NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/10/2015 / Caças Gripen: retorno financeiro e qualificação de engenheiros brasileiros
 
 Caças Gripen: retorno financeiro e qualificação de engenheiros brasileiros ...
Além de  reforçar a frota aeronáutica nacional, a compra dos 36 caças Gripen NG  da sueca Saab irá se refletir em capacitação tecnológica para  engenheiros brasileiros e, a longo prazo, garantia de retorno financeiro  ao país. Isso porque o acordo prevê a ida de 347 profissionais da  Embraer e de outras empresas nacionais à Suécia para acompanhar a  produção das aeronaves e determina que os royalties recolhidos a partir  de futuras exportações também passem a beneficiar o Brasil. A Força  Aérea Brasileira (FAB) ainda se favoreceu da desvalorização da coroa  sueca desde que o acordo foi fechado, garantindo uma economia de quase  US$ 1 bilhão.
Membro da comitiva que acompanhou a presidente Dilma em sua viagem à Escandinávia, o  brigadeiro José Augusto Crepaldi, diretor do Departamento de Produtos  de Defesa do Ministério da Defesa, falou com exclusividade ao JB sobre  os benefícios do contrato e sinalizou para futuras parcerias com a  Suécia na área espacial. “O Gripen é um avião com muito  atrativos. É a aeronave mais moderna da atualidade e tem um custo de  ciclo de vida muito baixo. Teoricamente são 30 anos sem pensarmos em  comprar avião, mas eu apostaria em 50. Essa é uma decisão de 50 anos,  que teve muito critério para ser feita”, comemora.
Para o brigadeiro, entretanto, a aquisição dos aviões da Saab é apenas o resultado de curto prazo com a Suécia. O diferencial, na sua avaliação, está na presença dos engenheiros brasileiros durante diversas etapas de produção. “Eles  vão participar do desenvolvimento da aeronave, que é o que nos  interessa. O Brasil já domina a tecnologia de apertar parafuso e dobrar  lata, não é a toa que temos a terceira maior produtora de aeronaves do  mundo, a Embraer. Mas os engenheiros e técnicos estarão lá por quatro ou  cinco anos exatamente para absorver o que não sabemos. Essa é a única  maneira que você tem de absorver tecnologia”, afirma.
O próximo passo é voltar ao Brasil  para replicar o que foi aprendido. E isso será feito imediatamente,  segundo Crepaldi, por meio da manutenção dos caças em uma planta de  Embraer destinada exclusivamente a aeronaves militares em Gavião  Peixoto, perto de Araraquara (SP). A longo prazo, ele afirma que o  conhecimento adquirido trará retorno financeiro à indústria brasileira.  “Além disso, passaremos a ter direito sobre os royalties de todo Gripen  NG que for exportado. E nós também temos um acordo de cooperação na área  de marketing mundial do avião”, explica o brigadeiro.
Uma das oportunidades futuras está na  Finlândia, país que também fez parte do roteiro da presidente Dilma  durante esta semana. De acordo com Crepaldi, o país foi autorizado a  iniciar o processo de compra de um novo caça e, mesmo que o assunto não  tenha sido abordado pelos governantes durante a visita, a indústria  brasileira responderá por parte das exportações de peças e serviços caso  o país opte pelo modelo Gripen NG.
Com desvalorização da coroa sueca, Brasil economiza US$ 1 bi
O Brasil ainda foi beneficiado pela  desvalorização da coroa sueca frente ao dólar, que no ano já soma mais  de 12%. Isso porque o contrato, assinado em outubro de 2014, foi feito  nessa moeda. Na época, o montante equivalia a US$ 5,4 bilhões; hoje,  gira em torno de US$ 4,5 bilhões. A economia de quase US$ 1  bilhão, segundo explica Crepaldi, não tem um destino específico. “A peça  orçamentária é única. Isto é, o orçamento que o governo manda é feito  para atender a todo o poder Executivo naquele ano. Então se  eventualmente em um planejamento de ‘x’ você tem uma economia de ‘y’,  isso entra no cálculo orçamentário do governo como um todo”, esclarece.
Na opinião do brigadeiro, a  variação cambial sempre é um risco em contratos internacionais, mas  realizar orçamentos em moeda local é costumeiro para que não haja  disparidades com a composição de custos de cada empresa, geralmente  realizada na divisa de seu país de origem. No entanto, para que  se pudesse comparar as ofertas das três companhias envolvidas na  concorrência em 2008 – uma francesa, uma norte-americana e a sueca Saab –  o governo brasileiro converteu todos os valores para dólares.
No que diz respeito ao financiamento do  acordo de compra dos 36 caças, as negociações se deram entre o  Ministério da Defesa brasileiro e o banco de fomento SEK, da Suécia.  Como resultado, se firmou uma taxa anual de juros de 2,19%, frente aos  2,54% inicialmente acordados.
Compra dos Gripen dá dimensão tecnológica a relações Brasil-Suécia, afirma Crepaldi
Durante a entrevista, o representante do  Ministério da Defesa ainda afirmou que o contrato da aeronave Gripen  empresta à parceria entre Brasil e Suécia uma “dimensão muito mais  tecnológica”. De acordo com ele, o acordo demonstra o interesse das duas  nações nas parcerias estratégicas a longo prazo. “O simples fato  de Dilma ter ido com uma comitiva tão significativa à fábrica da Saab e  de ter conversado com os engenheiros brasileiros que lá estão e suas  famílias é uma mensagem da importância que a gente dá para esse  programa”, explica.
Para Crepaldi, o interesse é  recíproco. Ele pontua que a foto da presidente brasileira entrando na  aeronave da Saab foi capa de quatro jornais da Suécia. Em paralelo, os  dois governos fizeram uma reunião denominada high level group para  definir grupos de trabalho sobre aeronáutica. “Ela foi importante  porque estabeleceu áreas principais e assegurou que a gente começasse a  expandir a cooperação. Pelo número de pessoas que estiveram presentes,  vimos o interesse dos suecos nessa cooperação”, conta.
Por parte da Suécia estiveram no  encontro, dentre outros representantes, os secretários de Estado da  Defesa e da Tecnologia e Inovação, o comandante da Força Aérea Sueca e o  vice-presidente da Saab. Os representantes do Brasil foram o comandante  da FAB, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; a presidente do Centro de  Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, em São Bernardo do Campo (SP),  Alessandra Holmo; e o presidente da Embraer, Jackson Schneider – além do  próprio brigadeiro Crepaldi, representando o Ministério da Defesa.
 
 Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Presidente Dilma cancela visita a Rio do Sul por questões climáticas
Presidente chegou em Florianópolis às 16h30 e seguiria para Rio do Sul. Visita foi cancelada e presidente se reuniu com governador na Base Aérea.
Do G1 Sc
A  presidente Dilma Rousseff (PT) chegou em Santa Catarina às 16h30 deste  sábado (24) para visitar áreas afetadas pela chuva. Do aeroporto  Hercílio Luz, em Florianópolis, a presidente seguiria de helicóptero  para Rio do Sul, no Vale do Itajaí, para reunião com autoridades. Mas a  viagem foi cancelada por não ter condições climáticas para sobrevoar a  região.
Na Base Aérea da Capital, Dilma  conversava às 17h, com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo,  e com o secretário estadual de Defesa Civil, Milton Hobus. Da capital  catarinense, a presidente, que visitou o Rio Grande do Sul pela manhã,  retorna a Brasília.
Segundo a assessoria de imprensa do governo de Santa Catarina, a reunião com o governador Colombo durou menos de 30 minutos. Da Base Aérea de Florianópolis, o avião da presidente decolou às 17h15 para Brasília.
Em Santa Catarina, a presidente  Dilma iria sobrevoar as áreas afetadas pelas chuvas das últimas semanas e  se reuniria com autoridades em Rio do Sul. A cidade decretou situação  de emergência na sexta-feira (23).
Reunião
O governador Raimundo Colombo concedeu uma entrevista coletiva no fim da tarde deste sábado na Secretaria Estadual de Defesa Civil, quando comentou sobre o encontro com Dilma na Base Aérea de Florianópolis.
O governador Raimundo Colombo concedeu uma entrevista coletiva no fim da tarde deste sábado na Secretaria Estadual de Defesa Civil, quando comentou sobre o encontro com Dilma na Base Aérea de Florianópolis.
Segundo Colombo, ainda não há um levantamento do tamanho do prejuízo causado pela chuva em Santa Catariana. “Perdas  de pontes, deslizamentos, recuperação de estradas isso vai constar no  relatório das prefeituras para os quais o governo federal vai liberar  recursos e o estado também vai ajudar. Estamos esperando a água baixar  para concluir o relatório”, afirmou o governador. 
Conforme o governador, Dilma deve voltar a  Santa Catarina dentro de dois meses. “A presidente se colocou a  disposição do estado e prometeu voltar quando estiverem concluídas as  barragens de Ituporanga e Taió, em 60 dias”, afirmou.
Manifestação
Na tarde deste sábado (24) cerca de 500 pessoas, segundo a Polícia Militar, aguardavam a chegada da presidente Dilma no centro de Rio do Sul. A concentração foi ao lado da Igreja, próximo onde o helicóptero com a presidente pousaria.
Na tarde deste sábado (24) cerca de 500 pessoas, segundo a Polícia Militar, aguardavam a chegada da presidente Dilma no centro de Rio do Sul. A concentração foi ao lado da Igreja, próximo onde o helicóptero com a presidente pousaria.
Com faixas e cartazes, um grupo fez  protesto no fim da tarde. Manifestantes seguravam cartazes que  comparavam os prejuízos com a enchente e o escândalo da Petrobrás.
Rio do Sul
O município decretou na sexta-feira (23) situação de emergência, pelas fortes chuvas que afetaram a região. Ao todo, 18 municípios catarinenses tiveram o decreto de situação de emergência homologado, informou a Defesa Civil nesta manhã.
O município decretou na sexta-feira (23) situação de emergência, pelas fortes chuvas que afetaram a região. Ao todo, 18 municípios catarinenses tiveram o decreto de situação de emergência homologado, informou a Defesa Civil nesta manhã.
Segundo a prefeitura da cidade, 20  mil pessoas estão desalojadas, com 4,6 mil imóveis atingidos pelas águas  do rio Itajaí-Açu. O rio alcançou o nível máximo na madrugada de sexta,  de 10,71 m, alagando diversos bairros do município. Neste sábado, o rio  está em 9,92 m, mas moradores seguem em abrigos. 
Pelos estragos, a cidade teve o Enem  adiado para pelo Ministério da Educação. No resto do país, as provas  ocorrem neste sábado e domingo.
Conforme a agenda da presidência da  república, antes de chegar a cidade, Dilma faria um sobrevoo pelas áreas  afetadas pelas chuvas, entre Florianópolis e Rio do Sul.
De acordo com a prefeitura do município, a  presidente desembarcaria nesta tarde no campo do Colégio Dom Bosco, no  centro, e faria a reunião em uma sala da escola.
Pelo último boletim da Defesa Civil,  emitido na manhã deste sábado, 30.291 pessoas foram afetadas pelas  chuvas que atingem o estado desde 8 de outubro. Foram registradas  ocorrrências em 98 municípios. O número de desalojados chegou a 2.959  pessoas, e o de desabrigados, a 1.790. A chuva deixou até agora treze  feridos e três mortos.
Alunos do ITA participam de competição de robótica em MG
Evento acontece em Uberlândia a partir da próxima quarta-feira (28). Equipe ITAndroids vai competir em seis categorias.
Do G1 Vale Do Paraíba E Região
Estudantes  do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos,  vão representar a região na Competição Brasileira de Robótica (CBR) e no  Concurso Latino-Americano de Robótica (LARC). Os dois eventos serão  realizados simultaneamente, em Uberlândia (MG), a partir da próxima  quarta-feira (28).
Os estudantes e professores viajam na  segunda-feira (26) para a cidade mineira. Esta é a quinta vez que a  instituição participará do torneio, que acontece até o dia 1º de  novembro.
Segundo a organização, a competição tem  como objetivo promover a interação e a troca de informações entre  estudantes e pesquisadores de diferentes países latinos, além de  proporcionar o desenvolvimento de novas tecnologias frente a desafios  envolvendo a robótica.
A equipe ITAndroids reúne 40  estudantes de graduação e pós-graduação em diferentes áreas da  engenharia. O grupo está inscrito em seis categorias da competição -  entre elas, partidas de futebol disputadas por diferentes tipos de  robôs, competições de corrida entre os robôs e desafios de lógica que  devem ser resolvido por protótipos feitos com kits de robótica  educacional. A programação completa do evento pode ser conferida no  site.
Foco
A equipe joseense se prepara para superar os resultados do ano passado. A equipedo ITA, "ITAndroids" já é tricampeã nas simulações bidimensionais, mas o principal foco agora são as categorias que envolvem robôs físicos.
A equipe joseense se prepara para superar os resultados do ano passado. A equipedo ITA, "ITAndroids" já é tricampeã nas simulações bidimensionais, mas o principal foco agora são as categorias que envolvem robôs físicos.
“A ITAndroids foi a equipe universitária  mais premiada no ano passado. Nosso forte são as categorias de simulação  2D, disputadas por robôs virtuais. Nós tivemos mais dificuldade nas  provas que envolvem robôs físicos, mas esperamos mudar esse quadro em  2015”, disse José Lucas Saraiva, estudante de engenharia e capitão da  equipe.
Para o capitão, a competição é uma  oportunidade de aprendizado prático. “É uma oportunidade de trocar  ideias com outras equipes e testa as teorias desenvolvidas. Colocamos na  prática o que aprendemos na faculdade, para entender como as coisas  funcionam no mundo real”, afirmou.
Venezuela ativa 99 comandos para defender o país
O presidente Nicolás Maduro ativou  hoje 99 comandos na Venezuela, compostos pela milícia bolivariana. Eles  terão como função "lutar para defender a paz em qualquer circunstância".
"Em todo o território nacional  estão os nossos milicianos com a sua capacidade de luta para defender a  paz, em qualquer circunstância, e ganhá-la. Esta é a ordem, milicianos,  que a pátria hoje nos exige, ganhar a paz como for, preservar a  independência como for, defender a república e as suas instituições",  disse.
Maduro afirmou que tudo terá lugar "no  quadro da doutrina bolivariana, humanista, chavista" da Constituição que  rege a Venezuela, destacando,  a seguir, o papel importante dos  milicianos no apoio "aos programas de integridade territorial" para  tornar a pátria "inexpugnável".
"A milícia é o povo organizado e armado para defender a paz, a independência da república e a revolução bolivariana", finalizou.
Ação social da Ágata 10 atende 1.835 moradores do Oiapoque
Oiapoque (AP) – No  segundo dia de participação das ações da Operação Ágata 10, o ministro  da Defesa, Aldo Rebelo, conheceu as atividades das ações cívico-sociais  (Acisos). Em Oiapoque (Amapá), a Aciso foi realizada no ginásio da  Escola Joaquim Nabuco e, somente neste sábado (24), as ações  beneficiaram 1.835 pessoas.
"A presença do Estado se dá pelas suas  instituições, Forças Armadas e órgãos públicos que, de maneira  coordenada, realizam as acisos junto às populações mais carentes de  nosso País. Essas pessoas também são beneficiadas pelas atividades da  Ágata 10", disse o ministro da Defesa. "Os integrantes dessas ações  mostram como construir de forma coesa a união nacional e se preocupam  com seus irmãos", completou.
No local, integrantes da Marinha,  do Exército e da Aeronáutica realizam atendimento médico e odontológico,  testes laboratoriais, distribuição de medicamentos, além de aulas sobre  educação ambiental e oficinas de panificação, elétrica, construção  civil e outras sete especialidades.
Os cursos gratuitos profissionalizantes  são ofertados pelo Sistema S, que participa pela primeira vez de acisos  da Ágata. Somente neste sábado, foram distribuídos cerca de 600  medicamentos à população que compareceu às consultas feitas pelos  militares.
Para a estudante universitária Luana  Souza, do projeto ambiental “Pegadas do Oiapoque”, que ajuda a preservar  os quelônios, a sua participação voluntária contribui para a  conscientização ambiental de estudantes e comunidades ribeirinhas.
A cabeleireira Ângela de Souza é outro  exemplo de dedicação ao próximo. “Estou aqui hoje dando minha  participação em um trabalho comunitário, ajudando pessoas que muitas  vezes não têm dinheiro para ir a um salão de beleza”.
A cozinheira Maria Vitória levou a filha  para se consultar com um pediatra e já estava na tenda da farmácia para  retirar os remédios. “Eu vi o movimento, resolvi trazer minha filha e  fui atendida.”
Ágata
A Operação Ágata é de responsabilidade do  Ministério da Defesa, sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das  Forças Armadas (EMCFA) junto com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. A  Ágata foi instituída por decreto da presidenta Dilma Rousseff, em 2011,  no âmbito do Plano Estratégico de Fronteira (PEF).
Tem robô na floresta
Com apenas cinco anos de existência, a Eldorado Brasil já se tornou referência no uso de tecnologias avançadas na produção de celulose
Fabrícia Peixoto
Inteligência  artificial, drones, clonagem, veículos que se movem sozinhos. Os temas  bem poderiam fazer parte de um roteiro de ficção científica ou ainda  tratar-se de um grande player de tecnologia. Mas, nesse caso, a  justificativa para toda essa inovação são as árvores. Milhões delas.  Indo ao ponto: estamos falando de uma empresa que precisa monitorar, da  forma mais precisa possível, um conjunto de 28 milhões de pés de  eucalipto distribuídos em uma área equivalente a 224 mil campos de  futebol. E que tem feito isso com tanto sucesso que a Eldorado Brasil,  em pouco mais de cinco anos de existência, tornou-se a terceira maior  fabricante de celulose do País, atrás das gigantes Fibria e Suzano. “Um  eucalipto leva de seis a sete anos para crescer”, diz Carlos Justo,  gerente de planejamento e controle florestal da Eldorado, que no ano  passado faturou R$ 2,5 bilhões. “Nesse tempo, precisamos nos assegurar  de que as plantas estejam se desenvolvendo como o esperado.”
Controlada pela J&F, do grupo JBS, a  empresa com sede em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, nem sempre foi  tão tecnológica. Até dois anos atrás, o acompanhamento das árvores era  feito da forma convencional: para chegar a uma estimativa do desempenho  dos eucaliptos, era preciso medir 14 árvores a cada 400 metros  quadrados. O tempo gasto e o custo da operação levaram os executivos da  Eldorado a repensar a forma como o inventário era feito. Eles acionaram  pesquisadores da Universidade de Viçosa, em Minas Gerais, para  desenvolver uma técnica mais produtiva. Os acadêmicos criaram uma  tecnologia à base de inteligência artificial para fazer esse  levantamento. Agora, basta medir apenas três árvores no mesmo espaço  utilizado na contagem convencional que uma rede neural faz os cálculos  em função de variáveis numéricas, reunindo dados como diâmetro e altura  da árvore, assim como detalhes de seu material genético e da fazenda  onde está plantada. “Conseguimos reduzir em 78% as medições realizadas  em campo”, afirma Justo. Não à toa a companhia vem batendo sucessivos  recordes de produção. O último foi registrado em julho, quando alcançou  152.182 toneladas de celulose.
No ano passado, a empresa ganhou  ainda outro reforço tecnológico para ajudar no monitoramento da área  plantada. Quatro veículos aéreos não-tripulados, mais conhecidos como  drones, foram importados da Suíça e adaptados para as necessidades da  Eldorado. Com autonomia de voo de 40 minutos, esses aviõezinhos por  controle remoto conseguem fazer cerca de dez voos por dia, fotografando  um total de 230 hectares – ou 280 estádios de futebol do tamanho do  Maracanã. Depois de reunidas, essas imagens formam um mapeamento da área  em 3D, o que permite, por exemplo, traçar a linha de plantio com  precisão de centímetros. “Não precisamos mais definir a linha no olho,  como fazíamos até então”, diz o executivo da Eldorado. “Agora, basta  transferir os dados coletados pelo drone para a máquina responsável pelo  plantio, que também é automatizada.” Aliás, a empresa só trabalha com  mudas clonadas (a partir de uma planta já existente, e não por meio de  uma nova semente), levando a uma seleção natural com árvores mais  resistentes e que gerem ainda mais celulose.
Considerando as dificuldades inerentes a  um setor que lida com grandes áreas e ainda está sujeito a mudanças  climáticas, inovações como as da Eldorado chamariam atenção em qualquer  outra empresa do agronegócio. Mas, há ainda outras qualidades no  currículo da companhia. A começar pelo tempo de estrada: enquanto suas  concorrentes acumulam décadas de experiência, a empresa do grupo J&F  estreou apenas em 2010. Tudo bem que o investimento foi maciço – R$ 6,2  bilhões na primeira planta e outros R$ 8 bilhões na segunda, que deve  ficar pronta em 2018 –, mas os resultados, de todo modo, têm  surpreendido para uma novata. Além disso, diversas das tecnologias  adotadas pela Eldorado foram implementadas recentemente, depois de  constatados alguns gargalos. “Até pouco tempo atrás, a irrigação era  feita com um carro e dez pessoas atrás, debaixo do sol”, diz Justo.  “Agora, temos uma máquina que faz o trabalho praticamente sozinha.”
Os negócios parecem refletir os  investimentos da empresa em pesquisa e desenvolvimento. Competitiva, a  Eldorado – cuja celulose é usada na fabricação de papéis para impressão e  para o segmento de higiene – vem conquistando terreno no exterior e já  responde por 13% das exportações brasileiras de celulose – ao todo o  mercado nacional exporta dois terços de sua produção. A crise na  economia brasileira, inclusive, tem impactado menos a empresa graças aos  clientes lá fora, que respondem por 89% das vendas totais da empresa. O  principal destino é a Alemanha, mas a companhia também é forte em  países como China, Coreia do Sul, Estados Unidos e Itália. Nos negócios,  ao contrário de suas traquitanas tecnológicas, a Eldorado está bem  distante da ficção.
Tropas do Brasil vão deixar Haiti em 2016, "Serei o último a partir de volta", diz general
Conselho de Segurança da ONU determinou que a Minustah, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, acabe em outubro de 2016
“Em outubro de 2016, as últimas tropas da ONU vão partir do Haiti. Vou ficar para o último avião e encerrar a missão militar.”
A afirmação é do general brasileiro  Ajax Porto Pinheiro, que assumiu há cerca de 10 dias o cargo de  comandante-geral das forças da ONU no país caribenho e coordenará hoje a  segurança das eleições presidenciais haitianas.
O Conselho de Segurança da ONU  determinou neste mês que a Minustah (Missão das Nações Unidas para a  Estabilização do Haiti) termine no dia 15 de outubro de 2016, ocasião em  que a comunidade internacional espera que um novo presidente haitiano  já esteja exercendo seu mandato.
O Brasil comanda o setor militar da  missão desde seu início em 2004. Até agora, o governo brasileiro previa  que seus 850 militares começassem a voltar para casa em algum momento no  ano que vem. Mas uma data oficial não havia sido estabelecida.
Até outubro de 2016, a missão será  mantida com o efetivo de hoje: 2.370 militares de 19 países, com  participação de unidades militares da RMVale. Apenas uma crise grave ou  uma catástrofe podem alterar esse cronograma. Só que isso já aconteceu  antes.
No início de 2010, a ONU previa a  retirada total de suas tropas em meados de 2011. Porém, no dia 12 de  janeiro, um megaterremoto irrompeu praticamente na superfície da capital  Porto Príncipe. Centenas de milhares de pessoas morreram e 1,5 milhão  ficaram instantaneamente desabrigadas.
Os planos foram, então, alterados  de forma radical, e a missão quase dobrou em tamanho. Além de fornecer  ajuda humanitária, a ONU auxiliou na reconstrução do país e de suas  instituições, como a polícia e o Judiciário, que perderam mais da metade  de seus membros no terremoto.
Chegada. Pinheiro é um veterano de  Haiti. Dias depois do terremoto de 2010, ele desembarcava no país,  então como coronel, para comandar um batalhão brasileiro. Ele chefiava  uma unidade específica formada por brasileiros na ocasião. Hoje, comanda  todos os militares da ONU no país.
Meses depois Pinheiro teve que retornar  ao Brasil, pois foi promovido a general e teve que assumir um comando em  território nacional.
“Sempre sonhei em voltar ao Haiti. Seria  uma grande realização profissional e a última aventura militar da minha  carreira. Porque, quando eu voltar ao Brasil, provavelmente assumirei  uma função administrativa, sem comandar tropas”, afirmou. “Só lamento  ter vindo nessas circunstâncias.”
Pinheiro se refere à morte de seu grande  amigo e antecessor, o general José Luiz Jaborandy, que faleceu em agosto  após sofrer um mal súbito em um voo do Haiti para o Brasil. Jaborandy  deveria comandar as forças da ONU nas eleições do próximo domingo.  Pinheiro chegaria a Porto Príncipe só em novembro.
Memória
Brasil manteve 11 generais no país.
Desde o início da missão em 2004, 11 generais e milhares de soldados de todas as partes do Brasil estiveram no Haiti.
O governo do então presidente Luiz Inácio  Lula da Silva se envolveu na missão, dentro da política de aumentar a  influência internacional brasileira. Seu governo tentava facilitar  acesso a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. 
Nas urnas
Eleições devem ter clima tranquilo.
Diferentemente do que ocorreu em  anos anteriores, o clima pré-eleitoral é de relativa tranquilidade no  Haiti. Segundo a ONU, a violência está caindo. O número de homicídios  entre março e agosto foi de 386. Nos seis meses anteriores, foram 538.  Nas eleições legislativas ocorridas em agosto deste ano não foram  registrados incidentes graves.
Drone é a nova ferramenta do seguimento agropecuário
No Brasil agricultores e pecuaristas tem utilizado desta tecnologia para monitorar e coletar dados relevantes sobre plantações e criações de gados
Desenvolvidas  inicialmente para fins militares, as Aeronaves Remotamente Pilotadas  (ARPs), popularmente conhecidas por drones, têm crescido em todo o  mundo. No Brasil agricultores e pecuaristas tem utilizado desta  tecnologia para monitorar e coletar dados relevantes sobre plantações e  criações de gados.
O principal motivo para o uso de  drones na agricultura é a coleta de informações da lavoura, realizadas  por meio dos sensores embarcados nas aeronaves. Tais informações  permitem que o agricultor acompanhe o crescimento médio das plantas,  verifique os espaços mal aproveitados, as áreas com falta ou excesso de  água, os pontos de retenção de calor, além de realizar o controle de  temperatura, umidade e velocidade do vento.
Além disso, os drones podem ser  utilizados para identificação e controle de pragas e, em alguns casos,  até mesmo para a dispersão de suplementos agrícolas. Na pecuária é eles  são utilizados para realizar o monitoramento à distância do rebanho,  controle de manada e contagem de cabeças de gado em uma determinada  área.
No Brasil a utilização desta tecnologia  está apenas no começo, como destaca Guilherme Reis, gerente de Projetos  da empresa Eagle Soluções Integradas. “O uso das ARPs no Brasil está só  começando. Ainda existe muito terreno para cobrir e tecnologias para  serem inseridas nos processos”. Guilherme também ressalta a necessidade  dos empresários do agronegócio buscarem sempre empresas qualificadas e  capacitadas para a execução dos projetos. Ele lembra que “um trabalho  amador pode gerar péssimos resultados e até problemas diversos  referentes à segurança e retorno do investimento”.
Consulta é importante
Guilherme Reis, gerente de Projetos da  empresa Eagle Soluções Integradas, diz que é importante uma consultoria  prévia antes da aquisição de uma ARP, com o objetivo de fazer o  levantamento dos requisitos do projeto e definir quais produtos finais  serão gerados e, aí partir daí, definir quais equipamentos comprar ou  alugar para se obter o resultado esperado. Se o empresário não tiver uma  equipe qualificada para realizar o projeto, é possível que seu  resultado final seja um aumento do desperdício de capital e não retorno  de um bom investimento e economia futura.
Atualmente são mais de 40 países  que fabricam ARPs em escala comercial, dentre os quais Estados Unidos,  Alemanha, Israel e China figuram como maiores fabricantes. As  ARPs podem ser utilizadas em quase todos os segmentos de negócios,  inclusive no agronegócio, setor que, em 2014, representou uma fatia de  21,3% do PIB nacional.
A Eagle Soluções Integradas nasceu após  três anos de muita pesquisa e importação de novas tecnologias,  trabalhando com foco no desenvol-vimento de soluções customizadas e  específicas para cada segmento. A empresa desenvolve soluções em  softwares para Drones e ARPs (Aeronaves Remotamente Pilotadas).Com  atuação em todo o território nacional, a Eagle possui escritórios em  Belo Horizonte.
Caças Gripen: retorno financeiro e qualificação de engenheiros brasileiros
Em entrevista ao JB, representante da Defesa explica benefícios da parceria com a Suécia
Ana Siqueira
Além de  reforçar a frota aeronáutica nacional, a compra dos 36 caças Gripen NG  da sueca Saab irá se refletir em capacitação tecnológica para  engenheiros brasileiros e, a longo prazo, garantia de retorno financeiro  ao país. Isso porque o acordo prevê a ida de 347 profissionais da  Embraer e de outras empresas nacionais à Suécia para acompanhar a  produção das aeronaves e determina que os royalties recolhidos a partir  de futuras exportações também passem a beneficiar o Brasil. A Força  Aérea Brasileira (FAB) ainda se favoreceu da desvalorização da coroa  sueca desde que o acordo foi fechado, garantindo uma economia de quase  US$ 1 bilhão.
Membro da comitiva que acompanhou a presidente Dilma em sua viagem à Escandinávia, o  brigadeiro José Augusto Crepaldi, diretor do Departamento de Produtos  de Defesa do Ministério da Defesa, falou com exclusividade ao JB sobre  os benefícios do contrato e sinalizou para futuras parcerias com a  Suécia na área espacial. “O Gripen é um avião com muito  atrativos. É a aeronave mais moderna da atualidade e tem um custo de  ciclo de vida muito baixo. Teoricamente são 30 anos sem pensarmos em  comprar avião, mas eu apostaria em 50. Essa é uma decisão de 50 anos,  que teve muito critério para ser feita”, comemora.
Para o brigadeiro, entretanto, a aquisição dos aviões da Saab é apenas o resultado de curto prazo com a Suécia. O diferencial, na sua avaliação, está na presença dos engenheiros brasileiros durante diversas etapas de produção. “Eles  vão participar do desenvolvimento da aeronave, que é o que nos  interessa. O Brasil já domina a tecnologia de apertar parafuso e dobrar  lata, não é a toa que temos a terceira maior produtora de aeronaves do  mundo, a Embraer. Mas os engenheiros e técnicos estarão lá por quatro ou  cinco anos exatamente para absorver o que não sabemos. Essa é a única  maneira que você tem de absorver tecnologia”, afirma.
O próximo passo é voltar ao Brasil  para replicar o que foi aprendido. E isso será feito imediatamente,  segundo Crepaldi, por meio da manutenção dos caças em uma planta de  Embraer destinada exclusivamente a aeronaves militares em Gavião  Peixoto, perto de Araraquara (SP). A longo prazo, ele afirma que o  conhecimento adquirido trará retorno financeiro à indústria brasileira.  “Além disso, passaremos a ter direito sobre os royalties de todo Gripen  NG que for exportado. E nós também temos um acordo de cooperação na área  de marketing mundial do avião”, explica o brigadeiro.
Uma das oportunidades futuras está na  Finlândia, país que também fez parte do roteiro da presidente Dilma  durante esta semana. De acordo com Crepaldi, o país foi autorizado a  iniciar o processo de compra de um novo caça e, mesmo que o assunto não  tenha sido abordado pelos governantes durante a visita, a indústria  brasileira responderá por parte das exportações de peças e serviços caso  o país opte pelo modelo Gripen NG.
Com desvalorização da coroa sueca, Brasil economiza US$ 1 bi
O Brasil ainda foi beneficiado pela  desvalorização da coroa sueca frente ao dólar, que no ano já soma mais  de 12%. Isso porque o contrato, assinado em outubro de 2014, foi feito  nessa moeda. Na época, o montante equivalia a US$ 5,4 bilhões; hoje,  gira em torno de US$ 4,5 bilhões. A economia de quase US$ 1  bilhão, segundo explica Crepaldi, não tem um destino específico. “A peça  orçamentária é única. Isto é, o orçamento que o governo manda é feito  para atender a todo o poder Executivo naquele ano. Então se  eventualmente em um planejamento de ‘x’ você tem uma economia de ‘y’,  isso entra no cálculo orçamentário do governo como um todo”, esclarece.
Na opinião do brigadeiro, a  variação cambial sempre é um risco em contratos internacionais, mas  realizar orçamentos em moeda local é costumeiro para que não haja  disparidades com a composição de custos de cada empresa, geralmente  realizada na divisa de seu país de origem. No entanto, para que  se pudesse comparar as ofertas das três companhias envolvidas na  concorrência em 2008 – uma francesa, uma norte-americana e a sueca Saab –  o governo brasileiro converteu todos os valores para dólares.
No que diz respeito ao financiamento do  acordo de compra dos 36 caças, as negociações se deram entre o  Ministério da Defesa brasileiro e o banco de fomento SEK, da Suécia.  Como resultado, se firmou uma taxa anual de juros de 2,19%, frente aos  2,54% inicialmente acordados.
Compra dos Gripen dá dimensão tecnológica a relações Brasil-Suécia, afirma Crepaldi
Durante a entrevista, o representante do  Ministério da Defesa ainda afirmou que o contrato da aeronave Gripen  empresta à parceria entre Brasil e Suécia uma “dimensão muito mais  tecnológica”. De acordo com ele, o acordo demonstra o interesse das duas  nações nas parcerias estratégicas a longo prazo. “O simples fato  de Dilma ter ido com uma comitiva tão significativa à fábrica da Saab e  de ter conversado com os engenheiros brasileiros que lá estão e suas  famílias é uma mensagem da importância que a gente dá para esse  programa”, explica.
Para Crepaldi, o interesse é  recíproco. Ele pontua que a foto da presidente brasileira entrando na  aeronave da Saab foi capa de quatro jornais da Suécia. Em paralelo, os  dois governos fizeram uma reunião denominada high level group para  definir grupos de trabalho sobre aeronáutica. “Ela foi importante  porque estabeleceu áreas principais e assegurou que a gente começasse a  expandir a cooperação. Pelo número de pessoas que estiveram presentes,  vimos o interesse dos suecos nessa cooperação”, conta.
Por parte da Suécia estiveram no  encontro, dentre outros representantes, os secretários de Estado da  Defesa e da Tecnologia e Inovação, o comandante da Força Aérea Sueca e o  vice-presidente da Saab. Os representantes do Brasil foram o comandante  da FAB, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; a presidente do Centro de  Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, em São Bernardo do Campo (SP),  Alessandra Holmo; e o presidente da Embraer, Jackson Schneider – além do  próprio brigadeiro Crepaldi, representando o Ministério da Defesa.
Prefeito recebe homenagem no Cindacta
O prefeito  Gustavo Fruet foi homenageado no Centro Integrado de Defesa Aérea e  Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), instalado no bairro Bacacheri,  na noite desta sexta-feira (23). Fruet recebeu titulação de Membro  Honorífico da Força Aérea Brasileira (FAB), junto a outras autoridades e  representantes da sociedade civil e militar que se destacaram por  serviços prestados. O Título Honorífico de reconhecimento aconteceu  durante as comemorações do Dia do Aviador e da FAB.
A comemoração fez referência ao dia 23 de  outubro de 1906, data em que o brasileiro Alberto Santos Dumont fez o  primeiro vôo a bordo de seu 14-Bis. Ele voou a uma altura de 70 metros  no Campo Bagatelle, na França, o que ficou registrado como o início de  uma grande revolução. Santos Dumont nunca patenteou sua invenção porque  acreditava que com ela beneficiaria muitas pessoas. O feito e suas  palavras foram relembrados na cerimônia de comemoração: "Inventar é  imaginar o que ninguém pensou (...). Inventar é transcender. A atmosfera  é o nosso oceano".
Fruet disse ter ficado honrado com a  homenagem e que esta foi uma oportunidade para maior aproximação com a  FAB. "É um motivo pessoal de orgulho e um gesto de agradecimento ao  Cindacta e à Força Aérea Brasileira. Como prefeito estou tendo o  privilégio de melhor aproximar das Forças Armadas, que além de todo  trabalho profissional, tecnológico, de proteção do espaço aéreo na  região Sul do Brasil cumpre um papel muito importante na cidade".
O prefeito destacou que cerca de 2  mil militares moram em Curitiba e participam do desenvolvimento da  cidade. "A corporação baseada no município realiza um trabalho de  aproximação com as escolas, o que permite que esse grupo do Cindacta  possa ajudar em um trabalho de contraturno em escolas municipais, alé de  auxiliar muito a equipe da Prefeitura na capacitação de profissionais  da Guarda Municipal e na realização de eventos culturais." O  secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro, também recebeu homenagem  como Amigo do Cindacta II. A cerimônia contou ainda com a participação  do secretário municipal de Meio Ambiente, Renato Lima.
Um desfile militar com sargentos e oficiais do Exército e da Força Aérea e uma queima de fogos encerraram a comemoração.
PORTAL CLIC FOLHA (MG)
Pra que escrever livro?
Por Luiz Gonzaga Fenelon Negrinho
Acho engraçado esse negócio de escrever  em jornal. E já faz tanto tempo que me dedico a esse ofício que perdi a  conta. Mais de quarenta anos é o certo. Desde José Rodarte Pellegrino,  em “O Sudoeste”, e Antônio Faria de Castro, na “Gazeta de Passos”.
Em seguida Carlos Parreira, vindo de  Brasília, injetou gás e continuei. Primeiro, no Vale do Rio Grande,  depois veio “A Folha da Manhã”, toda pungente, sem contar, no paralelo  edificante, a presença em “O Pergaminho”, com o Manoel Gandra, em  Formiga. Sinto-me honrado quando me alio a grandes nomes da Literatura  Brasileira, como Frei Betto, entre outros, embora eu me sinta um  estranho no ninho.
A gente escreve partindo de algum  raciocínio, para não dizer premissas, nem sempre condizente com o  louvável. De repente, zip-ti, o texto sai. Temperado, salgado ou  insosso, mas vem a lume. À luz.
As repercussões acontecem, ou não. Não  muitas vezes comentam o que escrevo. Noticiam que leem, isso sim. A  maioria é pra agradar ou sei lá o quê. Já me falaram que alguns textos  foram discutidos em escola, em nível de redação. Mau gosto é o que acho.  Tem tanta gente boa por aí, aqui, acolá.
Normalmente quando cito nome de  alguém, referência positiva a algo que fez ou vai fazer, vira alvo de  comentário. Até agradecem. Não ligo a mínima. Fora disso, tudo parece  céu de brigadeiro.
A expressão adocicada de “céu de  brigadeiro”, cheirando a docinho de chocolate, muita gente fala e usa,  sem saber o significado. É que na hierarquia da Força Aeronáutica, o  brigadeiro ocupa o mais importante posto. Em razão disso, ele só faz  voos quando o céu está limpo, todo azul e ensolarado.
Dos sessenta pra frente não muitas  alegrias nos aguarda. Uma, porém, posso assegurar. Quem está nessa faixa  possui céu de brigadeiro, com visibilidade infinita. Com poderes  mágicos para enxergar atrás da serra, da outra serra, da outra... Infelizmente,  os jovens não acreditam nisso, não. Menos ainda as instituições, as  quais optam em empregar a força bruta ou juvenil e dão banana a quem  dispõe de experiência e sabedoria. Velho é como página virada, bananeira  que deu cacho, cheira a naftalina, lembra asilo, museu, mausoléu etc.  Pode até ser um sepulcro, mas, convenhamos, sepulcro suntuoso pelo que  viu e viveu. E tem a oferecer.
Chego a pensar que o céu de brigadeiro me  persegue ao tempo que me apetece com lindos espetáculos em radiantes  atmosferas na saúde do tempo. Penso na linda Maju, do Jornal Nacional.  Noutra ponta, na dação do tempo (será que vai dar praia?) o céu de  brigadeiro tem sua razão de ser, conquanto muito sol arde e incomoda. E a  vida segue.
Não sou dos que se enchem de bazófia por  escrever em jornais e expor ideias, muitas das quais não bem  clarificadas e aceitas. Pior é a chatice de muitos que teimam, de quando  em quando, me perguntarem por que não escrevo livros. Nessa  particularidade sou drástico e teimoso. Escrever livros pra quê? Apenas  para buscar refúgio em alguma Academia de Letras, participar de  reuniões, tomar chá, cafezinho, deliciar-me com bolachas, pães de  queijo, pão francês com manteiga ou margarina (requeijão não sei se  tem), maionese, talvez?
Asseguro que, na provisão divina da  sorte, tais traquinices faço em casa, no escritório, no Sérgio meu  filho, no João Carrilho com sua esposa Diva, em Formiga, e em outros  lugares com ou sem prosa. Dá gosto quando João Carrilho objetiva usar o  “capião legal” de minhas mais de ‘cem’ namoradas, já que piamente  acredita que isso é desigual. No seu jeitão de bom mineiro, acredita ser  inconstitucional eu ter muitas e ele apenas uma. Diva se desmancha em  gargalhadas, talvez por avaliar quem é mais devagar.
Fiquemos na feitura do livro. Um livro é  como um filho, já que rebento de sonhos, esperança, amargura,  sofrimento, a não pressa em escrever, confeccionar, a cobrança de si por  si, terceiros nem se fale e a gente seguindo estrada adiante no  deleitamento confuso e obtuso.
Antiga colocação do amigo e escritor  Telles, ele que assinalou em obra literária, que, certa vez, um cidadão  fora pedir a mão da amada aos pais. Clássica medida cautelar, o pai da  noiva perguntou o que o pretendente fazia. “Escritor”, falou baixo.
“Escriturário”, foi o entendimento.
Reforço minha tese de que escritor no  Brasil, a arte em si, tirante alguns poucos, não tem valia no conforto  da sobrevivência. Os mesmos que insistem que se solidifique a obra na  feitura e lançamento, serão os primeiros a dar com as costas até mesmo  na noite dos autógrafos.
Com absoluta certeza, não vão adquirir  nenhum livro, nem mesmo acaso resolva o escritor destinar o produto da  vendagem a uma digna e necessitada entidade filantrópica. O livro  torna-se um filho desnaturado na fila desmesurada da inversão de  valores. O certo seria livros a mancheias, com discussão temática sobre o  quê e quem escreveu. O porquê e a boa linguagem, a estrutura do texto e  uma ajudinha oficial na divulgação da obra produzida e costurada no  sabe-se lá como.
Mendicância, falsidade e fingimento, obrigado!
PORTAL CENÁRIOMT
"Dedicado", diz família sobre piloto de avião do AP morto na Colômbia
Após 10 dias do acidente, velório é  realizado neste sábado (24), em Macapá.Acidente está sendo investigado  pela aeronáutica colombiana.
O corpo do piloto de avião Floriano  DHorta Lessa Waldeck Neto, de 39 anos, ou “Comandante Waldeck”, como  era conhecido, chegou ao Amapá na madrugada deste sábado (24). O  amapaense morreu em um acidente aéreo na região Oeste da Colômbia, no  dia 13 de outubro.
Dedicado, alegre e brincalhão são algumas  das características que ficaram marcadas na memória dos familiares do  comandante amapaense, que já tinha quase 20 anos de aviação.
“Ele era uma pessoa muito dedicada,  alegre, carismática e brincalhona. Não conseguimos ter outra imagem dele  a não ser assim, brincando e sempre feliz. Ele tinha muitos amigos”,  disse a prima Celiana Waldeck.
O piloto foi formado em Belém, e  atuou nos estados do Pará, Amapá, São Paulo e há dois anos trabalhava em  uma empresa fluminense na Colômbia.
“A empresa é especializada em  prospecção mineral e faz levantamento de áreas com potenciais minerais. É  um tipo de voo de alto risco, porque voa muito baixo e ele estava em  uma região montanhosa, que também é de alto risco. Não temos  conhecimento das causas do acidente, mas achamos que isso contribuiu”,  falou o piloto e amigo de Waldeck, Léo Rezende, de 58 anos.
O piloto era casado e pai de três filhos,  dois meninos de 17 e 13 anos, e uma menina de 7 anos, que morava junto  com o amapaense em uma cidade colombiana. A família deve voltar a morar  em Macapá.
Waldeck era piloto de avião  comercial, sabia pilotar aeronaves como monomotor e bimotor, além de ser  credenciado em prevenção de acidentes aeronáuticos pelo Centro de  Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
“Esse emprego aproximou ainda mais a  nossa relação de pai e filho, e até de amigo para amigo. Desde que fomos  para lá, foi um tempo muito bom. Já íamos retornar para cá no fim do  ano. Hoje eu digo para os garotos que desfrute da presença do pai,  porque pai a gente só tem um. Aproveitarem todos os ensinamentos”, falou  o filho mais velho, Leandro Waldeck.
O velório começou nas primeiras horas da  manhã deste sábado em uma funerária no bairro Santa Rita. O enterro está  previsto para 17h no cemitério Nossa Senhora da Conceição, no Centro.
Acidente aéreo
Três brasileiros morreram em um acidente com um avião de pequeno porte no oeste da Colômbia no dia 13 de outubro. Entre eles estava piloto amapaense, juntamente com os brasileiros Luis Carlos Jácome de Moura e Laércio Dutra de Lima.
Três brasileiros morreram em um acidente com um avião de pequeno porte no oeste da Colômbia no dia 13 de outubro. Entre eles estava piloto amapaense, juntamente com os brasileiros Luis Carlos Jácome de Moura e Laércio Dutra de Lima.
Eles estavam a bordo de uma aeronave  Cessna 208, com matrícula brasileira e pertencente à empresa  Microsurvey. O avião, que foi reportado como desaparecido às 09h45  (10h45 de Brasília), fazia trabalhos de fotografia aérea geográfica em  uma região montanhosa, próxima do município de Yumbo (estado do Vale do  Cauca), 400 quilômetros a oeste de Bogotá.
Como o avião transportava material químico, a região foi isolada para evitar qualquer risco de contaminação. A  Aeronáutica Civil da Colômbia negou que a aeronave transportasse  material radioativo, como chegou a ser publicado por alguns sites  colombianos.
PORTAL DEFENSE NEWS
Sweden, Brazil Pursue Deeper Cooperation With $4.7B Gripen NG Deal
By Gerard ODwyer
HELSINKI — Swedish and Brazilian  government and industry officials will meet in November to discuss how a  US $4.7 billion Gripen NG deal may create significant industrial  investment opportunities.
Under the deal, Sweden-based Saab will  deliver 36 Gripen NG multirole aircraft (28 single-seat Gripen Es and  eight twin-seat Gripen Fs) to Brazil.
The agreement comes with a strong  technology commitment from Sweden to transfer "everything" that Brazil  will need to develop its own next-generation military jets.
Saab is in dialogue with a number  of Brazilian defense-engineering companies, including Embraer and Akaer,  to finalize production arrangements and identify possible new areas for  cooperation and capital investments in Brazil. It is expected that  about 29 of the 36 aircraft on order will be fully manufactured in  Brazil.
The deal, which arose from Brazils  Project F-X2 fighter replacement program, has not been without its  controversies since the Gripen NG was selected in late 2013 to replace  the Brazilian Air Forces 12 aging Dassault Mirage jets. The Project F-X2  program had short-listed three candidate aircraft, including Boeings  F/A-18E/F Super Hornet and Dassaults Rafale.
Brazils State Prosecutors Office  (SPO) opened a corruption investigation into the Gripen NG deal in April  after the acquisition cost rose by more than US $1 billion due to a  substantial drop in the currency exchange rate of the Brazilian real  against the Swedish krona. The SPO ended its inquiry in September after  finding insufficient evidence to support allegations of financial  kickbacks connected to the Project F-X2 competition and selection  decision.
Brazils President Dilma Rousseff offered  "solid reassurances" that the Gripen NG deal and the fighter replacement  program "were firmly on track" when she led a high-level  state-industrial delegation to Stockholm on Oct. 18-19 to discuss the  deals broader economic and investment potential.
"We are facing difficult economic  times in Brazil, but we have large dollar reserves and a strong  industrial base," Rousseff said Oct. 19 at a news conference in  Stockholm. "The Gripen NG is one of our key projects. This is something  we have budgeted for and can afford."
Mikael Damberg, Swedens economic  development and innovation minister, identified technology transfer,  industrial cooperation and financing elements in the Gripen NG bid as  pivotal factors in winning the deal.
"The Gripen NG contract with Brazil is  the biggest Swedish export deal to date. It paves the way for a  long-term strategic partnership with Brazil in a whole range of areas  ranging from defense to civilian industry-related projects," Damberg  said.
Under the financing arrangement,  the state-owned Swedish Export Credit Corporation (SECC), in  consultation with Swedish Export Credits Guarantee Board, is providing  two separate loans to Brazil to finance the Gripen NGs and purchase  weapons systems for the aircraft.
The SECC, which loaned US $6.8 billion to  support the overseas contract attainment activities of Swedish  exporters in 2014, has approved a $4.8 billion credit to Brazil to cover  the cost of acquisition for the Gripen NGs.
In addition, the SECC has extended a  $245.3 million credit to allow Brazil to acquire weapons systems for the  aircraft. The loans, which were green-lighted by the Brazilian Federal  Senate on Aug. 5, carry a negotiated interest rate of 2.19 percent.
In Sweden, questions have arisen over the  absence of a clause in the SECCs credit facility that would compel  Brazil to buy Swedish weapons.
"It is incomprehensible that Sweden  issues a credit to Brazil to purchase weapons systems for the Gripen and  does not include a restriction clause," said Allan Widman (Liberals),  chairman of the Swedish Parliamentary Defense Committee. "Brazil is now free to buy its weapon systems from Germany, Israel or South Africa with Swedish money."
The technology transfer and  industrial components in the Gripen NG deal can be expected to generate  additional value-added avenues for cooperation between defense and  technology firms in Sweden and Brazil, Damberg said.
"This is a long-term partnership  that will create new investment opportunities in Sweden and in Brazil.  It will mean jobs, growth and productivity, as well closer cooperation  in the areas of technology, innovation and research," he said.
Currently, some 200 Swedish-owned companies operate in Brazil, employing more than 70,000 workers.
In the medium term, the Gripen NG deal  will generate 1,000 to 2,000 new jobs in Sweden, mainly centered around  Saab’s aircraft-manufacturing base in Linköping.
Saab is currently constructing the first  of several intended production units in Brazil directly connected to the  Gripen NG. The first unit is being built in São Bernardo do Campo. The  technology transfer component of the deal, and future production of  Gripen NGs in Brazil, is expected to create 2,000 to 3,000 jobs.
The Brazil deal brings Saab closer to its objective of selling more than 300 Gripen NG aircraft over the next 20 years.
Saab CEO Håkan Buskhe said the defense  group remains confident it can win new orders in Asia, where Thailand  already operates a modified version of the Gripen, as well as in Europe,  South America and sub-Saharan Africa.
The Brazil sale marks "an important  milestone," Buskhe said. The deal supports the companys long-term plan  to use the industrial structures around the Gripen NG project to make  Brazil a platform for generating additional aircraft sales in Latin  America.
"Our partnership with Brazilian  industries strengthens Saabs position in Latin America and supports our  strategy for growth through industrial cooperation," Buskhe said.
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