Juscelino Kubitscheck, a aeronave da companhia aérea Gol decolou às 23h05 com destino à capital de Roraima, mas pediu para retornar ao aeroporto dez minutos após a decolagem. Para pousar com segurança, a aeronave teve de queimar o combustível.
Segundo a Gol, o voo G3 2020 precisou retornar ao terminal por conta de um problema no trem de pouso. O avião chegou ao solo em segurança a 1h20. A companhia explica que todos os passageiros foram reacomodados em um voo de reforço. "Toda a assistência está sendo prestada. A GOL lamenta os transtornos causados e reitera que todas as medidas são para garantir a segurança, item prioritário de sua política de gestão", diz a nota.
A companhia informou ainda o Correio que não houve nenhum tipo de emergência a bordo. O procedimento de sobrevoar o céu da capital para gastar o combustível foi tomado para reduzir o peso da aeronave na hora da descida.
Nota à Imprensa
São Paulo, 23 de janeiro de 2017 - A GOL informa que o voo G3 2020 que faria o trecho Brasilia-Boa Vista precisou retornar ao aeroporto de origem após a decolagem devido a um problema no trem de pouso. O pouso aconteceu em segurança a 1h20 e os clientes serão reacomodados em um voo reforço. Toda a assistência está sendo prestada. A GOL lamenta os transtornos causados e reitera que todas as medidas são para garantir a segurança, item prioritário de sua política de gestão.
Com informações de Jacqueline Saraiva

JORNAL ESTADO DE MINAS


Helicóptero cai às margens do Rio Turvo, em Capitólio

A Aeronáutica irá investigar a causa do acidente, mas, segundo testemunhas, o chamado "vento de cauda" pode ter contribuído para a queda

Pânico em Capitólio, no Sul de Minas Gerais, onde um helicóptero com quatro pessoas caiu, neste domingo, na margem do Rio Turvo. Todos os ocupantes foram resgatados com vida, mas o acidente ocorreu num momento em que havia vários banhistas no local, causando gritaria entre os que testemunharam a queda.
Uma pessoa filmou o acidente. Nas imagens, é possível observar que, em princípio, alguns banhistas reclamaram da baixa altitude do helicóptero, que, segundo o Corpo de Bombeiros, pertence à empresa Wsfly. A companhia não foi encontrada pela reportagem para comentar o caso.
Alguns segundos depois de sobrevoar o espelho d`água, a aeronave começou a perder altitude e caiu a poucos metros da margem do rio.
Banhistas correram para socorrer o piloto e passageiros. A Aeronáutica irá investigar a causa do acidente, mas, segundo testemunhas, o chamado "vento de cauda" pode ter contribuído para a queda.

PORTAL G-1


Acidente com Teori Zavascki: veja questões levantadas em redes sociais e o que se sabe até agora

Saiba o que foi confirmado, o que está sendo investigado e o que já foi descartado com relação a perguntas e boatos que circulam na internet sobre o acidente.

Por G1

Após a morte do ministro Teori Zavascki e de mais quatro pessoas na queda de um avião no litoral do Rio de Janeiro, na tarde de quinta-feira (19), várias questões sobre o acidente foram levantadas em redes sociais. Muitas destas perguntas e “teorias da conspiração” são baseadas em informações incorretas e já podem ser descartadas. Outras apontam circunstâncias que ainda são investigadas.
Para separar os boatos das informações confirmadas e entender tudo o que se sabe e o que falta saber sobre a investigação, veja a lista de perguntas e respostas abaixo.
A Infraero informou que a aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, na capital paulista. O avião é de pequeno porte e tem capacidade para oito pessoas. A queda ocorreu por volta das 13h45, quando o bimotor estava a 4 km de distância da pista do aeroporto da cidade fluminense.
O Ministério Público, a Polícia Federal e um órgão de investigação da Aeronáutica apuram as causas do acidente.
A Polícia Federal iniciou, em Paraty (RJ), buscas por câmeras de segurança que tenham feito imagens da queda do avião em que estava o ministro Teori Zavascki. A PF também quer imagens dos minutos que antecederam o acidente. O objetivo é verificar, com os vídeos, se a aeronave apresentava algum problema quando caiu no mar.
Pergunta: O filho de Teori postou um “recado” sobre “movimentos para frear a Lava Jato” antes do acidente?
Resposta: SIM
Uma mensagem postada em maio de 2016 por Francisco Prehn Zavascki, filho de Teori, voltou a circular nas redes sociais após a morte do ministro. Ele citou “movimentos para frear a Lava Jato” e falou da possiblidade de “algo acontecer com alguém da minha família”.
Em maio, ele escreveu: "É óbvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil que não há, isto é, que criminosos do pior tipo (conforme MPF afirma) simplesmente resolveram se submeter à lei! Acredito que a Lei e as instituições vão vencer. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar...! Fica o recado!”
Em maio de 2016 houve um grande avanço na Operação Lava Jato: a Andrade Gutierrez tinha fechado o maior acordo de leniência no caso até aquele momento. A empresa aceitou pagar R$ 1 bilhão em multas, além de garantir a colaboração em todas as investigações de corrupção que possa estar envolvida.
Pergunta: O filho de Teori afirmou que a queda do avião foi um ato de sabotagem?
Resposta: NÃO
Após o acidente, na quinta-feira (19), Francisco Zavascki afirmou à Agência Brasil que descartava, no momento, sabotagem no acidente aéreo. "Eu realmente temia, mas agora isso não está passando pela cabeça de ninguém. Acho que fatalidades acontecem. Paraty, chuva. O avião arremeteu, e é isso aí. Deu zebra".
Indagado a respeito das especulações sobre a morte do pai pelo G1 na sexta-feira (20), Francisco afirma que “seria leviano” fazer qualquer conclusão, e deixa para a investigação concluir as circunstâncias da queda do avião. Entretanto, afirmou: “não gostaria de ser órfão de um pai assassinado”.
“Seria muito ruim para o país, extremamente pernicioso, que se imagine que um ministro foi assassinado. Que um juiz, seja ele de primeira instância, seja ele do Supremo Tribunal Federal, seja assassinado por causa de um processo que julgue”, afirmou para, então, finalizar com a afirmação que “eu torço para que tenha sido uma fatalidade, que tenha chegado a hora dele”.
Pergunta: Havia documentos da Lava Jato no avião?
Resposta: NÃO HÁ INFORMAÇÃO QUE INDIQUE ISTO
Mensagens em redes sociais dizem que Teori Zavascki estaria levando na aeronave vários documentos da Lava Jato e o acidente teria feito que estes papeis também tenham se perdido, prejudicando o processo. Esta informação não tem nenhuma confirmação em fontes oficiais. Nem as buscas indicaram que foram encontrados ou podem haver documentos no mar e nem o STF disse que documentos foram perdidos.
Pergunta: Uma foto do modelo da aeronave foi acessada várias vezes antes do acidente?
Resposta: SIM
O site Jet Photos, que tem um banco de imagem de aeronaves, indica que uma foto do Hawker Beechcraft King Air C90 foi acessada quase duas mil vezes no dia 3 de janeiro. O número de acessos foge da média dos dias anteriores, de 0 a 3 cliques. Esta tabela está sendo muito compartilhada em redes sociais como um indício de que o avião estava sendo monitorado para uma suposta sabotagem (clique para ver o site).
Pergunta: O que este número de acessos no site indica?
Resposta: ESTÁ SENDO INVESTIGADO
O pico de acessos está sendo investigado pela polícia, mas não necessariamente como um fato ligado a um suposto monitoramento do bimotor. A Polícia Federal disse ao G1: “De fato, a foto na base de dados do avião foi acessada várias vezes, mas não dá para dizer que o avião estava sendo seguido. A PF vai investigar o motivo, mas uma das possibilidades pode ter sido a publicação de algum anúncio ou alguma promoção de voo.”
Pergunta: A Polícia Federal recolheu as imagens da câmera de vigilância do hangar?
Resposta: SIM
A informação de que a PF recolheu as gravações do hangar no Campo de Marte, em SP, que abrigava o bimotor, foi compartilhada por alguns internautas em redes sociais em tom de “suspeita”, como se fosse uma retirada irregular. Os policiais realmente desmontaram o sistema de segurança e levaram o gravador, conforme relatado ao Jornal Nacional. Mas as imagens foram recolhidas de maneira legal, pois fazem parte do inquérito policial instaurado em Angra dos Reis, e o material será analisado na investigação.
Pergunta: Teori é citado como "um cara fechado" em áudio da Lava Jato?
Resposta: SIM
O ministro foi citado em uma gravação que faz parte da Lava Jato e mostra um diálogo entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Veja o que eles disseram:
MACHADO - Um caminho é buscar alguém que tem ligação com o Teori [Zavascki, relator da Lava Jato], mas parece que não tem ninguém.
JUCÁ - Não tem. É um cara fechado, foi ela [Dilma] que botou, um cara... Burocrata da... Ex-ministro do STJ [Superior Tribunal de Justiça].
PERGUNTA: O que Romero Jucá disse após a divulgação do áudio?
RESPOSTA: Que a conversa foi mostrada “fora de contexto”.
Em entrevista após a divulgação do áudio, Jucá dise que não tem "nada a temer" e que não deve "nada a ninguém". Ele disse também que o diálogo faz parte de uma conversa extensa e que o que foi divulgado são "frases soltas". “Não estou dizendo que houve descontextualização de tudo. As frases que estão ali, são frases que. dentro do contexto da economia e da política, eu tenho repetido isso abertamente”, afirmou.
PERGUNTA: O que ele disse após o acidente?
RESPOSTA: Romero Jucá publicou uma nota de pesar. Leia a nota: "O falecimento do ministro Teori Zavascki é uma grande perda para o País, em especial para a justiça brasileira. O ministro sempre desempenhou um trabalho com precisão técnica e discrição necessária. Todos nós lamentamos a perda e estamos solidários à família, amigos e admiradores".
Pergunta: Um “sargento” deu orientações erradas ao piloto e foi “solto em tempo recorde”?
Resposta: NADA CONSTA A RESPEITO
Uma mensagem compartilhada principalmente no Whatsapp cita um suposto sargento que teria orientado o piloto do avião, em conversa por rádio, a descer a uma altura não recomendável. Esta orientação teria levado a aeronave a cair. Além disso, a mensagem indica que o suposto sargento chegou até a ser preso, mas foi “solto em tempo recorde com base em habeas corpus emitido pelo ministro Lewandowski”. Não há registro da suposta prisão nem do habeas corpus citado.
Além das respostas sobre teorias compartilhadas em redes sociais acima, leia abaixo as principais perguntas e respostas sobre o acidente:
Quem são as vítimas?
- Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal
- Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, empresário
- Osmar Rodrigues, piloto do avião
- Maira Lidiane Panas Helatczuk, massoterapeuta de Filgueiras
- Maria Ilda Panas, mãe de Maira
As identidades das duas mulheres foram confirmadas pelo Hotel Emiliano, o proprietário do avião, nesta sexta-feira (20).
Quais as circunstâncias da queda?
Ainda não está totalmente claro o que ocorreu. Chovia bastante no momento do acidente, segundo imagens de radar. O mau tempo é um fator que pode comprometer a aproximação do aeroporto de Paraty, em que as aterrissagens só podem acontecer em condição visual.
A engenheira Rachel Schneider, que estava num barco de turismo, disse que viu o avião bater com uma das asas na água. "Nesse momento que a gente viu o avião passando, ele estava fazendo uma curva e uma curva muito acentuada", afirmou Rachel ao Bom Dia Rio. "Até falamos: nossa, está esquisito, esse avião está muito baixo. [...] Não explodiu, só fez uma curva muito acentuada e a asa, foi a asa que bateu [no mar]."
Outra testemunha disse que não ouviu nenhum barulho na hora da queda. “Só senti um cheiro forte de gasolina. Logo que o avião caiu, já estavam fazendo o resgate, e uma pessoa que estava dentro do avião estava viva pedindo socorro. As pessoas tentaram socorrer, mas não deu tempo", lamentou Rosália Ramos Lima, dona de uma pousada na Ilha Rasa, que fica perto do local do acidente.
Quais as características do aeroporto?
O aeroporto de Paraty é rudimentar quando comparado com aeroportos convencionais. Há no lugar, basicamente, uma pista de pouso. O aeroporto não tem torre de controle nem equipamentos que permitam pousos por instrumentos, condição em que os aparelhos orientam o piloto sobre qual altitude, inclinação e velocidade ter nos momentos anteriores à aterrisagem. Tampouco há carta de navegação, algo obrigatório em aeroportos com auxílio de instrumentos.
Qual era a situação da aeronave?
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a documentação da aeronave estava regular. O certificado era válido até abril de 2022, e inspeção da manutenção (anual) estava válida até abril de 2017.
A aeronave tinha caixa-preta?
Sim. A FAB informou que o avião tinha um equipamento chamado "voice recorder", ou seja, um gravador de voz. O equipamento foi recuperado. Ele pode ser fundamental para esclarecer o que provocou a queda do avião. O equipamento passará por perícia para que os investigadores descubram se ele estava ligado e registrou conversas durante o voo.
Aviões particulares de pequeno porte, como King Air, não são obrigados a ter esse tipo de equipamento. Tanto que a aeronave não tinha o outro gravador encontrado obrigatório em aviões de grande porte, o Flight Data Recorder (FDR), ou gravador de dados de voo, que monitora o comportamento dos sistemas do avião.
Quem era o dono do avião?
A aeronave estava registrada no nome da empresa Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleira, que pertence a Carlos Alberto Fernandes Filgueiras. O Grupo Emiliano tem uma rede de hotéis de luxo, com uma unidade em São Paulo e outra no Rio. Filgueiras era amigo do ministro Teori Zavascki.
O que dizem especialistas em aviação?
Gustavo Cunha Mello, especialista em gerenciamento de risco, disse ao Bom Dia Brasil que é possível que o piloto tenha sofrido desorientação espacial, fenômeno no qual o comandante perde a noção de onde está a superfície (veja o vídeo abaixo).
“Claro que todo acidente tem uma série de fatores contribuintes, mas o principal, que deve estar no radar do Cenipa [Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos], é a perda de orientação espacial para que ele possa ter tocado a ponta da asa no oceano.”
Especialistas ouvidos pelo Jornal Nacional acreditam que a possiblidade de uma pane é a menos provável. Para eles, a pouca visibilidade por causa do mau tempo pode ter contribuído para a queda do avião.
“Aparentemente, o teto trava acima e a visibilidade trava, devia estar acima de cinco quilômetros. Só que você pode ter uma situação em que você tem chuva. Se uma chuva mais forte, não precisa ser de grande intensidade, mas uma chuva forte, durante pouco tempo, pode fazer com que desapareça o horizonte”, explicou Jorge Eduardo Leal Medeiros engenheiro aeronáutico e professor da Poli-USP.
Uma testemunha contou que o avião chegou a arremeter. O acidente teria acontecido na segunda tentativa de pousar. “O procedimento correto é fazer uma arremetida quando está numa situação onde não está confortável, onde identifica um problema, seja no aeroporto, seja na aeronave, arremete. Agora, o que não se sabe é que dentro desse período da aproximação e arremetida o que aconteceu”, disse o piloto Adriano Castanho, diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas. Veja a reportagem completa do Jornal Nacional
O que se sabe sobre o piloto?
O piloto Osmar Rodrigues era "muito cuidadoso" e chegou a dar palestra para outros pilotos sobre como fazer a rota São Paulo-Paraty, segundo informações do Bom Dia Brasil. Rodrigues tinha 56 anos.
No ano passado, Rodrigues foi palestrante no Campo de Marte, em São Paulo, em um fórum para pilotos de aviação executiva. Fernando Guimarães, dono do Hangar Tag, disse que o piloto conhecido pelos amigos como "Mazinho" foi escolhido por ser o mais experiente para falar sobre os desafios de um voo para Paraty.
"Ele falou pra gente foi isso: "O segredo é vocês não abusarem, saibam dizer não pro patrão de vocês, a visibilidade tá ruim, arremeta, não vá. Se tem chuva, desvie..."", relatou Guimarães.
Quem conduzirá as investigações?
A apuração das razões técnicas que contribuíram para o acidente, como a influência do mau tempo, da aeronave e do piloto, ficam a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que esteve no local da queda na quinta-feira.
Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) irão apurar se houve eventual intenção deliberada de derrubar o avião.
O MPF de Angra dos Reis, no litoral sul do Rio de Janeiro, abriu inquérito a respeito. A responsável é a procuradora da República Cristina Nascimento de Melo.
Na PF, o inquérito está sob responsabilidade do delegado chefe da corporação em Angra, Adriano Antonio Soares. O policial aguarda a chegada em Angra de um grupo da PF de Brasília, especializado em acidentes aéreos.
Qual é o prazo da investigação técnica e quais são as etapas?
O tenente-coronel da reserva da Aeronáutica Luiz Alberto Bohrer disse ao Jornal Nacional que uma investigação não tem um prazo pré-determinado.
“Não existe um padrão, tanto que a legislação antiga nossa estabelecia 30 dias, aí o investigador tinha que pedir renovação, o que era um absurdo. Em 30 dias não se analisa nem declarações de testemunha. Então, as investigações, o prazo legal previsto desapareceu”, disse.
Uma investigação começa com a seleção de testemunhas: coleta de dados no loca e análise dos destroços. Os investigadores buscam indícios de falhas, levantam hipóteses sobre a performance do avião nos momentos finais do voo, fotografam detalhes e retiram partes do avião.
Depois, vem a fase de análise dos dados, de informações médicas e psicológicas dos pilotos, da rota de voo, da meteorologia. Ao longo dos trabalhos, outros profissionais - pilotos, engenheiros, médicos, psicólogos, mecânicos - poderão ser chamados para se juntar à comissão.
“Aí depois que termina isso daí tem que ser feito o parecer, tem que se analisar tudo isso, porque pode ter uma quebra, uma falha, mas que não teve papel importante no acidente. Aí o investigador ou a comissão de investigação junta todos os laudos parciais, faz o laudo final. Aí vem a palavra final que representa o governo brasileiro que diz o acidente aconteceu por causa disto. Aí este relatório depois que é feito, é entregue, podemos dizer: a investigação está concluída”, explicou Bohrer.

Queda de helicóptero deixa feridos na região de Furnas em Capitólio

Quatro pessoas estavam na aeronave; piloto não se feriu. Helicóptero caiu segundos após a decolagem, segundo Bombeiros.

Anna Lúcia Silva Do G1 Centro-oeste De Minas

Três pessoas ficaram feridas após a queda de um helicóptero de turismo na região do Lago de Furnas, em Capitólio. O acidente ocorreu por volta das 16h deste domingo (22), próximo à ponte do Rio Turvo, no Km 306 da MG-050.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, testemunhas contaram que a aeronave caiu segundos após a decolagem. Os militares informaram que o helicóptero perdeu estabilidade e, já no alto, fez uma curva e caiu às margens do lago. Imagens divulgadas na internet mostram o momento da queda.
Segundo o Corpo de Bombeiros em Piumhi, havia quatro pessoas na aeronave, o piloto não teve ferimentos e não foi encaminhado a uma unidade de saúde. As outras vitimas foram socorridas por uma ambulância do Hospital de Capitólio e levadas para uma unidade de saúde de Passos, no Sul de Minas. Os militares informaram que elas não tiveram ferimentos graves.
A guarnição ainda está no trecho e a ocorrência não foi encerrada. A perícia é aguardada no local. Ainda não se sabe qual órgão irá apurar o acidente aéreo. Não foram informadas as identidades das vítimas, por isso não foi possível verificar o estado de saúde delas.
A corporação não divulgou o nome da empresa a que pertencia o helicóptero. O G1 aguarda retorno da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a situação da aeronave e do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), sobre a investigação do caso.

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FACEBOOK INICIA TESTES CONTRA NOTÍCIAS FALSAS NA ALEMANHA


Por Roger Marzochi

A Alemanha será o segundo país onde o Facebook iniciará testes para coibir a disseminação de notícias falsas. No fim de 2016, a companhia começou a implementar ferramentas para essa ação nos EUA, após as críticas de que notícias incorretas teriam beneficiado a eleição do republicano Donald Trump. A Alemanha terá eleições federais em setembro, nas quais a chanceler Angela Merkel concorre a um quarto mandato.

CARRO VOADOR DA AIRBUS VAI DECOLAR NO FIM DE 2017


Por Roger Mazorchi

A companhia aeronáutica Airbus pretende testar, até o fim de 2017, um carro voador movido à eletricidade. A informação é do presidente da empresa, Thomas Enders, que participou, na semana passada, de uma feira de tecnologia em Munique, na Alemanha. No ano passado, a companhia criou uma divisão específica para tratar do assunto, chamada Urban Air Mobility. A ideia é que o sistema funcione com um aplicativo, no qual o usuário pode pedir um veículo aéreo. "Cem anos atrás, o transporte urbano foi subterrâneo. Agora, temos os meios para ir acima do solo", diz Enders. O Uber também planeja um veículo voador, batizado de Elevate, que pretende cruzar o céu até 2026.



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