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Voos mais acessíveis





Profissional e politicamente blindada, Anac cumpre melhor seu papel.

Que o número de brasileiros que embarcaram num avião em 2009 escapou dos efeitos da recessão imposta pela crise financeira internacional e continuou crescendo, já se sabia. De fato, no ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estagnado, a aviação comercial teve expansão de surpreendentes 17,7% na demanda por voos domésticos. Também era conhecida a principal explicação para esse sucesso: aumentou a concorrência entre as companhias aéreas. A entrada em operação de pequenas empresas na rota das duas quase donas do mercado provocou uma corrida de promoções e descontos nos preços das passagens. Ao final, o acirramento da disputa pelo passageiro acabou tornando a viagem de avião mais acessível a camadas da população que até então apenas sonhavam com esse conforto. Em muito casos, o bilhete aéreo chegou a ser vantajoso até mesmo em relação ao valor pago para viajar de ônibus. O que não se conhecia e acaba de ser revelado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é o quanto baixaram os preços das passagens aéreas. Foi a menor tarifa média em sete anos.

O bilhete pago pelo passageiro de avião em 2009 ficou em R$ 321,28, em mo que representa uma queda de 28% em relação à média apurada em 2008 e de 33% em relação aos R$ 421, 53 cobrados em 2002, primeiro ano da série. Os cálculos constam do relatório Yield Tarifa, que considera a origem e destino dos bilhetes aéreos vendidos para 67 ligações domésticas entre as capitais e cidades de médio porte, independentemente das conexões e escalas. A metodologia da Yield Tarifa leva em conta o número de assentos vendidos em cada base tarifária, bem como a distância, em quilômetros, entre origem e destino e receita auferida pela companhia aérea. Só são excluídas da média os preços negociados em contratos corporativos, em pacotes turísticos ou em fretamento de aeronaves, além dos assentos oferecidos gratuitamente. Os dados da pesquisa indicam que em 2009 houve aumento de 1,6% na oferta de assentos, que somaram 14,4 milhões de unidades no ano. O acirramento da concorrência impôs aos valores médios de 2009 uma redução de 27,6% na comparação com o custo de R$ 0,65855 do quilômetro voado em 2008. O preço médio das passagens naquele ano foi de R$ 445,19, atualizado pelo Índice de Preços aos Consumidor Amplo (IPCA).

Tudo indica que o setor continuará se expandindo este ano, na esteira do crescimento da economia. Em janeiro, a demanda por voos domésticos foi 31,6% maior do que registrada em janeiro de 2009. Esses são resultados que a sociedade está colhendo depois dos traumas aeroportuários e dos graves acidentes aéreos que marcaram os últimos meses de 2007, quando o governo se viu forçado a recompor toda a diretoria da Anac. Profissional e livre de influências políticas, essa agência pode, enfim, passar a cumprir o papel para o qual foram criadas esses organismos: pôr-se entre o governo e os concessionários, sempre em favor da qualidade do serviço público prestado a quem dever ser sempre o alvo principal, o usuário.

Fonte:
ESTADO DE MINAS, via NOTIMP








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