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Atraso em Brasília é o dobro do país









Jorge Freitas.

A falta de tripulações na TAM, Webjet e Gol e de fiscalização por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) explicam o caos aéreo que submeteu passageiros a atrasos e a constrangimentos nos principais aeroportos brasileiros. Ontem, embora menor que nos dias anteriores, o total de embarques acima do prazo de tolerância de 30 minutos foi o dobro da média nacional no Aeroporto Internacional de Brasília: 21,5% na capital federal contra 11,5% no país. No total, a TAM atrasou 108 vezes, com índice de 15,9%; a Gol 77 (11,3%); e a Webjet, 5 (5,2%).

Apesar da suposta normalização do atendimento pelas companhias, o martírio de muitos usuários ultrapassa o incômodo dos atrasos. A passageira Beatriz Coelho da Silva, por exemplo, reclama porque a Gol não está respeitando as regras estabelecidas para uso de milhagem. “Viajei para Recife em 27 de dezembro e comprei a passagem de ida com milhagem da Gol. Quando voltei, não havia recebido o e-mail de confirmação. Mesmo assim, minhas milhas haviam sido cobradas”, relatou.

Aumentam o quadro de reclamações dos usuários e as queixas contra o tratamento dado pela Webjet às bagagens. Muitas delas, segundo passageiros da companhia, chegaram em suas residências e não nas esteiras do aeroporto. O fato vem ocorrendo, segundo especialistas, porque a empresa transporta os clientes e as malas em aviões diferentes, para contrabalançar o peso do combustível.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Gelson Fochesato, atribuiu a redução dos atrasos de ontem a uma manobra de logística das empresas. Segundo o sindicalista, elas usaram o artifício de atrasar as partidas por 25 minutos, a fim de não ultrapassar a tolerância da meia hora, e embarcaram no mesmo avião passageiros que compraram bilhete para o voo seguinte. O diretor do SNA, João Pedro Sousa Leite, disse que está ocorrendo uma manipulação nas estatísticas da Infraero e que a empresa tem colocado pessoas em espera, fora da vista do público. “Estão simulando a realidade.”

Fochesato negou que esteja ocorrendo uma operação-padrão por parte dos tripulantes da TAM. A seu ver, os profissionais estão apenas trabalhando conforme os manuais. “O nome operação-padrão está incorreto. Os trabalhadores estão é evitando o excesso de jornada de trabalho”, disse.

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE / NOTIMP

Foto: Agencia Brasil




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