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NOTIMP - Noticiário da Imprensa - 25/03/2013





Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


Cresce mercado civil para drones nos EUA

MATTHEW L. WALD
NEW YORK TIMES

GRAND FORKS, Dakota do Norte - Na tela do piloto, colocada no nível do solo a poucos metros da pista do aeroporto local, os dados monitoravam um avião que fazia círculos perfeitos sobre uma cidadezinha litorânea, a 400 metros de altitude e a 240 km/h.
À direita do piloto, um operador de sensor manipulava uma câmera a bordo do avião, procurando entre as casas pessoas que eram tidas como desaparecidas.
Na tela, figuras humanas semelhantes a desenhos animados foram vistas ao redor de uma fogueira de acampamento. "Lá estão eles", disse o piloto e estudante Andrew Regenhard.
Ele participava de uma sessão de treinamento na Universidade de Dakota do Norte.
Primeira a oferecer um diploma em aviação não tripulada, a universidade é um dos muitos ambientes acadêmicos, junto com empresas e indivíduos, que preparam alunos para um admirável mundo novo em que aviões baratos e operados por controle remoto se tornarão onipresentes no espaço aéreo civil, podendo procurar desde criminosos foragidos até uma nuvem de gafanhotos que pode devorar uma lavoura.
"O céu vai se cobrir com essas coisas", afirmou Chris Anderson, ex-editor da revista "Wired", criador do site para aficionados DIY Drones e hoje diretor da empresa 3D Robotics, que vende veículos aéreos não tripulados e equipamentos correlatos.
Ele diz que vende a cada trimestre mais ou menos o mesmo número de drones -uns 7.500- que o total em operação nas Forças Armadas dos EUA.
A Administração Federal de Aviação recebeu ordem do Congresso para encontrar uma forma de integrar essas aeronaves ao espaço aéreo nacional até 2015. Mas o senador Patrick Leahy, presidente da Comissão de Justiça do Senado, disse neste ano que "essa tecnologia que vem surgindo rapidamente pode constituir uma ameaça significativa à privacidade e às liberdades civis de milhões de americanos".
Anderson diz que todos os componentes de um drone -um processador rápido, uma boa bateria, um receptor de GPS e sensores microeletromecânicos- estão presentes em um iPhone.
Os sistemas incluem uma estação em terra, geralmente um laptop com equipamento de comunicações. Alguns drones pesam poucos quilos, e a maioria deles cabe facilmente num porta-malas.
Alguns fãs da tecnologia estão ressentidos com os alertas a respeito da privacidade, observando que alguns governos estaduais e municipais já começaram a proibir os drones, mesmo onde eles ainda nem operam.
Os especialistas citam vários usos para os aviões: a "agricultura de precisão", com aviõezinhos sobrevoando lavouras várias vezes por semana à procura de pragas, missões de segurança, em que máquinas semiautônomas percorreriam a extensão de um trem de carga, examinando os freios a ar de cada vagão, operações de inspeções em dutos e linhas elétricas e buscas em incêndios e acidentes de trânsito.
O equipamento por controle remoto pode até desalojar alguns pilotos humanos das cabines dos aviões cargueiros. Uma pessoa poderia operar remotamente seis aviões de carga por vez.
Regenhard, 21, está montando um helicóptero de seis rotores para tirar e transmitir fotos. Equipado com um sensor de GPS e um piloto automático de US$ 220, ele pode ser programado para voar até uma sequência de coordenadas, a várias altitudes, como um avião comercial.
Para evitar colisões no ar, a Administração Federal de Aviação planeja instalar até 2015 um sistema chamado "sentir e evitar", em que cada avião em voo, tripulado ou não, usará o GPS para se localizar e enviará essa informação para um computador em terra, que traçará um mapa mostrando todos os alvos.
O professor Benjamin Trapnell disse que o curso daqui ensina não só a operar os aviões, mas também a projetá-los, incluindo as câmeras e outros sensores.
Até empresas envolvidas com a aviação convencional veem utilidade para os drones. A Applebee Aviation opera helicópteros a partir de Banks, no Oregon, principalmente para pulverizar lavouras, ao custo de US$ 1.100 por hora. Warren Howe, seu gerente de vendas, disse que um drone poderia fazer um levantamento prévio que mapeasse as necessidades de uso de um helicóptero tripulado.
Anderson disse que neste ano sua empresa lançará um helicóptero de vigilância agrícola que custará menos de US$ 1.000. "Isso não é por hora, é por helicóptero", ressaltou.


Alta tensão, sobrevoos e tecnologia

Pequenas aeronaves não tripuladas, no futuro, vão fazer a inspeção de linhas de transmissão de energia, um trabalho que vai baratear os gastos com o serviço e quem sabe gerar até um repasse da economia para a conta de luz do consumidor. Esse é o objetivo de um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para viabilizar as aeronaves, pequenos helicópteros e aviões estudados em uma parceria entre o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Centro de Estudos Avançados do Recife (Cesar). Orçado em R$ 5 milhões, o projeto vai bancar a construção, a compra da tecnologia e o desenvolvimento da pesquisa. "Num primeiro momento, utilizamos algumas soluções disponíveis no mercado internacional para fazer o protótipo. Agora será desenvolvida uma tecnologia nacional", explica o engenheiro da Chesf José Felipe Wavrick.
As aeronaves vão filmar o estado das linhas de transmissão e mandar as informações para a central de informações da estatal, explica o engenheiro de sistemas do Cesar, Henrique Foresti, que acompanha o projeto. Hoje a inspeção das linhas é feita com equipes em terra e quatro helicópteros. Cada vôo do helicóptero, com dois pilotos, custa em média R$ 3 mil. Com a aeronave não tripulada, o vôo custará algo em torno de R$ 300.
A Chesf gasta, em média, R$ 50 milhões por ano em P&D. "Esses recursos fazem a empresa desenvolver novas tecnologias pensando no futuro", diz o presidente da estatal, João Bosco de Almeida. A empresa também vai usar os recursos do fundo para instalar duas plantas experimentais para gerar energia a partir de lixo doméstico e o calor do sol.
Alguns projetos de P&D da Chesf foram incorporados à rotina da companhia. Um deles foi um software usado em todos os centros de controle, o smart alarm, desenvolvido em parceria com a equipe do professor de Ciência da Computação Jacques Philippe Sauvé, da Universidade Federal de Campina Grande. O desenvolvimento do software custou R$ 1 milhão. "Quando ocorre uma queda de energia, o software recebe as informações, resume e informa só as principais causas do problema", diz Jacques. O sistema ajudar o operador a tomar uma decisão mais rápida em caso de pane.
Na Celpe, serão investidos R$ 22 milhões este ano, em P&D. Os projetos incluem um curso de MBA em smart grid (redes inteligentes) e R$ 1,8 milhão para bancar a implantação de dois laboratórios de teste e certificação de equipamentos. As iniciativas são em conjunto com a Universidade de Pernambuco (UPE). "Isso vai contribuir para a formação de pessoal em tecnologias que vieram para ficar", comenta o gerente de P&D da Celpe, Wider Basílio.
Os projetos da Celpe e da Chesf foram bancados com o fundo setorial de energia, montado por mecanismos criados entre o final da década de 1990 e começo dos anos 2000. "O principal formulador dos fundos setoriais foi o então secretário do Ministério de Ciência e Tecnologia, Carlos Pacheco, que era da Unicamp. Ele propôs isso ao fórum dos secretários estaduais de Ciência e Tecnologia", lembra Cláudio Marinho, ex-secretário estadual da área, no governo Jarbas Vasconcelos. A ideia, lembra Cláudio, na época foi aprovada por unanimidade.


Audiência discute situação de militares reformados

Debate na Comissão de Direitos Humanos foi requerido por Paulo Paim. Senador diz que servidores das Forças Armadas são os mais mal remunerados.

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) vai debater hoje, às 9h, a situação de militares reformados e pensionistas. Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento, afirmou que “o tema é urgente, pois os militares são os servidores mais mal remunerados do país”.

— Os militares sempre tiveram uma remuneração modesta, mas depois de 2001 a situação começou a piorar gradativamente — afirmou.

O senador leu documento enviado a seu gabinete em que são relatadas as dificuldades dos integrantes das Forças Armadas relacionadas à ­estrutura e à remuneração dos integrantes. O texto afirma que a organização militar exige a superação de todo o tipo de limite, sendo inconcebível uma má remuneração para a categoria. O texto ressalta que atualmente “a atividade do militar federal resulta em uma retribuição salarial mínima, que, em alguns postos ou ­graduações, não permite sequer o atendimento às ­necessidades de alimentação, habitação, saúde e lazer”.

Participarão o representante da Associação de Praças das Forças Armadas (Aprafa), Antonio Vicente da Silva; o presidente da Federação da Família Militar do DF, Cantidio Rosa Dantas; o presidente da Comissão Nacional QESA Brasil, Eduardo Souza Silva; o presidente da Associação dos Militares da Reserva Remunerada, Reformados e Pensionistas das Forças Armadas no DF, Genivaldo da Silva; a presidente da União Nacional de Esposas de Militares das Forças Armadas, Ivone Luzardo; a presidente da Federação da Família Militar — Mulher-DF, Rita Deinstmann, e o presidente da Confederação Nacional da Família Militar, Waldemar da Mouta.


Infraero detecta sete choques entre aves e aviões neste ano em Manaus

Conforme padrão internacional, até 8,8 colisões está dentro da normalidade. Segundo Infraero, número de colisões se deve ao período chuvoso.

Girlene Medeiros
G1 AM

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) identificou a ocorrência de sete colisões de pássaros em aeronaves durante os três primeiros meses de 2013 no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. O índice é considerado normal para o período chuvoso em que as aves tendem a migrar de local. Conforme o padrão internacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), até 8,8 colisões são consideradas dentro da normalidade.
No último dia oito de março, um pássaro entrou na turbina de um avião e assustou 132 passageiros em um voo da TAM que seguia até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. No ano passado, a Infraero detectou 22 colisões. A causa para a presença de tantas aves na área do aeroporto é a existência de lixões e feiras clandestinas nos bairros próximos, como Redenção, Parque Riachuelo e Alvorada, na Zona Oeste da capital amazonense.
Uma equipe da Infraero monitora o raio de 20 km no entorno do aeroporto a cada dois dias, de acordo com o superintendente do Aeroporto de Manaus, Aldecir de Oliveira Lima. A estratégia é para evitar a presença de aves. "A ação já fechou pocilgas, lixões e descarte irregular de resíduos, mas tudo está relacionado com a educação ambiental", afirmou o superintendente.

A atuação de combate envolve autoridades estaduais e órgãos da Prefeitura de Manaus, entre eles a Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp). A Comissão de Prevenção do Perigo da Fauna (CPPF) faz visitas periódicas aos bairros fazendo palestras de educação ambiental, recolhendo lixo depositado em locais impróprios e fazendo a conscientização em feiras. A Infraero possui também um convênio com o Centro de Desenvolvimento Tecnólogico da Universidade de Brasília (CDT/UnB) para redução dos fatores atrativos da fauna.
Segundo o tenente-coronel Artur Rangel, do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII), cabe a Aeronáutica investigar a localização dos pontos atrativos para as aves. "Existem muitos urubus em Manaus e há um trabalho de remover as aves com maior incidência de colisão para um trabalho de manejo feitos pelos biólogos. O risco aviário envolve muitos órgãos para que, inclusive, o lixo do entorno do aeroporto seja combatido", explicou o coronel.
Durante as operações de fiscalização, o titular da Semulsp, Paulo Farias, afirmou identificar também áreas desertas utilizadas para a prática de oferendas. "Fazemos a coleta diária nos locais, mas sempre encontramos lixeiras viciadas com oferendas. Já apreendemos veículos que estava fazendo descarte clandestinos, mas insistimos que a população colabore porque a colisão de aves em aviões é algo muito perigoso que pode derrubar voos", disse.


Lances e Apostas

Embraer 1
O negócio da defesa
A embraer Defesa & Segurança começa a ganhar altura
A divisão anunciará em breve a primeira exportação de um pacote de equipamentos para a proteção territorial, nos moldes do contratado pelo governo brasileiro no fim de 2012 para o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). Segundo o presidente da unidade de negócios, Luiz Carlos Aguiar, a transação incluirá serviços pós-venda na área de comando, controle, comunicação, computação e inteligência. "A exportação será para um dos nossos mercados tradicionais. Trata-se de uma solução normalmente comprada dos EUA ou da Europa." A escolha do consórcio Tepro, liderado por empresas controladas pela embraer, para a execução do projeto piloto do Sisfron, de monitoramento de 650 quilômetros de fronteira terrestre em Mato Grosso do Sul, teria servido de aval para o disputado mercado global. "Ninguém compra produtos de defesa se o seu país não experimentá-los primeiro", diz Aguiar.
Embraer 2
...em expansão
Desde a sua criação, em dezembro de 2010, a embraer Defesa & Segurança adquiriu companhias menores com know-how em serviços como o controle de tráfego aéreo, radares e satélites. A unidade fechou em 2012 uma carteira de negócios de 3,5 bilhões de reais e passou da 95a para a 81a posição no ranking mundial do setor, segundo relatório do Stockholm International Peace Research Institute. As receitas cresceram 24% no ano passado, desempenho que a companhia espera repetir neste ano. Até 2020, projeta um crescimento médio de 12% ao ano.


Vou de ônibus

O transporte rodoviário começa a roubar das companhias aéreas passageiros insatisfeitos com o preço das tarifas e a falta de estrutura dos aeroportos. O setor deve crescer acima do PIB neste ano.

Luís Artur NOGUEIRA

Eram 16h10 da segunda-feira 18, quando o serviço de alto-falante do Terminal Tietê, na zona norte de São Paulo, informou o início do embarque para o Rio de Janeiro, na plataforma 8. Na fila de passageiros, estava o empresário carioca Fernando Lopes, 50 anos, que havia cumprido uma agenda de negócios na capital paulista. Com apenas uma mala de mão, ele encara a viagem de seis horas pela Rodovia Presidente Dutra a cada 15 dias, e nem cogita mais pegar a ponte aérea. "O trânsito no Rio para chegar ao aeroporto Santos Dumont é um inferno", diz Lopes, que prefere dormir no ônibus durante a madrugada quando tem compromissos em São Paulo. Além disso, a diferença no valor das tarifas pesa em sua decisão.
Carlos Otávio Antunes, diretor-presidente da Viação Cometa: "com serviço de qualidade e pontualidade, vamos fidelizar os clientes que viajavam de avião"
"Eu não consigo agendar a data com dois meses de antecedência para aproveitar as promoções das companhias aéreas." De fato, se tivesse comprado o trecho Rio-São Paulo de avião com uma semana de antecedência, Lopes teria gasto pelo menos cinco vezes mais para ir e voltar (R$ 763, pela Avianca, ante R$ 141, pela Viação Cometa). Lopes é a ponta final de uma cadeia – da linha de montagem dos chassis até os terminais urbanos – que deve crescer bem mais do que os 3,5% previstos para o PIB neste ano. Enquanto as montadoras apostam numa alta de 4,5% da produção total de veículos, incluindo chassis de ônibus, as revendedoras projetam uma expansão de 15% nas receitas.
Na segunda-feira, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou os dados da primeira quinzena de março, que mostraram um crescimento de 16,5% na comercialização de ônibus, em relação ao mesmo período de 2012. "Já sentimos uma migração de passageiros do aeroporto para a rodoviária", diz Alarico Assumpção, presidente-executivo da Fenabrave. "E isso se reflete nas vendas." Coincidência ou não, o último balanço da Agência Nacional de Aviação Civil trouxe uma surpresa desagradável para o setor aéreo. O mês de janeiro registrou queda na demanda por voos domésticos pela primeira vez em quase quatro anos. Diante de um cenário menos favorável, as companhias aéreas reavaliaram a oferta de assentos, cortaram custos e elevaram os preços dos bilhetes em 18,3% nos últimos 12 meses, segundo o IBGE.
Santos, da Scania: juros reais negativos do BNDES aumentam as encomendas.
O retorno de parte do público, que nos últimos anos tinha trocado o ônibus pelo avião, é apenas um de vários fatores que sustentam o otimismo do setor. Outro estímulo importante é o calendário eleitoral, pois, tradicionalmente, os novos prefeitos investem mais em transporte público no início dos mandatos. Além disso, há um enorme incentivo do BNDES para quem deseja ampliar a sua frota. "Os juros estão negativos", diz Eronildo Santos, diretor de vendas de veículos da Scania do Brasil, se referindo ao fato de que a inflação anual, em torno de 6%, supera facilmente a taxa de juros nominal de 3% cobrada pelo banco estatal de fomento. "Isso está gerando um movimento de encomendas."
Santos ressalta que os ônibus brasileiros, principalmente os urbanos, são muito antigos, com idade média de 22 anos. Renovação constante de frota é uma regra na Viação Cometa, que possui mil veículos com idade média de quatro anos. De olho no retorno de clientes que haviam trocado a rodoviária pelo aeroporto, a empresa está adquirindo 170 novas unidades neste ano, com financiamento do BNDES. "O brasileiro gosta de cheirinho de ônibus novo", diz Carlos Otávio Antunes, diretor-presidente da Viação Cometa. "Com serviço de qualidade e pontualidade, vamos fidelizar os clientes que viajavam de avião." A meta da empresa é crescer 16% em relação ao ano passado, transportando 14 milhões de passageiros.
Adeus, avião: o empresário Fernando Lopes trocou a ponte aérea Rio-São Paulo pelo ônibus leito
As novas aquisições já virão com o motor Euro 5, cuja introdução foi um dos fatores responsáveis pela queda nas vendas de ônibus em 2012. Mais moderna – e mais cara –, a nova tecnologia fez com que muitas transportadoras antecipassem suas compras no fim de 2011, adquirindo os modelos antigos Euro 3. Esse movimento paralisou o mercado em 2012. "Ninguém queria ser o primeiro a usar o Euro 5 e ainda correr o risco de não encontrar o novo diesel", afirma Antunes. O combustível é diferenciado, e nem toda a rede de abastecimento estava preparada no início da transição dos motores. O problema, entretanto, foi solucionado. Há ainda grandes eventos previstos no calendário nacional, que servem de estímulo para as empresas de transporte rodoviário.
A Copa das Confederações, em junho, e a vinda do papa Francisco ao Rio de Janeiro, em julho, vão gerar a necessidade de transporte para milhões de pessoas neste ano. Com aeroportos saturados, as rodoviárias serão o destino obrigatório de muitos turistas em busca de conforto e pontualidade, dois itens considerados prioritários pelos passageiros, segundo pesquisa feita pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Espaço, por enquanto, não falta no maior terminal do País, o Tietê, que movimenta 11,5 milhões de passageiros por ano. A Socicam, empresa que administra o terminal, informa que esse volume representa apenas 30% da sua capacidade total. Por isso, crescer 5% neste ano, como prevê a Socicam, não será um problema. Os gargalos durante os eventos, se houver, serão nas estradas.

As novas peças do tabuleiro de Dilma

Presidenta troca os ministros do Trabalho, da Agricultura e da Aviação Civil, três áreas que apresentam crescimento acelerado e enfrentam os efeitos colaterais da abundância

Denize BACOCCINA

O Brasil colheu uma safra de grãos recorde no ano passado, de 166 milhões de toneladas, que será novamente superada neste ano. A notícia parece excelente, já que isso significa mais renda para o produtor rural e mais divisas para a balança comercial brasileira. Mas como o diabo está nos detalhes, não é bem isso o que está acontecendo. O detalhe, no caso, é a falta de infraestrutura logística para levar os grãos até o porto de Santos, de onde serão embarcados para o Exterior. Na semana passada, o congestionamento de caminhões ao longo da rodovia Cônego Domênico Rangoni, no litoral paulista, chegou a 27 quilômetros. Alguns motoristas levaram até 12 horas para percorrer uma distância de 20 quilômetros.
Xeque-mate no caos aéreo: Moreira Franco assume a Secretaria da Aviação Civil, de onde terá de colocar à prova seu poder de articulação para desfazer os nós do setor
A China, o maior cliente da soja brasileira, que comprou US$ 12 bilhões no ano passado, chegou a cancelar encomendas de dois milhões de toneladas, por causa da crônica demora nos embarques. Esse cenário caótico, paradoxalmente, é um efeito colateral da abundância. Mesmo com o crescimento de apenas 0,9% no PIB no ano passado, o País vive um momento vigoroso. O desemprego continua caindo, a renda sobe e a ascensão social de milhões de brasileiros fez com que mais consumidores comprassem automóveis e viajassem de avião. Mas a combinação entre crescimento e falta de planejamento resultou em aeroportos e estradas lotadas, dificuldade das empresas em contratar funcionários qualificados, entre outras mazelas.
Mensageiro das boas notícias: o novo ministro do Trabalho, Manoel Dias, deve anunciar a criação de dois milhões de vagas, mas terá de administrar os efeitos do pleno emprego
São essas dificuldades que terão de ser administradas pelos novos ministros que assumiram o posto na semana passada em Brasília. "A partir de hoje, todos vocês se tornam responsáveis por setores de relevância estratégica para o meu governo", disse a presidenta Dilma Rousseff no dia 16, na cerimônia de posse dos ministros da Agricultura, Antônio Andrade, do Trabalho, Manoel Dias, e da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco, deslocado da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Os três assumem os cargos na esteira de uma minirreforma ministerial, destinada a acomodar os partidos aliados que se sentiam desfavorecidos.
Abundância agrícola: o novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, terá de pressionar o governo para desfazer os gargalos logísticos que inibem os ganhos da superssafra
"Temos de fortalecer, nessa diversidade, a sustentação de um governo de coalizão", afirmou a presidenta. Com as mudanças, Dilma pode melhorar sua base política para as votações no Congresso, neste ano, e para a campanha eleitoral, em 2014. Mas será que os novos peões da Esplanada serão capazes de tirar do papel projetos relevantes para as respectivas áreas? Grande parte do sucesso de suas pastas depende de outras peças mais fortes no xadrez político de Dilma. É o caso do ministro Guido Mantega, da Fazenda, responsável pelas medidas que geram crescimento do consumo, e da ministra Miriam Belchior, do Planejamento, que coordena as obras do PAC.
Os novos titulares da Esplanada vão colocar à prova seu poder de articulação com os colegas mais antigos.Deputado federal e presidente do PMDB mineiro, o novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, substitui um amigo da presidenta, o também deputado federal e correligionário, o gaúcho Mendes Ribeiro. A troca atende a interesses eleitorais, pois a presidenta precisa se fortalecer no Estado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), virtual candidato à Presidência. Além de mineiro, Andrade tem a vantagem de entender de agricultura. "Não apenas ele é um ótimo produtor, é um excelente executivo", diz o consultor Alysson Paulinelli, que foi ministro da Agricultura nos anos 1970.
Fila da ineficiência: caminhões na rodovia Cônego Rangoni, no último dia 20, é o retrato das dores do crescimento da economia brasileira
Fora os entraves para que as mercadorias cheguem aos portos, o novo ministro terá que resolver a falta de armazéns para estoques e administrar um plano de safra, que terá um volume de recursos recorde, mas ainda não consegue oferecer seguro agrícola à maior parte dos produtores. Andrade assumiu prometendo mais atenção ao uso de novas tecnologias na produção agropecuária. "Também precisamos melhorar a competitividade na fase de comercialização", disse, numa referência aos atuais problemas de logística. Já o novo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco, também tem que administrar o efeito colateral do crescimento de 130% no número de passageiros nos aeroportos, entre 2005 e 2012.
"Vamos correr para responder ao tamanho da demanda e melhorar a qualidade do serviço", disse à DINHEIRO Moreira Franco. "Temos de melhorar o serviço urgentemente." Depois das concessões nos aeroportos de Guarulhos, na Grande São Paulo, Viracopos, em Campinas, e Brasília, no ano passado, ele prepara os editais para as licitações do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte, em setembro. Muito próximo do vice-presidente Michel Temer, Moreira Franco, do PMDB carioca, terá de usar seu prestígio para responder aos desafios da aviação. "Espero que o Moreira não pense que era feliz e não sabia", brincou Dilma.
Parada infernal: falta de infraestrutura aeroportuária mantém saguões lotados nos terminais
Na avaliação do empresário Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau e presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, os gargalos de infraestrutura enfrentados pelo Brasil também têm seu ponto positivo. "Há problemas bons e há os ruins", diz ele. "Este é um problema bom. É um desafio que traz muitas oportunidades de investimento." No Ministério do Trabalho, a nomeação de Manoel Dias marca a volta ao governo do grupo liderado por Carlos Lupi, presidente do PDT, defenestrado na faxina promovida no ministério pela presidenta, em 2011. Com apenas R$ 89 milhões para investimento, o novo ministro terá que reconquistar o apoio dos empresários, afastados do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) numa manobra do ex-ministro Lupi, que manteve apenas o assento das entidades sindicais.
"O ministério precisa se reaproximar do empresariado", diz o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. "Sem essa parceria, pode haver boicote da iniciativa privada ao Ministério." Nos últimos anos, tem cabido ao titular da pasta do Trabalho o papel de mensageiro das boas notícias – a taxa de desemprego em janeiro ficou em 5,4%, e 1,1 milhão de vagas foram criadas nos últimos 12 meses. "Esperamos superar os dois milhões de postos de trabalho neste ano", disse Dias, ao assumir o cargo, no dia 16 passado. Mais do que anunciar a criação de mais empregos, espera-se que ele, assim como os outros dois novos ministros nomeados pela presidenta Dilma, traga soluções para os gargalos que anulam os efeitos positivos do crescimento da economia.


Jornal GUYANA CHRONICLE ONLINE

Brazilian Air Squadron fantastic aerobatics thrill Guyanese

Michel Outridge
THE Brazilian Air Squadron yesterday afternoon thrilled the thousands that showed up for the air show which started at around 16:32 hrs just over the Kitty seawall, in Georgetown, as they performed some daring stunts in the sky.
The seven planes in a coordinating display of aerobatics left the large gathering of both adults and children in awe as they did many maneuvers which lasted for more than half hour.
The gathering was in “oh” “wow” and “ahh” as they stared into the sky at the planes doing several dangerous stunts appearing to be crashing into each other leaving behind trails of thick smoke.
The planes did many amazing formations and the crowd went wild with the daring stunts with some even shouting out aloud that the “planes were falling on them.
The second Brazilian Air Show was well attended and anticipated and well received by all gathered yesterday lining the seawall and the roads from Vlissengen Road to Carifesta Avenue and its environs.
The daring maneuvers were indeed breathtaking as the seven pilots entertained the crowd, some of whom did not want to leave even after the air show had ended and called out for more.
But it was when the pilots drew a big heart in the sky with smoke the crowd was loud in praises and asked for more shortly before the air show had come to an end.

Site RIBEIRÃO PRETO ONLINE (SP)

Aeronáutica abre 241 vagas com salários de R$ 2.867 a R$ 9.490

Foi lançado edital para concurso da Aeronáutica, com abertura de inscrições para seleção de profissionais, visando o preenchimento de 241 vagas em cargos de níveis médio, médio/técnico e superior.
Para candidatos de nível superior há vagas de Pesquisador/ Assistente de Pesquisa em diversas áreas, dentre elas Geointeligência, Computação, Elétrica/Eletrônica, Mecânica, Meteorologia, Qualidade e Metrologia.
Quem possui formação de nível médio com curso técnico na área pode tentar cargos de Técnico I nas áreas de Edificações, Elétrica, Eletrônica, Informática, Meteorologia, entre outras.
Remuneração
A organização do concurso está a cargo da Fundação Vunesp, e os salários variam entre 2.867 e 9.490 reais por jornada de trabalho de 40 horas semanais. As provas serão realizadas nas cidades de Natal (RN), São José dos Campos (SP) e São Luis (MA) na data prevista de 9 de junho de 2013.
Os candidatos aprovados irão atuar no Departamento de Ciência e Tecnologia (DCTA), no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) ou no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI). Do total de vagas previstas, 5% serão destinadas aos portadores de deficiência.
As inscrições poderão ser feitas entre 18 de março e 26 de abril de 2013 (horário oficial de Brasília), exclusivamente pela internet através do site da Vunesp.









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