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Leilão de aeroportos no fim do ano



Iniciativa privada poderá brigar pelas concessões de Brasília, Cumbica e Viracopos em dezembro .

Rosana Hessel .

O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, anunciou sexta, durante o balanço do PAC 2, que o leilão de concessão para a iniciativa privada dos aeroportos de Brasília e os paulistas de Cumbica e Viracopos será em 22 de dezembro. "O governo está exatamente em dia com o cronograma", assegurou.

A pasta de Bittencourt foi criada em março pela presidente Dilma Rousseff com o intuito de dar um ritmo mais veloz às obras de ampliação dos aeroportos brasileiros — que já estão saturados em sua grande maioria. Ele destacou que a secretaria agora está na fase de estudos, que será terminada em setembro. Entre outubro e dezembro, ocorrerão as consultas públicas e o leilão. A previsão do ministro é que o contrato de concessão seja assinado em fevereiro.

Os maiores aeroportos brasileiros operam acima do limite da capacidade. O de Brasília, por exemplo, recebeu 40% mais passageiros do que o previsto em 2010, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ainda assim, a ampliação da unidade do Distrito Federal não ficará pronta até a Copa do Mundo de 2014 e necessitará de mais um puxadinho. O primeiro ficou pronto no ano passado.

Sob o guarda-chuva da SAC, estão a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) — que terá 49% do capital da concessionária dos aeroportos — e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável pela elaboração do edital e pela realização das concorrências públicas. O primeiro leilão será o de São Gonçalo do Amarante, em Natal (RN), em 22 de agosto. Bittencourt assegurou que o modelo de concessão prevê que não haverá aumento de tarifas aeroportuárias.

Durante a apresentação, no Palácio do Itamaraty, Bittencourt destacou ainda o avanço exponencial do setor aéreo, que supera o do Produto Interno Bruto (PIB) e também das obras nos aeroportos tocadas pela Infraero até o momento. "O aumento da renda do brasileiro e a queda nos preços das passagens têm feito com que não somente os mais abastados viajem de avião. O mercado brasileiro saltou 19% no primeiro semestre, enquanto a China, 7,7%", destacou.

Ritmo lento

No entanto, o balanço do PAC 2 apresentado pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, mostra que o ritmo das obras ainda é muito lento no setor aeroportuário. Apenas dois empreendimentos em aeroportos foram concluídos no primeiro semestre, e o total de investimentos, somados os portos, foram de R$ 6 milhões. Como forma de tentar mostrar que o governo não está parado, Bittencourt procurou destacar algumas ações de curto prazo para tentar melhorar o atendimento nos aeroportos e reduzir as filas nos balcões das companhias aéreas. Entre as poucas obras em andamento, ele destacou a construção de módulos operacionais — os "puxadinhos" — e ressaltou que, até o fim do ano, as companhias aéreas vão poder compartilhar o check-in. "Isso vai ajudar a desafogar o atendimento não somente durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, mas também no dia a dia."

Fonte: / NOTIMP









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