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Ponte aérea






Luiz Carlos Azedo, com Leonardo Santos.

Em dezembro passado, os aeroportos brasileiros realizaram 13,2 milhões de embarques e desembarques domésticos em razão das férias escolares e das comemorações de Natal e de ano-novo. É incrível, mas a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) comemora o fato de que o índice de atrasos acima de 30 minutos continuou no mesmo patamar, de 20%, e o de cancelamentos, em 5%, “mesmo com o crescimento expressivo do movimento de passageiros”. Foram 2 milhões a mais.

É bem verdade que tudo na vida poderia piorar, como explica a velha Teoria das Duas Hipóteses, de Apparicío Torelly, o Barão de Itararé. Mas a mesma prancheta da presidente da Anac, Solange Vieira, mostra que o número de pessoas amontoadas nos aeroportos ou que voltaram para casa sem viajar aumentou. E não foi pouco. Por exemplo, 2,64 milhões de passageiros penaram com os atrasos, quatrocentos mil a mais do que em dezembro de 2009. Outros 660 mil deixaram de viajar, 100 mil a mais do que em 2009.

Ou seja, o problema não diminuiu nem estacionou. Na verdade, aumentou. A propósito, é preciso reconhecer o mérito dos aeronautas e dos aeroviários. Suspenderem a greve que estava programada para arrancar um aumento de salário às vésperas do Natal. Quem pisou na bola foram as companhias aéreas, cujos aviões muitas vezes deixaram de decolar porque as tribulações estavam com excesso de horas de voo.

Perigo no ar

Todos lembram do desastre do voo 1907 da Gol com destino a Manaus que caiu na Amazônia, matando seus 154 passageiros, depois de abalroado por um jato Legacy que, mesmo avariado, conseguiu pousar em segurança. Nenhuma medida administrativa foi tomada nos Estados Unidos — e nem no Brasil — contra os pilotos norte-americanos responsáveis pelo acidente, conforme provas apresentadas à Justiça Federal. Joseph Lepore e Jean Paul Paladino continuam trabalhando para as empresas American Airlines e Excel Aire.

Protesto

A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907 cobra providências do Itamaraty e da Anac para uma punição administrativa contra os pilotos norte-americanos. “Queremos que os pilotos sejam presos e que também percam as licenças para pilotar (brevês)”, protesta Rosane Gutjhar, viúva de um dos passageiros mortos.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE / NOTIMP




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