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Caos mesmo, só em Confins






Principal aeroporto de Minas registra o pior índice de atrasos no país.

Webjet teve 52% dos voos fora da hora.

Passageiros que voltavam para casa após o Natal ou viajavam de férias sofreram para embarcar em Confins (MG), aeroporto que registrou o pior índice de atrasos neste domingo. Dos 86 aviões que saíram do local até as 18h, 30 não foram pontuais — o que corresponde a 34,9%. A taxa ficou acima da média nacional, de 17,8%. A estatística deixou o aeroporto mineiro com o pior índice entre os principais do país. O aeroporto do Galeão (RJ) ficou em segundo lugar no número de atrasos, com média de 23%. Em Brasília (19,8%), e nos paulistas Congonhas (19,4%) e Guarulhos (18,1%), os índices ficaram abaixo dos registrados na última semana.

A analista de sistemas Juliana Souto, 31 anos, foi uma das milhares de pessoas que sofreram para entrar no avião em Minas. Ela esperou cerca de 40 minutos para chegar à sala de embarque. “Isso porque era a fila preferencial. O lugar estava realmente abarrotado”, reclamou. Ela viajou de Belo Horizonte (MG) a Brasília pela Gol. Apesar da espera, seu voo não atrasou. “A nossa decolagem foi tranquila, e no horário. Um avião da Webjet que sairia bem antes ainda estava lá quando saímos”, disse. A servidora pública Cecília Teles, 30, estava no voo da Webjet: “Fiquei mais de três horas no aeroporto: uma na fila, que estava enorme e muito confusa, e outras duas na sala de embarque”.

De acordo com a Infraero, a maioria dos problemas em Minas ocorreu justamente nos voos da Webjet. A companhia teve sete voos cancelados ontem, até as 18h. Além disso, 52,8% das decolagens da empresa em todo o Brasil saíram 30 minutos depois do previsto. As concorrentes enfrentaram menos problemas. A TAM, recordista da última semana, teve 19,5% de seus voos atrasados ontem; seguida pela Gol, com 17%. A Azul ficou em último lugar, com 4,3%.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE / NOTIMP

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Confins lidera atrasos

O aeroporto internacional na Grande BH ocupou o ranking da lista de voos atrasados domingo, entre as principais capitais.

Companhia Webjet cancelou viagens, gerando confusão e revolta nos passageiros

Pedro Rocha Franco

Dia de caos no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande Belo Horizonte. Além da revolta de passageiros da companhia Webjet, que se exaltaram no saguão com o cancelamento de todas as decolagens e pousos previstos para este terminal aéreo durante a manhã de ontem – oito ao todo –, entre as principais capitais brasileiras, Confins, com 86 voos programados até às 18h (último balanço da Infraero antes do fechamento desta edição), tinha o maior percentual de atrasos no país, 34,9%; seguido por Salvador, com 29,4% de atrasos nos 102 pousos e decolagens agendados. Depois veio o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com 23% dos voos em atraso; e Congonhas, em São Paulo, que tinha 144 voos agendados e, desses, 19,4% estavam atrasados.

No país, até as 18h, dos 1.609 voos previstos, 286 (17,8 %) sofreram atraso e 70 (4,4 %) foram cancelados. Em relação aos internacionais, foram 18 atrasos e oito cancelamentos entre os 128 programados, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Para conter os ânimos dos passageiros da Webjet e evitar agressões em Confins, a Polícia Militar (PM) foi acionada. A justificativa para os cancelamentos foi a falta de tripulantes. A empresa cancelou o voo 5734 que iria para Fortaleza (CE), com escala em Natal (RN), e deixou os clientes revoltados. A previsão era que o avião saísse às 8h40 rumo ao Nordeste, mas o horário não foi cumprido. A alegação era a falta de tripulação, mas a Webjet não explicou os motivos pelo qual a equipe não estava completa. Ansiosos com o primeiro dia de férias, muitos se revoltaram com o atraso. Como tratava-se de uma excursão da agência de turismo CVC, na tentativa de solucionar a confusão, a companhia aérea acomodou os passageiros em outra aeronave que estava prevista para voar para Curitiba (PR). Com isso, criou-se uma “bola de neve”, pois quem iria seguir para o Sul do país também teve o voo suspenso.

Desconfiada das promessas dos funcionários da empresa, a administradora Carla Ferreira, ao saber do cancelamento do voo para Fortaleza, imediatamente procurou outra companhia para comprar passagens para ela e o marido. Como houve diferença de R$ 1,2 mil entre os bilhetes, eles registraram boletim de ocorrência para ter garantia judicial e tentar reaver o valor em negociações nos tribunais de pequenas causas. “Iríamos voltar pela Webjet, mas não quero correr esse risco de novo”, disse Carla.

E o cancelamento do voo com destino às praias nordestinas resultou em transtornos também para outros passageiros. Quem iria embarcar às 9h36 para Curitiba foi informado do cancelamento na fila do check-in e, devido à revolta, a solução encontrada pela companhia foi acomodá-los em avião da companhia Gol. Mas a saída programada era só para as 14h, segundo a Webjet. “Eles estão desvestindo um santo e cobrindo outro. A gente só oferta o que tem para ser ofertado”, criticou a assistente social Analice Gonçalves. Indo para o Sul para encontrar o filho, Maria Auxiliadora Silva teve que esperar no aeroporto pacientemente. “Tenho pressão alta, diabetes e prótese numa das pernas e não poderia ficar aqui”, disse ela, revoltada com a falta de informações em relação ao cancelamento do voo. Até a tarde de ontem, as demais companhias aéreas não registraram cancelamentos no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, apenas atrasos pontuais. O Estado de Minas procurou a Webjet, mas não obteve resposta.

Fonte: ESTADO DE MINAS / NOTIMP



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