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Colômbia: Tudo pronto para resgate de reféns






Tatiana Sabadini.

Cinco reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) devem começar a ser libertados amanhã com a ajuda do Brasil. Dois helicópteros do Exército brasileiro, estampados com o emblema do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR), viajarão pela Floresta Amazônica colombiana até domingo, a fim de resgatar os colombianos em diferentes pontos do país. A ação deve dar liberdade aos vereadores Marcos Vaquero e Armando Acuña, e aos militares Henry López, Guillermo Solórzano e Salín Antonio Sanmiguel.

A missão de resgate é comandada pela senadora Piedad Córdoba, destituída do cargo no ano passado por supostas ligações com as Farc. Apesar de confirmada para amanhã, a operação dependerá das condições climáticas da região. A estação chuvosa pode atrapalhar os voos dos helicópteros. Ontem, o comboio da Cruz Vermelha com 22 pessoas — que estava concentrado em São Miguel da Cachoeira (AM), na fronteira com a Colômbia — deslocou-se até o primeiro ponto definido para a libertação dos reféns, na cidade de Villavicencio. A viagem foi atrasada por causa do mau tempo.

Durante as negociações de libertação, as Farc pediram um dia de intervalo entre cada resgate. A guerrilha também exigiu o cancelamento dos voos militares no centro da Colômbia 12 horas antes da ação. É a terceira vez que o Brasil participa de uma operação como essa. “A expectativa é muito boa. A equipe tem experiência acumulada e todo protocolo de logística está definido. Dependemos apenas da meteorologia”, disse ao Correio, por telefone, Sandra Lefcovich, porta-voz da CICR no Brasil e integrante da equipe. Segundo o cronograma da operação, a guerrilha deve libertar Marcos Vaquero amanhã. Na sexta-feira, a missão humanitária parte para a cidade de Florência para a libertação de Acuña e Henry López. No domingo, chega a Ibagué, onde serão entregues Solórzano e Sanmiguel.

Negociações
As Farc têm mais 16 prisioneiros políticos. De acordo com Piedad Córdoba, um diálogo de paz entre a guerrilha e o governo colombiano pode ocorrer em breve. Em seu perfil no microblogue Twitter, ela afirmou que até junho todos estarão livres. As negociações para o resgate que começa amanhã foram organizadas em dezembro do ano passado como um “gesto de humanidade”, de acordo com o grupo armado. As Farc também chamaram Piedade de “senadora da paz”.

Apesar do novo resgate, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, mostrou pulso firme contra a guerrilha e deu sinais de que um acordo de paz não está próximo. Em um anúncio na TV colombiana, na segunda-feira, o chefe de Estado declarou que, além de liberar todos os sequestrados, terminar com o terrorismo e combater a extorsão, as Farc também devem cortar as relações com o narcotráfico, para “haver qualquer possibilidade de diálogo”.

A luta de Santos contra o grupo armado começou quando ele assumiu o posto de ministro da defesa do ex-presidente Álvaro Uribe, em 2006. No comando do ministério, ele conseguiu a liberação de 14 reféns nos últimos dois anos, inclusive a ex-candidata à presidência Ingrid Bettancourt. Essas serão as primeiras libertações unilaterais de reféns desde sua posse, em agosto. O último resgate aconteceu em março do ano passado.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE / NOTIMP



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