NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 13/02/2014
Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.
Jovem tem antebraço amputado e rosto ferido por hélice de avião em MS
Acidente ocorreu na fazenda em que vítima trabalhava, dizem bombeiros. Santa Casa diz que estado de saúde do rapaz é considerado grave.
Um rapaz de 24 anos teve o antebraço direito amputado e parte da face ferida por uma hélice de avião em Chapadão do Sul, cidade que fica a 325 km de Campo Grande. As informações foram passadas ao G1 pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, o acidente aconteceu nesta quarta-feira (12) na fazenda em que a vítima trabalhava.
O jovem foi levado para um hospital local e em seguida transferido para a Santa Casa de Campo Grande. Conforme a unidade, o paciente passa por cirurgia e o estado de saúde dele é considerado grave.
De acordo com os bombeiros, no momento do acidente, a vítima preparava a aeronave para pulverizar uma plantação. A hélice atingiu o rapaz enquanto ele retirava os calços colocados no trem de pouso para evitar a movimentação do avião enquanto ele está em solo.
Akaer se prepara para entrar no grupo dos fornecedores nível 1
A Akaer está perto de entrar para o restrito grupo de fornecedores brasileiros de primeiro nível da cadeia produtiva do setor aeroespacial. "Estamos trabalhando para em breve termos capacidade para não só projetar peças e componentes, como também fazer a integração e o gerenciamento da cadeia de fornecimento", disse o presidente Cesar Augusto da Silva.
O programa de desenvolvimento do caça sueco Gripen, do qual a Akaer participa desde 2009, e o dos aviões cargueiros e de reabastecimento KC-X2, que a Força Aérea Brasileira (FAB) selecionou da empresa israelense IAI, são os principais motivadores dessa capacitação que a empresa está adquirindo, destacou o executivo.
Atualmente, segundo ele, a Akaer trabalha como projetista de aeroestruturas, mas recentemente também começou a fazer serviços de engenharia de manufatura e de sistemas para aeronaves.
Cerca de 40% do que a empresa faz vai para a Embraer. A Akaer também desenvolve projetos de aeroestruturas para a Helibras, a sueca Saab, o grupo francês Safran e a americana United Technologies Corporation (UTC).
Como subcontratada da espanhola Aernnova, que tem fábrica no Brasil, a Akaer fornece serviços de engenharia para a aeronave 747.800, da Boeing. Do mesmo modo a belga Sonaca contratou a Akaer para projetos nas aeronaves A400M e A380, da Airbus.
O projeto da Akaer para o futuro, que prevê a construção de um centro de excelência em tecnologia de montagem de aeroestruturas, foi recentemente aprovado pelo Inova Aerodefesa, programa do governo federal para apoio aos setores aeroespacial, defesa e segurança. A empresa, segundo Silva, se apresentou neste projeto como empresa líder, mas está em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Fatec, o grupo Siemens e a ThyssenKrup.
A Graúna, outra empresa brasileira da cadeia produtiva que esteve perto de se tornar uma fornecedora de nível um do setor, não teve a mesma sorte. Chegou a fechar bons contratos de exportação para empresas como a canadense Pratt & Whitney; a Elbit, de Israel; e a Liebherr, da Suíça, mas a perda cambial, que em 2011 reduziu a cotação do dólar de R$ 2,50 para cerca de R$ 1,50, inviabilizou seus negócios para o mercado externo.
"Em 2012 entramos em um processo de recuperação judicial, para tentar salvar a empresa", disse o presidente Irineu Carpini Filho. Um dos credores da Graúna é o BNDES, que detém hoje cerca de 40% do capital da empresa.
De acordo com o diretor, a dívida total da Graúna, envolvendo fornecedores e impostos, gira em torno de R$ 38 milhões. Antes da crise de 2008, chegou a fornecer mais de 7.500 peças diferentes e registrar um faturamento mensal de R$ 3,2 milhões, mas hoje produz em torno de 1200 tipos de peças e a sua receita não chega a R$ 800 mil por mês.
"Ainda não atingimos nosso ponto de equilíbrio, mas temos algumas perspectivas de negócios, especialmente na área de defesa, que deverão ajudar nesse processo de recuperação", disse Carpini. A empresa acaba de fechar contrato com a Avibras e outro com a Mectron, mas também vem buscando diversificar atividades e atuar no mercado de óleo e gás. Para a Embraer, que ainda responde pela maior parte da sua receita, a Graúna fornece peças usinadas e subconjuntos do tanque de combustível do avião agrícola Ipanema.
Na opinião do presidente da Graúna, o parque aeroespacial brasileiro está defasado tecnologicamente e sofre com uma pesada carga tributária. "As nossas máquinas não são tão eficientes, mas para investir em novos equipamentos precisamos ter acesso a financiamentos mais baratos para que possamos competir em condições de igualdade com as empresas estrangeiras", disse.
Faltam experiência, escala e certificação internacional aos fabricantes brasileiros
Os fornecedores da cadeia aeronáutica brasileira vendem hoje somente serviços de industrialização de terceiro nível, categoria que inclui componentes de subsistemas, como circuitos impressos, bombas hidráulicas, motores, rotores, chapas de alumínio, materiais compostos e projetos de peças.
Segundo o presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), Walter Bartels, a Inbrafiltro e a Eleb, do grupo Embraer, que fornecem respectivamente a porta da cabine reforçada e do trem de pouso de aeronaves, são um dos poucos exemplos de empresas brasileiras que integram o restrito grupo de fornecedores de primeiro nível, responsáveis pelo projeto e integração de sistemas de propulsão, sistemas aviônicos e da fuselagem dos aviões.
A escolha recente do caça sueco Gripen para o projeto FX-2, na sua opinião, beneficiará o município de São Bernardo do Campo (SP) com uma nova empresa de nível um, ao fornecer peças e conjuntos com projeto brasileiro, encabeçado pela Inbrafiltro e Akaer.
Outro exemplo de cooperação industrial e de compensação tecnológica (offset) na área de defesa que está gerando bons resultados para a cadeia produtiva aeroespacial, segundo Bartels, é o programa de desenvolvimento dos helicópteros EC725, da Helibras, controlada pelo grupo Airbus.
Segundo a Helibras, 36 empresas brasileiras participam do programa de produção dos helicópteros, das quais 14 são beneficiárias de acordos de transferência de tecnologia.
Bartels disse acreditar que as ações do Programa Brasil Maior para a cadeia aeroespacial deverão introduzir várias outras empresas brasileiras neste grupo de fornecedores de nível um e dois, com atuação não só no mercado doméstico, mas também para a exportação.
"A atual política industrial do PBM inclui a ação de aumentar a adensamento produtivo e tecnológico das cadeias de valor, mas a AIAB incluiu na agenda aeronáutica o adensamento vertical da sua cadeia, pois somente com o aumento do nível de qualidade da atividade industrial é que conseguiremos atingir o mercado externo", afirmou.
Já as pequenas e médias empresas não possuem certificações, experiência gerencial e escala necessárias para trabalhar com fornecedores globais. Por outro lado, a redução de impostos de importação garantida pelo Recof (Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado), que beneficia a Embraer, tem o efeito negativo de reduzir os incentivos à localização de conteúdo no Brasil, afirma o Estudo da CNI.
Para o presidente da Akaer, empresa de serviços de engenharia aeronáutica, Cesar Augusto da Silva, não adianta ter um monte de empresas que fazem produtos de baixo valor agregado, pois esta não é a vocação do Brasil. "Temos que criar capacidade de desenvolvimento e engenharia para agregar valor aos nossos produtos, pois não somos um país de custo baixo."
O estudo das cadeias de valor do setor aeroespacial feito pela CNI revela que diversos fornecedores de primeiro nível tiveram receitas mais altas que as montadoras de jatos regionais, como a Embraer e a Bombardier em 2010.
"Isso se deve ao falto de empresas de primeiro nível serem fornecedoras de várias montadoras finais, inclusive para o mercado de defesa, além de terem controle sobre os mercado de serviços de manutenção, reparo e revisão e dos componentes usados nesses serviços", afirmou Silva.
Infraero busca saída para rombo de R$ 350 milhões
Proposta da estatal é ser ressarcida pelos serviços de navegação aérea por meio de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil
BRASÍLIA - A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) pretende resolver até o fim do mês um problema que causa um rombo de R$ 350 milhões por ano. A proposta, já apresentada a outros órgãos do governo federal, é a empresa ser ressarcida pela prestação de serviços de navegação aérea, por meio de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), informou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente da estatal, Gustavo Matos do Vale, em entrevista exclusiva.
O Fnac é abastecido pelo dinheiro pago pelas empresas que venceram a concessão dos aeroportos e pela Infraero. O objetivo inicial do governo era repassar esses valores para a Infraero fazer investimentos em aeroportos regionais. Até agora, foram concedidos à iniciativa privada os terminais de Confins, Guarulhos, Viracopos, Galeão, Confins e Brasília.
A Infraero tem 106 estações de navegação aérea, algumas em locais extremamente remotos, como na Cabeça do Cachorro, em São Gabriel da Cachoeira, Amazonas. Gustavo do Vale lembra que as atividades dessas estações representam obrigações do Estado brasileiro. "Já que a navegação aérea, por opção do governo, não foi concedida", disse.
Gustavo do Vale explica que o controle local, ou "controle de torre", é tarefa dividida, no País, entre Infraero e Aeronáutica. "Em Guarulhos e Campinas, a torre é da Infraero", exemplificou. O mesmo ocorre nos aeroportos de Ribeirão Preto e Presidente Prudente, no interior paulista, administrados pelo governo estadual, mas com torre de controle operada pela Infraero. "Temos 900 controladores de voo", ressaltou.
Solução. Promover esse ressarcimento pelos serviços de navegação aérea é apenas uma das ideias que estão sendo pensadas para compor uma solução que equilibre as contas da Infraero pelo menos até 2016, quando devem começar a chegar os dividendos relativos à participação dos 49% que a empresa tem na concessão do Aeroporto de Guarulhos. "A gente espera que a partir de 2017 os dividendos de Guarulhos comecem a aparecer e os outros dois (Campinas e Brasília), a partir de 2019, 2020", disse o executivo.
Gustavo do Vale avalia que é uma situação momentânea, na qual há pesados desembolsos por causa da participação da empresa nas concessões, mas ainda não começaram a ser colhidos os dividendos relativos ao investimento.
Segundo o presidente da Infraero, esse equacionamento das contas faz parte de um "processo de transição" que deve ser acertado nos próximos dias. A discussão em busca do equilíbrio dessas contas envolve também os Ministérios do Planejamento, da Fazenda, Casa Civil e, claro, Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.
Embora Gustavo do Vale não tenha sugerido ligação entre os dois fatos, se ficar acertado o ressarcimento pelos serviços de navegação aérea, pelo menos um outro problema urgente também estará resolvido: o pagamento da outorga relativa à participação da Infraero na concessão dos aeroportos de Confins (MG) e do Galeão (RJ).
De acordo com o edital de concessão desses dois aeroportos, a Infraero tem de fazer o aporte de capital antes da assinatura do contrato com os consórcios vencedores dos dois leilões, prevista para março. Esse aporte é de 50% referente à participação da empresa nas Sociedades de Propósito Específico (SPEs), que totaliza 49% de participação da Infraero. São R$ 177,1 milhões para Galeão e R$ 129,1 milhões para Confins. No total, portanto, a Infraero tem de desembolsar R$ 306,2 milhões ainda em fevereiro.
Mineiro de Caratinga, com passagem pelo Banco Central e no comando da Infraero desde 2011, Gustavo do Vale não conta quais outras estratégias podem ser adotadas para equilibrar as contas da Infraero durante os próximos três anos. Ele diz apenas que a solução está por sair "nos próximos dias".
CNJ discute extinção da Justiça Militar
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reuniu hoje (12) juristas, magistrados, conselheiros e sociedade civil para discutir o futuro da Justiça Militar. São debatidos, em três grupos de trabalho, assuntos relacionados à existência, à estrutura e ao possível aumento de competência da justiça especializada. O resultado servirá de base ao relatório da comissão do CNJ encarregada de fazer um diagnóstico da Justiça Militar.
A conselheira do CNJ e presidente da comissão, Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, explica que a necessidade do diagnóstico ficou clara após inspeções em tribunais e a descoberta de muitos processos prescritos em um dos tribunais militares, além do descumprimento de orientações do CNJ.
“É muito difícil dizer qual a posição do CNJ sobre isso. Após um diagnóstico quantitativo, resolvemos fazer a oficina de trabalho para um diálogo entre os magistrados que atuam na Justiça Militar, de forma exclusiva ou não, membros do Ministério Público, defensores públicos, entidades associativas e servidores”.
A Justiça Militar da União julga os crimes cometidos por membros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, e a Justiça Militar dos estados julga os crimes cometidos por policiais militares e bombeiros. Os crimes contra a vida são julgados no Tribunal de Júri.
“Temos que olhar a Justiça Militar olhando os outros ramos da Justiça, porque ela faz parte do Poder Judiciário brasileiro, do Sistema de Justiça Criminal. Como ela deve existir? Pode ser uma justiça especializada, exclusiva ou uma justiça que adota um rito de sentença em uma vara específica? Nós temos que discutir competência e estrutura, a questão orçamentaria não pode ser desconsiderada”, disse a conselheira.
A extinção da Justiça Militar é avaliada, mas, para a vice-presidente do Superor Tribunal Militar, ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, seria maléfico para a estabilidade do regime jurídico.
“A Justiça Militar, apesar de desconhecida, é uma justiça que funciona, é célere. Além de ter um efeito pedagógico para a tropa, se o processo não é julgado com rapidez a vida do militar fica estagnada. Modificar uma justiça que funciona bem e jogá-la na vala comum da Justiça Federal, no caso, assoberbada de processos, não vai nos ajudar. Vai gerar prescrição, impunidade e desgoverno dentro dos quartéis”, disse.
Para a ministra, além de discutir o sistema da Justiça Militar em si, a discussão no CNJ é importante para dar visibilidade a uma justiça que, apesar de ser a mais antiga do Brasil, com 206 anos de existência, ainda é uma desconhecida.
Força Nacional reforça tropa na Bahia
Um dia depois do assassinato do agricultor Juraci José dos Santos Santana, 44 anos, o Ministério da Justiça reforçou o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública na região de conflito entre indígenas e proprietários de terra no sul da Bahia.
Cerca de cem homens da tropa desembarcaram na manhã de ontem no aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus (a 460 quilômetros de Salvador), e seguiram para a área entre Una e Buerarema, epicentro das disputas por posse de terra.
O Ministério da Justiça afirma que o reforço nas tropas já estava programado e não tem relação com a morte do agricultor ontem.
O governador a Bahia, Jaques Wagner (PT), solicitou ao governo federal que sejam enviadas tropas do Exército para atuar com poder de polícia na região. O Ministério da Defesa informa que ainda não há definição do Palácio do Planalto sobre o envio de soldados ao sul da Bahia.
O assassinato do produtor rural e líder do assentamento Ipiranga, Juraci Santana, está sendo investigado pela Polícia Federal e Polícia Civil da Bahia. Até as 18h de ontem, ninguém havia sido preso.
Titular da Delegacia de Una, a delegada Norma de Freitas afirma que a polícia já busca suspeitos de terem cometido o crime, mas preferiu não revelar nomes. A mulher e filha da vítima, presentes no momento do crime, foram ouvidas pelos agentes. Ambas estão sob proteção da polícia.
Embraer: 20% da demanda virá da Ásia
A fabricante de aviões brasileira Embraer informou ontem que projeta 1.500 novas entregas de jatos de 70 a 130 assentos na região da Ásia-Pacífico nos próximos 20 anos, segundo comunicado da empresa. De acordo coma fabricante, a expectativa equivale a US$ 70 bilhões a preços de lista e cerca de 20% da demanda mundial para o período. Reuters
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