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Argentina: Parceria contra o tráfico






Ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, viaja à Argentina para discutir programa de segurança das fronteiras, que prevê o uso das Forças Armadas pelos dois países.

Denise Rothenburg.

Buenos Aires - Na esteira da viagem com a presidente Dilma Rousseff à Argentina, alguns ministros integrantes da comitiva começam a preparar o retorno ao país para dar prosseguimento à execução dos acordos previstos nos 15 documentos assinados entre os dois governos na segunda-feira. O primeiro a desembarcar em Buenos Aires será o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ele vai à capital argentina discutir o programa de segurança na fronteira entre os dois países, apoio à questão das Ilhas Malvinas e, ainda, um tema que deixou os argentinos assustados na reunião dos ministros dos dois governos há dois dias: o uso das Forças Armadas no combate ao narcotráfico.

Não houve acordo assinado no que se refere ao uso das Forças Armadas para combate dos narcotraficantes, mas Jobim deixou claro ao governo argentino que deseja tratar do tema. Em sua fala, na reunião dos ministros brasileiros e argentinos, na segunda-feira, em Buenos Aires, Jobim citou o caso do Rio de Janeiro no ano passado. E, em seguida, sugeriu uma discussão conjunta dos dois governos para a discussão do uso das Forças Armadas no combate aos narcotraficantes.

Segundo diplomatas brasileiros, o novo ministro da Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, disse durante o encontro que a legislação argentina não permite o uso das Forças Armadas em questões internas. E que, se isso fosse feito, teria de haver mudança na legislação. Puricelli e Jobim devem voltar a esse tema na segunda quinzena deste mês, quando Jobim deve seguir para Buenos Aires, uma vez que o combate ao narcotráfico é uma prioridade das presidentes Dilma e Cristina Kirchner. Como o governo argentino cuidará do tema, entretanto, é algo que o governo brasileiro deixará para os vizinhos decidirem, uma vez que a Argentina tem ainda o Ministério da Segurança.

Ontem pela manhã, o embaixador do Brasil na Argentina, Ruy Nogueira, fez uma série de reuniões para avaliar a repercussão da primeira viagem da presidente Dilma e começar a organizar a agenda para tirar os acordos do papel. Os brasileiros ficaram extremamente satisfeitos com a importância que os argentinos deram à visita de Dilma e avaliam que não era para menos. Além de economia brasileira estar ajudando a puxar os investimentos em solo argentino, tanto o governo do país quanto os oposicionistas elogiaram o gesto de Dilma em escolher a Argentina como primeiro porto internacional.

REPERCUSSÃO Ao jornal La Nación, deputados de oposição deram declarações positivas a respeito da visita e houve quem dissesse inclusive que ajuda a compensar um pouco o fato de o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, não ter incluído a Argentina no giro que fará pela América do Sul neste trimestre.

E, já que os americanos não vão, a Argentina se aproxima do Brasil. Entre os acordos assinados ontem, o mais rápido no sentido de gerar resultados será na área comercial, com a promoção conjunta dos dois países em feiras internacionais, uma iniciativa que será adotada a pedido dos argentinos, com a criação do fórum empresarial. As grandes obras, como a construção de reatores nucleares e, ainda, a usina hidrelétrica devem ficar prontas no fim do governo Dilma.

Lula no Senegal
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou participação no Fórum Social Mundial, que ocorre entre os dias 6 e 11 em Dacar, no Senegal. Esta será a primeira viagem internacional de Lula depois de deixar a Presidência da República. Ele será a principal estrela das comemorações dos 10 anos do encontro, conhecido nos últimos anos por reunir movimentos antiglobalização. Ele voará para o país no domingo, acompanhado do ex-secretário-geral e ex-ministro Luiz Dulci e do ex-presidente do Sebrae Paulo Okamotto. A ascensão de um operário ao cargo de presidente da República era uma das bandeiras da primeira edição do evento, que debutou em 25 de janeiro de 2001 em Porto Alegre. Hoje, o ex-mandatário brasileiro é considerado símbolo do Fórum.

Fonte: ESTADO DE MINAS / NOTIMP



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