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Maus serviços em Recife









A American Airlines precisa de uma fiscalização mais atenta da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC. A qualidade do serviço da companhia americana tem deixado a desejar, causando transtornos aos passageiros. O mais recente foi o cancelamento do voo AA980 (no sábado, dia 15/1) por problemas técnicos na aeronave, segundo relato de passageiros, que chegaram a embarcar e permaneceram dentro do avião por três horas, até saberem que a viagem não aconteceria naquele dia. Passageiros se revoltaram ao não receber garantias de que haveria assentos para todos no embarque marcado para o dia seguinte e reclamaram que a ANAC não fez valer seus direitos de consumidor.

Além da revolta, angústia, apreensão e medo tomam conta dos passageiros nesta hora. A acomodação em hotéis do Cabo de Santo Agostinho e Porto de Galinhas foi só um paliativo, posto que a maioria os usuários têm programação previamente acertada a cumprir no exterior e muitos estão em viagem de férias, com hotéis reservados e dias contados. É frustrante para qualquer pessoa planejar uma viagem ao exterior e na hora H ver esse sonho frustrado ou adiado.

Não foi a primeira vez que houve problema com um voo da American Airlines, que destina para suas viagens entre o Recife e Miami aeronaves já bastante voadas, desconfortáveis e com um serviço de bordo criticado pelos clientes da classe econômica. A empresa americana é reincidente: há menos de seis meses ocorreu evento semelhante com um grupo de adolescentes que seguiam para Miami de férias. O tumulto no aeroporto foi grande. A polícia precisou ser acionada para conter ânimo dos pais que aguardavam para embarcar seus filhos para os Estados Unidos, ao saber do atraso no voo.

O prejuízo com adiamentos de voos não é somente para quem viaja. A empresa perde em credibilidade. O usuário termina optando por outra companhia, que lhe ofereça melhor serviço, com regularidade e pontualidade. Vale lembrar que a American Airlines já foi condenada pela Justiça brasileira a pagar indenizações a título de dano moral não só por atraso de voo em virtude cancelamento por devido a problemas técnico em aeronave, como por extravio e violação de bagagem. Tais fatos devem ser denunciados à ANAC, a quem cumpre a ação fiscalizadora.

A ANAC foi criada com a missão de promover o segurança e a excelência do sistema de aviação civil, de forma a contribuir para o desenvolvimento do País e o bem-estar da sociedade. Sua meta é ser uma autoridade modelo da aviação civil internacional, atingindo um dos cinco menores índices de acidentes do mundo, até 2014. Há ainda muito o que fazer para a ANAC atingir esses valores, embora o índice de acidentes tenha diminuído no último ano.

Falta acima de tudo a ação preventiva e a fiscalização, que é alvo de críticas constantes, principalmente por causa do caos nos aeroportos nos feriados ou na alta estação, em períodos de férias. E ao que parece, pouco tem adiantado fazer queixas à ouvidoria da ANAC. Na internet há vários depoimentos de passageiros que reclamaram de cancelamentos de voos e não obtiveram pronunciamento da agência. Seria o caso, então, de o Ministério Público Federal e os órgãos de defesa do consumidor agirem.

O caso da America Airlines não é único. Na verdade, Pernambuco não tem tido muita sorte com voos internacionais, em especial para os Estados Unidos. A Delta Airlines não conseguiu se firmar com um voo ligando o Recife a Atlanta, na Geórgia, um destino mais para negócios do que para turismo, motivo da maior parte das emissões de passagem do viajante pernambucano ao exterior. Um das razões foi justamente o de deixar em solo os passageiros que deveria embarcar no dia e hora marcados no bilhete. Com relação a Europa, é diferente, a TAP mantém sua frequência diária, concorrida e com um padrão de serviço bastante aceitável.

Nova ligação ao Velho Continente está prevista a partir de fevereiro, quando a espanhola Iberia começa suas operações no Aeroporto Internacional dos Guararapes, ligando Recife a Madri. Espera-se que a companhia disponha para fazer a rota algumas de suas melhores aeronaves e ofereça conforto e pontualidade aos passageiros. A ANAC deu autorização para a operação da Iberia. Cabe, agora, fiscalizar.

Fonte: JORNAL DO COMMERCIO / NOTIMP



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