IBGE e Anac divergem sobre preço de passagem aérea
 
MAELI PRADO . 
IBGE  e Anac, agência reguladora do setor aéreo, apontam tendências  diferentes para o preço das passagens aéreas. Enquanto o instituto  apurou alta de 13,3% nas tarifas de janeiro a julho, a agência viu queda  de 22,8%.
A discrepância se aprofundou a partir de 2009 e é explicada por  metodologias diferentes na apuração dos preços. Enquanto a Anac  contabiliza as informações de todas as vendas feitas pelas companhias  aéreas, dados que recebe das próprias empresas, o IBGE leva em conta só  voos que ocorrem nos finais de semana e que partem de 11 cidades.
Além disso, os objetivos dos levantamentos são diferentes: o instituto  pesquisa passagens para os destinos turísticos mais concorridos,  distinção que não é feita pela Anac, que observa o mercado como um todo,  inclusive os destinos mais procurados para viagens de negócios.
"As informações coletadas pelo IBGE precisam ser apuradas com mais  pressa, já que compõem o IPCA [a inflação oficial]. A amostra é menor.  Já a Anac leva mais tempo, pois recebe das empresas todos os dados de  vendas de passagens feitas a cada mês", diz Alessandro Oliveira,  pesquisador do Nectar (Núcleo de Estudos em Competição e Regulação do  Transporte Aéreo), do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).
Se considerar os números do IBGE referentes a janeiro a setembro, o  aumento em relação ao mesmo período de 2010 sobe para 31%. Só em  setembro, a elevação foi de 23,4% em relação a agosto
Fonte: 
 / NOTIMP


















