BEA resgata unidade de memória de caixa preta do AF-447

O BEA, órgão de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos da França, localizou na manhã deste domingo (1° de maio) a unidade de memória do gravador de dados de voo (caixa preta) do AF-447. A peça foi trazida a bordo do navio Ile de Sein por volta das 13h40, no horário de Brasília, pelo robô submarino Remora 6000.

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Familiares querem teor revelado
As informações, resumidas em um parágrafo, enviadas ontem pelo Birô de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês) sobre o resgate do gravador de dados do voo 447 da Air France trouxeram alívio mas também questionamentos entre os parentes das vítimas brasileiras do acidente. Presidente da associação que reúne os parentes, Nelson Faria Marinho destacou a inquietação do grupo sobre o andamento dos trabalhos a bordo do navio Ile de Sein, que serve de base para a operação a 1,1 mil quilômetros do Recife. Ele defende que um país “neutro” acompanhe a análise do conteúdo do equipamento.
“Quando pedimos para que um representante das vítimas acompanhasse a ação, nos disseram que a Justiça francesa impedia. Engraçado é que a Air France e a Airbus, duas empresas indiciadas naquele país como causadoras do acidente, estão lá”, critica Marinho. Para ele, a localização da caixa-preta, por si só, não representa uma boa nova. Pai de um passageiro do voo AF 447, Marinho ressalta temer que as autoridades francesas não revelem o verdadeiro conteúdo do equipamento encontrado. “A falta de transparência é tão grande que não sabemos o que pensar”, desabafa. A caixa-preta com os dados do voo será levada à França por uma fragata da marinha francesa e analisada na sede do BEA, nos arredores de Paris.
Embora haja um profissional da Aeronáutica a bordo do Ile de Sein atuando como observador das operações, nem familiares nem a imprensa brasileira têm contato com ele. A Aeronáutica destaca dificuldade de comunicação, entre outras razões, para o fato. Parentes das vítimas brasileiras tentam, agora, uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para pedir que o governo brasileiro atue conjuntamente na investigação do acidente. “O Brasil precisa se fazer presente, não estamos pedindo favor, estamos pedindo para participar de um processo que nos diz respeito”, defende Marinho, ao destacar que já solicitou o pedido. “Mas até agora não tivemos nenhum retorno do Planalto”. (RM)
Pedido feminino
A ideia da associação que reúne parentes de vítimas brasileiras da tragédia com o voo da Air France é enviar uma comissão de mulheres para conversar com Dilma Rousseff. As representantes terão a incumbência de reivindicar a participação do Brasil na apuração sobre as causas do acidente, bem como pedir agilidade no resgate dos corpos ainda no fundo do mar. Como as autoridades francesas têm como prioridade a retirada de peças importantes para a investigação do desastre, familiares querem a ajuda das instituições brasileiras para poder enterrar os seus mortos.
Robô iça uma das caixas-pretas
Dispositivo encontrado tem gravadas informações técnicas da viagem, como a velocidade atingida pelo avião. Equipamento com a conversa entre os pilotos continua desaparecido
Renata Mariz
Por volta das 13h40 de ontem, pelo horário de Brasília, a caixa-preta do Airbus 330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico durante voo do Rio de Janeiro com destino a Paris, foi retirada do fundo do mar. Considerada uma das peças mais importantes para elucidar os motivos do acidente que matou 216 passageiros e 12 tripulantes em junho de 2009, o cilindro na cor laranja resgatado contém as informações do voo, tais como velocidade, aceleração e desaceleração da aeronave, curvas realizadas e altitude. Além desse equipamento encontrado, chamado tecnicamente de Flight Data Recorder (FDR), há o Cockpit Voice Recorder (CVR), ainda desaparecido entre os destroços, que registra as conversas dos pilotos na cabine. Os trabalhos, a partir de agora, vão se concentrar na localização dessa segunda peça.
Para o comandante Carlos Camacho, diretor de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o resgate do gravador de voz será mais importante que o do FDR. Isso porque muitas das informações do voo já são conhecidas, por terem sido repassadas, via satélite, para a Air France e para a Airbus ainda durante o trajeto por meio de um equipamento acoplado ao avião chamado Aircraft Communications Adressing and Reporting System (Acars, pela sigla em inglês). “Claro que os dados contidos na caixa-preta são muito mais completos que aqueles enviados de tempo em tempo pelo Acars às centrais em terra, mas é o gravador de voz que poderá trazer fatos realmente novos às apurações”, defende Camacho.
O especialista acredita que, com a ajuda dos robôs atualmente usados pelo Birô de Investigações e Análises (BEA, pela sigla em francês), não será difícil encontrar os registros de voz. “É extremamente improvável que esses equipamentos tenham sido destruídos ou danificados. São construídos para suportar condições adversas impensáveis”, afirma Camacho. Remora 600, o robô submarino que trouxe a caixa-preta submersa a quase 4km da superfície da água, tem 1,2m de altura, 1,7m de largura e pesa 900kg. Utilizada para explorar petróleo, a máquina pode descer 6km no mar. No primeiro mergulho, feito na semana passada, o Remora 600 conseguiu trazer à tona o chassi da caixa-preta.
A máquina só começou a ser usada na quinta e atual etapa de resgate dos destroços. Desde que o avião caiu, matando 228 pessoas a bordo, as autoridades francesas empreenderam cinco tentativas de localizar destroços (veja arte). A primeira, logo depois da queda, teve o apoio da Força Aérea Brasileira e da Marinha, quando 50 corpos foram encontrados e parte da cauda da aeronave.
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE / NOTIMP
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Robô localiza caixa com dados sobre o voo da Air France
Memória da caixa-preta do avião encontrada ontem no fundo do mar contém dados sobre o percurso da aeronave Avião caiu no Atlântico, em 2009, causando a morte de todos os 228 ocupantes; brasileiro acompanha as buscas
O BEA (escritório francês que investiga a segurança na aviação civil) informou ontem que localizou e recuperou o módulo de memória de uma caixa-preta que registrou os dados do voo 447 da Air France, que caiu no oceano Atlântico em 2009, durante o trajeto entre Rio e Paris. Os 228 ocupantes morreram.
O aparelho foi encontrado pelo robô submarino Remora 6000 e contém os registros de todas as informações do voo.
Na quarta-feira da semana passada, a agência informou que havia encontrado o chassi da caixa-preta, mas sem o módulo de memória.
De acordo com o comunicado do BEA, o módulo foi localizado às 7h (horário de Brasília) de ontem e recuperado às 13h40.
Os investigadores esperam que as duas caixas-pretas (uma com os dados do voo e outra com o registro da conversa da cabine) possam determinar o que causou o acidente com o voo 447.
O primeiro mergulho do robô em busca dos destroços do voo, localizados no começo de abril, foi realizado na manhã do dia 26 e durou mais de 12 horas.
O navio francês Ile de Sein, responsável pela operação de resgate, está na área do acidente, a mais de mil quilômetros da costa brasileira.
Segundo o BEA, 68 pessoas estão a bordo do navio, incluindo a tripulação.
Participam do resgate nove operadores do robô submarino, técnicos da empresa americana Phoenix International, proprietária dos equipamentos, e membros do escritório francês.
A FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou o resgate do FDR (Flight Data Recorder) e informou que o coronel Luís Cláudio Lupoli está a bordo do navio.
Lupoli, representante do Brasil na comissão de investigação do acidente, ainda não fez contato com a FAB para fornecer mais detalhes.
O Ile de Sein ainda está em alto-mar e a assessoria da FAB não soube informar se ele voltará para o porto ou permanecerá resgatando mais destroços.
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO / NOTIMP
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Franceses localizam caixa-preta de Airbus
VOO 447 Robô Remora 6000 encontrou, no meio do Oceano Atlântico, um dos dois equipamentos que gravam dados. Segundo a França, caixa-preta achada está em bom estado
PARIS – O trabalho de investigação sobre as causas do acidente do voo AF-447, em 31 de maio de 2009, deu ontem um passo decisivo. O Escritório de Investigações e Análise para a Aviação Civil (BEA), órgão do governo da França que apura as causas do desastre, anunciou ter recuperado a primeira das duas caixas-pretas do Airbus A330. Sem ter sido analisado, o equipamento repescado apresenta “bom estado físico”, o que eleva as chances de que as informações técnicas do voo tenham sido preservadas.
A localização aconteceu por volta das 5h de ontem (horário do Recife), segundo o comunicado distribuído pelo BEA. “A equipe de investigação localizou e identificou o módulo de memória do gravador de parâmetros – Flight Data Recorder (FDR) – nesta manhã. Ele foi trazido a bordo do navio Ile de Sein pelo robô Remora 6000”, informou escritório.
Na última sexta-feira, o BEA já havia anunciado ter localizado o chassi do FDR, mas sem o principal módulo, que protege o gravador. “Se os dados puderem ser explorados, isso vai nos permitir avançar na investigação porque o FDR registra, durante o voo, a velocidade e as diferentes posições do manche”, especificou Jean-Paul Troadec, diretor do BEA.
O objetivo é de que os dados da FDR possam ser extraídos nas próximas duas semanas. “Ela (a caixa-preta) deverá chegar às nossas instalações dentro de oito a 10 dias, tempo que um navio da Marinha vá buscá-la e nos traga de volta.”
Além dos dados do FDR, as operações no Atlântico ainda buscam a segunda caixa-preta, que registra os diálogos entre os membros da tripulação – o Cockpit Voice Recorder (CVR).
À noite, a Air France, companhia a qual pertencia o Airbus que realizava o voo Rio de Janeiro-Paris, veio a público saudar o avanço das investigações. Pierre-Henri Gourgeon, diretor-geral da companhia, demonstrou otimismo sobre as chances de esclarecer o acidente. “Essa nota etapa da investigação constitui um grande avanço porque ela (a caixa-preta) poderá fornecer informações suplementares sobre as causas do acidente, até aqui inexplicado”, disse Gorgeon.
“Nós esperamos que o BEA possa assim trazer respostas às perguntas as famílias das vítimas, a nossa companhia e a comunidade aérea mundial se fazem há quase dois anos quanto aos fatos que levaram ao trágico acidente.”
Em Paris, Jean-Baptiste Audousset, presidente da Associação Francesa de Famílias de Vítimas, saudou a localização da primeira caixa-preta, definindo a descoberta como “muito encorajadora”, mas pediu cautela. “É preciso continuar prudente e esperar para ver em que condições o gravador poderá ser explorado.”
No Brasil, o presidente da Associação de Familiares de Vítimas do Voo 447, Nelson Faria Marinho, defendeu que a caixa-preta seja analisada por um “país neutro”, para garantir a ampla divulgação de todas as informações sobre os últimos momentos antes do acidente.
Pai de um dos passageiros, Nelson cobrou que, apesar da descoberta da caixa-preta, continuem as buscas por restos mortais. "A prioridade deles é somente a caixa preta e os corpos são desprezados”, criticou. Segundo Nelson, a continuação das buscas dependerá de uma decisão da Justiça francesa.
“Na última reunião com o BEA, em Paris, dissemos que a caixa-preta deveria ser analisada por um país neutro. Os Estados Unidos têm grande experiência e avançada tecnologia. Não confiamos no BEA e no governo francês”, afirmou.
Fonte: JORNAL DO COMMERCIO / NOTIMP
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Encontrada uma caixa-preta do avião da Air France no Atlântico
Gravador achado contém dados de voo, diz órgão de investigação francês. Módulo de memória está ´em bom estado físico´, divulga o BEA.
Tahiane Stochero
A Força Aérea do Brasil informou neste domingo (1º) que foi encontrada uma das caixas-pretas do Airbus da Air France que caiu no Oceano Atlântico ocorrido em 1º de junho de 2009, deixando 228 pessoas mortas. Entre as vítimas havia 72 franceses e 59 brasileiros. Um coronel brasileiro que investiga acidentes aéreos está a bordo do navio francês que está em alto mar participando da retirada dos destroços da aeronave acidentada.
Em seu site, o BEA (Le Bureau d´Enquêtes et d´Analyses), órgão de investigação de acidentes aéreos francês, divulgou nota confirmando a localização. ´A equipe de investigação localizou e identificou o módulo de memória que registra os parâmetros do Flight Data Recorder (FDR) às 10h desta manhã GMT (7h, no horário de Brasília) e foi rebocado pelo robô-submarino às 16h40 GMT (13h40 em Brasília)´.
O gravador FDR contém os dados de voo. Outra caixa-preta, que ainda não foi encontrada, contém as informações do Cockpit Voice Recorder (CVR), que possui a gravação de voz na cabine. ´A caixa-preta parece estar em bom estado físico. Nossos especialistas nos dizem que podemos conseguir ler esses dados´, explicou Jean-Paul Troadec, diretor do BEA.
Troadec ressaltou, no entanto, que, no momento, é difícil saber se houve corrosão. ´Se esses dados puderem ser analisados, isso vai permitir que a investigação avance porque o FDR registra a altitude, a velocidade, as diferentes posições do leme´, explicou o diretor do BEA, revelando que deve levar ´de oito a dez dias´ para que o módulo seja levado para análise.
O objetivo agora é recuperar a segunda caixa-preta do Airbus A330, que registra as conversas dentro da cabine, para que o navio da Marinha leve os dois gravadores juntos. ´Se conseguirmos ler os primeiros dados, será um grande passo, mas sem a segunda caixa-preta, faltarão dados essenciais´, advertiu Troadec.
Na última quarta-feira (27), um ´mergulho´ do robô-submarino que busca as caixas-pretas do avião do voo 447 encontrou o chassi do Flight Data Recorder (FDR) do Airbus acidentado. A peça foi encontrada sem o módulo que protege e contém os dados gravados do voo. Os investigadores temiam dificuldade em encontrar a célula de dados, já que a caixa-preta havia se desprendido do chassi e poderia ter sido levada pela água do mar ou ficado presa na areia.
O compartimento estava cercado de destroços pertencentes a outras partes do avião.
As buscas pela caixa-preta começaram na última segunda-feira (25), na área onde foram localizados os destroços da aeronave. O BEA considera que uma falha nas sondas (sensores de velocidade) Pitot do fabricante francês Thales foi um dos fatores do acidente, mas considera que só terá a explicação definitiva da tragédia com as caixas-pretas em mãos.
O Brasil está participando da investigação, e o coronel da Aeronáutica Luís Cláudio Lupoli está a bordo do navio do BEA em alto mar acompanhando o trabalho com a caixa-preta. Segundo Lupoli, o trabalho está ocorrendo com ´transparência´. ´O Cenipa não está apenas acompanhando a investigação mas também participando de todo o processo e tem ciência de todos os documentos elaborados internamente pelo BEA sobre o ocorrido´, disse Lupoli, em entrevista exclusiva ao G1.
A quinta fase das buscas começou nesta semana com o navio LIle de Sein, que partiu de Dacar, no Senegal, na sexta-feira (22), com 68 pessoas a bordo, inclusive a tripulação. Segundo o BEA, dois grupos de trabalho foram formados. Um deles continua analisando as 15 mil fotos dos destroços tiradas por outros robôs na fase anterior das buscas, sobretudo as da parte traseira do Airbus, onde se situam as caixas-pretas do avião.
O segundo grupo estuda os procedimentos ligados à recuperação das duas caixas-pretas, dos calculadores de voo e de outras peças do avião consideradas úteis para as investigações, como os motores e as asas. Partes da fuselagem da aeronave, juntamente com corpos de passageiros, foram encontradas no início do mês de abril.
Corpos
O resgate dos corpos das vítimas não é prioridade para o BEA, segundo informou Maarten Van Sluys, diretor executivo da associação dos parentes das vítimas no Brasil, na última quinta-feira. Segundo ele, a informação lhe foi passada pelo órgão francês.
De acordo com Sluys, o escritório realiza reuniões diárias para planejar a fase cinco de resgate do avião, que deve começar no fim de abril. Ele informou que a prioridade seria a retirada dos destroços e da caixa preta. “Segundo eles, depois de estudos feitos por peritos, houve entendimento de que os corpos poderiam não resistir ao içamento no mar”, disse ele, completando que algum corpo pode acabar sendo içado eventualmente junto com destroços.
Em entrevista coletiva antes de embarcar no navio junto com o BEA, o coronel Lupoli informou que o governo francês irá tentar retirar os corpos. “Antes da conclusão das buscas, foram retirados do mar 50 corpos. O governo francês autorizou, nesse busca de investigação [pela caixa-preta], a tentativa de resgate dos corpos que estão no fundo do mar. [A autorização do Estado francês] É uma boa notícia, principalmente do ponto de vista humano”, afirmou o oficial da Aeronáutica.
Há temor, contudo, sobre se os corpos irão se manter íntegros durante o resgate do mar, pois estão há dois anos a cerca de 4 mil metros de profundidade.
Fonte: PORTAL G-1 / NOTIMP
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Caixa-preta deve acabar com mistério
Módulo de memória localizado pode desvendar queda de aeronave da Air France no Atlântico
Uma das caixas-pretas do Airbus A330 da Air France, que caiu no mar ao longo da costa brasileira em 31 de maio de 2009, foi recuperada ontem, dando esperança de fim ao mistério que envolve a tragédia que deixou 228 mortos. O BEA, órgão francês encarregado da investigação do acidente, informou que o Flight Data Recorder (FDR), que armazena dados do voo, está em boas condições e deve permitir a leitura das informações.
O robô-submarino que trabalha nas buscas localizou a peça às 7h de ontem no horário de Brasília.
– A caixa-preta parece estar em bom estado físico. Nossos especialistas nos dizem que podemos conseguir ler esses dados – explicou Jean-Paul Troadec, diretor do BEA.
Até o momento, os motivos da tragédia não foram explicados. Os investigadores determinaram que a falha das sondas de velocidade da aeronave, os pitot, foi uma das causas, mas consideraram que essa avaria não basta para explicar o acidente.
– Se esses dados puderem ser analisados, isso vai permitir que a investigação avance porque o FDR registra a altitude, a velocidade, as diferentes posições do leme – explicou Troadec.
O módulo deve ser levado ao BEA para análises a partir da próxima semana. Um navio da Marinha francesa deve levar de oito a 10 dias para buscar e levar a peça até o escritório do BEA. O objetivo agora é recuperar a segunda caixa-preta do Airbus A330, chamada Cockpit Voice Recorder (CVR), que registra as conversas dentro da cabine.
– Se conseguirmos ler os primeiros dados, será um grande passo, mas sem a segunda caixa-preta, faltarão dados essenciais – advertiu Troadec. Os investigadores haviam anunciado na quarta-feira a descoberta do chassi da caixa-preta, mas só agora o módulo de memória foi achado.
Familiares avaliam que dados deveriam ir para país neutro. A descoberta da primeira caixa-preta traz esperança às famílias das vítimas (59 mortos eram do Brasil).
– Significa muito porque toda a polêmica sobre a responsabilidade da tragédia, a incerteza sobre o que ocorreu, pode ser esclarecida – disse o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas do Voo 447, Nelson Faria Marinho.
O representante das famílias considerou, no entanto, que as caixas não deveriam ir para a França, porque a França é dona da Airbus e da Air France, mas deveriam ir para um país neutro, como os Estados Unidos:
– Não confiamos no BEA e no governo francês. Nós pedimos em fevereiro que um representante dos parentes acompanhasse as buscas no navio, mas fomos vetados. No entanto, o trabalho é acompanhado por representantes da Air France e da Airbus.
Marinho lembrou que as famílias estão ansiosas para saber se os corpos serão resgatados do fundo do oceano, explicando que o povo brasileiro só considera que a vida chegou ao fim com o enterro do corpo.
Fonte: ZERO HORA / NOTIMP


















