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Brasil e Argentina terão reator conjunto






Visita de Dilma ao país vizinho terá parceria nuclear como resultado.

Presidente brasileira inicia na segunda-feira sua primeira visita internacional desde que assumiu o cargo.


Claudia Antunes, Juliana Rocha e Ana Flor.

Brasil e Argentina assinarão nesta segunda, na visita a Buenos Aires da presidente Dilma Rousseff, um acordo para a construção de dois reatores nucleares de pesquisa. O projeto intensifica a cooperação na área de engenharia nuclear.

Com fins pacíficos, o reator servirá para testes científicos e produção de elementos usados na medicina. Como explicou o subsecretário-geral de América do Sul do Itamaraty, Antonio Simões, ele não pode ser usado para enriquecimento de urânio.

O acordo será entre a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e sua contraparte argentina, a CNEA. O país vizinho tem mais experiência na área, uma vez que já fabrica reatores na estatal Invap. Feito o projeto, cada país o usará para a construção do seu próprio reator -o brasileiro pode vir a ser fabricado pela Invap.

O Brasil quer ser autossuficiente na produção de isótopos usados em exames de imagem e no tratamento de doenças como câncer.

Segundo Simões, o reator deve levar cinco anos para ser construído. A CNEN estima os custos em R$ 850 milhões. "A indústria nuclear não é barata, mas é agregadora", disse o diplomata.

NÃO DAR AS COSTAS

Em uma fala que relembrou as críticas que seu antecessor fazia aos governos passados, Dilma afirmou ontem que o Brasil não "vira mais as costas" para a Argentina para olhar apenas para a Europa e EUA.

O país vizinho é considerado pelo governo um aliado vital na América do Sul e uma das prioridades na política externa brasileira. Tanto que foi escolhido como destino da primeira viagem internacional da presidente como chefe de Estado.

"A Argentina é esse parceiro para o qual, no passado, o Brasil dava as costas e olhava só para a Europa e para os Estados Unidos. Hoje, sem ser em detrimento da Europa e dos Estados Unidos, a gente tem de perceber que o desenvolvimento do nosso país implica necessariamente em nós fortalecermos o desenvolvimento da região", disse ela, em Porto Alegre.

Os temas a serem tratados entre Dilma e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na segunda-feira, vão desde as relações comerciais entre os dois países até acordos nas áreas de energia e social.

Além da cooperação nuclear, serão assinados acordos para construção da Usina Hidrelétrica de Garabi.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO / NOTIMP


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