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Quem pode exorcizar o caos aéreo?






Companhias aéreas estão prontas para construir aeroportos e terminais próprios.

Até R$ 34 bilhões poderiam ser investidos para driblar as dificuldades no setor.

Por Guilherme Queiroz.

O quadro crônico de atrasos, filas e superlotação nos aeroportos evidencia a urgência de investimentos no setor aéreo. Inepto na solução do problema, o governo agora decidiu abandonar o ultrapassado monopólio da Infraero sobre o setor aeroportuário por um novo modelo que pode fazer das companhias aéreas parceiras na modernização dos aeroportos. “Todas as companhias aéreas estão saudáveis, têm capacidade de investimento em frota e tecnologia”, diz Marco Antônio Bologna, presidente da TAM.

Para as empresas, só resta saber que alternativas de participação do capital privado serão contempladas no novo modelo. “Há várias possibilidades. Pode ser como nos Estados Unidos, onde é comum a construção de terminais privativos”, disse à DINHEIRO o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Com isso, as companhias poderiam administrar seus próprios terminais, com áreas de check-in exclusivas e com autonomia para alocar seus aviões nos portões de embarque.

Essa modalidade de serviço exclusivo atrai a Azul, seguindo a bem-sucedida experiência da americana Jet Blue, também fundada pelo americano David Neeleman. Em 2005, a companhia construiu o Terminal 5 a seu gosto, com 26 portões de embarque para atender seus clientes no aeroporto JFK, em Nova York.

Erguer uma estrutura desse tipo no aeroporto de Viracopos, base operacional da empresa, é uma opção que interessa à Azul. “O terminal privado teria a nossa cara”, diz Adalberto Febeliano, diretor de relações institucionais da Azul.

A TAM, por exemplo, pode construir uma área própria de logística, para administrar o transporte de mercadorias. Seria uma alternativa ao aeroporto de Guarulhos, por onde passam 54% da carga aérea do País.

“Temos total interesse em investir num terminal de cargas”, afirma Bologna. “Se a lei permitisse, já teríamos feito.” A consultoria McKinsey estima em até R$ 34 bilhões – 60% do total apenas em terminais – o aporte necessário para adequar os serviços aeroportuários.

Uma alternativa apoiada pelo setor é a construção de um aeroporto em Caieiras, a 35 quilômetros de São Paulo, pela A-Port, braço da Camargo Corrêa criado para investir em projetos no setor e responsável pela gestão de aeroportos em Honduras, Chile, Colômbia e Curaçao.

“Estamos só aguardando as definições do governo”, diz Flávio Machado Filho, vice-presidente de relações institucionais da Andrade Gutierrez, sócia da A-Port no projeto. A Odebrecht Transportes, sócia de aeroportos em três países – Líbia, Estados Unidos e Moçambique –, também está de prontidão. “Acreditamos muito no potencial desse setor”, afirma Randall Saenz Aguero, diretor de investimentos de transporte aéreo da Odebrecht.

Fonte: REVISTA ISTO É DINHEIRO / NOTIMP



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