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Sobreviventes: emoção ao avistar a aeronave da FAB que localizou as balsas







Os 64 sobreviventes do Navio Veleiro Concórdia, localizados por uma aeronave Bandeirante Patrulha do Quarto Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (4°/7° GAV) e por uma aeronave C-130, Hércules, do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1°/1° GT ) da Força Aérea Brasileira, chegaram na tarde do sábado (dia 20) no Rio de Janeiro. Todos foram resgatados pela Marinha do Brasil.

“Queremos ressaltar que o encontro das pessoas, do navio e das balsas se deu graças a uma aeronave patrulha da Força Aérea Brasileira”, essas foram as primeiras palavras do Vice-Almirante Gilberto Max Roffé Hirschfeld, Comandante do Primeiro Distrito Naval (1° DN) na abertura da coletiva com a imprensa.

O Navio-escola saiu do Canadá em setembro do ano passado. A bordo, jovens entre 16 e 21 anos de nove países. Cumprindo o itinerário da viagem, passou pelo Reino Unido, Mar Mediterrâneo e África. Cruzou o Atlântico e chegou ao Recife em janeiro. No dia 8 de fevereiro partiu em direção a Montevidéu, mas, o mau tempo com ventos muito fortes e ondas de até 4 metros, fez o veleiro naufragar na quarta-feira, dia 17, a cerca de 550 km da costa do Rio de Janeiro.

“Sabíamos da previsão de mau tempo. Não era algo excepcional. Um dia antes fizemos uma preparação para esse dia ruim de mar. Configuramos as velas para o mau tempo, mas o navio emborcou totalmente a 90 graus e afundou”, contou Also Willian Curry, Comandante do Concórdia, na coletiva.

Keaton Farwell, Laurem Unsworth, Katharine Irwin e Olívia Aftergood, estudantes que estavam a bordo do veleiro, contaram que era o começo de uma aula de biologia. Alguns estudantes já estavam na sala de aula, outros ainda na área de refeição do navio, quando ele virou. Foram apenas 15 segundos para a água entrar e inundar praticamente todo o navio e logo fosse dado o sinal de socorro via satélite e de imediato foram encaminhados as para as balsas. “Sentimos frio, as ondas estavam muito altas, chovia muito, era um grande desconforto, mas com a chuva conseguimos recolher água para beber”, relataram sobre a aflição que sentiram em alto-mar.

Medo de ninguém saber do ocorrido, a possibilidade de ficar ali semanas, sabendo que poderiam acabar morrendo. Esses foram os piores pensamentos que tinham a bordo dos botes salva-vidas, segundo Keaton Farwell.

Natasha Carruthers, de 18 anos, estudante canadense, estava na hora do seu plantão no bote, quando avistou a aeronave da Força Aérea Brasileira: “Nós revezávamos de hora em hora para ficar na parte da frente do bote e ter melhor visibilidade para avistar qualquer possibilidade de salvamento. Foi na minha hora de serviço que eu vi o avião sobrevoar a gente. Usei o sinalizador do bote. Outros botes que o nosso nem conseguia avistar também fizeram o mesmo.Só então percebemos que os botes estavam próximos uns dos outros. Quando vimos que o avião tinha visto a gente, começamos a chorar. A aeronave começou a sobrevoar em círculos no local onde estávamos. Não tem como descrever a sensação de alegria”, concluiu emocionada.

Os estudantes de nove nacionalidades diferentes seguiram para um hotel do Rio de Janeiro, onde aguardariam seus respectivos consulados providenciarem os passaportes para então retornarem aos seus países de origem, conforme informações da Marinha.

Fonte: COMAR III








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