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Avião com 114 brasileiros pousa em Malta







Vaguinaldo Marinheiro.

Um voo fretado chegou à ilha de Malta na manhã de ontem levando os últimos 114 brasileiros que tentavam sair da capital da Líbia, Trípoli. Segundo o Itamaraty, 148 cidadãos ainda aguardavam para ser resgatados de barco na cidade de Benghazi.

Dos 114 brasileiros, sete são empregados da Petrobras e os demais da construtora Andrade Gutierrez.

A madrasta de Juliana Albuquerque, uma das brasileiras que chegaram a Malta, Flávia Godoy, disse estar aliviada. "Pedi para ela pegar logo o avião, o primeiro. Três horas depois de a Juliana pegar o voo, os aeroportos foram fechados."

Albuquerque disse não ter visto conflitos, mas afirmou que o grupo está exausto. Eles devem chegar amanhã ao Brasil.

Já três funcionários da construtora Andrade Gutierrez chegaram ontem ao aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Eles foram resgatados por meio de um acordo entre o Itamaraty e Lisboa.

Um avião militar C-130 da força aérea de Portugal os tirou do país com um grupo português. De Lisboa, pegaram voo para o Brasil.

Um engenheiro que se identificou apenas como José Geraldo disse que o grupo não viu cenas de violência, pois a construtora sempre os manteve em locais seguros.

"Não vi nada do que aconteceu na cidade. A viagem foi normal, correu tudo bem."

Marcos Paquetá, técnico brasileiro da seleção de futebol líbia, desembarcou no Rio de Janeiro. Ele disse à TV Globo que só percebeu a dimensão do problema no país quando chegou ao aeroporto em Trípoli. "Era o caos, 80 mil pessoas tentando entrar no mesmo lugar."

NAVIO

Uma fila de navios com pessoas tentando fugir do cenário de conflito na Líbia atrasa a retirada dos últimos 146 brasileiros do país.

Todos são funcionários da empreiteira Queiroz Galvão e seus familiares. Eles devem deixar a Líbia com destino à Grécia pelo mar porque o aeroporto de Benghazi foi semidestruído.

Um navio grego, contratado pela construtora, deixou Atenas na quarta-feira à noite, chegou ontem à Líbia, mas até o fechamento desta edição ainda não havia recebido os brasileiros. Segundo a embaixada do Brasil em Atenas, o atraso era causado por uma embarcação turca, que estava atracada em Benghazi e pretendia repatriar 4.000 turcos.

A expectativa é que os brasileiros consigam chegar a Atenas na tarde de hoje.

Ainda segundo a embaixada, todos viajam sem passaporte (que pelas leis líbias ficam retidos em Trípoli) e terão de fazer nova documentação em Atenas.

Países europeus e asiáticos também têm dificuldade de retirar seus cidadãos por mar, devido ao mau tempo. Duas embarcações com 4.500 chineses conseguiram aportar na Grécia. Os chineses disseram que a situação em Benghazi era desesperadora, com corpos pendurados em postes elétricos.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO / NOTIMP



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