NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/05/2016 / O céu do Brasil está mais perigoso

O céu do Brasil está mais perigoso ...
Federação internacional de pilotos afirma que espaço aéreo do País é tão arriscado como zonas de guerra. Por isso, rotas podem ser canceladas e preços de voos aumentados ...
Raul Montenegro ...
Os céus  brasileiros acabam de ser considerados, por comandantes do mundo todo,  um dos lugares mais perigosos do planeta para se voar. O veredicto veio  da Federação Internacional de Pilotos Comerciais (Ifalpa, na sigla em  inglês), que na sexta-feira 22 reclassificou os ares do País com uma  estrela negra, que significa “criticamente deficiente”. Para se ter  ideia, a avaliação é a mesma reservada a zonas de guerra. O motivo do  rebaixamento é o aumento do risco de balões que atravessam o espaço  aéreo nacional. Eles passam raspando nos aviões e podem causar sérios  acidentes – até mesmo derrubar a aeronave.
As consequências do novo juízo são potencialmente catastróficas: indo desde o aumento do preço das passagens até o fechamento de rotas ao Brasil. Tudo isso a menos de cem dias dos Jogos Olímpicos do Rio. “Quando a comunidade internacional recebe o aviso de que existe perigo iminente, as empresas aéreas podem restringir operações ou cancelar voos”, diz Adriano Castanho, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas. “Todos os pilotos já tiveram problemas com balões. Convivem com isso diariamente, não é algo isolado.”
As consequências do novo juízo são potencialmente catastróficas: indo desde o aumento do preço das passagens até o fechamento de rotas ao Brasil. Tudo isso a menos de cem dias dos Jogos Olímpicos do Rio. “Quando a comunidade internacional recebe o aviso de que existe perigo iminente, as empresas aéreas podem restringir operações ou cancelar voos”, diz Adriano Castanho, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas. “Todos os pilotos já tiveram problemas com balões. Convivem com isso diariamente, não é algo isolado.”
Um desses aviadores é Artur Lobo, 35  anos, funcionário de uma grande companhia aérea. Em junho passado, ele  ia a Buenos Aires, na Argentina, partindo do aeroporto de Guarulhos  (SP). Do solo, viu um balão sobrevoando os céus da cidade. Depois da  decolagem, no entanto, o número se multiplicou. “Avistei pelo menos 10  ou 15, e precisei fazer cerca de cinco manobras evasivas”, afirma. Hoje,  os pilotos não são treinados para esses encontros, e nem os  equipamentos da aeronave são capazes de detectá-los. “Você desvia  baseado no instinto. Fica com o coração na boca.”
Outro complicador, relata Lobo, é que os ares mais movimentados, de São Paulo e Rio, são justamente onde aparecem mais balões. Conclusão, o comandante precisa sair do caminho desses artefatos sem se chocar com outros aviões. “Já passei pela mesma situação no mínimo dez vezes na vida”, diz o aeronauta. Diretor de segurança e de voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins afirma ainda que existe o aspecto cultural. “O piloto brasileiro sabe o que é, mas o estrangeiro não”, afirma. “O impacto emocional é muito maior.”
Outro complicador, relata Lobo, é que os ares mais movimentados, de São Paulo e Rio, são justamente onde aparecem mais balões. Conclusão, o comandante precisa sair do caminho desses artefatos sem se chocar com outros aviões. “Já passei pela mesma situação no mínimo dez vezes na vida”, diz o aeronauta. Diretor de segurança e de voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins afirma ainda que existe o aspecto cultural. “O piloto brasileiro sabe o que é, mas o estrangeiro não”, afirma. “O impacto emocional é muito maior.”
Órgão que representa mais de 100 mil  pilotos em mais de 100 países, a Ifalpa afirma que enviou, em dezembro  de 2015, uma carta à Secretaria de Aviação Civil alertando sobre o  perigo dos balões e pedindo providências. O ministério diz nunca ter  recebido a correspondência. De qualquer forma, o silêncio do governo fez  com que, numa convenção realizada em abril, a federação resolvesse  rebaixar a classificação do Brasil. Receber o alerta às vésperas da  Olimpíada do Rio é ruim para a publicidade oficial, mas mostra também  que os 500 mil estrangeiros esperados para o evento estarão sob ameaça  (além, claro, dos milhões que voam os céus brasileiros no dia a dia).
Apesar de não haver registro de acidentes sérios, a Ifalpa afirma que balões já fizeram contato com aeronaves em pleno voo, obstruindo sensores de velocidade e aceleração e causando a perda de piloto automático. No quesito econômico, a medida poderá fazer com que tarifas subam caso outros órgãos corroborem o entendimento da federação. “Se uma autoridade aeronáutica classificar o Brasil como inseguro, pode acontecer de as pessoas deixarem de voar para cá e de o preço do seguro aumentar, o que impacta no valor das passagens”, diz Shailon Ian, presidente da consultoria Vinci Aeronáutica. “Usuários poderão sentir as consequências.”
Apesar de não haver registro de acidentes sérios, a Ifalpa afirma que balões já fizeram contato com aeronaves em pleno voo, obstruindo sensores de velocidade e aceleração e causando a perda de piloto automático. No quesito econômico, a medida poderá fazer com que tarifas subam caso outros órgãos corroborem o entendimento da federação. “Se uma autoridade aeronáutica classificar o Brasil como inseguro, pode acontecer de as pessoas deixarem de voar para cá e de o preço do seguro aumentar, o que impacta no valor das passagens”, diz Shailon Ian, presidente da consultoria Vinci Aeronáutica. “Usuários poderão sentir as consequências.”
A reportagem procurou três baloeiros que  atuam no estado de São Paulo para saber por que os céus dos aeroportos  estão repletos de balões. Todos dizem que a maioria dos praticantes têm o  cuidado de se afastar de áreas povoadas ou de rotas de avião, mas que,  como a atividade é ilegal, fica impossível controlar aqueles que não  seguem essas normas informais. Afirmam, ainda, que o risco representado  pelos artefatos é bem menor do que aviadores e autoridades sugerem, e  que o balão é destruído com o impacto ou afastado antes do choque pelo  deslocamento de ar da aeronave – o que é refutado pelos demais  estudiosos ouvidos por ISTOÉ.
Argumentam, também, que a prática é considerada crime desde 1998, mas não dá sinais de arrefecimento. Sendo assim, a solução seria regulamentá-la. “Na visão dos baloeiros, é preciso definir regras, tamanhos, locais e dias adequados, com marcação de quem soltou”, afirma Dinho de Marcco, jornalista especializado em balões. “Não adianta proibir.”
Entre os especialistas consultados, as opiniões se dividem entre regulamentação, punição e conscientização. “Se o avião está decolando, bate no balão e cai, a queda se dará em cima da própria comunidade que soltou o artefato ali perto. É preciso explicar isso para eles”, diz Ian, da consultoria Vinci.
Argumentam, também, que a prática é considerada crime desde 1998, mas não dá sinais de arrefecimento. Sendo assim, a solução seria regulamentá-la. “Na visão dos baloeiros, é preciso definir regras, tamanhos, locais e dias adequados, com marcação de quem soltou”, afirma Dinho de Marcco, jornalista especializado em balões. “Não adianta proibir.”
Entre os especialistas consultados, as opiniões se dividem entre regulamentação, punição e conscientização. “Se o avião está decolando, bate no balão e cai, a queda se dará em cima da própria comunidade que soltou o artefato ali perto. É preciso explicar isso para eles”, diz Ian, da consultoria Vinci.
Sobre o rebaixamento, a Secretaria  de Aviação Civil informou que as restrições serão maiores durante a  Olimpíada e que o controle do espaço aéreo brasileiro é um dos quatro  mais seguros do mundo, segundo a Icao, uma organização internacional de  aviação civil ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
O ministério, no entanto, não soube confirmar onde estava esse dado. Procurada, a Aeronáutica informou que a informação consta de relatório preliminar da Icao que será disponibilizado no próximo mês. Já a Icao não respondeu até o fechamento desta edição.
O ministério, no entanto, não soube confirmar onde estava esse dado. Procurada, a Aeronáutica informou que a informação consta de relatório preliminar da Icao que será disponibilizado no próximo mês. Já a Icao não respondeu até o fechamento desta edição.
 Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Radar meteorológico no ES é desligado pela Aeronáutica.
Justificativa é de restrições orçamentárias junto ao governo federal. Outros quatro aparelhos foram desligados MG, RJ, SP e no Distrito Federal.
Sob a  justificativa de restrições orçamentárias enfrentadas junto aos repasses  do governo federal, a Aeronáutica desligou no último dia 15 de abril  cinco radares meteorológicos no país, incluindo um instalado no  município de Santa Teresa, na região Noroeste do Espírito Santo. Os  outros aparelhos ficavam em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no  Distrito Federal. O equipamento controla todo o espaço aéreo do estado e  está localizado a mil metros acima do nível do mar, no distrito de  Aparecidinha. De acordo com a Aeronáutica, os radares funcionavam  enquanto ferramentas complementares para a captação de informações  meteorológicas nos estados. A expectativa da Aeronáutica é a de que os  aparelhos fiquem desligados por tempo indeterminado. Questionada se o  desligamento dos aparelhos poderia acarretar em prejuízos às previsões  climáticas, a Aeronáutica explicou, por meio de nota, que o Sistema de  Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) conta com outras fontes de  informações climáticas, como imagens de satélite e estações  meteorológicas em superfície.
Também foi destacado que os cinco radares  desligados não eram utilizados para o controle de tráfego aéreo. No  país, outros 23 radares meteorológicos continuam em funcionamento.  Incaper Mesmo diante do desligamento do radar meteorológico de Santa  Teresa, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão  Rural (Incaper), que trabalha no sistema de informações meteorológicas,  informou que, até o momento, não recebeu nenhum comunicado a respeito  do desligamento. Ainda assim, o Incaper destacou que possui 20 estações  meteorológicas distribuídas nos municípios capixabas, além de uma rede  de pluviômetros para a elaboração dos boletins diários de previsão do  tempo. Frio. Após semanas de altas temperaturas, Vitória registrou nesta  sexta-feira (29) recorde de frio. O amanhecer foi o mais frio do ano  até agora na cidade. A temperatura mínima chegou aos 21,4ºC, conforme  medição do Instituto Nacional de Meteorologia. O recorde anterior era de  21,8ºC, no dia 18 de janeiro.
Helicóptero cai em área privada de Viamão e duas pessoas ficam feridas.
Aeronave caiu em uma propriedade particular, no bairro Vida Nova. Não há informações sobre as circunstâncias da queda do helicóptero.
Um  helicóptero caiu na cidade de Viamão, na Região Metropolitana de Porto  Alegre, no começo da tarde deste domingo (1º). Duas pessoas ficaram  feridas com a queda, conforme informações fornecidas pelo Corpo de  Bombeiros.
O helicóptero caiu em uma propriedade  particular no bairro Vida Nova, e os feridos foram levados para o Pronto  Socorro de Viamão, ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros. Não foram  informados maiores detalhes sobre as circunstâncias da queda. Não havia  pessoas nem residências próximas ao local da queda da aeronave, que  ficou danificada com o impacto da queda. A aeronave está em nome de  Jairo Amilton Silva Muller, que é um dos feridos na queda. O outro  ocupante era Ari Antunes Rodrigues. A aeronave modelo R22 Beta é fabricada pela Robinson e estava registrada em nome de uma escola de aviação.
No entanto, conforme a empresa, o  helicóptero caiu durante um voo particular, conforme relatou Jairo, por  conta de uma rajada de vento. A empresa informou ainda que os dois  tripulantes sofreram ferimentos leves.
Corpos de vítimas de queda de aeronave são resgatados em MG.
Eles foram retirados pelo Corpo de Bombeiros ainda na noite de sábado. Velório e sepultamento estão marcados para este domingo em Itaúna (MG).

Os corpos das vítimas que morreram  na queda de uma aeronave experimental no Lago de Furnas, em Guapé, na  tarde deste sábado (30), foram retirados ainda durante a noite pelo  Corpo de Bombeiros. Para que os corpos fossem retirados da cabine,  o aparelho precisou ser arrastado por cerca de 1 Km pelo lago. As  vítimas, conforme o Corpo de Bombeiros, foram identificadas como Helênio  Antônio Lara, de 55 anos e o filho dele, Samuel Henrique, de 17 anos.  Helênio era empresário e engenheiro industrial em Itaúna (MG). Ele mesmo  havia construído a aeronave por seis anos. Depois de removidos, os  corpos foram encaminhados para Itaúna (MG). O velório começou na manhã  deste domingo (1º) e o sepultamento aconteceu durante a tarde no  Cemitério Municipal.
O acidente
Segundo informações da família, neste  sábado, pai e filho haviam saído de Pará de Minas, região Centro-oeste  do Estado, para passear no Sul de Minas. À reportagem do G1, a família  afirmou que os dois estavam na região para participar de um encontro de  aviões em Furnas e que teriam tentado pousar o avião na água quando ele  caiu, por volta de 15h.
Horas antes do acidente, Helênio informou  os amigos através das redes sociais que estava sobrevoando o Lago de  Furnas na companhia do filho. Um pouco antes, ele havia feito uma outra  postagem em Pará de Minas (MG), onde informava que estava aguardando o  tempo melhorar para levantar voo. Segundo a assessoria de  comunicação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave  CB-12 Curumim II, de prefixo PU-HLA, estava registrada no órgão como  aeronave experimental e, por isso, não registrava planos de voos. O  Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos),  órgão ligado à Aeronáutica, já foi acionado. Ainda não há informações  sobre o que teria provocado o acidente.
O céu do Brasil está mais perigoso
Federação internacional de pilotos afirma que espaço aéreo do País é tão arriscado como zonas de guerra. Por isso, rotas podem ser canceladas e preços de voos aumentados
Raul Montenegro
Os céus  brasileiros acabam de ser considerados, por comandantes do mundo todo,  um dos lugares mais perigosos do planeta para se voar. O veredicto veio  da Federação Internacional de Pilotos Comerciais (Ifalpa, na sigla em  inglês), que na sexta-feira 22 reclassificou os ares do País com uma  estrela negra, que significa “criticamente deficiente”. Para se ter  ideia, a avaliação é a mesma reservada a zonas de guerra. O motivo do  rebaixamento é o aumento do risco de balões que atravessam o espaço  aéreo nacional. Eles passam raspando nos aviões e podem causar sérios  acidentes – até mesmo derrubar a aeronave. As consequências do novo  juízo são potencialmente catastróficas: indo desde o aumento do preço  das passagens até o fechamento de rotas ao Brasil. Tudo isso a menos de  cem dias dos Jogos Olímpicos do Rio. “Quando a comunidade internacional  recebe o aviso de que existe perigo iminente, as empresas aéreas podem  restringir operações ou cancelar voos”, diz Adriano Castanho, presidente  do Sindicato Nacional dos Aeronautas. “Todos os pilotos já tiveram  problemas com balões. Convivem com isso diariamente, não é algo  isolado.”
Um desses aviadores é Artur Lobo, 35  anos, funcionário de uma grande companhia aérea. Em junho passado, ele  ia a Buenos Aires, na Argentina, partindo do aeroporto de Guarulhos  (SP). Do solo, viu um balão sobrevoando os céus da cidade. Depois da  decolagem, no entanto, o número se multiplicou. “Avistei pelo menos 10  ou 15, e precisei fazer cerca de cinco manobras evasivas”, afirma. Hoje,  os pilotos não são treinados para esses encontros, e nem os  equipamentos da aeronave são capazes de detectá-los. “Você desvia  baseado no instinto. Fica com o coração na boca.” Outro complicador,  relata Lobo, é que os ares mais movimentados, de São Paulo e Rio, são  justamente onde aparecem mais balões. Conclusão, o comandante precisa  sair do caminho desses artefatos sem se chocar com outros aviões. “Já  passei pela mesma situação no mínimo dez vezes na vida”, diz o  aeronauta. Diretor de segurança e de voo da Associação Brasileira das  Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins afirma ainda que existe o  aspecto cultural. “O piloto brasileiro sabe o que é, mas o estrangeiro  não”, afirma. “O impacto emocional é muito maior.”
Órgão que representa mais de 100 mil  pilotos em mais de 100 países, a Ifalpa afirma que enviou, em dezembro  de 2015, uma carta à Secretaria de Aviação Civil alertando sobre o  perigo dos balões e pedindo providências. O ministério diz nunca ter  recebido a correspondência. De qualquer forma, o silêncio do governo fez  com que, numa convenção realizada em abril, a federação resolvesse  rebaixar a classificação do Brasil. Receber o alerta às vésperas da  Olimpíada do Rio é ruim para a publicidade oficial, mas mostra também  que os 500 mil estrangeiros esperados para o evento estarão sob ameaça  (além, claro, dos milhões que voam os céus brasileiros no dia a dia).  Apesar de não haver registro de acidentes sérios, a Ifalpa afirma que  balões já fizeram contato com aeronaves em pleno voo, obstruindo  sensores de velocidade e aceleração e causando a perda de piloto  automático. No quesito econômico, a medida poderá fazer com que tarifas  subam caso outros órgãos corroborem o entendimento da federação. “Se  uma autoridade aeronáutica classificar o Brasil como inseguro, pode  acontecer de as pessoas deixarem de voar para cá e de o preço do seguro  aumentar, o que impacta no valor das passagens”, diz Shailon Ian,  presidente da consultoria Vinci Aeronáutica. “Usuários poderão sentir as  consequências.”
A reportagem procurou três baloeiros que  atuam no estado de São Paulo para saber por que os céus dos aeroportos  estão repletos de balões. Todos dizem que a maioria dos praticantes têm o  cuidado de se afastar de áreas povoadas ou de rotas de avião, mas que,  como a atividade é ilegal, fica impossível controlar aqueles que não  seguem essas normas informais. Afirmam, ainda, que o risco representado  pelos artefatos é bem menor do que aviadores e autoridades sugerem, e  que o balão é destruído com o impacto ou afastado antes do choque pelo  deslocamento de ar da aeronave – o que é refutado pelos demais  estudiosos ouvidos por ISTOÉ. Argumentam, também, que a prática é  considerada crime desde 1998, mas não dá sinais de arrefecimento. Sendo  assim, a solução seria regulamentá-la. “Na visão dos baloeiros, é  preciso definir regras, tamanhos, locais e dias adequados, com marcação  de quem soltou”, afirma Dinho de Marcco, jornalista especializado em  balões. “Não adianta proibir.” Entre os especialistas consultados, as  opiniões se dividem entre regulamentação, punição e conscientização. “Se  o avião está decolando, bate no balão e cai, a queda se dará em cima da  própria comunidade que soltou o artefato ali perto. É preciso explicar  isso para eles”, diz Ian, da consultoria Vinci.
Sobre o rebaixamento, a Secretaria  de Aviação Civil informou que as restrições serão maiores durante a  Olimpíada e que o controle do espaço aéreo brasileiro é um dos quatro  mais seguros do mundo, segundo a Icao, uma organização internacional de  aviação civil ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). O  ministério, no entanto, não soube confirmar onde estava esse dado.  Procurada, a Aeronáutica informou que a informação consta de relatório  preliminar da Icao que será disponibilizado no próximo mês. Já a Icao  não respondeu até o fechamento desta edição.
Aviação civil
Por um triz
Ricardo Boechat
A Aeronáutica investiga o acidente com  um avião King Air B-200, na pista do Condomínio Terravista, em Trancoso  (BA), no feriado da semana passada. O grande susto foi na hora do pouso.  Apesar de danos no trem de pouso, hélice e motor esquerdo, as dez  pessoas a bordo tiveram ferimentos leves, inclusive seu proprietário, o  advogado carioca José Antonio Fichtner. O bimotor PT-MCM já foi  utilizado algumas vezes por Aécio Neves, amigo da família. E a pista  baiana é a mesma onde morreu em 2009, o empresário Roger Wright e toda a  sua família.
Drone carrega bola para início da final do Campeonato Paulista
Camila Mattoso São Paulo
A partida entre Audax e Santos, a primeira da final do Campeonato Paulista, contou com uma novidade inusitada.
Um drone, aparelho não-tripulado,  sobrevoou o campo do estádio José Liberatti, em Osasco, carregando a  bola que foi usada no pontapé inicial da decisão.
O equipamento deixou a bola no círculo central do gramado para que o duelo pudesse começar.
A iniciativa, da Federação Paulista de  Futebol, foi aplaudida pelos quase 12 mil torcedores que acompanharam o  confronto nesta tarde.
O segundo jogo da final acontecerá na Vila Belmiro, no próximo domingo.
PORTAL GAZETA DIGITAL - MT
Soraya Medeiros Repórter Do Gd
Cresce número de acidentes com aviões agrícolas em MT
No 1° trimestre de 2016 ocorreram 4  acidentes com aeronaves agrícolas, um número que corresponde a 80% do  total de ocorrências do ano passado e já equipara a todos os acidentes  registrados no ano de 2014, segundo dados do Centro de Investigação e  Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Ainda segundo a Cenipa, as cidades  de Mato Grosso que mais tiveram acidentes nos últimos 5 anos foram:  Sapezal (03), Primavera do Leste (02), Confresa (02), Tangará da Serra  (02), Paranatinga (01), Colíder (01), Canarana (01), entre outras.
O presidente do Sindicato das Empresas de  Aviação Agrícola (Sindag), Nelson Paim conta que Mato Grosso têm a  maior frota de aviões agrícolas do país, contendo 467 aeronaves. Em  segundo lugar fica o Estado do Rio Grande do Sul com 420 e São Paulo com  287.
Nelson explica que no caso específico da  aviação agrícola, 60% das ocorrências têm relação com manobras feitas em  baixas alturas, perda de controle do voo ou falha do motor. Outra  questão em discussão é que o brasileiro agrava a situação dos voos.
"Há muita gente que, mesmo estando fora  do prazo de revisão do equipamento e sabendo, se arrisca e deixa para  fazer isso depois da safra, é quando acontece os acidentes aéreos. Outro  exemplo é o famoso voo garupado, 90% das aeronaves agrícolas só tem  lugar para uma pessoa. Mas, muitos ainda colocam outro passageiro atrás  do banco do piloto para dar uma carona", relata.
Paim diz que o elevado número de  acidentes é preocupante e uma das bandeiras da entidade é ter regras  mais rígidas para a formação de pilotos. A sugestão, já encaminhada à  Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac), é a ampliação do número de  horas práticas para a formação de piloto agrícola, das atuais 370 para  500.
A assessoria de imprensa da Agência  Nacional de Aviação Civil (Anac), destaca que todas as aeronaves civis  brasileiras são controladas pelo Sistema de Aviação Civil e seus dados  são frequentemente atualizados junto à ANAC. Ou seja, todas as aeronaves  e pilotos da aviação civil, brasileiros ou não, que utilizam o espaço  aéreo brasileiro e os aeródromos deste país estão sujeitos às  fiscalizações da Agência por meio de sistemas e inspetores de aviação  civil presencialmente.
O órgão informou que a fiscalização em  aeronaves do estado é contínua e que realiza operações especiais em  aeroportos para aumentar a segurança no setor agrícola. A última  operação em Mato Grosso aconteceu em 2014.
A Cenipa mostrou também que os  principais fatores que contribuíram para os acidentes nos últimos cinco  anos foram que: 19,23% ocorreram devido ao julgamento de pilotagem,  12,09% foi no planejamento do voo, 10,44% na aplicação de comando e  10,44% na supervisão geral das aeronaves.
O órgão explica que as ações têm  como objetivo propiciar o incremento das atividades aéreas aliadas à  segurança de voo. "Uma das ferramentas mais utilizadas é a investigação  das ocorrências aeronáuticas, cujo produto é a emissão de recomendações  de segurança com valiosos ensinamentos relativos à prevenção de  acidentes".
Para o Sistema de Investigação e  Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), tão importante quanto o  que ocorreu é o que poderia ter contribuído para o acidente, pois assim  são evitadas ocorrências de novos acidentes.
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