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Porto Alegre: Um dia histórico para o aeroporto






Retirada de 450 famílias que ocupam área invadida na Vila Dique permitirá o início da ampliação da pista do Salgado Filho.

Carlos Etchichury.

A desocupação de parte de uma área invadida na Vila Dique, na Zona Norte, formalizada hoje pela prefeitura, é um marco histórico para Porto Alegre. A partir da remoção de 450 famílias, será possível começar a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que poderá receber aeronaves comerciais e de carga empregadas em voos transcontinentais.

Concebido pela primeira vez em 1997, o plano de ampliação do Salgado Filho sucumbiu à burocracia durante mais de uma década. Sucessivas gestões, por equívoco ou incompetência, permitiram as ocupações irregulares e omitiram-se em retirar os invasores. Com moradores vizinhos à pista, era impossível a ampliação dos atuais 2.280 metros da pista do aeroporto para os recomendáveis 3.200 metros. Com a pista mais curta, torna-se inviável decolagem e aterrissagem de aeronaves de grande porte, gerando prejuízos econômicos e sociais para o Estado.

A faixa menor acarreta dissabores diários. E não só pelos gigantes que deixam o Rio Grande do Sul fora de suas escalas. Operações domésticas também têm perdas. Como a pista atual não comporta a instalação do ILS categoria 2 (Instrumental Landing System), que permite o funcionamento do aeroporto com pouca visibilidade, o equipamento, avaliado em R$ 5 milhões, permanece desativado. O Salgado Filho segue operando apenas com o ILS categoria 1 – incapaz de oferecer segurança em dias de neblina severa.

A liberação da área que permite a ampliação da pista é comemorada pelo superintendente da Infraero no Estado, Jorge Herdina. Ontem, ele definiu como “histórico” o momento:

– É um objetivo alcançado porque é uma atividade complexa o reassentamento destas famílias. Iremos nos colocar entre os principais aeroportos do país.

Para concluir as obras, porém, será necessário remover mais 1.042 famílias da Vila Dique e outras 1.113 residentes na Vila Nazaré, totalizando a retirada de cerca 9,1 mil pessoas.

– É a maior remoção da história de Porto Alegre de um único lugar num período contínuo. As outras grandes remoções foram realizadas ao longo de várias períodos – diz o diretor do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), Humberto Goulart.

Em paralelo, o Estado, por meio da Secretaria de Habitação, negocia a saída de 157 famílias do bairro Floresta. Moradores de classe média, eles habitam áreas regulares. O longo caminho a ser percorrido não intimida Herdina a reafirmar uma meta:

– Pretendemos concluir as obras no primeiro semestre de 2013.

Fonte: ZERO HORA / NOTIMP




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