Ouro Preto aguarda recursos para construir aeroporto regional
QUEILA ARIADNE .
A histórica cidade de Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais, vai ganhar um aeroporto regional. O terreno já foi desapropriado, a licitação para a obra já foi feita, o licenciamento ambiental foi concedido e agora só faltam os recursos, estimados em R$ 29 milhões. A prefeitura da cidade está negociando a captação junto à União e ao governo do Estado, mas não está descartada a hipótese de o investimento ser feito por meio de uma Parceria Público Privada (PPP).
Segundo o secretário municipal de governo de Ouro Preto, Antônio Carlos de Oliveira, o mais provável é que o projeto do aeroporto seja incluído no Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa), voltado para melhoria e construção de aeroportos de pequeno e médio porte. "Já mandamos o projeto para o Ministério da Defesa Civil e estamos conversando com o Estado, que também precisa dar uma contrapartida", explica.
O secretário lembra que a prefeitura já conseguiu captar R$ 985 mil e reserva uma contrapartida de R$ 75 mil, ou seja, a obra conta com R$ 1,06 milhão. "Várias empresas serão beneficiadas, então, nada impede que elas também participem do investimento, isso ainda não está definido".
Ele adianta que, assim que o dinheiro for captado, a obra vai começar e tem previsão de ficar pronta em um ano. "Esperamos que tudo se resolva o mais rápido possível, até o ano que vem, para que o aeroporto fique pronto antes da Copa do Mundo", afirma.
O terminal será construído em um terreno de 93 hectares, entre os municípios de Cachoeira do Campo e Glaura, e terá capacidade para receber aeronaves de pequeno porte, para até 45 passageiros.
Na avaliação do professor de logística da faculdade IBS da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Hugo Ferreira Braga Tadeu, o sucesso do aeroporto depende da demanda. Essa, por sua vez, depende do custo. "Para conseguir um passagem barata, a solução é planejar um modelo integrado a Pampulha e Confins, que gere volume de passageiros e permita às companhias cobrarem menos", avalia.
Fonte: O Tempo
