Brasil e Índia têm maior aumento de passageiros em abril, nota Iata
Assis Moreira .
GENEBRA - A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) informou ontem que o Brasil e a Índia foram os mercados que registraram o maior crescimento de passageiros nos voos domésticos em abril, continuando "sua tendência de crescimento em alta velocidade".
A alta na demanda em voos internos foi de 23,8% no Brasil e de 25,6% na Índia, enquanto a média mundial foi de 4,7%, comparado a abril de 2010. Segundo a Iata, nos últimos cinco anos, o mercado brasileiro para aviação dobrou de tamanho e, na Índia, triplicou no mesmo período.
Outro "desenvolvimento notável", conforme a entidade que representa 230 grandes companhias aéreas, foi a melhora na taxa de ocupação nos voos domésticos no Brasil, "o que deverá melhorar o rendimento para as companhias".
O mercado doméstico representa 47% do faturamento das empresas aéreas na América Latina e 67% na América do Norte. No Oriente Médio, Europa e África, o tráfego de passageiros nos mercados nacionais é bem menos importante.
Enquanto os mercados do Brasil e da Índia continuam crescendo, a China tomou outra direção em abril. O segundo maior mercado do mundo para a aviação teve queda na expansão da demanda interna para 10,8% em parte por causa de políticas do governo para desacelerar a economia.
A Iata constata que a economia mundial está se recuperando mais lentamente do que previsto e vai recalcular as projeções de lucros da indústria aérea este ano. Em março, a projeção era de ganho de US$ 8,6 bilhões. Mas a alta de preços do petróleo, a crise no Oriente Médio e o tsunami no Japão afetaram o crescimento dos negócios das companhias aéreas.
Em abril, o tráfego de passageiros (domésticos e internacionais) cresceu 11,9%, enquanto o transporte de carga aérea só aumentou 3,3%. Cerca de um terço do comércio mundial de US$ 12 trilhões por ano é transportado por via aérea
O load factor, ou percentual de capacidade ocupada no avião, é essencial para a lucratividade. Segundo Iata, em abril, a taxa foi de 77,4% globalmente no caso de passageiros, mas apenas 46,5% para cargas.
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