Instituto da FAB desperta o gosto pela ciência em alunos da rede pública
A churrasqueira que funciona à luz solar foi batizada de "Anicê aran", em tupi guarani quer dizer carne e sol. Produzida com restos de uma antena parabólica, papel alumínio e barras de ferro. Em dia ensolarado, a churrasqueira pode chegar a uma temperatura de 200C. Uma picanha pode ficar pronta em 60 minutos e o melhor, sem liberar um grama de CO2 na atmosfera. Além deste invento, foi apresentado um aquecedor feito com garrafas pet. O equipamento foi construído com garrafas pet transparentes, caixas de leite longa vida e cacos de vidro. O ineditismo foi o mosaico formado pelos vidros o que melhorou a absorção e manutenção do calor.
Os dois produtos foram os destaques da I Feira de Sustentabilidade e Ciência, promovida pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv) em junho, na cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em São Paulo.
A feira é resultado de uma parceria entre o IEAv e escolas públicas de ensino médio para produção de experimentos por alunos da rede pública. Desde 2003, o Instituto mantém um laboratório que aproxima jovens estudantes da ciência. Iniciativa de pesquisadores voluntários, o Laboratório Interativo também é itinerante. Por várias vezes, deixa a sede do IAEv para expor experiências nas escolas. “A parceria permite que alunos tenham contato com a iniciação científica e com autonomia de criação”, diz a professora Vera Vicchiarelli, coordenadora da Escola Técnica Estadual.
Ao longo do semestre, os pesquisadores orientaram os projetos dos jovens estudantes e acompanharam a execução das engenhocas. “É uma oportunidade dos alunos colocarem a teoria em prática”, explica o Capitão-Aviador Rafael Paes, pesquisador do IAEv.
Saiba mais - O IEAv é um instituto da FAB que pensa o futuro. Enquanto muitos tentam resolver os problemas para os próximos cinco anos, o IEAv busca tecnologias que facilitem o acesso ao espaço, isto é: motores mais potentes e eficientes - motores a hidrogênio ou propulsados a laser; materiais resistentes às altas temperaturas e às características do vácuo no espaço; formas aerodinâmicas que permitam o deslocamento das naves em hipervelocidade (10 a 30 a velocidade de som – aproximadamente 1250km/h); inteligência artificial para veículos aéreos não tripulados e robôs em geral.
Fonte: Agência Força Aérea
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