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AF447: Parentes de vítimas querem que corpos fiquem no Brasil



Entidade que representa os familiares avisa que solicitou audiência à presidente Dilma, para pedir que ela interceda pela manutenção no país dos destroços resgatados pelos franceses .

Rio de Janeiro – A Associação dos Familiares de Vítimas do Voo 447 enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff solicitando uma audiência da chefe de Estado com mulheres que perderam parentes no acidente, que matou 228 pessoas em 31 de maio de 2009. Segundo Nelson Faria Marinho, presidente da associação, há uma série de reivindicações a serem feitas: “Pediremos que o Brasil não participe apenas como observador do resgate dos corpos e da caixa-preta. Queremos também que os corpos não sejam levados para a França, como o governo francês pretende fazer. Eles podem ficar em Pernambuco, como aconteceu com os primeiros resgatados”, defendeu Marinho.

Outro pedido da associação é que o conteúdo da caixa-preta seja analisado por um país “neutro”. Para o representante da organização, já que a fabricante Airbus e a empresa aérea Air France são francesas, outro país deveria ficar responsável por estudar as informações contidas no equipamento. A sugestão da associação é que o procedimento seja feito pelos Estados Unidos.

Mais um assunto a ser discutido na reunião será o pagamento de indenizações, que ainda não foi efetuado. Os familiares pedirão que o governo brasileiro interceda para que o processo seja agilizado, uma vez que, em dois anos, as famílias receberam apenas a indenização básica definida pelo Tratado de Montreal, que equivale a R$ 48 mil. “Os provedores de algumas famílias estavam no voo, e elas estão em grandes dificuldades.”

NICOLAS SARKOZY: Segundo o presidente da associação, a carta a ser enviada ao Planalto será o segundo pedido de uma audiência com a Presidência da República. O grupo tentou em outras duas ocasiões ser recebido pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, mas não teve resposta. Na semana passada, o departamento de investigação de acidentes da França, Le Bureau d’Enquêtes et d’Analyses (BEA), lançou uma missão para tentar resgatar as duas caixas-pretas e corpos das vítimas do acidente. Um navio francês de grande porte, adaptado para cabeamento submarino, é responsável pela operação, patrocinada pelo governo francês com a participação de representantes da Aeronáutica.

O local da busca foi definido no começo de abril, depois de equipamentos contratados pela França terem identificado um número significativo de destroços de grande parte da fuselagem, onde fotografias revelaram também a existência de corpos. As buscas ocorrerão no entorno de cerca de 15 quilômetros de onde se presume que tenha caído o avião.

Busca: Um navio francês atracado no porto de Dacar, no Senegal, partiu na noite de sexta-feira para a região onde desapareceu o avião da Air France, em frente à costa brasileira. O barco Ile de Sein estava previsto para chegar ao local do resgate ainda ontem, iniciando uma etapa decisiva nas investigações sobre as causas do acidente. A prioridade dessa quinta fase de operações é a busca das duas caixas-pretas do Airbus A 330-200.

O trabalho dos investigadores será facilitado porque já foi efetuada a localização geográfica dos destroços, encontrados a cerca de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira, a partir da análise das 15 mil fotos tiradas por robôs submarinos na operação anterior, que localizou a fuselagem, no início de abril.

Os especialistas do Escritório de Análises e Investigações da França (BEA, na sigla em francês) já sabem, portanto, a posição geográfica exata da parte traseira do avião, onde se situam as caixas-pretas do Airbus. Isso permitirá uma intervenção mais rápida do robô submarino que será enviado diretamente ao local onde está a cauda do avião. O aparelho, usado em atividade de exploração de petróleo, é equipado de câmeras e braços articulados, sendo capaz de manipular ferramentas para cortar a fuselagem.

Fonte: ESTADO DE MINAS / NOTIMP

Foto: Pawel Kierzkowski








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