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VANTs ganham espaço na pesquisa aeronáutica



Sara Nanni .


Em pouco mais de três décadas, os VANTs passaram da ficção científica à realidade. Os VANTs são Veículos Aéreos Não Tripulados, um tipo de aeronave que não precisa de pilotos embarcados para ser guiada. Por meio deles, por exemplo, não é mais preciso que militares arrisquem suas vidas em operações militares. De uma sala de comando à distância, os VANTs são controlados através de meios eletrônicos de alta tecnologia.

Muitas vezes não é necessária sequer a intervenção humana, e utilizam-se Controladores Lógicos Programáveis, um computador que desempenha funções de controle através de softwares desenvolvidos pelo usuário. Semelhanças com os videogames não são mera coincidência. Afinal, o joystick surgiu inicialmente como controle de aeronaves, e somente algumas décadas depois virou controlador do Atari.

Os fins militares justificaram o desenvolvimento dos primeiros VANTs, que foram inspirados nas bombas voadoras alemãs V-1, produzidas na década de 40 para ataques ao solo. Elas pesavam pouco mais de 2 toneladas e atingiam uma velocidade de 640 km/h. Essas máquinas voadoras de última geração foram projetadas para missões muito perigosas para serem executadas por humanos.

Hoje, pesquisas em tecnologia para o desenvolvimento e a fabricação dos VANTs são estimulados principalmente pelas Forças de Defesa de Israel e dos EUA.

Para que servem os VANTs

No Brasil, recentemente aconteceu a Operação Ágata 2, uma operação de segurança de fronteira realizada pela FAB (Força Aérea Brasileira), em que foi utilizado o VANT RQ-450, que fica baseado em Santa Rosa (RS), na fronteira com a Argentina. Esse VANT ajudou a FAB a interceptar mais de 30 aeronaves que estavam em espaço aéreo brasileiro de forma ilegal.

O primeiro VANT desenvolvido no Brasil foi o BQM1BR de propulsão a jato, um protótipo que serviria como alvo aéreo e que realizou um voo em 1983. O projeto não vingou por falta de recursos. A partir de 2000 começaram a aparecer outros projetos voltados tanto para a área militar quanto para a civil.

Na área civil, o VANT tem inúmeras aplicações e pode ser usado para a inspeção de oleodutos e de redes elétricas e de transmissão, vigilância policial e cobertura de fronteira, identificação de queimadas e metereologia. Porém, a área mais requisitada para seu uso ainda é a militar, atuando em operações de risco. Além de identificar alvos inimigos, ele pode ajudar na avaliação dos danos logo após os disparos e da necessidade de novos ataques.

Segundo especialistas, o mercado de VANTs no Brasil é bastante promissor, visto que não há nada semelhante em operação no país, portanto um vasto campo a ser desbravado. No mercado mundial as perspectivas são de crescimento. Os americanos investem cerca de US$ 300 milhões por ano neste tipo de aeronave.

VANT fabricado no Brasil

Com apoio da Finep, que destinou recursos do Fundo Setorial Espacial no valor de 9 milhões de reais, o CTA (Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial), em parceria com a Avibras Indústria Aeroespacial, está retomando o projeto do primeiro protótipo de VANT brasileiro desenvolvido na década de 80. Na época o projeto não vingou por falta de recursos do governo federal.

As pesquisas começaram em 2004. Quando sair da fábrica, espera-se que esse VANT alcance até 200 quilômetros, com autonomia para 10 horas de voo e altitude de 5 mil pés. O VANT de reconhecimento será dotado de sensores de estabilização e navegação autônoma, capazes de fazer o monitoramento de uma determinada área. E todos os comandos que seriam controlados por um piloto serão feitos por um computador de bordo. Se há perda de sinal, a aeronave é programada para retornar a uma área pré-determinada.

Fonte: 360 GRAUS / NOTIMP








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