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Aeroportos mobilizam Dilma



Rosana Hessel .

A demora do governo para resolver os problemas de atrasos nas obras de aeroportos e estádios que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 está aumentando a pressão sobre os órgãos e os ministérios responsáveis pelos projetos. Hoje, a presidente Dilma Rousseff vai se debruçar sobre o assunto e cobrar soluções de seus auxiliares diretos. Em reuniões separadas no Palácio do Planalto, ela discutirá com o ministro do Esporte, Orlando Silva, o cronograma de todos os empreendimentos relacionados ao Mundial. Com Wagner Bittencourt, titular da Secretaria de Aviação Civil, exigirá um plano factível para recuperação e ampliação dos terminais aeroportuários — o que envolverá parcerias privadas e até desestatização.

O tema também fará parte da agenda do Senado Federal. Amanhã, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), José Márcio Mollo, apresentará aos membros da Comissão de Infraestrutura da Casa um estudo feito pela entidade que destacará, mais uma vez, a crítica situação dos aeroportos brasileiros. A expectativa é de que o cenário a ser apresentado não se mostre muito diferente do que foi traçado há 11 dias pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na ocasião, o instituto revelou que 9 dos 13 aeroportos nas cidades-sedes dos jogos da Copa não ficarão prontos até 2014, e, mesmo que fiquem, estarão com sua capacidade comprometida.

“A qualidade dos aeroportos brasileiros ficou para trás há muito tempo. Não existe alternativa para a Copa. A falta de planejamento é um problema do governo há mais de 20 anos e a análise do Ipea apenas confirma isso”, comentou o professor Renato Poltronieri, especialista em direito público e sócio da Demarest & Almeida Advogados. “Acho que nossos aeroportos são muito mal administrados e mal sinalizados. Hoje, a tarifa que o brasileiro paga é muito cara diante do serviço que ele recebe”, comentou o presidente da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), Luciano Amadio.

Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) também divulgou relatório mostrando que as obras dos estádios das 12 cidades que receberão os jogos da Copa ainda engatinham. A aposta dos especialistas para que os projetos sejam acelerados é a aprovação de um regime diferenciado de contratações de obras públicas. O texto será incluído na Medida Provisória nº 521, que, entre outros temas, dispõe sobre as atividades do médico-residente.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE / NOTIMP








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