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Rio: Uma noite no coração do mal carioca









A reportagem de ÉPOCA passa 24 horas no Complexo do Alemão e revela o que mudou desde a ocupação – e o que ainda precisa ser feito.

Nelito Fernandes,Martha Mendonça e Leopoldo Mateus.

O calor é sufocante e úmido, daqueles que antecedem temporais. Chegamos ao pé do Morro da Pedra do Sapo, do lado norte do Morro do Alemão, às 16h45. O complexo de favelas está ocupado por policiais e militares desde domingo 28 de novembro. Subimos eu, o fotógrafo André Valentim e duas pessoas que fazem um trabalho social na região. Serão nossos guias locais e o salvo-conduto, caso encontremos com algum marginal. Logo na entrada do morro, três soldados do Exército e dois policiais fazem a guarda. A polícia espalhou blocos de concreto para impedir o acesso de carros. Os militares perguntam o que vamos fazer lá. Revistam nossas mochilas calmamente, sem intimidação. O acesso é liberado. Subimos a escadaria ofegantes até o topo do morro. A vista é deslumbrante. Surge o Rio de Janeiro sob um ângulo que não aparece nos cartões-postais. O céu cor de chumbo é riscado por raios, com o mar no horizonte. Outro mar, de barracos, faz da igreja da Penha uma ilha. Impossível não pensar na imagem da igreja no meio do inferno. De lá, vamos caminhar pelas vielas do Complexo, dormiremos na favela e só sairemos no dia seguinte, depois de passar 24 horas no lugar chamado pela polícia carioca de O coração do mal. Veremos o Rio sob outro ponto de vista.

À volta, chama a atenção o número de casas vazias, deixadas para trás por moradores que temiam um banho de sangue. Muitos dos que ficaram não saem para trabalhar, de medo da polícia. “Minha patroa disse que, se eu não for amanhã, vai me mandar embora. Queria ver ela sair de casa se morasse aqui”, diz uma doméstica.

Dos morros do Rio, o Alemão é aquele em que a ausência do Estado se faz mais presente. Em toda a favela, o nome da facção dominante é pichado nos muros. No Alemão, a marca do Comando Vermelho é exibida com o requinte das obras de arte. Quem pintou aquilo sabia que não seria incomodado. Nos desenhos, canhões, fuzis e nomes de bandidos. Os pinguins do desenho animado Madagascar empunham metralhadoras e granadas. “Nem tenta que nós larga o prego”, diz uma frase intimidadora. Pelo chão, serpenteia a água negra do esgoto. O cheiro acre arde nas narinas.

No caminho até o topo, somos abordados por quatro moradoras, com queixas contra os policiais: furtos de eletrodomésticos e dinheiro, meninas de 15 anos bolinadas em revistas, em meio a gargalhadas dos PMs. Lá em cima um vigia se aproxima e diz que a polícia levou R$ 3 mil e que os policiais quebraram sua TV e rasgaram seu sofá atrás de drogas. Ele não deu queixa. “Pra quê? Não tenho para onde ir. No morro é assim mesmo. Quando não é o bandido, é a polícia”, diz, enquanto nos oferece um prato de jaca gelada. Ouviremos dezenas de relatos como esse no morro.

Pelo acordo que fizemos com a família que nos hospedou, não diremos o nome da favela em que ficamos. Ninguém será identificado. Moradores nos contam que os bandidos sem passagem pela polícia continuam por lá. Em pequenos grupos, cochicham, olham para os lados. São os mesmos que, dias atrás, estavam de fuzil na mão, falando alto e dando ordens. Como não são procurados nem têm ficha criminal, não são presos. Em caso de “dura”, a revista policial, dizem que estão desempregados ou são camelôs. Mães complacentes confirmam a história para a polícia.

Sem camisa e com os pés sujos de barro, Antônio, de 13 anos, diz que é bom a polícia estar ali
Há um personagem novo nas favelas: os “cracudos”, viciados em crack, párias ridicularizados pela polícia e pelos bandidos. Andam pelas vielas falando sozinhos e sujos como mendigos. Alguns bandidos se disfarçaram de “cracudos” e fugirão na primeira oportunidade. Boa parte da mão de obra recrutada pelos traficantes para queimar carros no Rio é formada por cracudos. Em algumas favelas, traficantes ainda vendem drogas, discretos, sem armas.

A influência do tráfico estende-se à proibição de palavras. Em áreas dominadas pelo Comando Vermelho, ninguém pode dizer “a gente”. Só pode falar “nós”, por causa do bordão dos traficantes: “É nóis”. O resultado é uma saraivada de “nóis tava”, “nóis fomo”, “nóis isso, nóis aquilo”.

O morador que comia jaca nos leva ao lugar onde o jornalista Tim Lopes foi executado, em 2002, por traficantes do Alemão, depois de ser flagrado filmando uma feira de drogas. Há ali um buraco das obras do PAC. Fico em silêncio e rezo pelo colega que não conheci. A breve contemplação é quebrada por estampidos ao longe. Instintivamente nos agachamos e buscamos proteção. Arrependo-me de não ter levado o colete que a Secretaria de Segurança nos ofereceu. (Recusei porque a peça, igual à dos policiais, poderia nos transformar em alvos.) O último estampido, grave e longo, nos alivia: são apenas fogos de artifício.

Passado o susto, um menino puxa conversa. “É bom a polícia estar aqui”, diz. Tem 13 anos, se chama Antônio, está sem camisa e descalço, os pés sujos de barro. Diz que quando crescer quer “trabalhar com computador”. Sente-se mais livre desde a ocupação da polícia. “Esses bandidos eram muito abusados”, afirma. E sai correndo, atraído pelo futebol no campinho.

A noite cai. Com ela, a falta de luz que já dura três dias. A Rua Joaquim de Queiroz, principal da Favela da Grota, que corta o Complexo do Alemão ao meio, está cheia de gente, apesar da escuridão. Favela cheia é sinal de favela tranquila. Seremos revistados mais uma vez, a terceira. A abordagem não é tão simpática quanto as outras. Vemos as silhuetas, parcamente iluminadas pela única fonte de luz do lugar, o lampião de um mercadinho. Na caminhada até a casa em que dormiremos, ouvimos fragmentos de conversa: “Fugiram pela (rua) Ubatuba”, “Não sei se vai durar”, “Bateram no Jorge”. O assunto invariável é a ocupação.

Esbarramos em dezenas de barricadas erguidas pelos traficantes para evitar a entrada da polícia. Todas construídas com a mesma técnica: quatro pedaços de trilho de trem fincados no chão. Um dos trilhos, móvel, pode ser retirado para permitir a entrada de carros. E tem outra função, mais cruel: se um policial se agacha para retirá-lo, torna-se um alvo fácil.

A fuga dos bandidos virou lenda no morro. Alguns elogiam os traficantes, dizem que eles se foram para evitar o banho de sangue e proteger os moradores. As versões para a escapada incluem a estratégica saída por tubulações e outras mais folclóricas, como homens fugindo com roupa de mulher. O “macedão”– nome dado pelos bandidos aos sacos de dinheiro do tráfico, em referência ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal – teria sido levado por policiais. Até a falta de luz sobra para a polícia. “No tempo do tráfico, mandavam ligar rapidinho”, diz um morador. A dona de casa Elisabete foi uma das poucas com a coragem de denunciar. Contou à Corregedoria que PMs levaram R$ 29 mil de seu irmão. Eram, afirma ela, as economias da vida toda do mecânico de máquinas pesadas, que cria sozinho um filho deficiente. “Disseram que era dinheiro do tráfico”, diz, chorando. “Alguns policiais confundem as coisas”, diz Celso Athayde, da Central Única das Favelas, que percorre o Alemão anotando queixas dos moradores.

Com o tempo e a confiança conquistada, começam a surgir enfim histórias contra o tráfico. Um vendedor lembra que 15 bandidos em fuga invadiram sua casa há cinco anos. Foi obrigado a escondê-los num porão. Disse que, se a polícia perguntasse, ele os entregaria. “Ficaram feito doidos, mas eu disse que não podia ser cúmplice. Fiquei na sala com meus filhos. Meus filhos me viram com muito medo.Você sabe o que é isso, sentir medo na frente dos filhos?”, diz. Agora, enquanto estava fora, policiais reviraram seus móveis e roupas. Quebraram o vidro das portas, a pontapés. Para prevenir ataques como esse, os moradores passaram a colar avisos na porta, com telefones, pedindo para os policiais ligarem.

Dormimos no chão. acordo na madrugada, sobressaltado com o som de vozes
A favela vai ficando silenciosa enquanto a noite avança. Dona Claudir lembra que, à noite, o barulho das motos dos traficantes era enlouquecedor. Com medo, ela não conseguia dormir e tinha diarreia de madrugada. Agora, também não dorme. “É um silêncio muito grande, me acostumei com o barulho.” Também durmo mal. Por precaução, deitamos no chão. Acordo sobressaltado na madrugada, com vozes na rua.

Pela manhã, a favela sofre outra invasão. O Estado faz notar sua presença. Dezenas de operários, funcionários da prefeitura e policiais andam pelas ruas às 8 horas. Muitas lojas do comércio continuam fechadas. Moradores caminham para o ponto de ônibus. A Defensoria Pública e a Secretaria Municipal do Trabalho prestam serviços. Funcionários da Secretaria de Obras tentam fechar a cratera aberta pelos traficantes no meio da rua para deter os blindados. O trabalho de reconstrução vai levar dias. “A gente não tinha paz, tomara que não vão embora”, afirma a dona de casa Antônia. Ela conta que sua casa foi revistada duas vezes pela polícia, que foi respeitosa e nada roubou. Seu neto de 8 anos, diz ela, acha que os traficantes podem voltar a qualquer momento. Outra preocupação dos moradores é o custo da legalização. Saem os “gatos”, entram as contas de água e luz. A TV a cabo clandestina, que custava R$ 30 por mês, foi cortada. Uma operadora instalou quiosques que vendem pacotes por R$ 50, um valor alto num lugar onde o aluguel custa R$ 300.

À tarde, chega um visitante ilustre: o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, com a cúpula da polícia. Não usam coletes. À exceção de Beltrame, todos vestem camisas de times de futebol. Beltrame foi de branco. Ele segue pela rua onde funcionava o feirão de drogas flagrado por Tim Lopes. É observado como se fosse um alienígena. Recebe um ou outro aceno tímido. Uma moradora reclama que os PMs entraram em sua casa e tentaram roubar R$ 2 mil. Diante do escândalo que ela fez, foram embora. Levaram um cacho de bananas que estava sobre a mesa.

“Ele é bonitão”, afirma uma senhora, enquanto Beltrame caminha. “É ele mesmo?”, diz outra. Questiono Beltrame se ele já esteve lá antes. “Para chegar aqui onde estamos, a gente levava quatro horas debaixo de tiro”, responde. Beltrame conversa com os auxiliares e dá uma entrevista, em que promete apurar todas as denúncias. Diz que o Alemão foi uma grande batalha, mas que ainda há muito trabalho a fazer. Depois de caminhar 3,5 quilômetros por três favelas, vai embora. E nós também. Antes de entrar no carro, 24 horas depois de chegar, dou uma última olhada para o Alemão, para a imensidão de barracos amontoados. Ainda há muito trabalho. Mas saio com a impressãode que conheci os verdadeiros heróis.

O que falta fazer

A ocupação dos territórios que eram controlados por traficantes nos complexos da Penha e do Alemão foi comemorada como um passo vital no combate à violência no Rio de Janeiro. Não houve banho de sangue. Segundo pesquisa do Ibope, 88% dos cariocas aprovam a operação, 41% já se dizem mais seguros e 82% confiam na capacidade da polícia. E agora? Quais são os maiores desafios para manter a paz? De que forma transformar comunidades que estiveram por mais de uma década sob o domínio do crime em espaços de cidadania? Como impedir que o tráfico se recupere com força renovada e novos comandos?

“A essência de tudo o que estamos fazendo é preparar o Rio para o cidadão, e não para eventos importantes”, afirmou o secretário de Segurança José Mariano Beltrame. As mudanças estruturais só virão com investimentos pesados e a determinação de vencer obstáculos em várias frentes. ÉPOCA ouviu especialistas para listar os maiores desafios da pacificação do Rio.

1.PRENDER OS TRAFICANTES QUE ESCAPARAM
Diante da estimativa de que 600 traficantes estariam nos complexos do Alemão e da Penha antes das operações, houve poucas prisões: 124. A polícia acredita que parte tenha fugido por tubulações mais largas da galeria pluvial, construídas especialmente para essa possibilidade. Os principais chefes do tráfico continuam foragidos e há relatos de que estariam fazendo reféns em outros pontos da cidade, como a Floresta da Tijuca, perto da Favela da Rocinha. Prender esses criminosos é essencial. Mesmo aprovando a ocupação, os cariocas desconfiam que a polícia facilitou a fuga dos traficantes. “Eu sei que bandidos saíram do Alemão até em viaturas de polícia”, afirmou o ex-capitão do Bope e consultor de Segurança Rodrigo Pimentel durante um debate na quinta-feira à noite, no Rio.

2.MANTER AS FORÇAS ARMADAS
Oitocentos homens do Exército, com experiência na ocupação do Haiti, vão ficar no Complexo do Alemão por quase um ano, até a instalação de quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) – um custo de R$ 2 milhões aos cofres públicos. Juntos, os complexos do Alemão e da Penha têm cerca de 20 comunidades e meio milhão de moradores. A extensão territorial dos complexos do Alemão e da Penha – mais de 4 quilômetros quadrados – é um grande desafio. Hoje, no Rio, são 13 comunidades com UPPs, que contam, ao todo, com 2.300 policiais. Se fosse respeitada a relação policial-morador, só nesses complexos seriam necessários 2 mil policiais, o que equivale a 5% do efetivo do Rio. Esses policiais ainda estão sendo treinados. “Preciso que os militares fiquem no Alemão para cumprir o cronograma das UPPs e não ter de desviar policiais agora para aquela região”, disse o secretário Beltrame, que espera treinar 4 mil policiais pacificadores por ano até 2014.

Na sexta-feira, os comandantes militares das tropas que participam da ocupação do Alemão manifestaram ao governo federal insatisfação com o tempo previsto para a ação no local. Não querem continuar na operação por mais sete meses. Temem que a longa duração faça com que os soldados sejam “contaminados” por maus policiais. O uso de soldados do Exército é criticado por especialistas. “Os militares não têm preparo para o policiamento ostensivo. É uma temeridade”, diz o deputado estadual Marcelo Freixo, relator da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio.

3.CONTER OS ABUSOS DE POLICIAIS
Na segunda-feira 29, a lua de mel entre polícia e população começou a sofrer as primeiras baixas. Pela internet, especialmente pelo Twitter, ONGs e moradores começaram a denunciar abusos. Não se pode colocar em risco a credibilidade recém-conquistada pela segurança no Rio de Janeiro. Chacinas históricas nos anos 90, como as da Candelária e de Vigário Geral, movidas por policiais, e mesmo a operação no Alemão, em 2007, quando 19 pessoas foram mortas, são lembranças traumáticas para todos os cariocas. “A preservação dos direitos dos cidadãos dessas áreas é importantíssima para o clima pós-operação, não só pela questão legal, mas também porque a cooperação dos moradores é primordial para o sucesso”, diz o cientista social e estudioso da violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Ignácio Cano. O comando da polícia criou ouvidorias para que os moradores reclamem. Também proibiu que policiais usem mochilas durante o trabalho de ronda. O Bope recebeu câmeras para monitorar as ações, sem que o policial tenha autonomia sobre o equipamento. “No Rio, polícia e crime sempre estiveram ligados”, diz o ex-secretário nacional de Segurança Luiz Eduardo Soares.

4. ISOLAR OS CHEFÕES PRESOS
Se os traficantes presos continuam liderando suas facções de dentro dos presídios, só o corte de sua comunicação com o mundo do lado de fora poderá impedir essas mensagens. Os traficantes presos na s operação do Alemão foram automaticamente transferidos para um regime diferenciado (RDD) em presídios federais. O Ministério da Justiça prepara projetos de lei que determinem o isolamento de alguns presos e o monitoramento de suas conversas com advogados e parentes, além de limitar visitas íntimas. Mas medidas imediatas já estão sendo discutidas com diretores de presídios. Muitas delas são criticadas pela Ordem dos Advogados do Brasil, como a gravação de conversas de presos com seus advogados. O jurista Walter Maierovitch defende o isolamento máximo. “Os presos que são de organizações criminosas só devem retomar a comunicação direta e as visitas íntimas quando estiverem comprovadamente desligados de suas facções”, afirma. Para que haja mais rigor nas sentenças e o preso seja tratado de forma diferenciada, é preciso uma mudança na legislação. Hoje, criminosos de facções do tráfico são tratados como bandidos de quadrilhas comuns.

5.CONTER O AVANÇO DAS MILÍCIAS
As organizações mafiosas de policiais corruptos que exploram os moradores das favelas têm crescido no Rio. Impedir que elas ocupem o espaço deixado pelos traficantes é essencial – e essa tem sido uma das missões das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Formar rapidamente policiais para atuar nas UPPs parece uma decisão estratégica, mas pode ser arriscado. “As experiências mundiais de aceleração da formação de contingentes não são boas”, afirma o coronel da reserva José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública. Para ele, se os homens não forem suficientemente bem treinados, poderá haver aumento das bandas podres na polícia.

6. VIGIAR AS FRONTEIRAS
O Brasil tem 16.000 quilômetros de fronteiras. Sozinha, a Polícia Federal (PF) não consegue fiscalizar toda essa extensão. Armas e drogas entram especialmente por países como Bolívia e Paraguai. O governo investe em um programa chamado Policiamento Especializado de Fronteira, unindo a PF e as polícias estaduais. O investimento será de R$ 140 milhões em um ano para a aquisição de viaturas e embarcações. Até janeiro passarão também a ser usados no controle das fronteiras dois “vants” (Veículos Aéreos Não Tripulados), aviões espiões como os Estados Unidos usam no Afeganistão.


7. INVESTIR EM INFRAESTRUTURA Dois dias depois da operação policial, os complexos do Alemão e da Penha foram invadidos pelos serviços da prefeitura: pavimentação, iluminação, saúde e habitação estão entre os projetos de curto prazo do município. Estão previstos investimentos de R$ 400 milhões. “Onde a violência impera, há sempre deficiência de serviços públicos”, afirmou o prefeito Eduardo Paes. Projetos do governo de R$ 5,2 bilhões já estão inscritos na segunda fase do PAC e aguardam aprovação. O governador Sérgio Cabral pediu atenção especial do governo federal aos complexos da Penha e do Alemão, que estão entre as nove comunidades a ser beneficiadas por esses recursos. “Já ficou claro que programas de urbanização, como o PAC, só conseguem ter êxito em comunidades pacificadas”, diz o economista e presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, André Urani.


8. GARANTIR OS DIREITOS E OS DEVERES DA POPULAÇÃO
Ao lado da segurança e dos serviços públicos que se tornam possíveis a partir do retorno da presença do Estado, vem o fim da informalidade. Gatos elétricos e sonegação fiscal passam a fazer parte do passado. “Na falta do poder público, o árbitro é o tráfico ou há total anarquia”, afirma o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, Ricardo Henriques. “Agora a comunidade tem de voltar a viver sob um sistema de regras.” Para o secretário de Segurança, Beltrame, na falta de um “gatonet” deveria ser proporcionado um serviço de TV a cabo mais barato nas favelas.

Fonte: REVISTA ÉPOCA, via NOTIMP



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