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Executivo do Safra é convidado para ocupar Secretaria de Aviação









A tentativa do governo de estabelecer uma estratégia consolidada para acabar com a crise na aviação civil nacional - um dos setores mais problemáticos do país - levou a presidente Dilma Rousseff a buscar o principal executivo do Banco Safra, Rossano Maranhão, para ser o homem forte da Secretaria Nacional de Aviação Civil, que deve ser criada para retirar o setor do âmbito do Ministério da Defesa. Convidado, Maranhão ainda não deu uma resposta ao governo, mas seu nome é extremamente bem avaliado no Planalto e na área.

A possibilidade de assumir a presidência da Infraero - com total autonomia para implementar as mudanças no setor - só é cogitada caso a secretaria, que terá status de ministério, não seja criada. "Ele é ex-presidente do Banco do Brasil, preside um banco privado importante. Não poderia ficar subordinado a uma secretaria loteada politicamente", disse um aliado do governo.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, tem acompanhado de longe as mudanças, mas pessoas próximas à presidente Dilma afirmaram que, caso esta situação ocorra, o ministro da Defesa não teria qualquer dificuldade em trabalhar em parceria com um executivo na Infraero.

As mudanças no setor aéreo também poderão levar a alterações na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Especialistas afirmam que Solange Vieira, que assumiu a presidência da Anac em 2007, junto com Jobim, dificilmente permanecerá no comando da agência no futuro formato que vem sendo desenhado pelo Planalto. Por exercer um papel regulador, a agência não tem subordinação hierárquica ao Ministério da Defesa. Mas a afinidade política entre Solange e Jobim é inquestionável.

Rossano Maranhão, atualmente presidente do Banco Safra, fez praticamente toda a sua carreira no setor público, dentro do Banco do Brasil. Ele entrou na instituição em 1976. Depois de dirigir a área de negócios internacionais do banco, chegou à presidência da instituição estatal, onde permaneceu por dois anos. Maranhão deixou a presidência do banco em 2006, quando o atual chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, saiu do Ministério da Fazenda onde foi substituído por Guido Mantega.

Próximo de Palocci, Maranhão teve, segundo parlamentares petistas, uma atuação destacada durante a CPI do Mensalão, quando o Banco do Brasil - através da Visanet - foi apontado como um dos vetores de desvios de recursos patrocinados pela empresa SMPB de Marcos Valério. "Maranhão foi fundamental para manter o banco em funcionamento, imune aos ataques sofridos pela instituição", disse um integrante da CPI.

Dilma planeja criar a Secretaria de Aviação Civil desde a campanha eleitoral. Na época, ela pretendia criar um órgão que reunisse portos e aeroportos, também com status de ministério, para abrigar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles. As negociações com partidos aliados fizeram com que o PSB ficasse com a já existente Secretaria dos Portos, o que adiou o projeto. (PTL)

Fonte: VALOR ECONÔMICO / NOTIMP

Foto: Andomenda



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