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Infraero paga estudo de R$ 5,3 mi para integrar aeroportos

Consultoria Tectran é contratada para interligar terminais de São Paulo e Rio de Janeiro. Outras regiões estão em análise .

Maeli Prado e Carolina Alves .

De olho na Copa do Mundo de 2014, e sob forte pressão de intermináveis críticas à sua gestão, a Infraero deu no início deste mês um primeiro passo para aprimorar a integração urbana entre os principais aeroportos brasileiros. A estatal que administra a infraestrutura aeroportuária fechou umcontrato de dois anos no valor de R$ 5,3 milhões com a consultoria Tectran, que deverá elaborar estudos na área de mobilidade urbana em17 terminais.

O destaque, de acordo com a estatal, ficará por conta da integração entre os principais aeroportos de São Paulo (Guarulhos, Congonhas e Viracopos) e do Rio de Janeiro (Galeão, Santos Dumont e Jacarepaguá). Os estudos da Tectran devem envolver pesquisas de origem e destino dos passageiros, perfil dos usuários e avaliação de capacidade das vias de acesso, além da análise da oferta de transporte público. “Esses estudos preveem a realização de levantamentos dos planos existentes nas esferas municipal, estadual e federal”, informou a estatal.

Outros aeroportos que serão avaliados pelo contrato com a consultoria serão os localizados em Brasília, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Manaus, Vitória, Campo Grande e Belo Horizonte. A estatal tambémassinou um contrato com a Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos para avaliar o ruído aeronáutico perto dos aeroportos.

Desde março deste ano, a Infraero saiu do guarda-chuva do Ministério da Defesa, comandado por Nelson Jobim, para passar a ser subordinada à Secretaria de Aviação Civil, criada através de medida provisória pela presidente Dilma Rousseff. A intenção do governo é esvaziar gradativamente a estatal, passando os aeroportos para a batuta da iniciativa privada. (Veja mais na matéria ao lado).

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (ipea) e o Sindicado Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) aponta que nove de 13 aeroportos que estão sendo modernizados para a Copa não ficarão prontos a tempo. Isso porque uma licença ambiental, por exemplo, leva 38 meses em média para liberação. Alémdisso, quando as obras ficarem prontas já estarão obsoletas para atender a demanda.

Segundo o professor e engenheiro Elton Fernandes, autor do estudo, os projetos desenhados para o aeroporto internacional de Guarulhos, por exemplo, calculam uma demanda de 27 milhões de passageiros. Esse movimento, contudo, já foi batido em 2010. “A demanda deve chegar a 37 milhões. Isso significa que as obras estarão ultrapassadas quando prontas.”

Ontem, o Senado realizou uma audiência pública para analisar esse estudo e repassá-lo na reunião da próxima semana com os presidentes da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “O governo desqualificou o estudo do ipea, agindo de forma equivocada. É preciso dar mais atenção aos processos de liberação de licenças e restauração de aeroportos. Mas preferem fingir que o problema não existe”, critica a senadora Lúcia Vânia (PSDB), que presidiu a audiência.

Contradizendo o levantamento, o superintende regional da Infraero, Willer Furtado, defende que as obras previstas nos aeroportos para a Copa de 2014 não estão atrasadas. “A última reforma no aeroporto de Congonhas foi feita em apenas 18 meses, então não vejo problemas com o tempo que temos. Não haverá atraso na entrega das obras.”

Fonte: BRASIL ECONÔMICO / NOTIMP








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