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Equipamento encontra chassi de caixa-preta do AF-447

O BEA, órgão de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos da França, divulgou nesta quarta-feira (27 de abril), que durante o primeiro mergulho do equipamento submersível Remora 6000, que durou mais de 12 horas, o chassi do gravador de dados de voo (uma das caixas-pretas do voo AF-447) foi encontrado, embora sem o cilindro que contém os dados.

O chassi estava no meio de destroços de outras partes do avião. As buscas continuam. Um segundo mergulho do Remora 6000 ocorre nesta quarta-feira.

Fonte: BEA

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Só veio a carcaça da caixa-preta

Robô resgata o chassi do dispositivo que registra a conversa entre os pilotos e as informações técnicas da viagem. Mas a peça onde estão as gravações feitas pelo aparelho não foi encontrada. As buscas continuam

Renata Mariz

O revestimento do Flight Data Recorder (FDR), uma das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 2009, matando 228 pessoas, foi encontrado ontem. Mas o conteúdo do equipamento, onde estariam gravadas as informações sobre o voo, continua desaparecido, segundo o Birô de Investigações e Análises (BEA, pela sigla em francês). A peça é o primeiro achado do robô Remora 600, utilizado desde ontem na operação de busca por destroços, localizados há um mês, que poderão auxiliar os peritos na apuração das causas do acidente. De acordo com as autoridades francesas que comandam a ação, o trabalho está focado na parte da cauda da aeronave.

A notícia da localização do revestimento da caixa-preta deixou familiares das vítimas da tragédia frustrados e desconfiados. Nelson Farinha Marinho, presidente da associação que reúne parentes dos mortos no acidente, é enfático nas críticas. “Eu simplesmente não acredito nessa informação do sumiço da caixa-preta. O revestimento é feito para suportar condições adversas, como sumiu?”, questiona. O comandante Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança de Voo do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas, esclarece que o fato é raro, mas possível de ocorrer. “Realmente não é comum que o invólucro do Flight Data Recorder se desconecte do gravador, mas, dadas as circunstâncias do acidente, pode ter ocorrido mesmo o desmembramento das peças”, diz.

Para Jenkins, encontrar o conteúdo do equipamento é só uma questão de tempo. “A menos que as marés sejam muito intensas no fundo do mar, acredito que o Flight Data Recorder está naquela área”, diz. Decepcionado com a falta do gravador que poderia, de fato, elucidar as razões do acidente, Marinho reclama da falta de transparência nas ações de busca. “A Airbus está lá, a Air France está lá. Duvido que eles produzirão provas contra si próprios. Pedimos, mas não deixaram nenhum representante dos familiares participar da operação”, queixa-se.

Marinho também não se conforma com a falta de informação sobre o resgate de corpos localizados. Em seu comunicado, o BEA não mencionou quando será retomada a retirada dos restos mortais das vítimas do acidente. Por enquanto, o órgão francês limita-se a ressaltar que os esforços estão concentrados na localização das duas caixas-pretas, essenciais para a investigação. Outras peças foram encontradas no revestimento do FRD, retirado ontem do mar. Elas deverão ser recolhidas também, apesar de aparentemente não terem qualquer relação com os gravadores dos dados do voo ou da conversa da cabine.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE / NOTIMP

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Robô submarino encontra chassi da caixa preta do voo 447 da Air France

O robô Remora 6000, que tenta localizar as caixas-pretas do avião AF 447 da Air France, realizou sua primeira missão de mergulho nesta terça-feira, e localizou o chassi da caixa preta do avião, mas sem a unidade de memória que contém os dados.

A informação foi divulgada pelo o Escritório de Análises e Investigações da França (BEA, na sigla em francês), que coordena as investigações e as buscas pelos destroços da aeronave. Durante o primeiro mergulho do robô Remora 6000, que durou mais de 12 horas, o chassi do gravador de voo do avião - Flight Data Recorder, ("gravador de dados de voo", como é chamada a caixa-preta) - foi encontrado sem o módulo que protege e que contém os dados (o módulo de memória)", diz o comunicado divulgado pelo BEA nesta quarta.

Segundo o BEA, o chassi da caixa-preta estava rodeado por destroços pertencentes a outras partes do avião da Air France. O robô realizou seu primeiro mergulho na terça-feira e o segundo na manhã desta quarta-feira. A prioridade desta quinta fase de buscas é localizar as duas caixas-pretas do avião.

Com as caixas pretas, que contêm os parâmetros técnicos do voo e as gravações das conversas dos pilotos, os investigadores esperam esclarecer as causas do acidente que matou 228 pessoas em 31 de maio de 2009, quando o Airbus da empresa aérea francesa caiu no Oceano Atlântico. No entanto, os investigadores ainda não sabem se as duas caixas-pretas poderão ser analisadas, após terem ficado quase dois anos submersas a 3,9 mil metros de profundidade.

Pouco antes de embarcar no navio Ile de Sein, em Dacar, o responsável pela investigação do acidente da Air France, Alain Bouillard, disse que "é um desafio para o BEA poder analisar o conteúdo das caixas-pretas". "Se tudo der certo, serão necessários vários dias de preparativos para ler o conteúdo delas e talvez várias semanas, se estiverem danificadas", afirmou.

As caixas-pretas são consideradas fundamentais para descobrir as causas do acidente. Se forem localizadas, elas serão colocadas em uma fragata da marinha francesa, que sairá de Caiena, na Guiana Francesa, para trazê-las à França.

O BEA disse os investigadores já têm as coordenadas geográficas precisas dos destroços, a partir da análise das 15 mil fotos tiradas por outros robôs submarinos na operação anterior, que havia localizado a fuselagem no início de abril. Isso permitirá uma intervenção mais rápida do robô Remora 6000 (ROV, na sigla em inglês - Veículo Operado Remotamente) no local onde está a cauda do avião, em busca das caixas-pretas.

Segundo o BEA, 68 pessoas estão a bordo do navio. Além de transportar o robô, o navio está equipado com um guindaste que pode içar várias toneladas de material.

Imagem

Fonte: PORTAL UOL / NOTIMP







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