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Avibras prevê recuperação a partir de junho









O presidente da Avibras Aeroespacial, Sami Hassuani, disse que, a partir de junho, a empresa deverá entrar em uma fase mais positiva, com a aprovação de projetos feitos em parceria com as Forças Armadas, que darão um novo fôlego para enfrentar as atuais dificuldades. Na semana passada, a Avibras demitiu 170 funcionários, sob a alegação de problemas financeiros, causados pela falta de contratos.

As demissões, contudo, foram suspensas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, com base em argumentos apresentados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

O processo de ajuste feito através das demissões, segundo o presidente da Avibras, já foi suficiente para que a empresa tivesse folga para esperar pela decisão do governo federal em aprovar projetos como o do Programa Astros 2020. Avaliado em R$ 2 bilhões, o projeto prevê o desenvolvimento, pela Avibras, de um conjunto de lançadores de foguetes de artilharia de saturação, em parceria com o Exército brasileiro.

O Programa Astros 2020, segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, José Donizetti de Almeida, é decisivo para a manutenção de 600 empregos na Avibras. "A direção da empresa deixou claro que se o projeto não for aprovado, haverá demissões em massa", afirmou.

Questionado sobre a demora na aprovação do projeto pelo governo, o ministro da Defesa Nelson Jobim disse que a situação da Avibras está sendo analisada com cuidado e que nos próximos 10 dias haverá uma decisão sobre o tema.

"Algumas discussões foram paralisadas durante o período de transição do governo, mas estaremos retomando isso em breve e examinando o Programa Astros 2020", explicou ontem, durante uma visita ao Parque Tecnológico de São José dos Campos, onde se reuniu com empresários do setor de defesa e representantes das instituições de ciência e tecnologia da região.

Em discurso feito para os empresários do setor, Jobim disse que se o Brasil não tiver um sistema legal que assegure a continuidade de projetos de defesa de longo prazo, não existirá nenhuma possibilidade de o país se capacitar tecnologicamente para ser independente em áreas estratégicas. "O Estado tem que estar comprometido com a permanência dos investimentos em defesa e com a continuidade dos projetos da indústria nacional", afirmou.

Fonte: VALOR ECONÔMICO / NOTIMP



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