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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 02/05/2016 / O céu do Brasil está mais perigoso


O céu do Brasil está mais perigoso ...


Federação internacional de pilotos afirma que espaço aéreo do País é tão arriscado como zonas de guerra. Por isso, rotas podem ser canceladas e preços de voos aumentados ...

Raul Montenegro ...

Os céus brasileiros acabam de ser considerados, por comandantes do mundo todo, um dos lugares mais perigosos do planeta para se voar. O veredicto veio da Federação Internacional de Pilotos Comerciais (Ifalpa, na sigla em inglês), que na sexta-feira 22 reclassificou os ares do País com uma estrela negra, que significa “criticamente deficiente”. Para se ter ideia, a avaliação é a mesma reservada a zonas de guerra. O motivo do rebaixamento é o aumento do risco de balões que atravessam o espaço aéreo nacional. Eles passam raspando nos aviões e podem causar sérios acidentes – até mesmo derrubar a aeronave.

As consequências do novo juízo são potencialmente catastróficas: indo desde o aumento do preço das passagens até o fechamento de rotas ao Brasil. Tudo isso a menos de cem dias dos Jogos Olímpicos do Rio. “Quando a comunidade internacional recebe o aviso de que existe perigo iminente, as empresas aéreas podem restringir operações ou cancelar voos”, diz Adriano Castanho, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas. “Todos os pilotos já tiveram problemas com balões. Convivem com isso diariamente, não é algo isolado.”

Um desses aviadores é Artur Lobo, 35 anos, funcionário de uma grande companhia aérea. Em junho passado, ele ia a Buenos Aires, na Argentina, partindo do aeroporto de Guarulhos (SP). Do solo, viu um balão sobrevoando os céus da cidade. Depois da decolagem, no entanto, o número se multiplicou. “Avistei pelo menos 10 ou 15, e precisei fazer cerca de cinco manobras evasivas”, afirma. Hoje, os pilotos não são treinados para esses encontros, e nem os equipamentos da aeronave são capazes de detectá-los. “Você desvia baseado no instinto. Fica com o coração na boca.”

Outro complicador, relata Lobo, é que os ares mais movimentados, de São Paulo e Rio, são justamente onde aparecem mais balões. Conclusão, o comandante precisa sair do caminho desses artefatos sem se chocar com outros aviões. “Já passei pela mesma situação no mínimo dez vezes na vida”, diz o aeronauta. Diretor de segurança e de voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins afirma ainda que existe o aspecto cultural. “O piloto brasileiro sabe o que é, mas o estrangeiro não”, afirma. “O impacto emocional é muito maior.”

Órgão que representa mais de 100 mil pilotos em mais de 100 países, a Ifalpa afirma que enviou, em dezembro de 2015, uma carta à Secretaria de Aviação Civil alertando sobre o perigo dos balões e pedindo providências. O ministério diz nunca ter recebido a correspondência. De qualquer forma, o silêncio do governo fez com que, numa convenção realizada em abril, a federação resolvesse rebaixar a classificação do Brasil. Receber o alerta às vésperas da Olimpíada do Rio é ruim para a publicidade oficial, mas mostra também que os 500 mil estrangeiros esperados para o evento estarão sob ameaça (além, claro, dos milhões que voam os céus brasileiros no dia a dia).

Apesar de não haver registro de acidentes sérios, a Ifalpa afirma que balões já fizeram contato com aeronaves em pleno voo, obstruindo sensores de velocidade e aceleração e causando a perda de piloto automático. No quesito econômico, a medida poderá fazer com que tarifas subam caso outros órgãos corroborem o entendimento da federação. “Se uma autoridade aeronáutica classificar o Brasil como inseguro, pode acontecer de as pessoas deixarem de voar para cá e de o preço do seguro aumentar, o que impacta no valor das passagens”, diz Shailon Ian, presidente da consultoria Vinci Aeronáutica. “Usuários poderão sentir as consequências.”

A reportagem procurou três baloeiros que atuam no estado de São Paulo para saber por que os céus dos aeroportos estão repletos de balões. Todos dizem que a maioria dos praticantes têm o cuidado de se afastar de áreas povoadas ou de rotas de avião, mas que, como a atividade é ilegal, fica impossível controlar aqueles que não seguem essas normas informais. Afirmam, ainda, que o risco representado pelos artefatos é bem menor do que aviadores e autoridades sugerem, e que o balão é destruído com o impacto ou afastado antes do choque pelo deslocamento de ar da aeronave – o que é refutado pelos demais estudiosos ouvidos por ISTOÉ.

Argumentam, também, que a prática é considerada crime desde 1998, mas não dá sinais de arrefecimento. Sendo assim, a solução seria regulamentá-la. “Na visão dos baloeiros, é preciso definir regras, tamanhos, locais e dias adequados, com marcação de quem soltou”, afirma Dinho de Marcco, jornalista especializado em balões. “Não adianta proibir.”

Entre os especialistas consultados, as opiniões se dividem entre regulamentação, punição e conscientização. “Se o avião está decolando, bate no balão e cai, a queda se dará em cima da própria comunidade que soltou o artefato ali perto. É preciso explicar isso para eles”, diz Ian, da consultoria Vinci.
Sobre o rebaixamento, a Secretaria de Aviação Civil informou que as restrições serão maiores durante a Olimpíada e que o controle do espaço aéreo brasileiro é um dos quatro mais seguros do mundo, segundo a Icao, uma organização internacional de aviação civil ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

O ministério, no entanto, não soube confirmar onde estava esse dado. Procurada, a Aeronáutica informou que a informação consta de relatório preliminar da Icao que será disponibilizado no próximo mês. Já a Icao não respondeu até o fechamento desta edição.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Radar meteorológico no ES é desligado pela Aeronáutica.

Justificativa é de restrições orçamentárias junto ao governo federal. Outros quatro aparelhos foram desligados MG, RJ, SP e no Distrito Federal.

Sob a justificativa de restrições orçamentárias enfrentadas junto aos repasses do governo federal, a Aeronáutica desligou no último dia 15 de abril cinco radares meteorológicos no país, incluindo um instalado no município de Santa Teresa, na região Noroeste do Espírito Santo. Os outros aparelhos ficavam em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. O equipamento controla todo o espaço aéreo do estado e está localizado a mil metros acima do nível do mar, no distrito de Aparecidinha. De acordo com a Aeronáutica, os radares funcionavam enquanto ferramentas complementares para a captação de informações meteorológicas nos estados. A expectativa da Aeronáutica é a de que os aparelhos fiquem desligados por tempo indeterminado. Questionada se o desligamento dos aparelhos poderia acarretar em prejuízos às previsões climáticas, a Aeronáutica explicou, por meio de nota, que o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) conta com outras fontes de informações climáticas, como imagens de satélite e estações meteorológicas em superfície.
Também foi destacado que os cinco radares desligados não eram utilizados para o controle de tráfego aéreo. No país, outros 23 radares meteorológicos continuam em funcionamento. Incaper Mesmo diante do desligamento do radar meteorológico de Santa Teresa, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), que trabalha no sistema de informações meteorológicas, informou que, até o momento, não recebeu nenhum comunicado a respeito do desligamento. Ainda assim, o Incaper destacou que possui 20 estações meteorológicas distribuídas nos municípios capixabas, além de uma rede de pluviômetros para a elaboração dos boletins diários de previsão do tempo. Frio. Após semanas de altas temperaturas, Vitória registrou nesta sexta-feira (29) recorde de frio. O amanhecer foi o mais frio do ano até agora na cidade. A temperatura mínima chegou aos 21,4ºC, conforme medição do Instituto Nacional de Meteorologia. O recorde anterior era de 21,8ºC, no dia 18 de janeiro.

Helicóptero cai em área privada de Viamão e duas pessoas ficam feridas.

Aeronave caiu em uma propriedade particular, no bairro Vida Nova. Não há informações sobre as circunstâncias da queda do helicóptero.

ImagemUm helicóptero caiu na cidade de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no começo da tarde deste domingo (1º). Duas pessoas ficaram feridas com a queda, conforme informações fornecidas pelo Corpo de Bombeiros.
O helicóptero caiu em uma propriedade particular no bairro Vida Nova, e os feridos foram levados para o Pronto Socorro de Viamão, ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros. Não foram informados maiores detalhes sobre as circunstâncias da queda. Não havia pessoas nem residências próximas ao local da queda da aeronave, que ficou danificada com o impacto da queda. A aeronave está em nome de Jairo Amilton Silva Muller, que é um dos feridos na queda. O outro ocupante era Ari Antunes Rodrigues. A aeronave modelo R22 Beta é fabricada pela Robinson e estava registrada em nome de uma escola de aviação.
No entanto, conforme a empresa, o helicóptero caiu durante um voo particular, conforme relatou Jairo, por conta de uma rajada de vento. A empresa informou ainda que os dois tripulantes sofreram ferimentos leves.

Corpos de vítimas de queda de aeronave são resgatados em MG.

Eles foram retirados pelo Corpo de Bombeiros ainda na noite de sábado. Velório e sepultamento estão marcados para este domingo em Itaúna (MG).

Imagem
Os corpos das vítimas que morreram na queda de uma aeronave experimental no Lago de Furnas, em Guapé, na tarde deste sábado (30), foram retirados ainda durante a noite pelo Corpo de Bombeiros. Para que os corpos fossem retirados da cabine, o aparelho precisou ser arrastado por cerca de 1 Km pelo lago. As vítimas, conforme o Corpo de Bombeiros, foram identificadas como Helênio Antônio Lara, de 55 anos e o filho dele, Samuel Henrique, de 17 anos. Helênio era empresário e engenheiro industrial em Itaúna (MG). Ele mesmo havia construído a aeronave por seis anos. Depois de removidos, os corpos foram encaminhados para Itaúna (MG). O velório começou na manhã deste domingo (1º) e o sepultamento aconteceu durante a tarde no Cemitério Municipal.

O acidente
Segundo informações da família, neste sábado, pai e filho haviam saído de Pará de Minas, região Centro-oeste do Estado, para passear no Sul de Minas. À reportagem do G1, a família afirmou que os dois estavam na região para participar de um encontro de aviões em Furnas e que teriam tentado pousar o avião na água quando ele caiu, por volta de 15h.
Horas antes do acidente, Helênio informou os amigos através das redes sociais que estava sobrevoando o Lago de Furnas na companhia do filho. Um pouco antes, ele havia feito uma outra postagem em Pará de Minas (MG), onde informava que estava aguardando o tempo melhorar para levantar voo. Segundo a assessoria de comunicação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave CB-12 Curumim II, de prefixo PU-HLA, estava registrada no órgão como aeronave experimental e, por isso, não registrava planos de voos. O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado à Aeronáutica, já foi acionado. Ainda não há informações sobre o que teria provocado o acidente.

REVISTA ISTO É


O céu do Brasil está mais perigoso

Federação internacional de pilotos afirma que espaço aéreo do País é tão arriscado como zonas de guerra. Por isso, rotas podem ser canceladas e preços de voos aumentados

Raul Montenegro

Os céus brasileiros acabam de ser considerados, por comandantes do mundo todo, um dos lugares mais perigosos do planeta para se voar. O veredicto veio da Federação Internacional de Pilotos Comerciais (Ifalpa, na sigla em inglês), que na sexta-feira 22 reclassificou os ares do País com uma estrela negra, que significa “criticamente deficiente”. Para se ter ideia, a avaliação é a mesma reservada a zonas de guerra. O motivo do rebaixamento é o aumento do risco de balões que atravessam o espaço aéreo nacional. Eles passam raspando nos aviões e podem causar sérios acidentes – até mesmo derrubar a aeronave. As consequências do novo juízo são potencialmente catastróficas: indo desde o aumento do preço das passagens até o fechamento de rotas ao Brasil. Tudo isso a menos de cem dias dos Jogos Olímpicos do Rio. “Quando a comunidade internacional recebe o aviso de que existe perigo iminente, as empresas aéreas podem restringir operações ou cancelar voos”, diz Adriano Castanho, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas. “Todos os pilotos já tiveram problemas com balões. Convivem com isso diariamente, não é algo isolado.”
Um desses aviadores é Artur Lobo, 35 anos, funcionário de uma grande companhia aérea. Em junho passado, ele ia a Buenos Aires, na Argentina, partindo do aeroporto de Guarulhos (SP). Do solo, viu um balão sobrevoando os céus da cidade. Depois da decolagem, no entanto, o número se multiplicou. “Avistei pelo menos 10 ou 15, e precisei fazer cerca de cinco manobras evasivas”, afirma. Hoje, os pilotos não são treinados para esses encontros, e nem os equipamentos da aeronave são capazes de detectá-los. “Você desvia baseado no instinto. Fica com o coração na boca.” Outro complicador, relata Lobo, é que os ares mais movimentados, de São Paulo e Rio, são justamente onde aparecem mais balões. Conclusão, o comandante precisa sair do caminho desses artefatos sem se chocar com outros aviões. “Já passei pela mesma situação no mínimo dez vezes na vida”, diz o aeronauta. Diretor de segurança e de voo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Ronaldo Jenkins afirma ainda que existe o aspecto cultural. “O piloto brasileiro sabe o que é, mas o estrangeiro não”, afirma. “O impacto emocional é muito maior.”
Órgão que representa mais de 100 mil pilotos em mais de 100 países, a Ifalpa afirma que enviou, em dezembro de 2015, uma carta à Secretaria de Aviação Civil alertando sobre o perigo dos balões e pedindo providências. O ministério diz nunca ter recebido a correspondência. De qualquer forma, o silêncio do governo fez com que, numa convenção realizada em abril, a federação resolvesse rebaixar a classificação do Brasil. Receber o alerta às vésperas da Olimpíada do Rio é ruim para a publicidade oficial, mas mostra também que os 500 mil estrangeiros esperados para o evento estarão sob ameaça (além, claro, dos milhões que voam os céus brasileiros no dia a dia). Apesar de não haver registro de acidentes sérios, a Ifalpa afirma que balões já fizeram contato com aeronaves em pleno voo, obstruindo sensores de velocidade e aceleração e causando a perda de piloto automático. No quesito econômico, a medida poderá fazer com que tarifas subam caso outros órgãos corroborem o entendimento da federação. “Se uma autoridade aeronáutica classificar o Brasil como inseguro, pode acontecer de as pessoas deixarem de voar para cá e de o preço do seguro aumentar, o que impacta no valor das passagens”, diz Shailon Ian, presidente da consultoria Vinci Aeronáutica. “Usuários poderão sentir as consequências.”
A reportagem procurou três baloeiros que atuam no estado de São Paulo para saber por que os céus dos aeroportos estão repletos de balões. Todos dizem que a maioria dos praticantes têm o cuidado de se afastar de áreas povoadas ou de rotas de avião, mas que, como a atividade é ilegal, fica impossível controlar aqueles que não seguem essas normas informais. Afirmam, ainda, que o risco representado pelos artefatos é bem menor do que aviadores e autoridades sugerem, e que o balão é destruído com o impacto ou afastado antes do choque pelo deslocamento de ar da aeronave – o que é refutado pelos demais estudiosos ouvidos por ISTOÉ. Argumentam, também, que a prática é considerada crime desde 1998, mas não dá sinais de arrefecimento. Sendo assim, a solução seria regulamentá-la. “Na visão dos baloeiros, é preciso definir regras, tamanhos, locais e dias adequados, com marcação de quem soltou”, afirma Dinho de Marcco, jornalista especializado em balões. “Não adianta proibir.” Entre os especialistas consultados, as opiniões se dividem entre regulamentação, punição e conscientização. “Se o avião está decolando, bate no balão e cai, a queda se dará em cima da própria comunidade que soltou o artefato ali perto. É preciso explicar isso para eles”, diz Ian, da consultoria Vinci.
Sobre o rebaixamento, a Secretaria de Aviação Civil informou que as restrições serão maiores durante a Olimpíada e que o controle do espaço aéreo brasileiro é um dos quatro mais seguros do mundo, segundo a Icao, uma organização internacional de aviação civil ligada à Organização das Nações Unidas (ONU). O ministério, no entanto, não soube confirmar onde estava esse dado. Procurada, a Aeronáutica informou que a informação consta de relatório preliminar da Icao que será disponibilizado no próximo mês. Já a Icao não respondeu até o fechamento desta edição.

Aviação civil

Por um triz

Ricardo Boechat

A Aeronáutica investiga o acidente com um avião King Air B-200, na pista do Condomínio Terravista, em Trancoso (BA), no feriado da semana passada. O grande susto foi na hora do pouso. Apesar de danos no trem de pouso, hélice e motor esquerdo, as dez pessoas a bordo tiveram ferimentos leves, inclusive seu proprietário, o advogado carioca José Antonio Fichtner. O bimotor PT-MCM já foi utilizado algumas vezes por Aécio Neves, amigo da família. E a pista baiana é a mesma onde morreu em 2009, o empresário Roger Wright e toda a sua família.

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Drone carrega bola para início da final do Campeonato Paulista


Camila Mattoso São Paulo

A partida entre Audax e Santos, a primeira da final do Campeonato Paulista, contou com uma novidade inusitada.
Um drone, aparelho não-tripulado, sobrevoou o campo do estádio José Liberatti, em Osasco, carregando a bola que foi usada no pontapé inicial da decisão.
O equipamento deixou a bola no círculo central do gramado para que o duelo pudesse começar.
A iniciativa, da Federação Paulista de Futebol, foi aplaudida pelos quase 12 mil torcedores que acompanharam o confronto nesta tarde.
O segundo jogo da final acontecerá na Vila Belmiro, no próximo domingo.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL GAZETA DIGITAL - MT


Soraya Medeiros Repórter Do Gd

Cresce número de acidentes com aviões agrícolas em MT

No 1° trimestre de 2016 ocorreram 4 acidentes com aeronaves agrícolas, um número que corresponde a 80% do total de ocorrências do ano passado e já equipara a todos os acidentes registrados no ano de 2014, segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Ainda segundo a Cenipa, as cidades de Mato Grosso que mais tiveram acidentes nos últimos 5 anos foram: Sapezal (03), Primavera do Leste (02), Confresa (02), Tangará da Serra (02), Paranatinga (01), Colíder (01), Canarana (01), entre outras.
O presidente do Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Nelson Paim conta que Mato Grosso têm a maior frota de aviões agrícolas do país, contendo 467 aeronaves. Em segundo lugar fica o Estado do Rio Grande do Sul com 420 e São Paulo com 287.
Nelson explica que no caso específico da aviação agrícola, 60% das ocorrências têm relação com manobras feitas em baixas alturas, perda de controle do voo ou falha do motor. Outra questão em discussão é que o brasileiro agrava a situação dos voos.
"Há muita gente que, mesmo estando fora do prazo de revisão do equipamento e sabendo, se arrisca e deixa para fazer isso depois da safra, é quando acontece os acidentes aéreos. Outro exemplo é o famoso voo garupado, 90% das aeronaves agrícolas só tem lugar para uma pessoa. Mas, muitos ainda colocam outro passageiro atrás do banco do piloto para dar uma carona", relata.
Paim diz que o elevado número de acidentes é preocupante e uma das bandeiras da entidade é ter regras mais rígidas para a formação de pilotos. A sugestão, já encaminhada à Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac), é a ampliação do número de horas práticas para a formação de piloto agrícola, das atuais 370 para 500.
A assessoria de imprensa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), destaca que todas as aeronaves civis brasileiras são controladas pelo Sistema de Aviação Civil e seus dados são frequentemente atualizados junto à ANAC. Ou seja, todas as aeronaves e pilotos da aviação civil, brasileiros ou não, que utilizam o espaço aéreo brasileiro e os aeródromos deste país estão sujeitos às fiscalizações da Agência por meio de sistemas e inspetores de aviação civil presencialmente.
O órgão informou que a fiscalização em aeronaves do estado é contínua e que realiza operações especiais em aeroportos para aumentar a segurança no setor agrícola. A última operação em Mato Grosso aconteceu em 2014.
A Cenipa mostrou também que os principais fatores que contribuíram para os acidentes nos últimos cinco anos foram que: 19,23% ocorreram devido ao julgamento de pilotagem, 12,09% foi no planejamento do voo, 10,44% na aplicação de comando e 10,44% na supervisão geral das aeronaves.
O órgão explica que as ações têm como objetivo propiciar o incremento das atividades aéreas aliadas à segurança de voo. "Uma das ferramentas mais utilizadas é a investigação das ocorrências aeronáuticas, cujo produto é a emissão de recomendações de segurança com valiosos ensinamentos relativos à prevenção de acidentes".
Para o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), tão importante quanto o que ocorreu é o que poderia ter contribuído para o acidente, pois assim são evitadas ocorrências de novos acidentes.



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