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Anac anuncia pacote contra apagão aéreo









Agência proibiu o overbooking e determinou o endosso de passagens de outras companhias para evitar o caos nos aeroportos no mês de dezembro.

A Agência Nacional de aviação Civil (Anac) anunciou ontem a proibição da venda de passagens além da capacidade das companhias aéreas (overbooking) e determinou que as empresas endossem bilhetes emitidos por concorrentes, em casos de cancelamento. As medidas são parte do esforço para tentar evitar a repetição do caos nos aeroportos do País em dezembro, quando milhões de brasileiros devem lotar os terminais por causa das festas de Natal e Ano Novo.

O plano foi fechado em reunião com as seis maiores companhias aéreas do País, além da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Polícia Federal (PF), Receita Federal e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). A ideia é que todos atuem em conjunto para diminuir os transtornos.

A presidente da agência, Solange Vieira, estimou que a taxa de ocupação dos voos na segunda quinzena de dezembro ficará entre 90% e 95%. “É diferente de outras épocas, em que, se a pessoa perdia o voo, conseguia-se realocar mais facilmente. Nesse período, a taxa de ocupação vai para o máximo e quase não sobra espaço”, disse. Ela afirmou também que o número de embarques e desembarques chegará a 14 milhões em dezembro.

Apesar do compromisso de endosso de bilhetes das concorrentes, o diretor de Relações Institucionais da Gol, Alberto Fajerman, admite que não é possível garantir a realocação de todos os passageiros que precisarem. “A realocação vai ocorrer quando um avião não conseguir decolar e houver outro decolando no mesmo momento. Mas não dá para garantir que haverá lugar nos voos que estão saindo”, afirma.

Segundo Solange, em caso de cancelamento a empresa que vendeu o bilhete deve providenciar a recolocação do cliente em um voo de outra companhia. Se o passageiro não for atendido, deve procurar um fiscal da Anac. Ao todo, a agência vai colocar 120 profissionais nos 11 principais aeroportos do País.

A presidente da Anac afirmou que as empresas que descumprirem o acordo poderão ser punidas com restrição a autorização de novos voos e fretamentos. “Pode-se congelar autorizações de voo e não permitir fretamentos”, disse. Ela afirmou que também há a possibilidade de aplicação de multa para essa prática, mas considera as restrições punições mais fortes.

Reserva

As seis maiores companhias aéreas do país irão deixar 17 aeronaves reservas, com tripulação de sobreaviso, para as festas de fim de ano. O objetivo é evitar que problemas como o fechamento de um determinado aeroporto devido ao mau tempo, por exemplo, ocasionem atrasos e cancelamentos em toda a malha.

De acordo com a Anac, TAM, Gol, Azul, Webjet, Avianca e Trip se comprometeram a organizar os voos do fim de ano de forma a deixar esses aviões de prontidão nos principais aeroportos do país, como Congonhas e Guarulhos, ambos em São Paulo, e o Galeão, no Rio de Janeiro.

Em alguns casos, as empresas tiveram que adiantar o cronograma de manutenção para garantir que nenhuma aeronave ficasse sem condições de operar no período. Prevendo o aumento no fluxo de passageiros no fim de ano, as companhias informam que ampliaram a força de trabalho.

A TAM somará outros 350 à equipe até o final do ano. Já os serviços em terra receberam o reforço de 700 pessoas. Na Gol, segunda maior do setor, o quadro de funcionários também foi ampliado, com 150 tripulantes e 500 funcionários de apoio nos dois últimos meses.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO, via NOTIMP

Foto: Andomenda




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