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Brasil e EUA juntos na defesa






Enquanto o presidente venezuelano compra armas da Rússia, Brasília e Washington trabalham cooperação na área militar

Viviane Vaz

Brasília - O Brasil chegou a um acordo de cooperação na área de defesa com os Estados Unidos, o que inclui a realização conjunta de treinamentos militares e atividades comerciais do setor bélico. A informação foi divulgada ontem pelo Ministério das Relações Exteriores. Na semana passada, em entrevista ao jornal El Espectador, de Bogotá, o embaixador americano na Colômbia, Willian Brownfield, adiantou que Washington pretendia firmar pactos de cooperação com dois países latino-americanos. Na ocasião, ele se absteve de identificar as nações. Agora, parte do mistério está resolvido.

Segundo um comunicado divulgado ontem pelo Itamaraty, o novo acordo com os EUA tem uma cláusula de garantias que "assegura o respeito" aos princípios de integridade, inviolabilidade territorial e não-intervenção contidos no pacto de defesa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), assinado em novembro. Essa parte foi incluída após divergências entre ambos sobre a instalação de novas bases norte-americanas na Colômbia. Segundo o Ministério da Defesa, todos os membros da Unasul foram alertados sobre a negociação com os EUA, que segue as linhas de acordos similares que o governo brasileiro assinou com outros 28 países.

O acordo de defesa contempla visitas mútuas das lideranças das Forças Armadas de EUA e Brasil, contatos em nível técnico, intercâmbios de estudantes e instrutores e visitas a navios. Fora isso, a cooperação estenderá à organização de programas de tecnologia de defesa e à realização de eventos esportivos e culturais. Segundo o Itamaraty, o acordo foi estabelecido em torno de bases equilibradas, genéricas e mutuamente benéficas. Por isso, vai permitir "fortalecer o diálogo" entre os dois países e abrir novas perspectivas de cooperação no campo da defesa.

A data para a assinatura do texto ainda não foi divulgada, mas acredita-se que possa ser na semana que vem se o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula sobre a não-proliferação nuclear, em Washington ou em Brasília, durante a visita do secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates. O acordo, que começou a ser negociado durante o governo de George W. Bush, não prevê o acesso e construção de instalações militares.

O pacto entre Brasil e EUA poderá ser firmado em Washington se o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a cúpula sobre a não-proliferação nuclear ou em Brasília, durante a visita do secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates.

CORRIDA BILIONÁRIA

Brasília O presidente americano, Barack Obama, deve aproveitar o encontro de hoje com o colega russo, Dmitri Medvedev, para questionar a venda de armamento russo à Venezuela, avaliada em US$ 5 bilhões. A Colômbia, cujo governo é o maior aliado dos EUA na América do Sul, não escondeu sua irritação."A Colômbia é um país que enfrenta o desafio da violência interna, mas que não participa de corridas armamentistas", disse o mandatário Álvaro Uribe em coletiva de imprensa. Ontem, Chávez declarou que a preocupação dos EUA pela possível compra venezuelana de armas russas é "cínica", pois os americanos gastariam em armamento mais que todo o resto do mundo. Serão vendidos três submarinos diesel de tipo Varshavianka, 92 tanques T-72, dezenas de blindados BMP-3, 10 helicópteros Mi-28N, aviões de patrulha, lança-mísseis de bocas múltiplas Smerch e sistemas de defesa aérea, entre outros.

Fonte: ESTADO DE MINAS, via NOTIMP




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