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Gol terá taxa para reserva de assento e banco do meio livre



Passageiro que quiser escolher poltrona no avião terá de pagar até R$ 20 a mais a partir da semana que vem .

Taxas de remarcação e não comparecimento subiram; desde o dia 1º, há também tarifa para menores viajarem sós
.

Ricardo Gallo .

A Gol decidiu cobrar taxas extras dos passageiros para marcar assentos nos aviões e, também, para que crianças possam viajar desacompanhadas em seus voos.

A tarifa de assento será instituída na semana que vem. O início estava programado para ocorrer hoje, mas foi adiado, diz a Gol. O valor deve ser entre R$ 10 e R$ 20.

Ela valerá, nessa primeira fase, para saídas de emergência, onde há mais espaço. A TAM adota o serviço também.

Ainda neste ano, provavelmente depois das férias de julho, a Gol ampliará a venda de uma prática inédita no Brasil, segundo apurou a Folha: oferecerá ao passageiro de alguns voos da ponte aérea o direito de deixar o assento do meio vazio, para aumentar o espaço de quem ficar na janela ou no corredor. O valor ainda não foi definido.

Até ontem, a Gol cogitava vender os assentos das janelas e dos corredores em todos os voos, exceto os da ponte aérea. Mas a medida vazou e, para que não soasse antipática para os passageiros, a empresa mudou os planos.

Segundo a Gol, a venda de assento dará mais opções de conforto aos passageiros.

Já a cobrança para menores desacompanhados está em vigor desde o dia 1º e é tendência de mercado, afirma a empresa. Em voos domésticos, a taxa é de R$ 90; nos internacionais, US$ 60 (R$ 123). A TAM tem cobrança similar desde 2009.

Nas passagens mais baratas, a empresa encareceu, neste mês, as taxas para remarcação (R$ 70 para R$ 80) e de não comparecimento (de R$ 100 para R$ 130). Também é tendência de mercado, diz.

PREJUÍZO

As medidas não foram as únicas neste ano. A Gol já havia adotado em maio a redução de quatro para três no número de comissários em um dos seus modelos de avião, o Boeing 737-700, além de ter cortado o serviço de bordo gratuito em 180 voos que contam com o serviço pago.

Além disso, a empresa cortou funcionários. Só no dia 2, foram 190 tripulantes. As demissões devem chegar a mil.

A redução de custos é reflexo do prejuízo de R$ 710 milhões da Gol em 2011.

Os cortes motivaram protesto do sindicato dos aeronautas. O último deles foi ontem, em Congonhas.

O modelo de cobrança de reserva de assentos é inspirado em empresas estrangeiras de baixo custo, como a Ryanair. No Brasil, quem mais se aproxima do modelo é a Webjet, comprada pela Gol.

Ela cobrava por assentos até 2011, quando liminar do Ministério Público barrou a taxa. A empresa não soube dizer se a decisão ainda vale.

"As empresas não estão conseguindo aumentar o preço da passagem, então estão cobrando pelos produtos para manter a competitividade", diz o professor Elton Fernandes, da UFRJ, especialista em transporte aéreo.

Fonte: / NOTIMP


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