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Confins espera ampliação






O ano de 2011 será para acompanhar com lupa o desenrolar das promessas de ampliação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Saturado há pelo menos dois anos (só em 2010 transportou 7,2 milhões de passageiros, contra uma capacidade de 5 milhões), o aeroporto precisa com urgência de melhorias não só para atender à demanda crescente por voos domésticos e internacionais como para se adequar às exigências da Copa do Mundo. Faltam três anos e meio para o torneio.

No início do mês, a Infraero finalmente deu sinal verde para a reforma do atual terminal de Confins, agora chamado de terminal 1. Depois de vários atrasos, um deles inclusive em meio ao caos aéreo do fim do ano passado, a estatal lançou o edital de licitação. As propostas devem ser abertas em 21 de fevereiro e, pelas contas da empresa, as obras devem começar em maio. É pouco. O terminal 1, mesmo reformado, já é insuficiente para atender à demanda futura do aeroporto.

A saída proposta pelo governo de Minas à Infraero para adequar Confins ao movimento previsto de passageiros é a construção de um segundo terminal. Já no segundo semestre de 2009, o governo do estado havia entregue à estatal um diagnóstico para o terminal 2 feito por uma consultoria de Cingapura. Um novo estudo técnico preliminar será entregue este mês. Dirigentes da Infraero, que precisa garantir os recursos, disseram que haverá esforço pela construção do terminal 2.

“Estamos trabalhando com o governo para estabelecer um cronograma para viabilizar o terminal 2”, disse no início do mês Mario Jorge Fernandes de Oliveira, superintendente regional da Infraero. “Posso dizer que o aeroporto vai estar adequado ao crescimento da demanda”, ele acrescentou. A nova secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas, Dorothea Werneck, espera que a licitação para o projeto executivo da obra seja feita nos próximos meses e que o projeto fique pronto até o fim do ano. A licitação da obra seria feita no início do ano que vem.

A expectativa do governo do estado é de que a reforma do terminal 1 e pelo menos a primeira fase do terminal 2 fiquem prontos até a Copa, o que daria mais fôlego ao aeroporto de Confins. Remodelado, o terminal 1 passaria de uma capacidade de 5 milhões para 8 milhões de passageiros ao ano. A primeira etapa do terminal 2, por sua vez, garantiria atendimento de mais 5 milhões de pessoas ao ano. Dessa forma, Confins teria capacidade para 13 milhões de passageiros em 2014, ano do Mundial. A meta de chegar a uma estrutura para 18 milhões de usuários ficaria para 2020, quando seria inaugurada a segunda fase do terminal 2.

Se saírem do papel a tempo, como esperam os passageiros, as obras mudarão a cara de Confins. Pelo projeto de reforma do terminal 1, orçada em R$ 295 milhões, a área vai aumentar de 60,3 mil metros quadrados para 67,6 mil metros quadrados. Os automóveis não vão poder mais transitar entre o terminal de passageiros e a área comercial, espaço que será transformado em uma via de trânsito mais larga, restrito à circulação de pessoas. Serão construídos ainda seis elevadores panorâmicos (quatro nas laterais e dois no centro), sete elevadores para passageiros e quatro para cargas. Já o terminal 2, cujo orçamento ainda está fechado, seria instalado ao lado do segundo estacionamento.

Alertas

Vários alertas sobre a necessidade urgente de investimentos não apenas em Confins como em outros aeroportos brasileiros tem sido feitos nos últimos dois anos. Em um deles, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), avaliou no início de 2009 que os grandes aeroportos brasileiros podem enfrentar sérias dificuldades de operação antes mesmo da Copa do Mundo, em 2014. Levantamento indicou problemas em 16 aeroportos localizados nas 12 cidades-sedes dos jogos do Mundial.


Na época, os aeroportos já apresentavam problemas como volume de pessoas acima da capacidade, filas de check-in, salas de embarque lotadas, falta de estacionamento para aeronaves e veículos e pátios com impossibilidade de os aviões pernoitarem. O levantamento apontou que diversos aeroportos já operavam com volume de passageiros acima da capacidade anual: Viracopos (SP), Guarulhos (SP), Confins (MG), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR).


Em meio aos sinais do governo Dilma de que pode capitalizar a Infraero ou mesmo recorrer a privatizações como forma de captar recursos para a melhoria do setor, passageiros de Minas esperam que o governo federal garante os investimentos necessários ao funcionamento adequado de Confins.

Fonte: ESTADO DE MINAS / NOTIMP



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