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Nuvem de cinzas de vulcão islandês leva ao fechamento de aeroportos na Alemanha

RIO - Após forçar o cancelamento de 500 voos na Europa na terça-feira, o vulcão islandês Grimsvotn perde força, mas suas cinzas afetarão Berlim a partir de 11h (6h no horário de Brasília) e também poderia ter um impacto em voos em partes da Polônia, informou nesta quarta-feira a agência europeia de tráfego aéreo Eurocontrol.

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A agência disse que atualmente não há nenhum tráfego aéreo para dentro ou fora dos aeroportos de Bremen e Hamburgo, que num dia normal abrigariam 120 e 480 voos respectivamente. A Eurocontrol disse que não espera que os aeroportos na Alemanha ao sul de Bremen sejam afetados pela nuvem de cinzas. Não há restrições de voos em outas partes da Europa.

As autoridades meteorológicas alemães anunciaram que todo tráfego aéreo será interrompido no aeroporto de Berlim como medida de precaução devido aos altos níveis de cinzas procedentes do Grimsvotn. O serviço meteorológico da Alemanha disse nesta quarta-feira que não permitirá partidas nem aterrissagens dos aeroportos de Tegel e Shoenefeld, em Berlim. Os aeroportos de Bremen, Hamburgo e de Luebeck também estão fechados devido à nuvem de cinzas.

Os especialistas destacam que as partículas de cinzas pode parar os motores dos aviões e cobrir as janelas das aeronaves.

Centenas de voos foram cancelados na terça-feira sobre o céu do Reino Unido enquanto os ventos sopravam a cinzas desde o vulcão Grimsvotn.

Segundo as autoridades islandesas, a nuvem de cinzas do vulcão, que já atingiu Reino Unido, Dinamarca, Noruega e o centro-oeste da Rússia, avança, mas como baixou para 2 mil metros de altitude não oferece mais grande perigo para o transporte aéreo. No sábado, a coluna de fumaça atingiu 20 mil metros e no início desta terça estava entre 3 mil e 5 mil metros.

Apesar dos níveis mais baixos, não se descarta que a nuvem de cinzas gere algum tipo de transtornos em outros países europeus, como Holanda e Polônia. A grande maioria dos voos cancelados na terça foi no Reino Unido, mas a cifra é considerada baixa ainda se comparada com os 29 mil voos que estavam programados para o dia na Europa.

Em aeroportos escoceses, mais de 80 voos foram cancelados. Cerca de 400 passageiros tiveram de passar a noite no aeroporto de Edimburgo, devido aos problemas no tráfego aéreo.

Na Noruega, as cinzas do vulcão interromperam o movimento dos aeroportos de Stavanger e Karmoeyu. Já autoridades dinamarquesas informaram ter fechado o espaço aéreo abaixo de seis quilômetros no noroeste — região onde não há aeroportos, embora a medida tenha causado atrasos e alguns cancelamentos de voos no aeroporto de Copenhague.

Companhias criticam excessos

Apesar de as autoridades europeias se mostrarem otimistas diante do potencial de transtornos aéreos causados pelo vulcão, entre os distúrbios já provocados está uma troca de acusações em terra: de um lado, os órgãos responsáveis pelo controle do espaço aéreo na Europa; do outro, as companhias aéreas — para as quais os cancelamentos teriam sido uma decisão marcada por excesso de zelo.

O debate remonta ao caos provocado no ano passado pelo fechamento do espaço aéreo de 20 países europeus durante seis dias — levando a prejuízos US$ 1,8 bilhão para a indústria da aviação e de cerca de US$ 5 bilhões para a economia mundial.

Nesta terça-feira, executivos de companhias aéres já faziam pressão para evitar novos fechamentos. As discussões resultaram também em diálogos ríspidos: o irlandês Michael O’Leary, dono da Ryanair — maior companhia aérea de baixo custo da Europa, em número de passageiros — acusou as autoridades britânicas do que classificou como “apresentação de mapas mitológicos da poeira” sobre o norte do Reino Unido, onde vários aeroportos foram fechados.

O’Leary disse ainda ter ordenado um voo de teste para averiguar as condições nos céus.

— Voamos por uma hora e meia numa altitude de mais de 12 mil metros e não encontramos qualquer evidência visível de poeira vulcânica, incluindo do equipamento da aeronave — disparou o irlandês à rede BBC.

No entanto, a CAA (agência controladora do tráfego aéreo britânico), disse não ter encontrado registro do voo da Ryanair quando a concentração de poeira estava em níveis considerados perigosos para a aviação.

Fonte: EXTRA / NOTIMP








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