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Brasil vai à OMC contra subsídio japonês à aviação






O Brasil questiona na Organização Mundial do Comércio (OMC) os subsídios dados pelo Japão à fabricação de jatos, no que pode se transformar em nova guerra comercial. O Brasil enviou um questionário ao Japão para que explique o dinheiro dado pelo governo à Mitsubishi Regional Jet. Para o governo brasileiro, há a suspeita de que a ajuda do governo não está amparada pelas regras da OMC e prejudicará as exportações da Embraer.

O questionamento está ocorrendo no marco da revisão da política comercial do Japão, que ocorre a cada dois anos na OMC. Uma disputa legal ainda não está sendo lançada e, por enquanto, o Brasil apenas cobra de Tóquio uma explicação. A diplomacia japonesa deu uma resposta ao questionário brasileiro, mas sem detalhes e de forma insuficiente, aos olhos do Itamaraty.

O Japão está se preparando para entrar no mercado de jatos regionais, hoje dominado por Brasil e Canadá. Até 2014, deverá lançar um modelo para 92 pessoas. Mas, quatro anos antes da entrada em operação, 200 encomendas já foram feitas.

Um dos focos da empresa japonesa é abocanhar um terço do mercado japonês no médio prazo, reduzindo o mercado da Embraer. Além de lançar jatos regionais, o Japão já é o maior fornecedor de peças à Boeing. Um terço das partes usadas nos novos aviões americanos vem da empresa japonesa.

Para o Brasil, o que preocupa hoje é a forma pela qual esse projeto tem sido financiado. "Isso é uma questão de grande preocupação para o Brasil", afirmou o Itamaraty na OMC. Segundo o Brasil, a questão já foi tratada em 2009, sem que o Japão explicasse o volume de dinheiro destinado pelo governo à empresa.

O questionamento vem em um momento crítico. Em Paris, Brasil, Canadá, Japão, UE e Estados Unidos assinam um acordo para estabelecer as bases do apoio de governos ao setor aéreo, área que continua sendo alvo de disputas comerciais.

Na Ásia, porém, a preocupação do Brasil não se limita ao Japão. O principal temor da Embraer é a China, com apoio estatal sem controle. Para a empresa brasileira, sem um monitoramento dos subsídios de Pequim, a futura produção de aviões na China terá impacto duro na competitividade dos jatos brasileiros nos próximos 20 anos.

Fonte:
O ESTADO DE SÃO PAULO / NOTIMP


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