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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/10/2015 / Caças Gripen: retorno financeiro e qualificação de engenheiros brasileiros


Caças Gripen: retorno financeiro e qualificação de engenheiros brasileiros ...


Além de reforçar a frota aeronáutica nacional, a compra dos 36 caças Gripen NG da sueca Saab irá se refletir em capacitação tecnológica para engenheiros brasileiros e, a longo prazo, garantia de retorno financeiro ao país. Isso porque o acordo prevê a ida de 347 profissionais da Embraer e de outras empresas nacionais à Suécia para acompanhar a produção das aeronaves e determina que os royalties recolhidos a partir de futuras exportações também passem a beneficiar o Brasil. A Força Aérea Brasileira (FAB) ainda se favoreceu da desvalorização da coroa sueca desde que o acordo foi fechado, garantindo uma economia de quase US$ 1 bilhão.

Membro da comitiva que acompanhou a presidente Dilma em sua viagem à Escandinávia, o brigadeiro José Augusto Crepaldi, diretor do Departamento de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, falou com exclusividade ao JB sobre os benefícios do contrato e sinalizou para futuras parcerias com a Suécia na área espacial. “O Gripen é um avião com muito atrativos. É a aeronave mais moderna da atualidade e tem um custo de ciclo de vida muito baixo. Teoricamente são 30 anos sem pensarmos em comprar avião, mas eu apostaria em 50. Essa é uma decisão de 50 anos, que teve muito critério para ser feita”, comemora.

Para o brigadeiro, entretanto, a aquisição dos aviões da Saab é apenas o resultado de curto prazo com a Suécia. O diferencial, na sua avaliação, está na presença dos engenheiros brasileiros durante diversas etapas de produção. “Eles vão participar do desenvolvimento da aeronave, que é o que nos interessa. O Brasil já domina a tecnologia de apertar parafuso e dobrar lata, não é a toa que temos a terceira maior produtora de aeronaves do mundo, a Embraer. Mas os engenheiros e técnicos estarão lá por quatro ou cinco anos exatamente para absorver o que não sabemos. Essa é a única maneira que você tem de absorver tecnologia”, afirma.

O próximo passo é voltar ao Brasil para replicar o que foi aprendido. E isso será feito imediatamente, segundo Crepaldi, por meio da manutenção dos caças em uma planta de Embraer destinada exclusivamente a aeronaves militares em Gavião Peixoto, perto de Araraquara (SP). A longo prazo, ele afirma que o conhecimento adquirido trará retorno financeiro à indústria brasileira. “Além disso, passaremos a ter direito sobre os royalties de todo Gripen NG que for exportado. E nós também temos um acordo de cooperação na área de marketing mundial do avião”, explica o brigadeiro.

Uma das oportunidades futuras está na Finlândia, país que também fez parte do roteiro da presidente Dilma durante esta semana. De acordo com Crepaldi, o país foi autorizado a iniciar o processo de compra de um novo caça e, mesmo que o assunto não tenha sido abordado pelos governantes durante a visita, a indústria brasileira responderá por parte das exportações de peças e serviços caso o país opte pelo modelo Gripen NG.

Com desvalorização da coroa sueca, Brasil economiza US$ 1 bi
O Brasil ainda foi beneficiado pela desvalorização da coroa sueca frente ao dólar, que no ano já soma mais de 12%. Isso porque o contrato, assinado em outubro de 2014, foi feito nessa moeda. Na época, o montante equivalia a US$ 5,4 bilhões; hoje, gira em torno de US$ 4,5 bilhões. A economia de quase US$ 1 bilhão, segundo explica Crepaldi, não tem um destino específico. “A peça orçamentária é única. Isto é, o orçamento que o governo manda é feito para atender a todo o poder Executivo naquele ano. Então se eventualmente em um planejamento de ‘x’ você tem uma economia de ‘y’, isso entra no cálculo orçamentário do governo como um todo”, esclarece.

Na opinião do brigadeiro, a variação cambial sempre é um risco em contratos internacionais, mas realizar orçamentos em moeda local é costumeiro para que não haja disparidades com a composição de custos de cada empresa, geralmente realizada na divisa de seu país de origem. No entanto, para que se pudesse comparar as ofertas das três companhias envolvidas na concorrência em 2008 – uma francesa, uma norte-americana e a sueca Saab – o governo brasileiro converteu todos os valores para dólares.

No que diz respeito ao financiamento do acordo de compra dos 36 caças, as negociações se deram entre o Ministério da Defesa brasileiro e o banco de fomento SEK, da Suécia. Como resultado, se firmou uma taxa anual de juros de 2,19%, frente aos 2,54% inicialmente acordados.

Compra dos Gripen dá dimensão tecnológica a relações Brasil-Suécia, afirma Crepaldi
Durante a entrevista, o representante do Ministério da Defesa ainda afirmou que o contrato da aeronave Gripen empresta à parceria entre Brasil e Suécia uma “dimensão muito mais tecnológica”. De acordo com ele, o acordo demonstra o interesse das duas nações nas parcerias estratégicas a longo prazo. “O simples fato de Dilma ter ido com uma comitiva tão significativa à fábrica da Saab e de ter conversado com os engenheiros brasileiros que lá estão e suas famílias é uma mensagem da importância que a gente dá para esse programa”, explica.

Para Crepaldi, o interesse é recíproco. Ele pontua que a foto da presidente brasileira entrando na aeronave da Saab foi capa de quatro jornais da Suécia. Em paralelo, os dois governos fizeram uma reunião denominada high level group para definir grupos de trabalho sobre aeronáutica. “Ela foi importante porque estabeleceu áreas principais e assegurou que a gente começasse a expandir a cooperação. Pelo número de pessoas que estiveram presentes, vimos o interesse dos suecos nessa cooperação”, conta.

Por parte da Suécia estiveram no encontro, dentre outros representantes, os secretários de Estado da Defesa e da Tecnologia e Inovação, o comandante da Força Aérea Sueca e o vice-presidente da Saab. Os representantes do Brasil foram o comandante da FAB, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; a presidente do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, em São Bernardo do Campo (SP), Alessandra Holmo; e o presidente da Embraer, Jackson Schneider – além do próprio brigadeiro Crepaldi, representando o Ministério da Defesa.




Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.




PORTAL G-1


Presidente Dilma cancela visita a Rio do Sul por questões climáticas

Presidente chegou em Florianópolis às 16h30 e seguiria para Rio do Sul. Visita foi cancelada e presidente se reuniu com governador na Base Aérea.

Do G1 Sc

A presidente Dilma Rousseff (PT) chegou em Santa Catarina às 16h30 deste sábado (24) para visitar áreas afetadas pela chuva. Do aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis, a presidente seguiria de helicóptero para Rio do Sul, no Vale do Itajaí, para reunião com autoridades. Mas a viagem foi cancelada por não ter condições climáticas para sobrevoar a região.
Na Base Aérea da Capital, Dilma conversava às 17h, com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e com o secretário estadual de Defesa Civil, Milton Hobus. Da capital catarinense, a presidente, que visitou o Rio Grande do Sul pela manhã, retorna a Brasília.
Segundo a assessoria de imprensa do governo de Santa Catarina, a reunião com o governador Colombo durou menos de 30 minutos. Da Base Aérea de Florianópolis, o avião da presidente decolou às 17h15 para Brasília.
Em Santa Catarina, a presidente Dilma iria sobrevoar as áreas afetadas pelas chuvas das últimas semanas e se reuniria com autoridades em Rio do Sul. A cidade decretou situação de emergência na sexta-feira (23).
Reunião
O governador Raimundo Colombo concedeu uma entrevista coletiva no fim da tarde deste sábado na Secretaria Estadual de Defesa Civil, quando comentou sobre o encontro com Dilma na Base Aérea de Florianópolis.
Segundo Colombo, ainda não há um levantamento do tamanho do prejuízo causado pela chuva em Santa Catariana. “Perdas de pontes, deslizamentos, recuperação de estradas isso vai constar no relatório das prefeituras para os quais o governo federal vai liberar recursos e o estado também vai ajudar. Estamos esperando a água baixar para concluir o relatório”, afirmou o governador. 
Conforme o governador, Dilma deve voltar a Santa Catarina dentro de dois meses. “A presidente se colocou a disposição do estado e prometeu voltar quando estiverem concluídas as barragens de Ituporanga e Taió, em 60 dias”, afirmou.
Manifestação
Na tarde deste sábado (24) cerca de 500 pessoas, segundo a Polícia Militar, aguardavam a chegada da presidente Dilma no centro de Rio do Sul. A concentração foi ao lado da Igreja, próximo onde o helicóptero com a presidente pousaria.
Com faixas e cartazes, um grupo fez protesto no fim da tarde. Manifestantes seguravam cartazes que comparavam os prejuízos com a enchente e o escândalo da Petrobrás.
Rio do Sul
O município decretou na sexta-feira (23) situação de emergência, pelas fortes chuvas que afetaram a região. Ao todo, 18 municípios catarinenses tiveram o decreto de situação de emergência homologado, informou a Defesa Civil nesta manhã.
Segundo a prefeitura da cidade, 20 mil pessoas estão desalojadas, com 4,6 mil imóveis atingidos pelas águas do rio Itajaí-Açu. O rio alcançou o nível máximo na madrugada de sexta, de 10,71 m, alagando diversos bairros do município. Neste sábado, o rio está em 9,92 m, mas moradores seguem em abrigos. 
Pelos estragos, a cidade teve o Enem adiado para pelo Ministério da Educação. No resto do país, as provas ocorrem neste sábado e domingo.
Conforme a agenda da presidência da república, antes de chegar a cidade, Dilma faria um sobrevoo pelas áreas afetadas pelas chuvas, entre Florianópolis e Rio do Sul.
De acordo com a prefeitura do município, a presidente desembarcaria nesta tarde no campo do Colégio Dom Bosco, no centro, e faria a reunião em uma sala da escola.
Pelo último boletim da Defesa Civil, emitido na manhã deste sábado, 30.291 pessoas foram afetadas pelas chuvas que atingem o estado desde 8 de outubro. Foram registradas ocorrrências em 98 municípios. O número de desalojados chegou a 2.959 pessoas, e o de desabrigados, a 1.790. A chuva deixou até agora treze feridos e três mortos.

Alunos do ITA participam de competição de robótica em MG

Evento acontece em Uberlândia a partir da próxima quarta-feira (28). Equipe ITAndroids vai competir em seis categorias.

Do G1 Vale Do Paraíba E Região

Estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos, vão representar a região na Competição Brasileira de Robótica (CBR) e no Concurso Latino-Americano de Robótica (LARC). Os dois eventos serão realizados simultaneamente, em Uberlândia (MG), a partir da próxima quarta-feira (28).
Os estudantes e professores viajam na segunda-feira (26) para a cidade mineira. Esta é a quinta vez que a instituição participará do torneio, que acontece até o dia 1º de novembro.
Segundo a organização, a competição tem como objetivo promover a interação e a troca de informações entre estudantes e pesquisadores de diferentes países latinos, além de proporcionar o desenvolvimento de novas tecnologias frente a desafios envolvendo a robótica.
A equipe ITAndroids reúne 40 estudantes de graduação e pós-graduação em diferentes áreas da engenharia. O grupo está inscrito em seis categorias da competição - entre elas, partidas de futebol disputadas por diferentes tipos de robôs, competições de corrida entre os robôs e desafios de lógica que devem ser resolvido por protótipos feitos com kits de robótica educacional. A programação completa do evento pode ser conferida no site.
Foco
A equipe joseense se prepara para superar os resultados do ano passado. A equipedo ITA, "ITAndroids" já é tricampeã nas simulações bidimensionais, mas o principal foco agora são as categorias que envolvem robôs físicos.
“A ITAndroids foi a equipe universitária mais premiada no ano passado. Nosso forte são as categorias de simulação 2D, disputadas por robôs virtuais. Nós tivemos mais dificuldade nas provas que envolvem robôs físicos, mas esperamos mudar esse quadro em 2015”, disse José Lucas Saraiva, estudante de engenharia e capitão da equipe.
Para o capitão, a competição é uma oportunidade de aprendizado prático. “É uma oportunidade de trocar ideias com outras equipes e testa as teorias desenvolvidas. Colocamos na prática o que aprendemos na faculdade, para entender como as coisas funcionam no mundo real”, afirmou.

AGÊNCIA BRASIL


Venezuela ativa 99 comandos para defender o país






O presidente Nicolás Maduro ativou hoje 99 comandos na Venezuela, compostos pela milícia bolivariana. Eles terão como função "lutar para defender a paz em qualquer circunstância".
"Em todo o território nacional estão os nossos milicianos com a sua capacidade de luta para defender a paz, em qualquer circunstância, e ganhá-la. Esta é a ordem, milicianos, que a pátria hoje nos exige, ganhar a paz como for, preservar a independência como for, defender a república e as suas instituições", disse.
Maduro afirmou que tudo terá lugar "no quadro da doutrina bolivariana, humanista, chavista" da Constituição que rege a Venezuela, destacando,  a seguir, o papel importante dos milicianos no apoio "aos programas de integridade territorial" para tornar a pátria "inexpugnável".
"A milícia é o povo organizado e armado para defender a paz, a independência da república e a revolução bolivariana", finalizou.

MINISTÉRIO DA DEFESA


Ação social da Ágata 10 atende 1.835 moradores do Oiapoque


Oiapoque (AP) – No segundo dia de participação das ações da Operação Ágata 10, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, conheceu as atividades das ações cívico-sociais (Acisos). Em Oiapoque (Amapá), a Aciso foi realizada no ginásio da Escola Joaquim Nabuco e, somente neste sábado (24), as ações beneficiaram 1.835 pessoas.
"A presença do Estado se dá pelas suas instituições, Forças Armadas e órgãos públicos que, de maneira coordenada, realizam as acisos junto às populações mais carentes de nosso País. Essas pessoas também são beneficiadas pelas atividades da Ágata 10", disse o ministro da Defesa. "Os integrantes dessas ações mostram como construir de forma coesa a união nacional e se preocupam com seus irmãos", completou.
No local, integrantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica realizam atendimento médico e odontológico, testes laboratoriais, distribuição de medicamentos, além de aulas sobre educação ambiental e oficinas de panificação, elétrica, construção civil e outras sete especialidades.
Os cursos gratuitos profissionalizantes são ofertados pelo Sistema S, que participa pela primeira vez de acisos da Ágata. Somente neste sábado, foram distribuídos cerca de 600 medicamentos à população que compareceu às consultas feitas pelos militares.
Para a estudante universitária Luana Souza, do projeto ambiental “Pegadas do Oiapoque”, que ajuda a preservar os quelônios, a sua participação voluntária contribui para a conscientização ambiental de estudantes e comunidades ribeirinhas.
A cabeleireira Ângela de Souza é outro exemplo de dedicação ao próximo. “Estou aqui hoje dando minha participação em um trabalho comunitário, ajudando pessoas que muitas vezes não têm dinheiro para ir a um salão de beleza”.
A cozinheira Maria Vitória levou a filha para se consultar com um pediatra e já estava na tenda da farmácia para retirar os remédios. “Eu vi o movimento, resolvi trazer minha filha e fui atendida.”
Ágata
A Operação Ágata é de responsabilidade do Ministério da Defesa, sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) junto com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. A Ágata foi instituída por decreto da presidenta Dilma Rousseff, em 2011, no âmbito do Plano Estratégico de Fronteira (PEF).

REVISTA ISTO É


Tem robô na floresta

Com apenas cinco anos de existência, a Eldorado Brasil já se tornou referência no uso de tecnologias avançadas na produção de celulose

Fabrícia Peixoto

Inteligência artificial, drones, clonagem, veículos que se movem sozinhos. Os temas bem poderiam fazer parte de um roteiro de ficção científica ou ainda tratar-se de um grande player de tecnologia. Mas, nesse caso, a justificativa para toda essa inovação são as árvores. Milhões delas. Indo ao ponto: estamos falando de uma empresa que precisa monitorar, da forma mais precisa possível, um conjunto de 28 milhões de pés de eucalipto distribuídos em uma área equivalente a 224 mil campos de futebol. E que tem feito isso com tanto sucesso que a Eldorado Brasil, em pouco mais de cinco anos de existência, tornou-se a terceira maior fabricante de celulose do País, atrás das gigantes Fibria e Suzano. “Um eucalipto leva de seis a sete anos para crescer”, diz Carlos Justo, gerente de planejamento e controle florestal da Eldorado, que no ano passado faturou R$ 2,5 bilhões. “Nesse tempo, precisamos nos assegurar de que as plantas estejam se desenvolvendo como o esperado.”
Controlada pela J&F, do grupo JBS, a empresa com sede em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, nem sempre foi tão tecnológica. Até dois anos atrás, o acompanhamento das árvores era feito da forma convencional: para chegar a uma estimativa do desempenho dos eucaliptos, era preciso medir 14 árvores a cada 400 metros quadrados. O tempo gasto e o custo da operação levaram os executivos da Eldorado a repensar a forma como o inventário era feito. Eles acionaram pesquisadores da Universidade de Viçosa, em Minas Gerais, para desenvolver uma técnica mais produtiva. Os acadêmicos criaram uma tecnologia à base de inteligência artificial para fazer esse levantamento. Agora, basta medir apenas três árvores no mesmo espaço utilizado na contagem convencional que uma rede neural faz os cálculos em função de variáveis numéricas, reunindo dados como diâmetro e altura da árvore, assim como detalhes de seu material genético e da fazenda onde está plantada. “Conseguimos reduzir em 78% as medições realizadas em campo”, afirma Justo. Não à toa a companhia vem batendo sucessivos recordes de produção. O último foi registrado em julho, quando alcançou 152.182 toneladas de celulose.
No ano passado, a empresa ganhou ainda outro reforço tecnológico para ajudar no monitoramento da área plantada. Quatro veículos aéreos não-tripulados, mais conhecidos como drones, foram importados da Suíça e adaptados para as necessidades da Eldorado. Com autonomia de voo de 40 minutos, esses aviõezinhos por controle remoto conseguem fazer cerca de dez voos por dia, fotografando um total de 230 hectares – ou 280 estádios de futebol do tamanho do Maracanã. Depois de reunidas, essas imagens formam um mapeamento da área em 3D, o que permite, por exemplo, traçar a linha de plantio com precisão de centímetros. “Não precisamos mais definir a linha no olho, como fazíamos até então”, diz o executivo da Eldorado. “Agora, basta transferir os dados coletados pelo drone para a máquina responsável pelo plantio, que também é automatizada.” Aliás, a empresa só trabalha com mudas clonadas (a partir de uma planta já existente, e não por meio de uma nova semente), levando a uma seleção natural com árvores mais resistentes e que gerem ainda mais celulose.
Considerando as dificuldades inerentes a um setor que lida com grandes áreas e ainda está sujeito a mudanças climáticas, inovações como as da Eldorado chamariam atenção em qualquer outra empresa do agronegócio. Mas, há ainda outras qualidades no currículo da companhia. A começar pelo tempo de estrada: enquanto suas concorrentes acumulam décadas de experiência, a empresa do grupo J&F estreou apenas em 2010. Tudo bem que o investimento foi maciço – R$ 6,2 bilhões na primeira planta e outros R$ 8 bilhões na segunda, que deve ficar pronta em 2018 –, mas os resultados, de todo modo, têm surpreendido para uma novata. Além disso, diversas das tecnologias adotadas pela Eldorado foram implementadas recentemente, depois de constatados alguns gargalos. “Até pouco tempo atrás, a irrigação era feita com um carro e dez pessoas atrás, debaixo do sol”, diz Justo. “Agora, temos uma máquina que faz o trabalho praticamente sozinha.”
Os negócios parecem refletir os investimentos da empresa em pesquisa e desenvolvimento. Competitiva, a Eldorado – cuja celulose é usada na fabricação de papéis para impressão e para o segmento de higiene – vem conquistando terreno no exterior e já responde por 13% das exportações brasileiras de celulose – ao todo o mercado nacional exporta dois terços de sua produção. A crise na economia brasileira, inclusive, tem impactado menos a empresa graças aos clientes lá fora, que respondem por 89% das vendas totais da empresa. O principal destino é a Alemanha, mas a companhia também é forte em países como China, Coreia do Sul, Estados Unidos e Itália. Nos negócios, ao contrário de suas traquitanas tecnológicas, a Eldorado está bem distante da ficção.

JORNAL O VALE (SJC)


Tropas do Brasil vão deixar Haiti em 2016, "Serei o último a partir de volta", diz general

Conselho de Segurança da ONU determinou que a Minustah, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, acabe em outubro de 2016

“Em outubro de 2016, as últimas tropas da ONU vão partir do Haiti. Vou ficar para o último avião e encerrar a missão militar.”
A afirmação é do general brasileiro Ajax Porto Pinheiro, que assumiu há cerca de 10 dias o cargo de comandante-geral das forças da ONU no país caribenho e coordenará hoje a segurança das eleições presidenciais haitianas.
O Conselho de Segurança da ONU determinou neste mês que a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) termine no dia 15 de outubro de 2016, ocasião em que a comunidade internacional espera que um novo presidente haitiano já esteja exercendo seu mandato.
O Brasil comanda o setor militar da missão desde seu início em 2004. Até agora, o governo brasileiro previa que seus 850 militares começassem a voltar para casa em algum momento no ano que vem. Mas uma data oficial não havia sido estabelecida.
Até outubro de 2016, a missão será mantida com o efetivo de hoje: 2.370 militares de 19 países, com participação de unidades militares da RMVale. Apenas uma crise grave ou uma catástrofe podem alterar esse cronograma. Só que isso já aconteceu antes.
No início de 2010, a ONU previa a retirada total de suas tropas em meados de 2011. Porém, no dia 12 de janeiro, um megaterremoto irrompeu praticamente na superfície da capital Porto Príncipe. Centenas de milhares de pessoas morreram e 1,5 milhão ficaram instantaneamente desabrigadas.
Os planos foram, então, alterados de forma radical, e a missão quase dobrou em tamanho. Além de fornecer ajuda humanitária, a ONU auxiliou na reconstrução do país e de suas instituições, como a polícia e o Judiciário, que perderam mais da metade de seus membros no terremoto.
Chegada. Pinheiro é um veterano de Haiti. Dias depois do terremoto de 2010, ele desembarcava no país, então como coronel, para comandar um batalhão brasileiro. Ele chefiava uma unidade específica formada por brasileiros na ocasião. Hoje, comanda todos os militares da ONU no país.
Meses depois Pinheiro teve que retornar ao Brasil, pois foi promovido a general e teve que assumir um comando em território nacional.
“Sempre sonhei em voltar ao Haiti. Seria uma grande realização profissional e a última aventura militar da minha carreira. Porque, quando eu voltar ao Brasil, provavelmente assumirei uma função administrativa, sem comandar tropas”, afirmou. “Só lamento ter vindo nessas circunstâncias.”
Pinheiro se refere à morte de seu grande amigo e antecessor, o general José Luiz Jaborandy, que faleceu em agosto após sofrer um mal súbito em um voo do Haiti para o Brasil. Jaborandy deveria comandar as forças da ONU nas eleições do próximo domingo. Pinheiro chegaria a Porto Príncipe só em novembro.
Memória
Brasil manteve 11 generais no país.
Desde o início da missão em 2004, 11 generais e milhares de soldados de todas as partes do Brasil estiveram no Haiti.
O governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva se envolveu na missão, dentro da política de aumentar a influência internacional brasileira. Seu governo tentava facilitar acesso a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. 
Nas urnas
Eleições devem ter clima tranquilo.
Diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, o clima pré-eleitoral é de relativa tranquilidade no Haiti. Segundo a ONU, a violência está caindo. O número de homicídios entre março e agosto foi de 386. Nos seis meses anteriores, foram 538. Nas eleições legislativas ocorridas em agosto deste ano não foram registrados incidentes graves.

JORNAL A CRÍTICA (AM)


Drone é a nova ferramenta do seguimento agropecuário

No Brasil agricultores e pecuaristas tem utilizado desta tecnologia para monitorar e coletar dados relevantes sobre plantações e criações de gados

Desenvolvidas inicialmente para fins militares, as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), popularmente conhecidas por drones, têm crescido em todo o mundo. No Brasil agricultores e pecuaristas tem utilizado desta tecnologia para monitorar e coletar dados relevantes sobre plantações e criações de gados.
O principal motivo para o uso de drones na agricultura é a coleta de informações da lavoura, realizadas por meio dos sensores embarcados nas aeronaves. Tais informações permitem que o agricultor acompanhe o crescimento médio das plantas, verifique os espaços mal aproveitados, as áreas com falta ou excesso de água, os pontos de retenção de calor, além de realizar o controle de temperatura, umidade e velocidade do vento.
Além disso, os drones podem ser utilizados para identificação e controle de pragas e, em alguns casos, até mesmo para a dispersão de suplementos agrícolas. Na pecuária é eles são utilizados para realizar o monitoramento à distância do rebanho, controle de manada e contagem de cabeças de gado em uma determinada área.
No Brasil a utilização desta tecnologia está apenas no começo, como destaca Guilherme Reis, gerente de Projetos da empresa Eagle Soluções Integradas. “O uso das ARPs no Brasil está só começando. Ainda existe muito terreno para cobrir e tecnologias para serem inseridas nos processos”. Guilherme também ressalta a necessidade dos empresários do agronegócio buscarem sempre empresas qualificadas e capacitadas para a execução dos projetos. Ele lembra que “um trabalho amador pode gerar péssimos resultados e até problemas diversos referentes à segurança e retorno do investimento”.
Consulta é importante
Guilherme Reis, gerente de Projetos da empresa Eagle Soluções Integradas, diz que é importante uma consultoria prévia antes da aquisição de uma ARP, com o objetivo de fazer o levantamento dos requisitos do projeto e definir quais produtos finais serão gerados e, aí partir daí, definir quais equipamentos comprar ou alugar para se obter o resultado esperado. Se o empresário não tiver uma equipe qualificada para realizar o projeto, é possível que seu resultado final seja um aumento do desperdício de capital e não retorno de um bom investimento e economia futura.
Atualmente são mais de 40 países que fabricam ARPs em escala comercial, dentre os quais Estados Unidos, Alemanha, Israel e China figuram como maiores fabricantes. As ARPs podem ser utilizadas em quase todos os segmentos de negócios, inclusive no agronegócio, setor que, em 2014, representou uma fatia de 21,3% do PIB nacional.
A Eagle Soluções Integradas nasceu após três anos de muita pesquisa e importação de novas tecnologias, trabalhando com foco no desenvol-vimento de soluções customizadas e específicas para cada segmento. A empresa desenvolve soluções em softwares para Drones e ARPs (Aeronaves Remotamente Pilotadas).Com atuação em todo o território nacional, a Eagle possui escritórios em Belo Horizonte.

JORNAL DO BRASIL


Caças Gripen: retorno financeiro e qualificação de engenheiros brasileiros

Em entrevista ao JB, representante da Defesa explica benefícios da parceria com a Suécia

Ana Siqueira

Além de reforçar a frota aeronáutica nacional, a compra dos 36 caças Gripen NG da sueca Saab irá se refletir em capacitação tecnológica para engenheiros brasileiros e, a longo prazo, garantia de retorno financeiro ao país. Isso porque o acordo prevê a ida de 347 profissionais da Embraer e de outras empresas nacionais à Suécia para acompanhar a produção das aeronaves e determina que os royalties recolhidos a partir de futuras exportações também passem a beneficiar o Brasil. A Força Aérea Brasileira (FAB) ainda se favoreceu da desvalorização da coroa sueca desde que o acordo foi fechado, garantindo uma economia de quase US$ 1 bilhão.
Membro da comitiva que acompanhou a presidente Dilma em sua viagem à Escandinávia, o brigadeiro José Augusto Crepaldi, diretor do Departamento de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, falou com exclusividade ao JB sobre os benefícios do contrato e sinalizou para futuras parcerias com a Suécia na área espacial. “O Gripen é um avião com muito atrativos. É a aeronave mais moderna da atualidade e tem um custo de ciclo de vida muito baixo. Teoricamente são 30 anos sem pensarmos em comprar avião, mas eu apostaria em 50. Essa é uma decisão de 50 anos, que teve muito critério para ser feita”, comemora.
Para o brigadeiro, entretanto, a aquisição dos aviões da Saab é apenas o resultado de curto prazo com a Suécia. O diferencial, na sua avaliação, está na presença dos engenheiros brasileiros durante diversas etapas de produção. “Eles vão participar do desenvolvimento da aeronave, que é o que nos interessa. O Brasil já domina a tecnologia de apertar parafuso e dobrar lata, não é a toa que temos a terceira maior produtora de aeronaves do mundo, a Embraer. Mas os engenheiros e técnicos estarão lá por quatro ou cinco anos exatamente para absorver o que não sabemos. Essa é a única maneira que você tem de absorver tecnologia”, afirma.
O próximo passo é voltar ao Brasil para replicar o que foi aprendido. E isso será feito imediatamente, segundo Crepaldi, por meio da manutenção dos caças em uma planta de Embraer destinada exclusivamente a aeronaves militares em Gavião Peixoto, perto de Araraquara (SP). A longo prazo, ele afirma que o conhecimento adquirido trará retorno financeiro à indústria brasileira. “Além disso, passaremos a ter direito sobre os royalties de todo Gripen NG que for exportado. E nós também temos um acordo de cooperação na área de marketing mundial do avião”, explica o brigadeiro.
Uma das oportunidades futuras está na Finlândia, país que também fez parte do roteiro da presidente Dilma durante esta semana. De acordo com Crepaldi, o país foi autorizado a iniciar o processo de compra de um novo caça e, mesmo que o assunto não tenha sido abordado pelos governantes durante a visita, a indústria brasileira responderá por parte das exportações de peças e serviços caso o país opte pelo modelo Gripen NG.
Com desvalorização da coroa sueca, Brasil economiza US$ 1 bi
O Brasil ainda foi beneficiado pela desvalorização da coroa sueca frente ao dólar, que no ano já soma mais de 12%. Isso porque o contrato, assinado em outubro de 2014, foi feito nessa moeda. Na época, o montante equivalia a US$ 5,4 bilhões; hoje, gira em torno de US$ 4,5 bilhões. A economia de quase US$ 1 bilhão, segundo explica Crepaldi, não tem um destino específico. “A peça orçamentária é única. Isto é, o orçamento que o governo manda é feito para atender a todo o poder Executivo naquele ano. Então se eventualmente em um planejamento de ‘x’ você tem uma economia de ‘y’, isso entra no cálculo orçamentário do governo como um todo”, esclarece.
Na opinião do brigadeiro, a variação cambial sempre é um risco em contratos internacionais, mas realizar orçamentos em moeda local é costumeiro para que não haja disparidades com a composição de custos de cada empresa, geralmente realizada na divisa de seu país de origem. No entanto, para que se pudesse comparar as ofertas das três companhias envolvidas na concorrência em 2008 – uma francesa, uma norte-americana e a sueca Saab – o governo brasileiro converteu todos os valores para dólares.
No que diz respeito ao financiamento do acordo de compra dos 36 caças, as negociações se deram entre o Ministério da Defesa brasileiro e o banco de fomento SEK, da Suécia. Como resultado, se firmou uma taxa anual de juros de 2,19%, frente aos 2,54% inicialmente acordados.
Compra dos Gripen dá dimensão tecnológica a relações Brasil-Suécia, afirma Crepaldi
Durante a entrevista, o representante do Ministério da Defesa ainda afirmou que o contrato da aeronave Gripen empresta à parceria entre Brasil e Suécia uma “dimensão muito mais tecnológica”. De acordo com ele, o acordo demonstra o interesse das duas nações nas parcerias estratégicas a longo prazo. “O simples fato de Dilma ter ido com uma comitiva tão significativa à fábrica da Saab e de ter conversado com os engenheiros brasileiros que lá estão e suas famílias é uma mensagem da importância que a gente dá para esse programa”, explica.
Para Crepaldi, o interesse é recíproco. Ele pontua que a foto da presidente brasileira entrando na aeronave da Saab foi capa de quatro jornais da Suécia. Em paralelo, os dois governos fizeram uma reunião denominada high level group para definir grupos de trabalho sobre aeronáutica. “Ela foi importante porque estabeleceu áreas principais e assegurou que a gente começasse a expandir a cooperação. Pelo número de pessoas que estiveram presentes, vimos o interesse dos suecos nessa cooperação”, conta.
Por parte da Suécia estiveram no encontro, dentre outros representantes, os secretários de Estado da Defesa e da Tecnologia e Inovação, o comandante da Força Aérea Sueca e o vice-presidente da Saab. Os representantes do Brasil foram o comandante da FAB, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; a presidente do Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, em São Bernardo do Campo (SP), Alessandra Holmo; e o presidente da Embraer, Jackson Schneider – além do próprio brigadeiro Crepaldi, representando o Ministério da Defesa.

JORNAL BEMPARANÁ


Prefeito recebe homenagem no Cindacta


O prefeito Gustavo Fruet foi homenageado no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), instalado no bairro Bacacheri, na noite desta sexta-feira (23). Fruet recebeu titulação de Membro Honorífico da Força Aérea Brasileira (FAB), junto a outras autoridades e representantes da sociedade civil e militar que se destacaram por serviços prestados. O Título Honorífico de reconhecimento aconteceu durante as comemorações do Dia do Aviador e da FAB.
A comemoração fez referência ao dia 23 de outubro de 1906, data em que o brasileiro Alberto Santos Dumont fez o primeiro vôo a bordo de seu 14-Bis. Ele voou a uma altura de 70 metros no Campo Bagatelle, na França, o que ficou registrado como o início de uma grande revolução. Santos Dumont nunca patenteou sua invenção porque acreditava que com ela beneficiaria muitas pessoas. O feito e suas palavras foram relembrados na cerimônia de comemoração: "Inventar é imaginar o que ninguém pensou (...). Inventar é transcender. A atmosfera é o nosso oceano".
Fruet disse ter ficado honrado com a homenagem e que esta foi uma oportunidade para maior aproximação com a FAB. "É um motivo pessoal de orgulho e um gesto de agradecimento ao Cindacta e à Força Aérea Brasileira. Como prefeito estou tendo o privilégio de melhor aproximar das Forças Armadas, que além de todo trabalho profissional, tecnológico, de proteção do espaço aéreo na região Sul do Brasil cumpre um papel muito importante na cidade".
O prefeito destacou que cerca de 2 mil militares moram em Curitiba e participam do desenvolvimento da cidade. "A corporação baseada no município realiza um trabalho de aproximação com as escolas, o que permite que esse grupo do Cindacta possa ajudar em um trabalho de contraturno em escolas municipais, alé de auxiliar muito a equipe da Prefeitura na capacitação de profissionais da Guarda Municipal e na realização de eventos culturais." O secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro, também recebeu homenagem como Amigo do Cindacta II. A cerimônia contou ainda com a participação do secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Lima.
Um desfile militar com sargentos e oficiais do Exército e da Força Aérea e uma queima de fogos encerraram a comemoração.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL CLIC FOLHA (MG)


Pra que escrever livro?

Por Luiz Gonzaga Fenelon Negrinho
Acho engraçado esse negócio de escrever em jornal. E já faz tanto tempo que me dedico a esse ofício que perdi a conta. Mais de quarenta anos é o certo. Desde José Rodarte Pellegrino, em “O Sudoeste”, e Antônio Faria de Castro, na “Gazeta de Passos”.
Em seguida Carlos Parreira, vindo de Brasília, injetou gás e continuei. Primeiro, no Vale do Rio Grande, depois veio “A Folha da Manhã”, toda pungente, sem contar, no paralelo edificante, a presença em “O Pergaminho”, com o Manoel Gandra, em Formiga. Sinto-me honrado quando me alio a grandes nomes da Literatura Brasileira, como Frei Betto, entre outros, embora eu me sinta um estranho no ninho.
A gente escreve partindo de algum raciocínio, para não dizer premissas, nem sempre condizente com o louvável. De repente, zip-ti, o texto sai. Temperado, salgado ou insosso, mas vem a lume. À luz.
As repercussões acontecem, ou não. Não muitas vezes comentam o que escrevo. Noticiam que leem, isso sim. A maioria é pra agradar ou sei lá o quê. Já me falaram que alguns textos foram discutidos em escola, em nível de redação. Mau gosto é o que acho. Tem tanta gente boa por aí, aqui, acolá.
Normalmente quando cito nome de alguém, referência positiva a algo que fez ou vai fazer, vira alvo de comentário. Até agradecem. Não ligo a mínima. Fora disso, tudo parece céu de brigadeiro.
A expressão adocicada de “céu de brigadeiro”, cheirando a docinho de chocolate, muita gente fala e usa, sem saber o significado. É que na hierarquia da Força Aeronáutica, o brigadeiro ocupa o mais importante posto. Em razão disso, ele só faz voos quando o céu está limpo, todo azul e ensolarado.
Dos sessenta pra frente não muitas alegrias nos aguarda. Uma, porém, posso assegurar. Quem está nessa faixa possui céu de brigadeiro, com visibilidade infinita. Com poderes mágicos para enxergar atrás da serra, da outra serra, da outra... Infelizmente, os jovens não acreditam nisso, não. Menos ainda as instituições, as quais optam em empregar a força bruta ou juvenil e dão banana a quem dispõe de experiência e sabedoria. Velho é como página virada, bananeira que deu cacho, cheira a naftalina, lembra asilo, museu, mausoléu etc. Pode até ser um sepulcro, mas, convenhamos, sepulcro suntuoso pelo que viu e viveu. E tem a oferecer.
Chego a pensar que o céu de brigadeiro me persegue ao tempo que me apetece com lindos espetáculos em radiantes atmosferas na saúde do tempo. Penso na linda Maju, do Jornal Nacional. Noutra ponta, na dação do tempo (será que vai dar praia?) o céu de brigadeiro tem sua razão de ser, conquanto muito sol arde e incomoda. E a vida segue.
Não sou dos que se enchem de bazófia por escrever em jornais e expor ideias, muitas das quais não bem clarificadas e aceitas. Pior é a chatice de muitos que teimam, de quando em quando, me perguntarem por que não escrevo livros. Nessa particularidade sou drástico e teimoso. Escrever livros pra quê? Apenas para buscar refúgio em alguma Academia de Letras, participar de reuniões, tomar chá, cafezinho, deliciar-me com bolachas, pães de queijo, pão francês com manteiga ou margarina (requeijão não sei se tem), maionese, talvez?
Asseguro que, na provisão divina da sorte, tais traquinices faço em casa, no escritório, no Sérgio meu filho, no João Carrilho com sua esposa Diva, em Formiga, e em outros lugares com ou sem prosa. Dá gosto quando João Carrilho objetiva usar o “capião legal” de minhas mais de ‘cem’ namoradas, já que piamente acredita que isso é desigual. No seu jeitão de bom mineiro, acredita ser inconstitucional eu ter muitas e ele apenas uma. Diva se desmancha em gargalhadas, talvez por avaliar quem é mais devagar.
Fiquemos na feitura do livro. Um livro é como um filho, já que rebento de sonhos, esperança, amargura, sofrimento, a não pressa em escrever, confeccionar, a cobrança de si por si, terceiros nem se fale e a gente seguindo estrada adiante no deleitamento confuso e obtuso.
Antiga colocação do amigo e escritor Telles, ele que assinalou em obra literária, que, certa vez, um cidadão fora pedir a mão da amada aos pais. Clássica medida cautelar, o pai da noiva perguntou o que o pretendente fazia. “Escritor”, falou baixo.
“Escriturário”, foi o entendimento.
Reforço minha tese de que escritor no Brasil, a arte em si, tirante alguns poucos, não tem valia no conforto da sobrevivência. Os mesmos que insistem que se solidifique a obra na feitura e lançamento, serão os primeiros a dar com as costas até mesmo na noite dos autógrafos.
Com absoluta certeza, não vão adquirir nenhum livro, nem mesmo acaso resolva o escritor destinar o produto da vendagem a uma digna e necessitada entidade filantrópica. O livro torna-se um filho desnaturado na fila desmesurada da inversão de valores. O certo seria livros a mancheias, com discussão temática sobre o quê e quem escreveu. O porquê e a boa linguagem, a estrutura do texto e uma ajudinha oficial na divulgação da obra produzida e costurada no sabe-se lá como.
Mendicância, falsidade e fingimento, obrigado!

PORTAL CENÁRIOMT


"Dedicado", diz família sobre piloto de avião do AP morto na Colômbia

Após 10 dias do acidente, velório é realizado neste sábado (24), em Macapá.Acidente está sendo investigado pela aeronáutica colombiana.
O corpo do piloto de avião Floriano DHorta Lessa Waldeck Neto, de 39 anos, ou “Comandante Waldeck”, como era conhecido, chegou ao Amapá na madrugada deste sábado (24). O amapaense morreu em um acidente aéreo na região Oeste da Colômbia, no dia 13 de outubro.
Dedicado, alegre e brincalhão são algumas das características que ficaram marcadas na memória dos familiares do comandante amapaense, que já tinha quase 20 anos de aviação.
“Ele era uma pessoa muito dedicada, alegre, carismática e brincalhona. Não conseguimos ter outra imagem dele a não ser assim, brincando e sempre feliz. Ele tinha muitos amigos”, disse a prima Celiana Waldeck.
O piloto foi formado em Belém, e atuou nos estados do Pará, Amapá, São Paulo e há dois anos trabalhava em uma empresa fluminense na Colômbia.
“A empresa é especializada em prospecção mineral e faz levantamento de áreas com potenciais minerais. É um tipo de voo de alto risco, porque voa muito baixo e ele estava em uma região montanhosa, que também é de alto risco. Não temos conhecimento das causas do acidente, mas achamos que isso contribuiu”, falou o piloto e amigo de Waldeck, Léo Rezende, de 58 anos.
O piloto era casado e pai de três filhos, dois meninos de 17 e 13 anos, e uma menina de 7 anos, que morava junto com o amapaense em uma cidade colombiana. A família deve voltar a morar em Macapá.
Waldeck era piloto de avião comercial, sabia pilotar aeronaves como monomotor e bimotor, além de ser credenciado em prevenção de acidentes aeronáuticos pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
“Esse emprego aproximou ainda mais a nossa relação de pai e filho, e até de amigo para amigo. Desde que fomos para lá, foi um tempo muito bom. Já íamos retornar para cá no fim do ano. Hoje eu digo para os garotos que desfrute da presença do pai, porque pai a gente só tem um. Aproveitarem todos os ensinamentos”, falou o filho mais velho, Leandro Waldeck.
O velório começou nas primeiras horas da manhã deste sábado em uma funerária no bairro Santa Rita. O enterro está previsto para 17h no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro.
Acidente aéreo
Três brasileiros morreram em um acidente com um avião de pequeno porte no oeste da Colômbia no dia 13 de outubro. Entre eles estava piloto amapaense, juntamente com os brasileiros Luis Carlos Jácome de Moura e Laércio Dutra de Lima.
Eles estavam a bordo de uma aeronave Cessna 208, com matrícula brasileira e pertencente à empresa Microsurvey. O avião, que foi reportado como desaparecido às 09h45 (10h45 de Brasília), fazia trabalhos de fotografia aérea geográfica em uma região montanhosa, próxima do município de Yumbo (estado do Vale do Cauca), 400 quilômetros a oeste de Bogotá.
Como o avião transportava material químico, a região foi isolada para evitar qualquer risco de contaminação. A Aeronáutica Civil da Colômbia negou que a aeronave transportasse material radioativo, como chegou a ser publicado por alguns sites colombianos.

PORTAL DEFENSE NEWS


Sweden, Brazil Pursue Deeper Cooperation With $4.7B Gripen NG Deal

By Gerard ODwyer
HELSINKI — Swedish and Brazilian government and industry officials will meet in November to discuss how a US $4.7 billion Gripen NG deal may create significant industrial investment opportunities.
Under the deal, Sweden-based Saab will deliver 36 Gripen NG multirole aircraft (28 single-seat Gripen Es and eight twin-seat Gripen Fs) to Brazil.
The agreement comes with a strong technology commitment from Sweden to transfer "everything" that Brazil will need to develop its own next-generation military jets.
Saab is in dialogue with a number of Brazilian defense-engineering companies, including Embraer and Akaer, to finalize production arrangements and identify possible new areas for cooperation and capital investments in Brazil. It is expected that about 29 of the 36 aircraft on order will be fully manufactured in Brazil.
The deal, which arose from Brazils Project F-X2 fighter replacement program, has not been without its controversies since the Gripen NG was selected in late 2013 to replace the Brazilian Air Forces 12 aging Dassault Mirage jets. The Project F-X2 program had short-listed three candidate aircraft, including Boeings F/A-18E/F Super Hornet and Dassaults Rafale.
Brazils State Prosecutors Office (SPO) opened a corruption investigation into the Gripen NG deal in April after the acquisition cost rose by more than US $1 billion due to a substantial drop in the currency exchange rate of the Brazilian real against the Swedish krona. The SPO ended its inquiry in September after finding insufficient evidence to support allegations of financial kickbacks connected to the Project F-X2 competition and selection decision.
Brazils President Dilma Rousseff offered "solid reassurances" that the Gripen NG deal and the fighter replacement program "were firmly on track" when she led a high-level state-industrial delegation to Stockholm on Oct. 18-19 to discuss the deals broader economic and investment potential.
"We are facing difficult economic times in Brazil, but we have large dollar reserves and a strong industrial base," Rousseff said Oct. 19 at a news conference in Stockholm. "The Gripen NG is one of our key projects. This is something we have budgeted for and can afford."
Mikael Damberg, Swedens economic development and innovation minister, identified technology transfer, industrial cooperation and financing elements in the Gripen NG bid as pivotal factors in winning the deal.
"The Gripen NG contract with Brazil is the biggest Swedish export deal to date. It paves the way for a long-term strategic partnership with Brazil in a whole range of areas ranging from defense to civilian industry-related projects," Damberg said.
Under the financing arrangement, the state-owned Swedish Export Credit Corporation (SECC), in consultation with Swedish Export Credits Guarantee Board, is providing two separate loans to Brazil to finance the Gripen NGs and purchase weapons systems for the aircraft.
The SECC, which loaned US $6.8 billion to support the overseas contract attainment activities of Swedish exporters in 2014, has approved a $4.8 billion credit to Brazil to cover the cost of acquisition for the Gripen NGs.
In addition, the SECC has extended a $245.3 million credit to allow Brazil to acquire weapons systems for the aircraft. The loans, which were green-lighted by the Brazilian Federal Senate on Aug. 5, carry a negotiated interest rate of 2.19 percent.
In Sweden, questions have arisen over the absence of a clause in the SECCs credit facility that would compel Brazil to buy Swedish weapons.
"It is incomprehensible that Sweden issues a credit to Brazil to purchase weapons systems for the Gripen and does not include a restriction clause," said Allan Widman (Liberals), chairman of the Swedish Parliamentary Defense Committee. "Brazil is now free to buy its weapon systems from Germany, Israel or South Africa with Swedish money."
The technology transfer and industrial components in the Gripen NG deal can be expected to generate additional value-added avenues for cooperation between defense and technology firms in Sweden and Brazil, Damberg said.
"This is a long-term partnership that will create new investment opportunities in Sweden and in Brazil. It will mean jobs, growth and productivity, as well closer cooperation in the areas of technology, innovation and research," he said.
Currently, some 200 Swedish-owned companies operate in Brazil, employing more than 70,000 workers.
In the medium term, the Gripen NG deal will generate 1,000 to 2,000 new jobs in Sweden, mainly centered around Saab’s aircraft-manufacturing base in Linköping.
Saab is currently constructing the first of several intended production units in Brazil directly connected to the Gripen NG. The first unit is being built in São Bernardo do Campo. The technology transfer component of the deal, and future production of Gripen NGs in Brazil, is expected to create 2,000 to 3,000 jobs.
The Brazil deal brings Saab closer to its objective of selling more than 300 Gripen NG aircraft over the next 20 years.
Saab CEO Håkan Buskhe said the defense group remains confident it can win new orders in Asia, where Thailand already operates a modified version of the Gripen, as well as in Europe, South America and sub-Saharan Africa.
The Brazil sale marks "an important milestone," Buskhe said. The deal supports the companys long-term plan to use the industrial structures around the Gripen NG project to make Brazil a platform for generating additional aircraft sales in Latin America.
"Our partnership with Brazilian industries strengthens Saabs position in Latin America and supports our strategy for growth through industrial cooperation," Buskhe said.



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